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.IN "DINHEIRO VIVO" - 07/02/25.
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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Numa primeira reflexão, é preciso dizer que o caminho do sucesso não foi trilhado de forma rápida, nem fácil. Levou várias gerações até que a China se transformasse no que é hoje. E investimento sério e coordenado – onde também a mão de ferro de um regime, que nunca transitou para uma democracia, ajudou a criar. Durante anos, o país criou desta forma o ecossistema de produção ideal próspero que incluía infraestruturas fiáveis, fornecimento eficiente e acesso a financiamento.
Em segundo lugar, para além do tempo que investiu a construir este ecossistema, o gigante asiático é também um dos poucos países que também é rico em recursos naturais essenciais. A conjugação destes fatores ajudou as empresas a subir na cadeia de valor, desde a produção de roupas e brinquedos até telemóveis e veículos elétricos. A China concebeu as suas redes de produção para aproveitar ao máximo a sua força de trabalho. Ou seja, o que inicialmente começou por ser visto como um país de grande e mão-de-obra acessível, transformou-se num mercado apetecível, e capaz de produzir com qualidade também para fora de portas. Afinal, a mão-de-obra de baixo custo é abundante em muitas partes do mundo, desde África até à América do Sul – mas estas têm falhado em tornarem-se centros de produção, e dificilmente serão capazes de o fazer no curto prazo.
Por fim, e em face da polarização comercial, dos receios causados durante a pandemia, e aumento significativo das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos – as quais a Europa provavelmente acabará por acompanhar – os países e as grandes economias estão cada vez mais a adotar uma estratégia de diversificação. A chamada estratégia de “China mais um” está a conquistar adeptos, mas é muito complexa de materializar no curto prazo. No entanto, países como Índia ou México estão na primeira linha para o papel de diversificação das principais economias ocidentais, mas mais por questões de proximidade geopolítica, do que de economia e infraestrutura, onde claramente estão ainda a uma larga distância de poder substituir a China no papel de fábrica do mundo. No entanto, e como os desenvolvimentos dos anos recentes demonstram relativamente à Rússia, ficar em situação de elevada dependência de uma só nação constitui uma fragilidade. É preciso começar. Afinal, seja no mundo dos ativos financeiros ou na geopolítica, a diversificação é a chave principal de uma gestão equilibrada.
* Economista, e Presidente do Internacional Affairs Network
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3966.UNIÃO
putin HUYLO
putin é um canalha
* Filmado, editado, narrado e escrito por Carlos de Figueiredo.
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