18/05/2020

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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148-SUBTILEZAS

Preconceito e estereótipo



RESUMO ANIMADO


FONTE:   Minutos Psíquicos
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8.KONTAKTHOF

Por  PINA BAUSCH



O presente artigo pretende contextualizar o trabalho da coreógrafa e bailarina alemã, Pina Bausch (1940-2009), referência mundial do Tanztheater. 
Nosso recorte foca na análise da utilização do gestual quotidiano na obra de sua autoria Kontakthof
O espetáculo cênico foi criado em 1978 com bailarinos do Tanztheater Wuppertal e sua construção girou em torno dos conflitos inerentes às relações humanas, relações de poder, de carinho, de submissão, de descoberta e de exposição. 
Realiza-se uma análise das formas de utilização do gestual cotidiano no espetáculo cênico que no ano 2000 teve uma remontagem com senhores e senhoras maiores de 65 anos, e em 2008 com alunos das escolas públicas da cidade de Wuppertal, todos sem nenhuma experiência profissional em dança. Suporta teoricamente este artigo as abordagens de autores como: Stanislavski, Brecht e Gil em diálogo com outras obras cênicas de Bausch.

Por Marina Milito de Medeiros, Sayonara Pereira


FONTE:  Hvanngil

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HOJE  NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Ferro Rodrigues declara apoio a Marcelo durante almoço com Costa no Bairro Alto

Com o primeiro-ministro ao seu lado, o presidente da Assembleia da República diz que apoia Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais. Já António Costa disse hoje à TSF que “não é preciso ser vidente” para adivinhar que Marcelo vai ganhar se se voltar a recandidatar.

Marcelo Rebelo de Sousa ganhou um apoio para as eleições presidenciais durante o almoço do primeiro-ministro com o do presidente da Assembleia da República esta segunda-feira. 
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Com António Costa ao seu lado, Eduardo Ferro Rodrigues declarou hoje o seu apoio nas eleições se o atual Presidente da República se vier a recandidatar.

“Ainda faltam seis meses, não é muito tempo, para a campanha presidencial, vejo como normal que algumas pessoas tentem marcar terreno, marcar uma posição”, começou por dizer a segunda figura do Estado.

“Sobre as presidenciais não mudei uma vírgula do que disse há mais de um ano e meio: se as eleições fossem amanhã, não hesitaria em votar no professor Marcelo. Não tenho motivos nenhuns para retirar essa afirmação”, disse, em declarações transmitidas pela SIC Notícias esta segunda-feira

As declarações foram feitas à entrada para o restaurante Alfaia, no Bairro Alto em Lisboa, onde foi almoçar com o primeiro-ministro para enviar uma mensagem de confiança aos portugueses, no dia em que reabriram os restaurantes em Portugal depois de fechados durante dois meses devido à pandemia da Covid-19.

Esta manhã, o primeiro-ministro foi questionado na TSF sobre as suas declarações na semana passada durante uma visita conjunta com o Presidente da República à fábrica Autoeuropa.

A 13 de maio, o primeiro- ministro disse que queria regressar à Autoeuropa em 2021 se o Presidente da República fosse reeleito nas eleições presidenciais de janeiro de 2021.

“Qualquer seja o meu sentido de voto, creio que é uma coisa mais ou menos pacifica, não é sequer necessário antecipar que daqui a um ano, se houver candidatura do professor Marcelo, ele será eleito pelos portugueses, não é preciso ser vidente que esse será o resultado obvio”, afirmou em entrevista à TSF.

“O voto é secreto. O primeiro-ministro deve manter uma regra, terá de trabalhar com qualquer PR escolhido pelos portugueses”, afirmou.

Sobre as declarações feitas na Autoeuropa, hoje mostrou a sua admiração por esta “expressão” ter criado tanto “agitação”, por considerar que disse uma “coisa de particular bom senso”, considerando que existe um “desejo profundo dos portugueses em termos de estabilidade quanto ao exercício da função presidencial”, usando como barómetro as sondagens e o feedback que tem na rua dos portugueses sobre a atuação de Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre se o PS iria apoiar Marcelo Rebelo de Sousa ou uma eventual candidatura de Ana Gomes, António Costa disse que o “PS nunca lançou um candidato”, mas que apoiou uma candidatura que já existia, dando o exemplo da candidatura de Sampaio da Nóvoa em 2016, que perdeu contra o atual Presidente.

