25/11/2018

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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XX- SEGUNDOS FATAIS
3- Operação Costa Concordia





FONTE:   Documentarios BR


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
6-Olga Kurylenko



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I -ERA UMA VEZ OS INVENTORES

1- OS CHINESES, NOSSOS ANCESTRAIS


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
5-Ollie Kram



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Gladys Mariotto

Porque você acorda cedo?


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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
4-Olivia Culpo


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JOÃO MIGUEL TAVARES

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O Estado mete-se em tudo,
 menos no que importa

Em vez de elencar prioridades por ordem crescente de necessidade – dos que mais precisam para os que menos precisam –, o Estado elenca-as em função dos grupos de pressão – dos que mais gritam para os que menos gritam.

O que é que une tragédias como Entre-os-Rios, Pedrógão Grande ou, agora, Borba? Não é o mero azar, nem a fragilidade da condição humana, nem serem daquelas fatalidades que sempre ocorrem no mundo sem que possamos fazer grande coisa para as evitar. O que une essas tragédias é mesmo a incúria do Estado português na área mais fundamental da sua intervenção – a segurança dos cidadãos e a protecção das suas vidas – e o desleixo a que tem sido votado o interior do país desde que o sector primário se eclipsou. Fora dos grandes círculos urbanos falta quase tudo: vigilância, engenheiros, autarquias com massa crítica, gente qualificada nas mais diversas áreas.

Não é por acaso que as pontes não caem em Lisboa, que os fogos não matam dezenas de pessoas em Sintra ou que as estradas não desabam nas encostas do Porto, apesar de ser aí que há mais pontes, mais pessoas e mais estradas. Com o tremendo apertão no cinto pós-2011 e as cativações pós-2015, aquilo que hoje temos é um Estado com cada vez menos meios para desempenhar as suas funções e a utilizá-los de forma errada. Em vez de elencar prioridades por ordem crescente de necessidade – dos que mais precisam para os que menos precisam –, o Estado elenca-as em função dos grupos de pressão – dos que mais gritam para os que menos gritam. Aqueles que têm mais poder reivindicativo fazem valer a sua força, e o país entretém-se a debater a recuperação do tempo de serviço dos professores e o IVA das touradas, sem que, por um só momento, se discuta a mais vaga visão de futuro para o país. Eis ao que está resumida a política portuguesa: distribuição dos despojos orçamentais.

E, no entanto, por mais estranho que pareça, a função prioritária do Estado não é pagar o ordenado aos funcionários públicos, nem integrar no quadro quem está a recibos verdes. É mesmo assegurar que as pontes não caem e que as estradas não desabam – sobretudo quando a estrada é um carreiro entre duas ravinas de 100 metros de profundidade. Em Borba morreram cinco pessoas, como teriam morrido 50 se fosse um autocarro escolar a passar por ali. A estrada era municipal, portanto, a primeira responsabilidade é obviamente da autarquia. António Costa, aliás, já se apressou a garantir que o Governo não sabia de nada (nunca sabe) e o ministro Pedro Marques declarou não ser hora de apontar culpas, porque a prioridade deve ser dada ao resgate. O facto de o resgate poder demorar semanas e de já não haver ninguém com vida para resgatar parece ser questão de somenos. O que interessa, como sempre, é que se mantenha um respeitável silêncio enquanto não estiver concluído “o inquérito”.

Tudo isto é muito cansativo, e já foi visto demasiadas vezes. O problema não é Borba, como não era Pedrógão Grande ou Entre-os-Rios, porque esses são apenas os sítios onde saiu a fava de um bolo em decomposição acelerada – e, sobre isso, os inquéritos não esclarecem coisíssima nenhuma. O problema é estarmos a criar, cada vez mais, um Estado de fachada, que absorve uma quantidade gigantesca de recursos para alimentar actividades acessórias, enquanto esquece as suas funções essenciais. Um Estado centralista que acha que o país começa no Cais das Colunas e termina no arco da Rua Augusta; um Estado desleixado que mete o nariz em tudo mas não arregaça as mangas para fazer nada; um Estado, enfim, tão majestoso e tão oco como as pedreiras de Borba, que são lindíssimas vistas ao longe, mas que matam quando chegamos perto.  


