15/02/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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O QUE NÓS 

"CONSUMIMOS"





COMBUSTÍVEIS, IGUAL AO LITRO?





* Com a garantia DECO


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6-LUSITANAS

DAS PISTAS

NAIDE GOMES
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O CRESCIMENTO DOS MERCADOS















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ANDRÓGINAS

CASEY LEGLER

STELLA TENNANT

FREJA BEHA ERICHSEN

ELEONORA BOSÉ

SVETLANA LAZAREVA

JAMIE BOCHERT

KRISTEN McMENAMY

SASKIA DE BROW

ALANA ZIMMER

PATRICIA VAN DER VLIET

YULIA LOBOVA


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5-LUSITANAS

DAS PISTAS


SARA MOREIRA

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AS GRANDES
NAVEGAÇÕES
5-A COR DO PAU BRASIL



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4-LUSITANAS

DAS PISTAS

DULCE FÉLIX
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Jaap de Roode


Como as borboletas

se automedicam



Assim como nós, a borboleta-monarca fica doente por causa de um parasita desagradável. Mas o biólogo Jaap de Roode percebeu algo interessante nas borboletas que estudava: borboletas fêmeas infectadas escolhiam pôr seus ovos em um tipo específico de planta que ajudava suas crias a não adoecerem. Como elas sabem escolher essa planta? Digamos que seja "o outro efeito-borboleta", que pode nos ensinar a criar novos medicamentos para tratar doenças que acometem seres humanos. 
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3-LUSITANAS

DAS PISTAS


SUSANA FEITOR
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MANUEL CARVALHO DA SILVA

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O valor do
 trabalho trucidado

Vivemos uma semana com um enorme leque de notícias, de grande impacto a merecerem análise: monumentais fugas ao Fisco, manipulações bolsistas e o "nervosismo" dos mercados, negociações e tensões entre a União Europeia e a Grécia, a guerra na Ucrânia e outras guerras e loucuras.

 Este turbilhão de acontecimentos noticiados ora num sentido, ora noutro distancia-nos das origens dos problemas e até do brutal sofrimento humano associado, tornando quase natural que à nossa volta se desrespeitem direitos humanos e os direitos mais elementares no trabalho. Convivemos quase pacificamente com salários e pensões baixíssimos, com ausências do direito universal à saúde, à justiça, à educação.

Passos Coelho, o primeiro-ministro europeu em funções mais subserviente e submetido a interesses estrangeiros, diz agora não ter qualquer preconceito contra o Governo grego, mas antes catalogou o seu programa de "conto de crianças", persistindo em apresentar Portugal como um país no bom caminho e cumpridor de "um programa com êxito". O país de êxito de Passos Coelho e quejandos é, este sim, um conto de embalar, onde não entra a realidade de cada vez mais pessoas alienadas dos seus direitos de cidadania e do trabalho tornando-se atividade de sujeição inevitável, a aproximar-se da escravidão.

O presidente da República (PR) prosseguindo nos seus discursos de hipocrisia política, alerta os portugueses para o custo da solidariedade com a Grécia, pois "significa muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses", escamoteando de forma inadmissível uma questão fundamental que ninguém de bom senso, na Europa e no Mundo, ignora: a Grécia é uma parte importante da UE e a solução dos gravíssimos problemas com que se depara é de vital importância para todos os europeus e não só.

Dezenas de milhares de milhões de euros foram sacados aos trabalhadores e ao povo português, através dos "negócios" BPN, BPP, BES/GES, swaps, PPP e dos processos de privatizações, com o PR a assistir impávido ou a credibilizar alguns deles. Desde que é presidente, os trabalhadores e os desempregados ficaram mais desprotegidos, com leis injustas e imorais, que ele candidamente promulgou. As transferências de rendimentos do trabalho para o capital somam milhares de milhões de euros por ano e o senhor presidente nada diz.

Esta semana ficamos a saber que dos cerca de 25 mil doutorados que o país tem, 40% trabalham com um vínculo precário e não chega a 4% o número de doutorados a trabalharem em empresas privadas. Quão importante seria termos um presidente que tomasse a sério um tema destes e o colocasse em análise na sociedade.