“O PS nunca apresentou candidatos, apoiou ou não apoiou. Foi sempre esta a regra”, acrescentou, apontando que o PS não tomará nenhuma posição antes dos candidatos serem todos conhecidos.
A única coisa certa, é que o PS não vai “seguramente” apoiar a candidatura do deputado e líder do Chega, André Ventura, afirmou António Costa na TSF.

* Com este presidente da A.R. não há surpresas possíveis, é um indivíduo bastante previsível. Gozaríamos à brava com PSD e CDS a apoiarem uma candidatura de Ana Gomes, um festival.

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MINUTOS DE
CIÊNCIA/281

Sistema Cartesiano, Ângulo e 
distância percorrida




FONTE:  Matemática Rio com Prof. Rafael Procopio

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HOJE  NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Covid-19: Ministra da Saúde afirma 
que pandemia mostrou 
impreparação dos países

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta segunda feira perante a Assembleia Mundial da Saúde que a pandemia da covid-19 veio mostrar que “nenhum país está preparado” para enfrentar sozinho tal ameaça.

Falando a partir de Lisboa por teleconferência, Marta Temido considerou que todas as nações “dependem e precisam” umas das outras e que é preciso “fortalecer os sistemas de saúde e os cuidados de saúde universais”.
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AS DUAS LUTADORAS
Esta “arquitetura de saúde pública” precisa de ser global e de se fazer com “solidariedade e transparência”, afirmou a ministra durante o plenário da Assembleia Mundial de Saúde, a reunião anual da Organização Mundial de Saúde.

“A covid-19 mudou as nossas vidas e o seu impacto e consequências continuarão a fazer-se sentir durante muito tempo”, considerou, acrescentando que evidenciou “a importância da saúde pública”, que tem implicações em toda a sociedade.

Marta Temido agradeceu aos portugueses pela “maneira responsável” como responderam às medidas de confinamento durante o período em que vigorou o estado de emergência no país e os passos para o retomar lento da normalidade.

A ministra destacou a importância de respeitar os direitos humanos durante este confinamento forçado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.231 pessoas das 29.209 confirmadas como infetadas, e há 6.430 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

* Muitas vezes criticámos a ministra da saúde mas esta nossa inclinação para a pieguice leva-nos a dizer claramente que Marta Temido pegou o Covid pelos cornos e juntamente com Graça Freitas fizeram uma boa cernelha. Andávamos acabrunhados por ainda não lhe termos feito justiça.

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45.5 Mega-Máquinas



XLV - MEGA MÁQUINAS

5-Air force one
acesso secreto



O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


FONTE: Mega Buques
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HOJE  NO
"folha 8"
Covid-19 não mata? 
Matam os polícias ou os militares

Um adolescente, mais um, foi morto por um soldado das Forças Armadas Angolanas (FAA), por alegadamente se insurgir contra o uso de máscara. E, como se sabe, no âmbito do estado de emergência e de acordo com a superior interpretação de quem faz da razão da força a única lei aceitável, ninguém se pode insurgir, questionar ou beliscar as autoridades.

Segundo um comunicado da delegação provincial do Ministério do Interior (Minint) da Lunda Norte, o homicídio ocorreu no bairro Domingos Vaz, na comuna do Iongo, município de Xá-Muteba.

 Um rapaz de 17 anos foi baleado por, alegadamente, se insurgir contra o soldado (esquecendo-se que isso é meio caminho andado para uma musculada acção pedagógica) que durante uma acção de sensibilização (pacífica e cordata, como é timbre de quem usa farda e armas) para o uso de máscaras, como medida preventiva contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
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 Em retaliação, a esquadra local foi vandalizada pela população, que queimou “alguns meios que lá se encontravam”, acrescentou o Minint.

O autor do disparo, um soldado das FAA pertencente à 75.ª Brigada de Infantaria do Luzamba, “já se encontra a contas com a justiça”, adiantou a nota.