IN "PÚBLICO"
22/11/18


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1740.UNIÃO



EUROPEIA




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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
3-Olga Kaminska



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VIII-"PORQUE  POBREZA?"

3-BEMVINDO AO MUNDO



O mundo é autosuficiente? 

O que é pior, nascer ou morrer pobre? 150 milhões de bebês nascem a cada ano. As circunstâncias de seu nascimento determinam como e por quanto tempo eles irão viver. O direito de permanecer vivo é um dos mais básicos, mas, em várias partes do mundo, ele não é respeitado. Brian Hill viaja pelo mundo em busca dos enigmas que cercam os mistérios do nascimento.

Director Brian Hill Producer Rachel Tierney Produced by Century Films & Steps International


FONTE: THE WHY

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XLIX- VISITA GUIADA

2- CASA DO INFANTE
PORTO - PORTUGAL


* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
2-Olga Alberti



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Music in the Somerset Hills

The Trumpet Shall Sound



G. F. HÄNDEL - The Messiah

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III-ABECEDÁRIO

O
PRETO E BRANCO
1-Ophelie Winter



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7-PROSPERAR

Num período tão conturbado como o actual FOSTER GAMBLE propõe-nos uma viagem de esperança, pensamos que nos faz bem.



FONTE:  THRIVE Movement

* Nesta senda de "bloguices" iniciadas em Setembro/17, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.

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HOJE NO 
"A BOLA"
JUDO 
Jorge Fonseca medalha de bronze em Osaka

O português Jorge Fonseca conquistou, este domingo, a medalha de bronze na categoria de -100 kg no Grand Slam de Osaka, no Japão.
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Jorge Fonseca garantiu o terceiro lugar na competição, ao vencer o brasileiro Rafael Buzacarini, por ippon, num dos combates de atribuição da medalha de bronze.Antes, tinha vencido Batyr Hojamuhammedov, do Turquemenistão, e o austríaco Aaron Fara, sendo depois derrotado pelo canadiano Shady ElNahas, em três combates decididos por ippon. Na repescagem, Jorge Fonseca derrotou o holandês Michael Korrel, também por ippon, antes do triunfo sobre Buzacarini que lhe deu o bronze.

Neste último dia de competição estiveram ainda em ação Yahima Ramirez e Patrícia Sampaio, derrotadas logo no primeiro combate. Na véspera estiveram em destaque Anri Egutidze, que foi quinto classificado na categoria de -81kg, e Maria Siderot, sétima em -48kg.

* Terceiro  lugar absolutamente merecido.


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Imagens sobre o processo produtivo 
de notas de euro



FONTE:  Banco de Portugal

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ESTA SEMANA NO 
"SOL"
PSD em polvorosa

Sociais-democratas trocam acusações na praça pública. Carreiras acusa vice do PSD de manter «tiques do tempo do marxismo-leninismo».

Não há semana que passe sem que o PSD seja alvo de uma polémica e entre os sociais-democratas cresce o sentimento de que o partido pode vir a ter uma derrota eleitoral sem precedentes. A confissão chegou a ser feita por um dos elementos da própria direção do partido, José Silvano, ao admitir que os sociais-democratas podem perder as legislativas se o clima de guerrilha interna prosseguir.  A ideia, defendida ao DN, já tinha sido admitida pelo próprio líder, Rui Rio, em reuniões à porta fechada. Mas,  agora, o discurso  na direção parece ser o de nomear os autores do desgaste interno.
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PARA ONDE?
«Miguel Relvas é o mentor mais importante das conspirações do PSD», afirmou ontem o vice-presidente do partido, David Justino, citado pela TSF. Na resposta, Miguel Relvas limitou-se a dizer ao SOL: «Há coisas que não se comentam». Justino não se ficou por aqui e assestou baterias também ao presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, considerando-o uma «espécie de mentor» de conspirações internas.