Soube-se também que o trabalho à jorna no Serviço Nacional de Saúde - feito por médicos, enfermeiros e outros profissionais qualificados - propicia às multinacionais que intermedeiam a colocação desses trabalhadores, um negócio de mais de 70 milhões de euros por ano.

Recentemente veio ao meu encontro um trabalhador de uma empresa do ramo alimentar que está há seis anos a desempenhar funções de chefia (situação confirmada por escrito), mas que não recebe os 60 euros mensais de diferença a que tem direito. Sente-se profundamente injustiçado, mas a sua esposa trabalha na mesma empresa e sempre com contratos a prazo: sabe que se reclamar ela será despedida. Quantos milhares de portugueses vivem estes dramas......

As empresas são negociadas ou "reestruturadas", como acontece hoje com a Efacec, a PT e outras, e os direitos dos trabalhadores são cilindrados no meio desses processos. Os despedimentos já não são fundamentados e os patrões ou acionistas envolvidos nem se detêm uns segundos para assumir compromissos com os trabalhadores. A destruição da contratação coletiva é um dos maiores crimes contra a existência de um sistema de relações laborais sustentador de um modelo de desenvolvimento para o país. Essa destruição instala nas práticas patronais uma atuação unilateral e de absoluta impunidade.

Por muito que andemos ocupados com outras grandes preocupações, não deixemos que trucidem os direitos a um trabalho digno, a salários justos, ao controlo do tempo de trabalho. Essa é a via mais rápida do retrocesso social e do desastre económico e político.

INVESTIGADOR E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
14/02/15


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424.UNIÃO


EUROPEIA


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2-LUSITANAS

DAS PISTAS


JESSICA AUGUSTO

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 BIENAL DE COCHIM
ARTE COM TEMPERO INDIANO



* Uma produção "EURONEWS"


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4-HISTÓRIA
ESSENCIAL
DE PORTUGAL
VOLUME IV


O professor José Hermano Saraiva, foi toda a vida uma personalidade polémica. Ministro de Salazar, hostilizado a seguir ao 25 de Abril, viu as portas da televisão pública abrirem-se para "contar" à sua maneira a "HISTÓRIA DE PORTUGAL", a 3ª República acolhia o filho pródigo. Os críticos censuraram-no por falta de rigor, o povo, que maioritariamente não percebia patavina da história do seu país, encantou-se na sua narrativa, um sucesso. Recuperamos uma excelente produção da RTP.

 
 
FONTE: SÉRGIO MOTA 
 

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores. 

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1-LUSITANAS

DAS PISTAS

PATRÍCIA MAMONA

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 Hilary Hahn


Paganini-Caprice 24


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ESTA SEMANA NO
"OJE"

Estudantes europeus contam 
história do Funchal a turistas

Jovens estudantes oriundos de vários países europeus estão a orientar visitas guiadas no Funchal, no âmbito de um projeto desenvolvido pela Associação Académica da Universidade da Madeira (AAUMA), revelou Carlos Diogo, desta organização.
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“Não são mais do que visitas guiadas a pontos históricos da cidade do Funchal e que são realizadas, quer por estudantes da Universidade da Madeira, quer por voluntários europeus”, explicou, acrescentando que nestes percursos os “guias” utilizam várias línguas, como português, espanhol, inglês, francês, polaco e grego.

Segundo Carlos Diogo, o projeto “History Tellers” consiste em “levar as pessoas [turistas] a esses locais da cidade, contando o Funchal do passado, no Funchal do presente”, sendo um projeto desenvolvido de “segunda-feira a domingo, inclusive nos feriados”.

O ‘History Tellers’ tem um espaço dedicado numa zona comercial da cidade do Funchal, o Armazém do Mercado, e o programa é desenvolvido por jovens provenientes de outras partes da Europa ao abrigo do Programa Erasmus Plus, os quais se candidataram a trabalhar com a Associação Académica da Universidade da Madeira.

