19/04/2010

MÁGICO

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EMÍDIO RANGEL

Coisas do Circo

Caro Santana Lopes

Qualquer badameco escreve uma prosa contra o Primeiro-Ministro e fica bem na fotografia. Li a coluna de opinião que todas as semanas publica num jornal de má fama. Resisti a responder-lhe porque, com excepção de alguns equívocos e interpretações erróneas, é um desabafo que não ofende ninguém.

Tudo ponderado, achei que devia aproveitar a ocasião para esclarecer, mais uma vez, esta coisa horrenda que é ser um homem de convicções, sem telhados de vidro, num País de sacanas. E faço-o a pretexto da sua página porque se há alguém que me conhece bem como homem e jornalista é de certeza o Pedro. Vamos às questões de fundo. Em primeiro lugar, eu nunca na vida misturei notícia e opinião, nem servi duas causas incompatíveis – fazer jornalismo e política ou relações públicas.

Como qualquer pessoa, não me liberto dos meus subjectivismos pessoais, mas ao longo de uma vida inteira sempre soube de forma isenta, independente, séria e profissional, dirigir com equidade os órgãos de comunicação social de que fui director. A TSF, a SIC nos seus primeiros dez anos e muitos outros meios falam por mim e pelo meu trabalho. Dezenas de Jornalistas que formei e dirigi ou com quem fiz equipa demonstram-no sem ambiguidades. Hoje, estou afastado da vida jornalística activa (fui saneado mais uma vez pelo PSD) e exprimo a minha opinião e os meus pontos de vista quando me convidam para o efeito. Aí sou um cidadão com direito a opinião, num País livre. Sou só uma pessoa que tem respeito e consideração por José Sócrates. Quase não tenho contacto com ele. Nunca troquei nada com ele. Ele nunca me concedeu benefícios. Nunca lhe pedi nada. Nem ele a mim. Nem para o defender lhe pedi autorização. Eu defendo-o porque lhe reconheço mérito e uma enorme capacidade de servir o País e de fazer sacrifícios para o tornar melhor.

Mas também o defendo porque nunca vi um Primeiro-Ministro ser tão violentamente atacado por medíocres, cobardes, vermes, comprados para a tarefa de o aniquilar nos jornais. Nenhum Primeiro-Ministro no mundo, alguma vez, se sujeitou a tantos vexames, sem nunca mudar de caminho, sem nunca retaliar, sem nunca usar o seu poder para calar, acima de tudo, sem ceder à tentação de mandar tudo às urtigas e ir de férias.

Sei que escolhi o caminho mais difícil porque, nos dias que correm, não custa nada atacar e dizer mal de tudo. Qualquer badameco escreve uma prosa contra o Primeiro-Ministro e fica bem na fotografia. Por estranho que lhe pareça, meu caro Pedro, eu sou assim.

in "CORREIO DA MANHÃ"
17/04/10

PEDRO BARROSO

5 - NOS BASTIDORES DA CIÊNCIA




JULGUE POR SI
UMA PRODUÇÂO DO INSTITUTO NINA ROSA

O 24 E O 25 DE ABRIL


AOS NOSSOS VISITADORES

A propósito do 24 e do 25 de Abril decidiu "a peida é um regalo...do nariz a gente trata", abrir um concurso de textos
versando o tema proposto.

Como sempre, sem censura, serão publicados todos os textos recebidos e premiado aquele que no concelho de
pensionistas receba maior consenso.


O prémio será uma dúzia de garrafas de muito bom vinho escolhido pelo pensionista de serviço e pago do bolso do lar redactorial.


Já sabem calúnias, e grosserias serão excluídas.

Envio de textos ou imagens até 21/04/10 para "apxxdxdocorreio@gmail.com"



ABJEIAÇOS

PREÇOS DE 1980

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Smoking....



enviado por E. FRANÇA

FANTÁSTICO

MONTSERRATE

TENHA UM BOM DIA


A promessa não foi cumprida. Os médicos dentistas da Região Norte continuam à espera do pagamento da maioria das consultas dadas no âmbito do Programa Nacional de Saúde Oral. Apesar de haver dinheiro. O caos nos serviços só regularizará em Junho.

A garantia dada ainda muito recentemente pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde era de que a pagamento dos cheques-dentista aos profissionais que tratam pacientes encaminhados pelos centros de saúde entraria nos eixos no passado dia 31 de Março.
"JORNAL DE NOTICIAS"


Os juros dos seguros contra o eventual incumprimento do reembolso da dívida nacional (os credit default swaps) subiram para 204 pontos-base, quando na sexta-feira eram de 195 pontos.
Na imprensa internacional continua a especular-se sobre a situação financeira portuguesa, e as suas possíveis consequências. Hoje, no Telegraph, um texto de opinião questiona se a Alemanha também vai ter de financiar Portugal.
A comparação do peso das dívidas públicas portuguesa e grega é contratada com o peso das dívidas dos respectivos sectores privados, e o país não sai muito bem na imagem.
A dívida pública nacional deverá representar este ano 86 por cento do PIB, enquanto a grega representará 124 por cento. Mas a dívida provada nacional era 239 por cento do PIB em 2008, face a 129 da grega, de acordo com um analista do Deutsche bank citado no Telegraph
"PÚBLICO"

O advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes, disse esta segunda-feira na terceira ronda de alegações finais que já disse aos arguidos e aos seus colegas da defesa para “se preparem para um condenação” face às alterações não substanciais comunicadas pelo tribunal em Novembro.
"CORREIO DA MANHÃ"

Os investidores individuais com carteiras de média e grande dimensão podem contornar facilmente a tributação das mais-valias mobiliárias que o Governo aprova esta quinta-feira em Conselho de Ministros: basta criarem uma SGPS ou colocarem as participações numa sociedade estrangeira.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