O autarca de Cascais agradeceu, de forma irónica, que o tentem promover a líder de uma oposição interna, mas lembrou a Justino que «é social-democrata há mais de 40 anos, ainda no tempo em que [David Justino] era marxista leninista». Carreiras admite, por isso, que as declarações de David Justino possam «manter esses tiques do tempo do marxismo-leninismo».  Mais, Carlos Carreiras lembra a David Justino que a direção de Rui Rio já não é oposição interna e que se deve preocupar «com projetos para o País», sublinhando que nas últimas eleições autárquicas Justino apoiou «candidaturas contra o PSD», sem especificar quais.

No terreno,  o discurso de desgaste interno tem várias dimensões,  que variam da desilusão de militantes de  base  ou dos apoiantes de Rio que preferem  falar do  «empolamento» dos problemas. «Deixem-nos trabalhar» pediu o presidente da distrital do PSD/Porto, Alberto Machado, em declarações ao SOL, parafraseando Cavaco Silva, nos tempos em que dirigiu o País como o primeiro-ministro. Para alguns elementos do partido, apoiantes do líder, parte do desgaste interno «também tem origem em alguns deputados que acham que vão ser excluídos da lista».

Já Paulo Ribeiro, presidente da concelhia de Lisboa do partido, reconhece as preocupações com os resultados eleitorais, considerando que «não há ninguém isento de responsabilidades».
«Se o PSD vive em conflito interno, perante os olhares dos portugueses, dificilmente acolhe a confiança dos eleitores, independentemente de quem gere essa conflitualidade», defendeu o dirigente local ao SOL. A ideia defendida por Paulo Ribeiro não está longe da opinião do antigo vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva. Em declarações ao jornal i, o também antigo presidente da bancada parlamentar disse que «é obvio que as divisões desacreditam o partido». Apesar de ter estado ao lado de Rui Rio nas eleições internas, Guilherme Silva também deu conselhos ao presidente social-democrata: «Quem tem responsabilidades no partido tem de ter a capacidade de unir e evitar divisões que fragilizam o partido».

O antigo secretário de Estado e ex-deputado José Eduardo Martins acrescentou que «há responsabilidades de parte a parte.  Rui Rio é um homem com imensas qualidades, mas não todas as que são precisas» para a missão da liderança do PSD. No programa o Outro Lado, na RTP,  o militante assume a sua insatisfação com o atual líder e aponta o dedo à «incapacidade de produzir um conjunto de protagonistas, resultados e ideias».  José Eduardo Martins, recorde-se, já se colocou ao lado de Pedro Duarte, o ex-governante que se disponibilizou em Agosto, para concorrer à liderança do PSD.

Ao SOL, Pedro Duarte prefere dizer que «concorda totalmente» com a ideia de que a guerrilha interna prejudica o partido e prefere não comentar as sondagens.

A  partir de Bruxelas, o eurodeputado e presidente da distrital de Braga, José Manuel Fernandes, prefere  fazer o discurso de apelo à mobilização. «Somos todos precisos para ganhar eleições» ou  «é imprescindível um partido unido e todos têm de fazer o máximo».

Europeias já mexem
O próximo embate eleitoral serão as europeias, em maio de  2019, e hoje Rui Rio estará ao  lado do eurodeputado Paulo Rangel na festa da Europa, em Esposende, onde se esperam cerca de duas mil pessoas. O nome de Rangel tem sido apontado como o mais certo para encabeçar a lista nas próximas eleições, mas surgiram dúvidas nas últimas duas semanas de que o seu registo crítico à atual direção poderia vir a prejudicar a sua continuidade à frente da lista. Contudo, o presidente do PSD ainda não abriu o jogo sobre o dossiê das europeias e existe a convicção entre vários dirigentes de que Rangel acabará por ser a escolha. «Podem surgir nomes para o fragilizar para depois colocar Paulo Rangel como  uma segunda escolha» , admitiu ao SOL  uma fonte social-democrata.  Certo é que a lista deverá sofrer uma renovação com a entrada de elementos da direção como Graça Carvalho ou Isabel Meireles e a possível saída de eurodeputados como Carlos Coelho. O mais certo, afiançaram várias fontes do PSD ao SOL, é o líder do PSD ser o último a anunciar a escolha para as europeias.

* Laranjas com bicho...Costa agradece.