O objetivo do ‘History Tellers’ é desenvolver competências nos jovens participantes, nomeadamente ao nível da investigação, “orientados pelos professores da universidade”.

Os jovens que estão a participar neste projeto são oriundos de várias áreas científicas, já formados, mas que optaram por não começar a trabalhar profissionalmente logo após terminarem o curso.
Quando chegam à região recebem formação e, “ao mesmo tempo, ajudam na investigação” da história da cidade, disse Carlos Diogo à agência Lusa.

“Vamos a locais como a Capela do Corpo Santo [zona velha da cidade do Funchal] e explicamos por que razão é que aquela capela lá se encontra e como é que surgiu, que funções teve para a população da cidade, bem como toda a envolvência física à volta da estrutura, de forma a levar as pessoas para as épocas passadas”, exemplificou.

Até ao momento foram implementados dois percursos, um na zona velha da cidade, por ser o primeiro burgo quinhentista, e outro na parte mais ribeirinha do Funchal.

Carlos Diogo frisou que as marcações para as visitas devem ser prévias, com um mínimo de 24 horas de antecedência, ainda que os percursos sejam feitos a qualquer hora, dependendo apenas do horário de funcionamento do espaço que ocupam no Armazém do Mercado.

As visitas podem ser feitas apenas com uma pessoa e um máximo de 30, custando cinco euros por cada uma, e demoram cerca de uma hora.

* Uma bela ideia.

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 Ocean Gravity

O fundo do mar é um mundo com ausência de gravidade

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Mensagem de jovem a favor do aborto torna-se viral

A pedagoga Gabriela Moura publicou na sua página no Facebook que era contra a discriminação do aborto. Pouco tempo depois, a sua mensagem tornou-se viral.
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Gabriela Moura está grávida do seu segundo filho e a primeira gravidez não foi planeada. No seu texto diz que sempre teve apoio dos seus familiares e que ambos os filhos foram desejados, mas isso não faz com que se sinta solidária com as outras mães, bem como as suas escolhas.

"Eu sou totalmente favorável à discriminação do aborto, ao respeito às mulheres, as suas escolhas e os seus corpos. Sou solidária para com as minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas gestações", escreve a jovem. "Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas", adiantou.

*  Nós somos a favor da Interrupção Voluntária da Gravidez, sem discriminar absolutamente ninguém!

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LÁCTEO GOURMET

















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ESTA SEMANA NO
"NOTÍCIAS MAGAZINE"

Sete ideias para elevar o ânimo

Se é daqueles que sofrem com a falta de luz solar e, nesta altura do ano, tudo lhe parece desinteressante e sombrio, recorra a estratégias simples para romper a rotina invernal. Pequenas mudanças bastam para garantir melhor humor e mais bem-estar.

1.
COMECE O DIA COM BOA ATITUDE
O ideal seria acordar natural­mente, sem o toque do desper­tador. Mas quem vive hoje no mundo ideal? A alternativa é usá-lo a seu favor. Escolha um com alarme à prova de pregui­ça e de cobertores, mas com som suave e crescente, e programe–o para dez minutos mais cedo. 


Não se vire para o lado, aprovei­te esse tempo para sentir o cor­po, espreguiçando-se ainda en­tre lençóis. Esse gesto simples, além de ajudar a despertar, es­timulando a circulação, previne também golpes de frio ao sair da cama bem como dores nas cos­tas e cansaço generalizado ao longo do dia. Sim, não é mania sua, o organismo precisa mesmo de um tempinho, especialmente no inverno, para começar a fun­cionar. Antes de saltar da cama, devagar e sem gestos bruscos, dê também graças a mais um dia que, mesmo sendo de chu­va e frio, trará bons momentos. Como todos trazem afinal, se permitirmos.