A maioria dos desempregados ainda não recebeu o subsídio de desemprego referente ao mês de Março. Um atraso que, apurou o DN junto do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, está a afectar cerca de 360 mil pessoas. O gabinete da ministra Helena André justifica a situação com um "problema informático no processamento dos subsídios".
No entanto, para a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP-IN), este é o resultado visível da política do Governo para a função pública, que levou à "saída em massa" de trabalhadores para a reforma, fazendo com que a administração deixe de ter capacidade de resposta e acabe a degradar os serviços que presta.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"



ARY DOS SANTOS

A M Á L I A

MEMÓRIAS - AMILCAR CABRAL



















1924, 12 de Setembro: Nasce em Bafatá, Guiné - 1932: Vai para Cabo Verde - 1943: Completa no Mindelo o curso liceal - 1944: Emprega-se na Imprensa Nacional, na Praia - 1945: Com uma bolsa de estudo, ingressa no I. S. Agronomia, em Lisboa - 1950: Termina o curso e trabalha na Estação Agronómica de Santarém - 1952: Regressa a Bissau, contratado para os S. Agrícolas e Florestais da Guiné - 1955: O governador impõe a sua saída da colónia; vai trabalhar para Angola; liga-se ao MPLA - 1956: Criação em Bissau do PAIGC - 1960: O Partido abre uma delegação em Conacri; a China apoia a formação de quadros do PAIGC - 1961: Marrocos abre as portas aos membros do Partido - 1963, 23 de Janeiro: Início da luta armada, ataque ao aquartelamento de Tite, no sul da Guiné; em Julho o PAIGC abre a frente norte - 1970, 1 de Julho: O papa Paulo VI concede audiência a Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos; 22 de Novembro: O governador da Guiné-Bissau decide e Alpoim Calvão chefia a operação de "comando" "Mar Verde" destinada a capturar ou a eliminar os dirigentes do PAIGC sediados em Conacri: fracasso! - 1973, 20 de Janeiro: Amílcar Cabral é assassinado em Conacri.

A NOITE DOS FACAS LONGAS

O cenário: uma casa branca, isolada, de um só piso, um largo terreiro à volta, uma enorme mangueira em frente da casa, um telheiro que serve de garagem; em Conacri, capital da República da Guiné, de que é Presidente Séku Turé. O tempo: três da madrugada do dia 20 de Janeiro de 1973. A acção: um carro, um Volkswagen, que o condutor arruma no telheiro. Dois faróis projectam a luz para os ocupantes do veículo que são Amílcar Cabral e a sua segunda mulher, Ana Maria. Uma voz ríspida vem da noite e ordena que amarrem Amílcar. Este resiste. Não deixa que o atem. O comandante do assalto dispara. Atinge-o no fígado. Amílcar, sentado no chão, propõe que conversem. A resposta é uma rajada de metralhadora que acerta na cabeça do fundador do PAIGC. A morte é imediata. Os autores do atentado: Inocêncio Kani, que dispara primeiro, um veterano da guerrilha, ex-comandante da Marinha do PAIGC; membros do Partido, todos guineenses.

Noutros pontos da cidade, onde se alojam os cerca de meio milhar de combatentes do PAIGC, grupos pertencentes à revolta aprisionam os restantes dirigentes sediados em Conacri: Aristides Pereira, Vasco Cabral, José Araújo, entre outros. São todos transportados para uma vedeta que zarpa para Bissau. Seku Turé recebe no palácio presidencial, a 21 de Janeiro, os cabecilhas da rebelião. Tudo leva a crer que apoia os assassinos de Cabral. Mas, surpresa: o Presidente da Guiné-Conacri não dá cobertura. Manda prender os conspiradores, ordena ao Exército que detenha todos os elementos do PAIGC, intercepta, em pleno mar, o barco que leva os prisioneiros para Bissau. Uma comissão internacional, indigitada por Séku Turé, elabora um inquérito sobre os acontecimentos. A pouco e pouco, os antigos dirigentes do PAIGC são libertados. O Conselho Superior de Luta do Partido decide ir mais longe na investigação.

A partir daí, uma teia de denúncias, traições e intrigas vai acelerar as conclusões. Cerca de uma centena de membros do Partido são indiciados, julgados, fuzilados. Entre eles, está a maioria dos culpados, mas estão, também, muitos inocentes. Era inevitável que assim acontecesse. A morte de Amílcar Cabral, o chefe quase incontestado, desencadeia ódios e paixões e, nesse ambiente, difícil seria que a justiça fosse completamente isenta. Para mais, num clima de guerra contra o colonialismo português que ninguém quer abrandar.

De facto, o Exército Português nada lucra com o assassínio. A guerrilha intensifica a acção. Em Março de 1973, dispõe dos mísseis terra-ar "Stella" que retiram a supremacia aérea às forças portuguesas. Em Maio, Spínola, governador da Guiné, avisa o ministro Silva Cunha: "Aproximamo-nos, cada vez mais, da contingência do colapso militar". A 24 de Setembro, nas matas de Madina do Boé, o PAIGC declara, unilateralmente, a independência da Guiné-Bissau.

in "vidaslusofonas.pt"

BAU DAS MEMÓRIAS



Nesta semana e até 23 de Abril decidimos editar algumas recolhas efectuadas
no Baú das Memórias.
São pessoas e factos que têm a ver com PORTUGAL e milhares de pessoas e
factos permanecerão no Baú.
Por ora, três inserções por dia entra as 12H00 e as 12H30

A REDACÇÃO

ACROBACIAS

JORNAIS DE HOJE

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