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O CRIME SAUDITA

Abdel 5 anos, 5 quilos




FONTE:  afpbr

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ESTA SEMANA NO 
"EXPRESSO"
Varoufakis lidera lista internacional 
para eleições europeias na Alemanha

O ex-ministro das Finanças grego foi eleito este domingo cabeça de lista do Movimento Democracia na Europa 2025

O ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis vai liderar uma lista internacional para as eleições europeias que se apresenta na Alemanha.
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Varoufakis foi eleito este domingo cabeça de lista do Movimento Democracia na Europa 2025, por 46 votos contra oito, de acordo com uma mensagem no Twitter publicada pelo grupo.

Democracia na Europa é a ala alemã do movimento europeu DIEM 25 fundado por Varoufakis.
A lista inclui 10 homens e 10 mulheres de sete nacionalidades, incluindo o filósofo croata Sreko Horvat.

Varoufakis decidiu fundar o movimento após ter deixado o cargo de ministro das Finanças da Grécia e de ter concluído que para conseguir mudanças na Europa é necessário um movimento pan-europeu.
Na Alemanha, o movimento liderado por Varoufakis vai disputar os votos da esquerda com outras formações e deverá fazer campanha com infraestruturas escassas, dependendo em boa parte do impacto mediático do ex-ministro grego.

Durante o período de maior crise na Grécia, Varoufakis foi visto como o principal opositor do então ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e das políticas de austeridade.

* Renascerá das cinzas? Não nos parece.

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Governo lança nova campanha pela 
eliminação da violência contra as mulheres




FONTE:  República Portuguesa

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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Costa diz que acordo do Brexit
 é uma "prova extraordinária 
da unidade europeia"

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que o processo negocial que culminou este domingo com o aval dos 27 ao acordo do "Brexit" foi uma das manifestações mais importantes da solidez e do futuro do projeto europeu dos últimos anos.

Em declarações aos jornalistas, após a conclusão de um Conselho Europeu dedicado à validação do acordo de saída do Reino Unido da União e da declaração política que estabelece os parâmetros para a relação futura entre as partes, António Costa disse acreditar que a negociação do "Brexit" foi "uma das manifestações mais importantes da solidez e do futuro do projeto europeu" dos últimos anos.
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"Este processo negocial foi uma prova extraordinária da unidade e da solidariedade europeia. Ao longo destes meses, não houve uma única fissura entre os 27 Estados-membros, e por outro lado houve total solidariedade de todos os Estados-membros com cada um dos problemas específicos que alguns Estados-Membros tinham nesta negociação", observou.

O primeiro-ministro referiu-se especificamente ao 'braço de ferro' entre o Governo espanhol e Londres devido a Gibraltar, e à questão da fronteira irlandesa, um dos grandes obstáculos com que as equipas de negociadores se depararam para concluir o acordo de saída.

"Ninguém deixou a Espanha isolada na negociação sobre Gibraltar, ninguém deixou o Chipre isolado na negociação com o Reino Unido, ninguém deixou a Irlanda isolada na negociação da sua fronteira. Significa isto que todos podemos contar com a UE e todos, nos momentos difíceis, somos capazes de nos unir", evidenciou.

A cimeira europeia de hoje chegou a estar em dúvida devido um braço de ferro entre Madrid e Londres por causa de Gibraltar.

O suspense instalado em Bruxelas nos últimos dias dissipou-se na tarde de sábado, quando Espanha recebeu as "garantias" que clamava para ratificar o acordo do 'Brexit', e o primeiro-ministro espanhol anunciou que iria endossar quer este texto, quer a declaração política da relação futura.

Pedro Sánchez tinha ameaçado votar contra, ou em última instância boicotar a cimeira europeia, se não houvesse uma clarificação do artigo 184 do acordo de saída, que na opinião do Governo espanhol estabelecia que, no futuro, os assuntos relacionados com Gibraltar seriam abordados exclusivamente entre Londres e Bruxelas.

Para Madrid, era fundamental que ficasse escrito que nenhum acordo futuro entre a UE e Londres fosse aplicado no território ultramarino britânico, cedido em 1713, mas ainda hoje reivindicado pelas autoridades espanholas, sem o visto prévio espanhol, o que foi consumado com duas declarações anexadas às conclusões do Conselho Europeu de hoje.