2.
ESCUTE UMA CANÇÃO POSITIVA
O que não faltam são estudos a confirmar o poder da música no bem-estar físico e emocional. Os cientistas garantem que escutar um determinado tema não mo­difica somente a forma como nos sentimos mas altera também o ritmo cardíaco e respiratório, a pressão sanguínea, a produção hormonal ou as ondas cerebrais. O que espera, então, para erradi­car da lista musical matinal os te­mas lamechas e sorumbáticos? Troque-os por sons que o ali­viem das sombras invernais e lhe tragam boa disposição. Pa­ra afastar o cansaço e aumen­tar a motivação, os especialis­tas aconselham música mexida e estimulante, capaz de disparar a produção de endorfinas e adre­nalina. Se o objetivo for acalmar o espírito e o stress, opte por uma seleção suave e melódica.

3.
ALMOCE COM AMIGOS
Uma vez por semana, pelo me­nos, esqueça a marmita e os co­legas do escritório e aposte nu­ma dose de mimo. Estar com amigos durante a semana, a meio de um dia de trabalho, ali­via qualquer mau humor. Mes­mo com os minutos contados, o encontro não só ajuda a reduzir o stress como permite deitar cá pa­ra fora ansiedades e preocupa­ções típicas dos dias curtos des­ta estação e não só. E a ciência, o que diz sobre estas escapadi­nhas? Está de acordo, claro. Afi­nal está provado que as ligações emocionais têm um poder cura­tivo. Ter amigos e estar com eles contribui claramente, garantem os cientistas, para viver mais e melhor. E se pelo meio existirem risadas soltas tanto melhor.

4.
TENHA A NATUREZA À VISTA
Ter a natureza por perto é um bálsamo contra as disposições mais sombrias. Mesmo que se­ja apenas uma jarra com flores coloridas ou um vaso com uma planta verdejante. Numa épo­ca em que lá fora reina o reco­lhimento e as árvores enfren­tam despidas os elementos, esse contacto, mesmo caseiro, com o mundo natural traz a lembran­ça dos dias longos, soalheiros e passados ao ar livre. São vários os estudos que têm, afinal, com­provado a importância do con­tacto com o verde. «Sem ve­getação, somos criaturas di­ferentes», disse Frances Kuo, investigadora da Universidade do Illinois, alertando que uma existência sem árvores potencia a agressividade. E, nalguns ca­sos, pode gerar quebras físicas e psicológicas.

5.
TOME BANHOS DE LUZ
Ela pode estar disponível du­rante poucas horas e ser me­nos luminosa, mas a nós, bem colocados na Europa do Sul, não nos falta. Portanto, toca a aproveitá-la para dissipar as nuvens negras. Logo pe­la manhã, faça-se da ida para o emprego o bilhete para go­zar os primeiros raios de sol ou use-se a hora de almoço, mais quentinha, para um pas­seio pelos arredores ou uma visita ao jardim. Já não é se­gredo: hoje sabe-se que a luz ultravioleta vai muito além da pele, alcançando as profun­dezas do sistema nervoso e le­vando ao aumento da produ­ção de endorfinas, as hormo­nas da felicidade, bem como de serotonina, neurotrans­missor ligado à sensação de bem-estar. Depois, claro, a luz solar é imprescindível para a obtenção da multifuncional vitamina D.

6.
FAÇA EXERCÍCIO LIGEIRO
Dizem os entendidos, como os autores de um estudo publica­do na revista científica Journal of the American Medical Associa­tion, que não vale a pena entre­gar-se a disciplinas intensas para correr com os maus hu­mores e aumentar a resistência do organismo. Caminhadas ao ar livre, passeios de bicicleta, braçadas na piscina ou aulas de dança são hipóteses mais li­geiras e com resultados garan­tidos, não só na conquista do bem-estar mental como físico. E que o mau tempo não sirva de desculpa. Protegidos com a roupa adequada, o embate do frio pode ser revigorante, aju­dando a dissipar pensamentos negativos. Caso se arrepie, op­te pelos ambientes interiores. Mas esqueça as tardes no sofá e mexa-se!