Nos últimos dias, dois jovens foram mortos pela polícia angolana em tentativas de dispersão de aglomerações. Na quinta-feira, um jovem de 14 anos foi vítima de um disparo da polícia, quando dispersava populares na praia das Tombas, em Benguela.

 No sábado, um outro jovem, de 21 anos, morreu na sequência de disparos efectuados por efectivos policiais, para dispersar um ajuntamento de pessoas na zona do Rocha Pinto, em Luanda.

 De acordo com a polícia, os cidadãos “partiram para agressão contra as forças da ordem, arremessando paus, pedras e garrafas”, mas familiares do jovem alegam ter sido morto porque não estava a usar máscara.

 A polícia angolana tem sido acusada, injustamente como se vê, de uso excessivo de força durante o estado de emergência, que Angola cumpre desde 27 de Março, para conter a pandemia de Covid-19.

Angola está a viver um momento particularmente difícil, do ponto de vista económico e social, agravado pelo coronavírus, que está a dar uma grande carona, ao regime, escondendo a sua crónica incompetência, má-gestão, logo é a bênção, do executivo, carente de financiamento externo e preso a um sufocante pacote do Fundo Monetário Internacional.

Uma bênção de que carecia o Titular do Poder Executivo face às falhadas políticas neoliberais, aplicadas pelo ministro de Estado, Manuel Júnior, responsáveis pela maior taxa de desempregados: 300 mil, em três anos.

Seguem-se a alta da inflação, desvalorização da moeda, preços elevados da cesta básica, transportes colectivos caros, sistemas de Educação especulativo e de fraca qualidade, tal como o da Saúde, insatisfação colectiva, fome, miséria e injustiças, tudo numa altura em que, para desgraça colectiva dos autóctones, a maioria sobrevivendo de “mixas” (empréstimo), ter de ficar confinada em casa, devido ao Covid-19, sem qualquer apoio financeiro do Titular do Poder Executivo.

 Assim, num extremo (populações) não vêem a hora de acabar esta maldita pandemia, que sufoca os pobres, no outro (executivo), ela deve perdurar, como esconderijo da crónica má-gestão da coisa pública.

 Mas como nada é eterno e, temendo, no final, um eventual, avolumar da insatisfação popular face à incapacidade de implementar políticas coerentes e eficazes de desenvolvimento agro-industrial, geradoras de emprego e estabilidade social, vão sendo aprovados decretos belicistas, revogadas leis e militarizadas cidades e regiões do país, sem consulta a Assembleia Nacional (único órgão legitimamente eleito, pelos cidadãos), nem informação fundamentada às populações.

 A proibição do Direito de Manifestação e Reuniões, consagrado na Constituição atípica (art.º 47.º), não pode ser, suspenso “ad eternum” com fundamento no estado de emergência, agravado, se efectivado, com a permissão dos agentes ditos públicos (SIC, SINSE, SIM), feitos “milícias de mortes selectivas” poderem entrar no domicílio do cidadão, encapuzados, quiçá, assassinando diante da mulher e filhos, como nas piores ditaduras, sem possibilidade de identificação, em contravenção ao art.º 33.º CRA atípica:

“1. O domicílio é inviolável.
2. Ninguém pode entrar ou fazer busca ou apreensão no domicílio de qualquer pessoa sem o seu consentimento, salvo nas situações previstas na Constituição e na lei, quando munido de mandado da autoridade competente, emitido nos casos e segundo as formas legalmente previstas, ou em caso de flagrante delito ou situação de emergência, pra prestação de auxílio.
3. A lei estabelece os casos em que pode ser ordenada, por autoridade competente, a entrada, busca e apreensão de bens, documentos ou outros objectos em domicílio”.

 Por outro lado e, mais grave, ainda, prende-se com o decreto de autorização de violação de correspondência e escutas telefónicas, contrariado pelo art.º 34.º CRA atípica:

 “ 1. É inviolável o sigilo da correspondência e dos demais meios de comunicação privada, nomeadamente das comunicações postais, telegráficas, telefónicas e telemáticas.
2. Apenas por decisão de autoridade judicial competente proferida nos termos da lei, é permitida a ingerência das autoridades públicas na correspondência e nos demais meios de comunicação privada”.