Costa antecipou ainda a relação futura com o Reino Unido, esperando que esta esteja à altura da ambição expressa pelos dois blocos.

"O Reino Unido nunca será para a UE um terceiro estado igual a outros terceiros estados. Será sempre o vizinho mais próximo, o aliado mais importante, o parceiro económico mais relevante, e um amigo para sempre... por isso a relação futura não pode ser meramente económica, tem de cobrir a área da defesa, da segurança interna e da relação entre os povos", concluiu.

* Até aqui os 28 da Europa viveram sob a ditadura do trio franco-germano-britânico, acham que a UE é um símbolo de extraordinária unidade?

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Batata Recheada na Brasa


Guto Quirós

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EM NOVEMBRO NO 
"MOTOR24"
Truques indispensáveis 
para conduzir no inverno

Chuva, nevoeiro e até gelo e neve vão passar a oferecer permanentes perigos e ameaças a quem anda na estrada. Certamente julga que é um condutor experiente e que está perfeitamente apto a enfrentar o inverno na estrada, mas será que é mesmo assim?

Uma coisa é certa, ao volante o excesso de confiança pode matar e em estrada molhada ou congestionada, o excesso de confiança mata muito mais.
Aqui ficam sete dicas úteis e práticas, sem paternalismos, que no Motor24 não somos instrutores de condução.
Siga-as se quiser, se não quiser não as siga, mas depois não se queixe.

1 – Pneus carecas são a morte do artista – o teste da moeda
Você pode ter o melhor carro do mundo, cheio de eletrónica e sistemas de segurança ativa e passiva, você até pode ter um seguríssimo Volvo, mas não há crash-test que lhe valha se não tiver os pneus em condições. Toda a poderosa tecnologia automóvel assenta sobre quatro rodelas de borracha, que são hoje também produtos de alta tecnologia.
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Para verificar se os pneus do seu carro não o vão meter em números de patinagem artísitica verifique os sulcos do pneu. Os sulcos são as linhas mais centrais da roda. Uma das funções dos sulcos é, em dias de chuva, expelir a água por debaixo dos pneus, garantindo mais estabilidade na hora da travagem e evitando a tristemente famosa aquaplanagem. Use uma moeda de um euro para meter nesse sulco, se a dobra dourada da moeda desaparecer é porque o pneu ainda está bom, se vir o dourado da moeda, o melhor é ir trocar de pneus.
Gasta em borracha, mas pode poupar em chapa e ossos.

2 – Uma batata para desembaciar
O vidro do seu carro passa a vida a embaciar e você passa a vida a esfregá-lo com a mão (péssima e gordurosa ideia, sobretudo se acabou de vir do McDonalds) ou com a manga do casaco? Liga a chauffage (quem ainda tem disso no carro) ou o ar-condicionado no máximo, assa ali um bocado e lá desembacia durante 9 segundos o vidro do seu carro.
Pois bem, uma simples batata resolve-lhe o problema. Corte uma batata em duas metades, esfregue bem os vidros por fora e por dentro, que o amido do simpático e versátil tubérculo irá absorver a humidade e permitir-lhe ver a estrada como se estivesse num aquário cristalino. Isto se as escovas do limpa pára-brisas não datarem do tempo das invasões napoleónicas, porque nesse caso não há batata que lhe valha. Se não confiar em mezinhas (usadas por pilotos de ralis, por exemplo), coloque o ar-condicionado no automático que com sorte ele regula o desembaciamento do vidro.

3 – Kit de emergência de inverno
Não é tradicional estojo de primeiros-socorros (que aliás deve andar sempre no seu carro), mas um conjunto de “ferramentas” que deve levar para viagens longas onde o inverno seja rigoroso. A começar por umas correntes para os pneus, que deve usar apenas em condições extremas de aderência – piso gelado ou neve. Deve também considerar investir numa espátula de borracha para tirar as camadas de gelo do pára-brisas (nunca usar água quente, que o vidro pode estalar) e um pequeno martelo para ter no porta-luvas, caso precise de partir o vidro a partir do interior do carro.
Depois deve levar um kit de sobrevivência para o caso do seu carro avariar no alto da Serra da Estrela numa noite de inverno. Uma manta, casacos, luvas e gorros., agua e barritas energéticas, uma lanterna, um jerrican e um carregador de isqueiro para o seu telemóvel,são adereços elementares para ter no porta-bagagens do seu carro. Finalmente lembre-se de andar com o depósito cheio, porque nem sempre há uma área de serviço no meio de uma serra perdida.