7.
DESCANSE MAIS
Se os dias escuros desta esta­ção lhe dão sono, durma. Aque­ça o quarto, vista um pijama largo e confortável e vá para a cama mais cedo. É natural nes­ta altura do ano sentirmos um maior apelo ao repouso. Afinal, à medida que as noites vão sen­do mais longas, aumenta a pro­dução de melatonina, a hormo­na que estimula o sono. Sem exageros, mas também sem as culpabilidades instigadas por uma sociedade que acredita na mais-valia da falta de descan­so, aproveite esse apelo ao re­colhimento para regenerar o corpo e a mente, deixando que as forças curativas do organis­mo façam a sua magia e lhe tra­gam energia renovada na pri­mavera.

RECARREGUE AS BATERIAS
A energia anda a bater no vermelho? Descubra três práticas milenares com provas dadas no aumento da vitalidade.
YOGA: através das suas posturas, assentes em exercícios respiratórios, trabalho muscular suave e muita concentração, estimula a energia disponível. Além disso, os praticantes ga­rantem que afasta a sonolência típica desta estação.
MEDITAÇÃO: estudada nas últimas décadas, são muitos os benefícios que lhe são reconhecidos, não só na obtenção de bem-estar mental como físico. No mindfulness, por exemplo, a atenção é centrada no aqui e agora. Resultado? Muito do stress e das preocupações que alimentam o desassossego ficam sem lastro para crescer.
TAI CHI: baseada em movimentos lentos e ritmados, que estiram suavemente o corpo e ajudam à concentração no momento presente, esta técnica trabalha diretamente a energia vital, ensinando a fluir, com mais sabedoria, pelas distintas situações da vida.

* Leia bons conselhos.


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 HABILIDADES CANINAS

Jack Russel Terrier
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ESTA SEMANA N0
"SOL"

Fisco conhece ao pormenor
 contas na Suíça

A administração fiscal sabe quem são os portugueses que têm hoje conta bancária aberta na Suíça e qual o montante das poupanças. «Em resultado do Acordo de Troca de Informações Fiscais celebrado entre Portugal e a Suíça em 2012, a Autoridade Tributária tem hoje informações precisas sobre contas bancárias na Suíça de contribuintes portugueses», afirmou fonte governamental ao SOL. E o caso Swiss Leaks vai aumentar ainda mais a pressão das Finanças, que podem solicitar o levantamento do segredo bancário e a troca de informações.
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Mediante um pedido fundamentado, a Autoridade Tributária acede agora a informação bancária de contribuintes portugueses, o que permite despistar quaisquer suspeitas de fraude e evasão fiscal. Esta é a principal alteração desde a assinatura do acordo bilateral com os helvéticos. Antes, o segredo bancário suíço só era quebrado perante a existência de suspeitas de outros crimes, como corrupção ou branqueamento de capitais.

Mas se no presente os contribuintes com rendimentos de capitais obtidos no estrangeiro estão a ser vigiados, a identificação da maioria dos 611 portugueses com contas abertas na filial suíça do HSBC em 2007 permanece ainda uma incógnita. O Fisco «já pediu formalmente ao Consórcio de Jornalistas que lhe seja enviada a lista, que será cruzada com elementos que a Autoridade Tributária já dispõe sobre esta matéria», afirmou a mesma fonte. Em simultâneo, também o Ministério Público está a tomar diligências para recolher todos os elementos sobre o assunto.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) identificou 611 contas bancárias de cidadãos com ligações a Portugal que estão potencialmente envolvidos num esquema de fraude fiscal, no valor de 857 milhões de euros (969 milhões de dólares). A escassez de informação mais detalhada impede a Autoridade Tributária de indicar se este volume de poupanças foi entretanto declarado em Portugal.

Ainda assim, a receita fiscal potencial envolvida tem um peso limitado nos impostos arrecadados pelo Fisco. Assumindo um cenário em que os 611 depósitos na Suíça aderiram aos perdões fiscais de 2010 e 2012 para repatriamento de capitais, a cobrança de impostos estaria entre 42,9 milhões e 64,3 milhões de euros.

Os cálculos consideram as taxas de 5% e de 7,5% aplicadas em 2010 e 2012 sobre o património detido no estrangeiro, nas amnistias fiscais baptizadas de Regimes Especiais de Regularização Tributária (RERT).

