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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
16/01/2025
VALENTINA MARCELINO
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Sabemos algumas coisas, mas é ainda muito pouco. Sabemos que ao mesmo tempo que a imigração aumentou, a criminalidade manteve a tendência descendente, apenas com ligeiras flutuações. Sabemos que, de acordo com um estudo da socióloga Catarina Reis Oliveira, ex-diretora do Observatório das Migrações, em municípios com maior peso de imigrantes a criminalidade desceu e que o rácio de crimes por total de residentes é mais baixo em municípios onde a população estrangeira tem mais impacto.
Também está registado que em 2017 (ano da mudança da lei que permitiu um maior fluxo migratório para Portugal) o número de cidadãos estrangeiros constituídos arguidos era de 2172 por cem mil estrangeiros residentes em 2021, esse número caiu para 74%.
Nestes cinco anos a população de outras nacionalidades aumentou de pouco mais de 400 mil para quase 700 mil (atualmente é mais de um milhão); sabemos ainda que, de acordo com a Direção-geral para a Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), a proporção de reclusos estrangeiros tem-se mantido na casa dos 15% desde 2017, mas fazendo as contas ao número de estrangeiros reclusos por 100 mil habitantes estrangeiros, tínhamos 251 em 2022, praticamente metade dos 508 de 2017.
E, claro, os dados estatísticos oficiais confirmam que foram os crimes em que as vítimas são os próprios imigrantes que mais aumentaram, como o tráfico de seres humanos e o auxílio às redes de imigração ilegal - e que foram recentemente travados com a decisão do Governo de acabar com as Manifestações de Interesse que permitiam a regularização já em território nacional, independentemente de ter entrado legal (com visto turístico, por exemplo) ou ilegal.
Mas ficam perguntas por responder. Uma delas é determinante: saber, destes estrangeiros, quantos são imigrantes, quantos residem no nosso país. Porque há estrangeiros detidos, como as “mulas” da droga e outros, que só estavam de passagem. Importante também saber o tipo de crimes mais frequente, zonas geográficas, padrões. Só assim é possível rebater desinformação.
É, por isso, uma atitude de quem não tem preconceito de enfrentar a verdade, seja ela qual for, a do primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao admitir levar à discussão no Conselho Superior de Segurança Interna a proposta da Iniciativa Liberal para que as estatísticas da criminalidade participada, publicadas no Relatório Anual de Segurança Interna, incluam informação clara e completa relativa ao género, idade, nacionalidade e tipo de autorização de residência ou permanência dos agentes dos crimes e das vítimas. Não se trata de um perfil racial, nem religioso, mas simplesmente informação importante para rebater ou confirmar se os imigrantes cometem mais crimes. Se a sociedade portuguesa está preparada para essa verdade é o que se vai saber. Pelo menos os decisores políticos vão estar munidos de factos para as suas políticas públicas.
* Jornalista, directora adjunta.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - 16/01/25.
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3941.UNIÃO
putin HUYLO
putin é um canalha.
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