4 – Ver é o melhor remédio
A visão é o sentido mais importante para a condução (isso e o tacto para lidar com os outros condutores). Cerca de 80 por cento da informação relevante para a condução passa pela visão. Por isso, deve primeiro tratar da sua e consultar um oftalmogista e depois da “visão” do seu carro. Verifique as escovas dos limpa pára-brisas, os faróis e utilize-os corretamente. No inverno os faróis do seu carro não servem apenas para ver a estrada, servem para os outros o verem a si. Circule sempre de médios acesos e tenha cuidado na utilização dos máximos que podem encandear o condutor que circula na faixa contrária e provocar um choque frontal com o seu carro. Os faróis de nevoeiro, como o próprio nome indica, devem apenas ser usados em condições de nevoeiro, porque caso contrário atrapalham mais do que ajudam. Se o nevoeiro estiver cerrado deve orientar-se pelas linhas da faixa exterior e tentar manter-se atrás de um outro condutor, a uma distância segura que não o perturbe a ele, nem a si. Com chuva forte ou uma tromba de água o melhor mesmo é encostar num local seguro até que o dilúvio passe, porque quando se vai ao volante e não se vê nada é como se nos sentássemos numa mesa de roleta russa do filme “O Caçador”.

5 – Sabia que você não é o Ayrton Senna ?
Muitos condutores estão perfeitamente convencidos de que são uns ases do volante e não temem a “pista molhada”. Ora o único homem que conseguia guiar à chuva tão depressa como quem guia em piso seco era Ayrton Senna. Como você não deve ser o Ayrton Senna o melhor é cumprir aquele velho chavão da prevenção rodoviária – “adapte a condução às condições de circulação”. Quer isto dizer que deve reduzir substancialmente a velocidade a que circula, triplicar a distância a que normalmente circula do carro da frente e fazer todas as manobras com suavidade. Nada de acelerações, travagens ou mudanças de direção bruscas, especialmente em piso molhado ou com o traiçoeiro gelo. Uma coisa que deve fazer sempre é tentar antecipar ocorrências na estrada e anunciar aos outros o que pretende fazer. Não se trata apenas de fazer o pisca, é mais do que isso, é ir mostrando que pretende mudar de faixa ou sair num desvio. Isso alerta os outros condutores, permitindo-lhes “ler” o seu comportamento na estrada e antecipar decisões e reações.

6 – O seguro morreu de velho e o distraído morreu tão novo
A esperança de vida dos norte-americanos está a baixar e uma das razões são os acidentes rodoviários. As distrações ao volante são fatais. O fenómeno do “texting” e de tirar fotos ou fazer vídeos com os smartphones enquanto se guia, ocupam hoje o topo das causas de acidentes nos EUA e provavelmente nos países ocidentais. Conduzir é um ato de concentração, conduzir no inverno deve ser quase um exercício zen de absoluta concentração .O melhor conselho que temos para lhe dar é – desligue ou coloque o telemóvel no silêncio – mais vale adiar ou perder uma chamada do que receber uma chamada para a morte. Quando estiver ao volante, meta na cabeça que não está sozinho na estrada e a sua principal responsabilidade é estar atento aos outros. Moderar a velocidade e estar permanentemente a ler a “estrada” é mais importante do que atender aquele telefonema para cuscar sobre o jantar de natal da sua empresa, caso queira ir ao do ano que vem.