Os portugueses que aderiram aos três perdões fiscais - houve um outro 2005 - declararam 4,6 mil milhões de euros de verbas 'escondidas' na Suíça - cerca de 76% dos activos totais declarados. Dos 387,5 milhões de euros arrecadados pelo Estado em impostos nos três RERT, as contas oriundas da Suíça contribuíram com mais de 301 milhões de euros.

220 clientes com passaporte português
Os contribuintes que aderiram às amnistias ficaram protegidos do crime de fuga fiscal. No caso Swiss Leaks permanece a dúvida se os titulares das 611 contas serão ou não suspeitos de fraude fiscal - não é crime ter um depósito fora do país - e se ainda mantêm a conta.

A investigação internacional ressuscitou a famosa 'Lista Lagarde', assim baptizada quando, em 2010, a então ministra das Finanças francesa partilhou informações com os parceiros europeus sobre clientes que escondiam as suas fortunas no HSBC. Agora, o consórcio de jornalistas divulgou que mais de 106 mil clientes de 203 países tinham 100 mil milhões de dólares escondidos e decifrou o esquema utilizado pela filial suíça para simular a identidade dos seus clientes, facilitando a fuga ao fisco nos países de origem.

O ICIJ divulgou apenas alguns nomes conhecidos mundialmente (ver texto ao lado). A lista portuguesa posiciona-se no 45.º lugar do ranking de países com montante mais elevado. Dos 611 clientes, 220 tinham passaporte ou nacionalidade portuguesa. Mais de metade das contas dos portugueses estavam numeradas, o que significa que garantiam o sigilo quanto ao titular e montante. Este dado revela uma maior preocupação dos portugueses em esconder o seu património, uma vez que a média mundial de contas numeradas fixou-se em pouco mais de um terço.

Vinho do Porto no radar
O site Maka Angola, do jornalista e activista Rafael Marques, divulgou o nome de alguns portugueses que alegadamente constam na lista de clientes do HSBC. Entre os mais conhecidos, Américo Amorim e a ESAF desmentiram rapidamente qualquer ligação ao banco.

Até agora, apenas um português confirmou ter tido conta no HSBC: Pedro Silva Reis, presidente da Real Companhia Velha. No entanto, o líder da mais antiga e carismática companhia de vinho do Porto rejeita o cenário de fuga fiscal. «A minha conta [no valor de 7,1 milhões de euros] era do conhecimento da Autoridade Tributária. Havia comunicação ao Fisco do valor lá depositado. Não tenho conta na Suíça há mais de três anos», afirma, em declarações ao SOL.

A Real Companhia Velha pertence à família Silva Reis há mais de 250 anos e o gestor tem dedicado a sua profissional ao negócio familiar. Pedro Silva Reis foi um dos fundadores da Associação Nacional dos Jovens Empresários, integrou a direcção da Associação Industrial Portuense e liderou diversas missões à Europa de Leste. O presidente da Real Companhia Velha coordenou também projectos da AIP na Ásia.

Ouro e câmbios na baixa lisboeta
Segundo o site Maka Angola, dois irmãos, sócios de uma ourivesaria na baixa lisboeta, seriam alegadamente titulares de 362 milhões de euros no HSBC. Não é a primeira vez que a Suíça e a Baixa de Lisboa se cruzam em suspeitas de evasão fiscal. O principal arguido do processo Monte Branco é Francisco Canas, conhecido como 'Zé das Medalhas', dono de uma loja de câmbios na Rua do Ouro. A rede tinha ligações à Akoya, uma sociedade suíça de gestão de fortunas.

*  Se o fisco é conhecedor tem o dever de esclarecer o povo português.

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AS BARCAROLAS DE

MODESTAS MALINAUSKAS


























 O artista lituano pinta quadros a óleo, onde dá vida a barcos, aviões e outros meios de transportes míticos. A criatividade e a imaginação são os critérios de Modestas Malinauskas. Editamos as barcarolas.


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