Do ponto de vista jurídico-constitucional não existe sustentabilidade, salvo a de estarmos na presença de um sonegamento da Lei Magna, por parte de quem a deveria cumprir e, mais grave, dos legisladores, guardiões da Constituição.

A Constituição da República de Angola, atípica, não prevê a pena de morte, por fuzilamento, mas desde o decretamento do estado de emergência, a arbitrariedade tem sido uma prática, com assassinatos, demolições de habitações e comércios, espancamentos indiscriminado de cidadãos, práticas só ilibadas com a vigência de Lei Marcial, capaz de pisotear a Constituição, a lei e os demais órgãos de soberania.

 As evidências político-jurídico estão à mão de semear, capitaneadas pela fanfarronice policial do subcomissário Valdemar José, ao humilhar, publicitando, depreciativamente, a identidade, personalidade e bom nome de membros de órgãos de soberania, mas caricatamente, preservando a de estrangeiros e, fundamentalmente, do passageiro 26, vindo de um dos voos internacionais.

A Polícia não pode ser confundida como braço paramilitar do MPLA, actuando com carga ideológica e selectiva de acordo com as “ordens superiores”.

* Entendemos bem o sofrimento do povo angolano mas sem surpresas, João Lourenço foi ministro da Defesa de "zedu", os procedimentos repressivos não mudaram.

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LEONOR ROSAS

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Por um ensino superior
feminista

Como feministas, devemos rejeitar uma estrutura de produção e transmissão do conhecimento que reproduza estereótipos, discriminações e violências de género.

As nossas universidades e politécnicos são ainda espaços nos quais a desigualdade de género está profundamente enraizada. A gestão e a direcção das instituições e o topo da carreira académica são ainda domínios altamente masculinizados. Simultaneamente, os currículos e os espaços de ensino são ainda dominados por um “olhar masculino” e por uma prevalência do sexo masculino. Como feministas, devemos rejeitar uma estrutura de produção e transmissão do conhecimento que reproduza estereótipos, discriminações e violências de género.

Em relação quer a matrículas, quer a conclusão de um curso no ensino superior, constatamos que as mulheres estão em maior número. Em todos os graus — licenciatura, mestrado ou doutoramento —, as mulheres são mais diplomadas. Apesar disto, tanto dentro como fora das instituições de ensino superior, somos quem ganha menos e quem menos acesso tem aos cargos de liderança. No mundo do trabalho, somos as mais expostas à precariedade e ganhamos cerca de menos 22% do que os homens e, por exemplo, somos apenas 6% dos conselhos de administração das nossas empresas. A desigualdade salarial faz com que as mulheres recebam o equivalente a menos 54 dias de trabalho do que os homens (link is external).

Ora, as instituições de ensino superior não fogem a esta regra: as mulheres, tendo menor acesso ao topo da carreira e a cargos de direcção, não estão em pé de igualdade com os colegas homens. Entre os 31 presidentes ou reitores das universidades e politécnicos portugueses, apenas cinco são mulheres (ISCTE, UCP, UAberta, UÉvora e IPCA). No que toca aos corpos docentes, os dados podem ser enganadores. Regra geral, existe uma relativa paridade entre homens e mulheres: em 2018, 55% dos docentes eram do sexo masculino e 45% do feminino. No entanto, esta paridade cinge-se maioritariamente à base da carreira. Ou seja, existe um grande número de professoras auxiliares e adjuntas. No topo da carreira, a situação é bem diferente: apenas uma em cada quatro professores catedráticos (25%) é do sexo feminino.

Uma das questões que mais continua a pesar é a da maternidade. As mulheres são ainda forçadas a escolher entre a maternidade e uma carreira académica de excelência, mesmo em famílias que não são monoparentais. Os homens, mesmo sendo pais, continuam a não ser confrontados com esta escolha, pois o trabalho doméstico e de cuidar das crianças continua a recair maioritariamente sobre as mulheres. Assim, estas estão expostas a uma dupla jornada de trabalho – como cientistas e como mães –, o que dificulta o seu estudo e a sua produção intelectual.