7 – Nem muito depressa, nem muito devagar
Se você é daqueles aceleras que gosta de ir a abrir na auto-estrada, colado ao carro da frente, a fazer sinais de luzes a um quilómetro de distância para lhe estenderem a “passadeira” o único conselho que temos para lhe dar é que consulte um especialista em imbecilidade.
Por mais domínio que ache que tem da máquina, as estradas não são uma pista de corridas. Pode ir a um track day num autódromo para ser provavelmente humilhado, porque os pilotos e os condutores rápidos e seguros não fazem essas cenas tristes na estrada.
Por outro lado, se você é o vagaroso que circula a velocidades homólogas às de uma carroça numa via rápida, saiba que há alternativas mais seguras para viajar – comboios, camionetas ou táxis. Porque além de estar a infringir o código da estrada, é uma ameaça para si e para os outros. A velocidade na estrada é uma questão de bom senso. Cumprir os limites de velocidade ajuda, mas saber que com chuva e trânsito intenso a condução deve ser absolutamente cautelosa é a melhor forma de não engrossar os tristes números da sinistralidade rodoviária.

Boas viagens, e já sabe, mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.

* Cautela que a estrada é um grande cemitério.

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PARA QUE CONSTE



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COM PAPAS E BOLOS
SE ENGANAM OS TOLOS


20 Truques usados pelos 
supermercados para consumir mais

Conheça alguns truques usados pelas cadeias de distribuição de todo o mundo para levar os clientes a consumirem mais.

