QUESTÕES
A 2014
20. A banca vai dar mais crédito às empresas?
por Maria João Gago
Se a recuperação da economia portuguesa se
confirmar, a tendência de crescimento do novo crédito a empresas,
sobretudo pequenas e médias empresas (PME) de sectores de bens
transaccionáveis, iniciada no segundo semestre de 2013 deverá manter-se
ou até ser reforçada.
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Se a recuperação da economia
portuguesa se confirmar, a tendência de crescimento do novo crédito a
empresas, sobretudo pequenas e médias empresas (PME) de sectores de bens
transaccionáveis, iniciada no segundo semestre de 2013 deverá manter-se
ou até ser reforçada.
Os próprios bancos nacionais têm procurado promover o
financiamento a empresas de risco aceitável, com o objectivo de
contrariarem a queda de receitas resultante quer do processo de
desalavancagem – que levou à diminuição do crédito concedido e em
"stock" –, quer da redução das taxas de juro de referência.
O empenho da banca em aumentar o financiamento às "boas" empresas tem sido visível na redução dos "spreads" cobrados pelas instituições financeiras. A disputa pelos melhores clientes tem levado a uma redução das taxas de juro médias que os bancos estão a exigir pelos novos créditos.
Já as empresas que operam em sectores mais penalizados pela crise – construção civil e promoção imobiliária – deverão continuar a enfrentar restrições na obtenção de novos financiamentos, sobretudo estando em causa projectos a nível doméstico.
O sector bancário português continua, apesar da maior margem para conceder crédito, sob pressão do cumprimento de várias metas. Os bancos que contam com o apoio do Estado – BCP, BPI, Banif e CGD – continuam não só a ter de pagar e reembolsar esse apoio, como também estão limitados na sua actividade por razões de concorrência. Por outro lado, os maiores bancos irão também ser sujeitos a testes de "stress" no âmbito das mudanças em curso na regulação europeia.
O empenho da banca em aumentar o financiamento às "boas" empresas tem sido visível na redução dos "spreads" cobrados pelas instituições financeiras. A disputa pelos melhores clientes tem levado a uma redução das taxas de juro médias que os bancos estão a exigir pelos novos créditos.
Já as empresas que operam em sectores mais penalizados pela crise – construção civil e promoção imobiliária – deverão continuar a enfrentar restrições na obtenção de novos financiamentos, sobretudo estando em causa projectos a nível doméstico.
O sector bancário português continua, apesar da maior margem para conceder crédito, sob pressão do cumprimento de várias metas. Os bancos que contam com o apoio do Estado – BCP, BPI, Banif e CGD – continuam não só a ter de pagar e reembolsar esse apoio, como também estão limitados na sua actividade por razões de concorrência. Por outro lado, os maiores bancos irão também ser sujeitos a testes de "stress" no âmbito das mudanças em curso na regulação europeia.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13
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