No ensino superior, continua a existir uma diferença substancial no capital simbólico atribuído aos cursos ditos “femininos” face aos ditos “masculinos”. Enfermeira ou educadora de infância são profissões às quais nos referimos no feminino pois são áreas tipicamente associadas às mulheres. Simultaneamente, são áreas desvalorizadas face à medicina (o médico) ou à docência no ensino superior (o professor). Historicamente, as mulheres foram relegadas para o papel de enfermeiras que funcionam, neste imaginário social machista, como uma espécie de ajudante do médico.

Durante o Estado Novo, ser professora primária era uma das poucas opções profissionais reservadas às mulheres. Ensinar crianças a ler e a escrever era considerada uma tarefa que casaria bem com a feminilidade e essência maternal das mulheres. Por outro lado, a vida das professoras primárias era altamente controlada e regrada. Pelo contrário, cursos como a Engenharia ou a Arquitectura são ainda cursos ditos “de homem”, nos quais as matemáticas e as ciências exactas, tendo grande importância, são consideradas como demasiado complexas para as mulheres.

Nas faculdades que leccionam esses cursos prevalece ainda um ambiente de masculinidade tóxica e de desvalorização do trabalho das mulheres. As estudantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) fizeram recentemente uma campanha na qual expuseram os insultos misóginos proferidos por professores e colegas homens — desde o assédio sexual à afirmação de uma natureza feminina inferior. Um dos exemplos mais chocantes que estas estudantes partilharam foi o de um professor que diz às suas alunas: “Mulheres em arquitectura só se for em cima do estirador”. 

Desde o ensino básico que nos apontam quais os cursos “masculinos” e “femininos”, que ouvimos piadas sobre as mulheres que se aventuram no mundo dos cursos destinados a homens: são frígidas, nenhum homem as vai querer, devem ser lésbicas. Isto incute em nós, desde pequenas, um sentimento de incapacidade e leva-nos a fazer escolhas diferentes das que faríamos se não fossem os preconceitos com quais crescemos.

No espaço das instituições de ensino superior estamos expostas a todo o tipo de violência sexual. Por um lado, as mulheres (alunas, docentes ou investigadoras) são vítimas de assédio por parte de professores e colegas: escutam piropos e comentários sobre a roupa e aparência e podem chegar a ser alvo de toques indesejados. Muitas vezes, são os próprios colegas homens que insinuam que os nossos resultados académicos se devem à nossa aparência física ou mesmo a favores sexuais. Por outro lado, a praxe perpetua fenómenos de violência machista. As raparigas são obrigadas a participar em actividades de cariz sexual humilhantes e os cânticos reproduzem a cultura da violação e estereótipos homofóbicos e misóginos. A violência sexual não pode ser tolerada dentro destes espaços. É imperativo que as vítimas possam denunciar os agressores (sejam professores ou colegas) e que as suas queixam não sejam desvalorizadas e remetidas para uma espiral infinita de burocracia.

O próprio conhecimento é iminentemente masculino. Os nossos currículos secundarizam a produção teórica das mulheres (e das pessoas não brancas), invisibilizando autoras que deram contributos importantes aos diferentes campos disciplinares. Simultaneamente, a produção científica das mulheres parece interessar apenas quando trata temas relacionados com a condição feminina. A modernização teórica que os nossos currículos necessitam não passa apenas por tornar visíveis as mulheres como sujeitos políticos e dar destaque às suas lutas, mas também por incorporar autoras do sexo feminino e dar espaço às teorias feministas. As análises feministas nas ciências sociais permitem-nos ter uma melhor compreensão das dinâmicas das violências sofridas pelas mulheres e das importantes lutas que foram travadas.

A luta feminista urge ser travada no campo da Academia, da ciência e das nossas instituições de ensino superior. Estudantes, professoras e investigadoras deparam-se com preconceitos, desigualdades e violências que lhes vedam o caminho a um pleno desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional. As faculdades devem ser espaços livres de opressões nos quais nos sentimentos seguras e onde não queremos ouvir comentários como: “As mulheres são como os diplomatas: quando dizem não querem dizer sim e quando dizem sim querem dizer não”. Apesar das dificuldades, nos últimos anos, cientistas, professoras e investigadoras têm vindo a afirmar teorias e escolas de pensamento feministas e a lutar pelo devido reconhecimento do seu trabalho científico.