Quando vai às compras num supermercado ou hipermercado provavelmente não se apercebe, mas existem alguns estímulos criados dentro destes espaços que convidam os clientes a consumirem mais. Desde a iluminação, passando pelos cheiros, pela disposição dos produtos nas prateleiras ou mesmo pela colocação dos produtos que se encontram em campanha, todos estes elementos são estudados detalhadamente pelas cadeias de distribuição no mundo inteiro.
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1. Som ambiente 
A escolha da música ambiente não é aleatória. Vários estudos comprovam que uma melodia calma leva a que as pessoas percam mais tempo e gastem mais dinheiro no supermercado. Música alta e mais ritmada compele os consumidores a moverem-se rapidamente, mas não influencia os valores gastos. A música clássica incentiva compras de valor mais avultado. 
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2. Tempo 
A maioria dos supermercados não tem janelas nem relógios, para que não seja perceptível a passagem do tempo.
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3. Luzes e cores 
A escolha das luzes e das cores também não é deixada ao acaso nas grandes superfícies comerciais. A cada alimento é associada uma cor: à zona das frutas e dos legumes é geralmente atribuída a cor verde, associada à ideia de natureza e de frescura. Nas carnes é muitas vezes usado o vermelho e no peixe o azul, associado ao mar e ao frio.
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4. Localização em loja 
Os bens de primeira necessidade, como o leite, a carne, os frutos e os legumes, estão normalmente no fundo da loja. A ideia é obrigar o consumidor a fazer um percurso maior e, no caminho, ir adicionando ao cesto produtos que de outra forma não veria.
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5. Lazer 
Algumas superfícies comerciais estão a criar áreas de lazer estrategicamente colocadas, como cafés, para levar os consumidores a ficar mais tempo na loja. 
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6. Largura dos corredores 
Enquanto os corredores centrais são largos, os corredores interiores tendem a ser mais estreitos. A ideia é que o movimento de carrinhos gere congestionamento: os consumidores abrandam a velocidade e acabam por reparar mais nos produtos.
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7. Entrada 
Quando há categorias de produtos destacadas, como acontece no Natal ou na Páscoa, ou quando há as chamadas feiras (de puericultura, de material escolar ou de produtos regionais, por exemplo) é logo na entrada do supermercado que os produtos são expostos. Quando entra, ainda de carrinho vazio, o consumidor está mais recetivo a levar coisas que não planeava comprar.
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8. Piso 
A cor e o desenho do piso são escolhidos para acelerar ou atrasar o consumidor. Até a textura e o barulho que as rodas do carrinho fazem é pensada. Caso haja muito ruído, o consumidor tende a andar mais devagar. 
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9. Ofertas 
Todos os produtos que são dados a experimentar aos consumidores têm um único propósito: levar à compra. Há estudos que referem até que quando alguém prova um produto gratuitamente sente-se forçado a comprá-lo.
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10. Produtos em destaque 
Nem sempre os produtos que estão numa 'ilha' estão em promoção. A ideia é, muitas vezes, conseguir que o produto seja destacado e fique mais visível, sem que o preço se tenha alterado. O consumidor tende a pensar que sim e a juntá-lo ao carrinho com a ideia de que terá desconto. 
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11. Temperatura 
A temperatura nas superfícies comerciais é sempre amena para manter o cliente confortável e tentar prolongar a visita.
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12. Reorganização 
Quando conhecemos bem a loja, vamos diretos aos produtos de que precisamos, sem dar grande atenção ao resto da oferta e sem margem para grandes distrações. É comum que a localização dos produtos seja alterada para obrigar o consumidor a procurar pela loja e a percorrer secções onde habitualmente não iria.
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13. Carrinhos de compras 
A partir de uma determinada dimensão, é comum que haja, à entrada das lojas, longas filas de carrinhos de compras. Na verdade, os carrinhos foram inventados nos anos 30 para levar os consumidores a comprar mais produtos. Quanto maior for o carrinho, maior será o gasto. Por isso, sempre que possível, opte por um cesto ou, se for comprar pouca coisa, segure os produtos na mão. Vai sentir-se menos tentado.
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14. Altura dos produtos 
Os produtos mais caros são colocados ao nível dos olhos. Para preços mais vantajosos, olhe para cima e para baixo. Os produtos que possam despertar o interesse das crianças são geralmente colocados mais abaixo.
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15. O número 9 
Em vez de 1€, os produtos têm um preço de 0,99€ para levar o consumidor a arredondar para baixo e aumentar a probabilidade de compra. Parece disparatado, mas há vários estudos que o comprovam. Oito estudos realizados nos Estados Unidos entre 1987 e 2004 dão conta de aumentos de vendas na ordem dos 24% para produtos cujos preços terminam com o número 9. Um outro estudo, levado a cabo pela Universidade de Chicago e pelo MIT, procurou provar o efeito psicológico do algarismo. Para isso, foram impressas três versões do mesmo catálogo e cada um foi exposto a uma amostra de dimensão idêntica. O mesmo produto, com três preços diferentes (34, 39 ou 44 dólares) vendeu mais na versão de 39 dólares.
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16. Promoções 
Quando são apresentadas as frases promocionais "5 unidades por 5€" há uma ideia de que está a beneficiar de um desconto. Mas convém fazer as contas para verificar se o preço por unidade é mais reduzido e vantajoso com a compra de um maior número de unidades. Por outro lado, limitar as quantidades que cada consumidor pode adquirir também aumenta a propensão para a compra, por causar a ilusão de desconto.
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17. "Casar" os produtos
 A disposição de produtos nunca é deixada ao acaso, embora possa parecer. Junto das massas encontram-se os molhos pré-preparados ou, junto das cervejas, os snacks salgados. A ideia é levar o consumir a adquirir ambos.
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18. Aromas 
É habitual que as flores estejam à entrada da loja. Além da componente visual, o objetivo é atrair o cliente através do olfacto. É também por este motivo que alguns produtos de pastelaria são colocados à entrada, sobretudo quando ainda estão quentes. Os aromas agradáveis, além de abrir o apetite, levam a que se realizem mais compras por impulso.
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19. Promoções na frente de loja 
Muitas das superfícies optam por colocar, na frente de loja, os produtos em promoção. E já se sabe que as promoções são sempre atrativas e levam os consumidores a comprar em maior quantidade ou mesmo produtos de que não necessitam. 
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20. Linha de caixas 
Diz-se que a linha de caixas é a área mais rentável dos supermercados. É onde normalmente são expostas guloseimas, pastilhas elásticas, revistas ou pilhas, entre outros produtos que tendemos a agarrar. Enquanto esperamos, sem poder sair do sítio e já cansados do exercício de auto-controlo, há sempre qualquer coisa que acaba mesmo por chegar à caixa.
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O objetivo é proporcionar aos clientes uma experiência agradável de consumo e levá-los a consumir produtos que não estavam na sua lista de compras inicial. 

* IN "DINHEIRO VIVO"
 28/03/17 

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