Queremos que o conhecimento seja emancipatório e feminista e que as nossas instituições permitam que todas as mulheres se possam desenvolver livremente. Uma universidade verdadeiramente democrática e livre de opressões tem, necessariamente, de ser feminista.

 * Activista estudantil

IN "PÚBLICO"
11/05/20

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2274.UNIÃO



EUROPEIA

PORTUGAL
REGRESSO DO FUTEBOL


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HOJE  NO 
"i"
“Este presidente da Câmara de Lisboa
 é um zero à esquerda”

O presidente do ACP, Carlos Barbosa, critica as soluções de mobilidade para Lisboa e considera o autarca e o vereador desta pasta “incompetentes”.

Como está o setor automóvel depois de ter estado praticamente parado durante dois meses?
Com o país parado, os stands de automóveis estiveram fechados e o mesmo aconteceu com as oficinas. O mercado automóvel teve uma quebra brutal no que diz respeito a vendas porque as pessoas, quando compram um automóvel, gostam de ver o carro, gostam de se sentar, de ouvir o conselho do vendedor, e isso não era possível, o que fez com que se assistisse a uma baixa brutal de vendas às pessoas singulares. Por outro lado, as frotas dos rent-a--car também não foram renovadas devido à pandemia porque não sabiam o que ia acontecer. Não tendo turistas nem tendo pessoas que alugassem os carros, não iam estar a investir em novas frotas sem saber o que iria acontecer. Penso que agora, com a retoma lenta da economia, o mercado automóvel também vai retomar. As pessoas que queriam trocar de automóvel vão começar a pensar nisso, a ir aos stands, talvez menos do que antes da pandemia, porque muitas pessoas sentiram uma retração económica durante este período e quem está em layoff passou a ter ordenados mais pequenos. Mas penso que o mercado vai retomar lentamente.
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E AS TROTINETAS?
Mas não para os níveis que estávamos a assistir?
Não. Isso, para já, não. Até porque há aqui uma coisa que o Estado devia fazer para relançar o setor automóvel que era durante um ano ou dois – como outros países já fizeram, como o caso da Alemanha, na última grande crise de 2008 – retirar grande parte dos impostos para haver novo investimento. O Estado acaba por recuperar esse dinheiro quer no IVA, quer no IVA das portagens, no IVA da gasolina, do gasóleo, ou seja, numa série de impostos indiretos ligados ao setor automóvel. Quanto mais carros houver a circular, mais dinheiro do IVA entra nos bolsos do Estado.

Acha que, para os portugueses, a prioridade agora é trocar de carro?
Prioridade não será, se bem que acho que vai haver uma tendência muito grande das pessoas para voltarem a andar em carro próprio, porque têm medo de andar de transportes públicos. Vi uma reportagem sobre funcionárias que saem às 6h da manhã de casa, vão enlatadas nos transportes públicos para irem trabalhar nos hospitais e dizem que têm mais medo de andar nos transportes públicos do que estarem nos corredores dos hospitais onde estão os infetados. Acho que as pessoas vão voltar, inconscientemente, a andar no veículo que tinham, que tinha sido deixado de lado, para evitarem andar nos transportes públicos. Penso que agora vai haver uma retoma do carro individual porque as pessoas têm medo do contágio. Depois, progressivamente, não só esse carro vai ser trocado como, eventualmente, mais tarde voltarão aos transportes públicos, depois de passar esta pandemia. Mas ninguém sabe o que vai acontecer, se vai haver segunda volta do vírus, se não. Hoje em dia vivemos num clima de incerteza, vivemos quase no dia-a-dia. Mas evidentemente que as pessoas que precisam de trocar de carro já fizeram as contas para o poderem fazer. Mas como diz, e muito bem, muitos que pensavam isso antes da pandemia podem ter passado a ter outras despesas, desde computadores para os filhos, para a telescola, mais uma série de coisas, deixando de ter oportunidade de poder pagar a prestação de um automóvel.

Mas tal como acontece com a abertura dos restaurantes, em que muitas pessoas admitem que têm medo de entrar, não acha que pode também existir esse receio nos stands?
Vai ver os restaurantes cheios, ouça o que eu lhe digo. Porquê? Porque muitas pessoas que voltam ao trabalho não têm capacidade de poder levar a refeição para o escritório, ou porque a mulher não tem tempo de fazer, ou porque a mulher também chega tarde, ou porque têm de deixar os miúdos no colégio de manhã... sei lá, tanta coisa. E as pessoas vão ter de comer à hora do almoço. Por isso, obviamente, os restaurantes vão estar cheios e os take-aways também. Pode haver um pouco de receio ao princípio, mas ou com divisórias ou máscaras vai ver que, daqui a um ou dois meses, os restaurantes vão estar outra vez cheios. E nos stands vai ser igual. Hoje em dia entra-se num stand e é um espaço amplo. Para ter cinco, seis, sete viaturas em exposição é preciso ter um espaço amplo, as pessoas não precisam de estar todas em cima umas das outras. Além disso, os stands nunca têm muita gente, pode perfeitamente fazer-se a tal distância obrigatória. E mesmo que não pudessem, estou convencido de que os stands arranjariam maneira de isso acontecer.

* Ciclomedina, é pró menino e prá menina.

** Se desejar ler a totalidade da entrevista terá de comprar o formato de papel ou a assinatura digital.

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III Misterios Revelados

2- Funeral de Sangue


Maurício Souza
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11. Inesquecíveis Viagens
de Comboio

11.1 - Passeio pela RUSSIA


* Estas viagens que desfrutaremos são também observação atenta às pessoas com que o viajante se cruza, problemas sociais, conformismo e também ilusões, vai perceber porque as viagens são inesquecíveis.


FONTE:  Robalo 

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HOJE  NO 
"A BOLA"
Tribunal mantém multas de 
32 mil euros ao FC Porto

Supremo Tribunal Administrativo revogou a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto e manteve multa ao FC Porto no valor de 32 mil euros, devido ao comportamento dos seus adeptos em jogos referentes à época 2016/2017.
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coiTAD
Em causa no processo estão comportamentos dos adeptos nos jogos em casa com o Benfica (6 de novembro de 2016), com o Belenenses (29 de novembro de 2016), com o Vitória de Setúbal (29 de outubro de 2016) e com o Feirense (11 de dezembro de 2016).

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol tinha aplicado multas ao clube, que, por sua vez, recorreu ao TAD. Este órgão decidiu anular as multas, mas estas foram agora mantidas pelo Tribunal Administrativo.

* CoiTADs

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Ed Sheeran

Shape Of You


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HOJE  NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Padre benze fiéis com pistola 
de água benta nos EUA

Rev Timothy Pelc é um padre de Detroit, nos Estados Unidos da América. Foi fotografado a atirar água benta para a janela de um carro. Para abençoar o distanciamento social.

Um padre católico romano, na região de Detroit, nos EUA, recebeu os seus paroquianos com uma pistola de água benta. A medida foi tomada durante esta pandemia pelo novo coronavírus.
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A IRMÃZINHA USA PISTOLA DE ABSINTO
E ÁGUA BENTA, BEM MAIS ESPERTA
 As fotos postadas nas redes sociais pela Igreja de St Ambrose mostram o reverendo Timothy Pelc a atirar água para a janela de um carro, quando o veículo parou junto aos degraus da igreja.

O padre estava munido de máscara, viseira e luvas. As fotos do padre da igreja em Grosse Pointe Park foram tiradas na Páscoa, mas recentemente tornaram-se virais.
Um deles mostra o padre de 70 anos, no meio do fogo do inferno a dirigir a pistola de água para figuras parecidas com o diabo.

Pelc disse ao "Buzz Feed News" que estava um pouco preocupado com a forma como o Vaticano poderia reagir quando as fotos dele a esguichar água benta começassem a circular amplamente na internet. Todavia, referiu: "Ainda não ouvi nada".

A ideia era encontrar uma maneira de continuar a tradição de abençoar as cestas de Páscoa, apesar da pandemia. Uma foto mostra Pelc em pé atrás de um carro com a porta do carro aberta a atirar água para uma cesta de flores.

O padre admite que tem uma "mente muito maluca e uma congregação bastante recetiva".

A igreja e as comunidades vizinhas levaram a pandemia a sério, disse Pelc. Os paroquianos amarraram fitas azuis nas árvores da igreja por cada pessoa que morreu de covid-19, no estado do Michigan. Esse número está a chegar aos cinco mil, por estes dias.

Pelc espera começar a reunir pessoalmente com fiéis no próximo domingo, mas ressalva que tem sido difícil encontrar quem o ajude neste tempo de pandemia. "As pessoas dizem que não querem sair ainda. Ainda há muito medo por aí e eu não os culpo", terminou.

* Este padre anda anos a envenenar os fiéis com as mentiras mais sórdidas que alguma vez existiram, por último abençoa-os a tiro, aplaudamos....
A polícia também atira com canhões de água.

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Portugal bem português

V-História a História África/12
1- A Revolta do Radio Clube


O moderno colonialismo começa com a corrida pela partilha de África entre os impérios e países coloniais europeus. Proibido o tráfico de escravos, tratava-se de ocupar militar e administrativamente os territórios e de os explorar economicamente em novos moldes. É o início do ciclo africano do Império. 

Com autoria do historiador Fernando Rosas, “História a História” regressa aos ecrãs, desta vez exclusivamente dedicada à história colonial portuguesa em África. “História a História África é uma revisitação do colonialismo moderno português desde finais do séc. XIX até 1975, que contempla as políticas coloniais dos vários regimes deste período – Monarquia Constitucional, República, Estado Novo – das resistências a elas e dos seus desenlaces. 

O programa é baseado numa investigação feita em arquivos documentais e audiovisuais e vem inserir-se no debate em curso sobre as políticas coloniais portuguesas no mundo da sua época”, conta o Prof. Fernando Rosas. Filmada em Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Portugal, “História a História África” começa nas guerras de ocupação e nas “campanhas de pacificação”, no século XIX, e atravessa diversas dimensões da história imperial portuguesa: as políticas coloniais da Primeira República e do Estado Novo; os projetos de povoamento branco; as diferentes formas de exploração da mão-de-obra nativa e as políticas segregacionistas; as atrocidades cometidas pela PIDE nos territórios africanos; a manutenção da escravatura; os massacres não reconhecidos oficialmente; a origem dos movimentos de libertação; as grandes obras do império em Moçambique e Angola; a Guerra Colonial; a organização das lutas armadas; a insurreição dos colonos; o retorno. 

Pela mão do historiador Fernando Rosas visitam-se os espaços mais simbólicos e marcantes da história do antigo Império Português. Uma oportunidade única para ficar a conhecer alguns dos episódios da nossa história comum, como nunca antes foi contada. “História a História: África” é o resultado de dois anos de trabalho de investigação própria, recolha de materiais iconográficos e documentais, escrita dos guiões e gravações em África. 
Ao longo de 13 episódios serão abordados temas inéditos em televisão e mostrados locais de difícil acesso.

Um excelente trabalho de investigação  do Prof. FERNANDO ROSAS e uma extraordinária equipa da RTP para a execução desta série.


* Esta é uma compilação de séries pelo  nosso país não apenas pelas perspectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.


FONTE: Lusotropical

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O ᥙ́ᥣtιmo "BICHO"

BRUNO NOGUEIRA E NUNO MARKL
UMA OUTRA NOITE DE NATAL


FONTE:   Observador

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MACAU
1-𝒜𝒬𝒰𝐼 𝐻𝒜́ 𝐻𝐼𝒮𝒯𝒪́𝑅𝐼𝒜
Na China Nem Fortaleza Nem Padrão



FONTE:  TDM Portuguese News & Programs

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𝐒𝐚𝐛𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚 𝐮𝐦 𝐯𝐞𝐧𝐭𝐢𝐥𝐚𝐝𝐨𝐫 
𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐂𝐎𝐕𝐈𝐃-𝟏𝟗?



FONTE:  Integrando Conhecimento

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