QUESTÕES
A 2014
18. O incumprimento no crédito vai continuar a aumentar?
por Raquel Godinho
O incumprimento deverá continuar a aumentar em
2014, mas a um ritmo mais lento do que tem acontecido até agora. Os
economistas antecipam que o atraso no pagamento dos créditos vai
acompanhar a diminuição da taxa de desemprego, mas com algum
desfasamento. Os pacotes legislativos também deverão ajudar a colocar um
"travão" nas dificuldades das famílias portuguesas.
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Os últimos dados da Central de
Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, relativos ao terceiro
trimestre, revelaram que o número total de portugueses em incumprimento
baixou pelo segundo trimestre consecutivo, recuando 4,8% para 658.882
casos. Esta tendência foi contrariada no crédito à habitação onde se
verificam perto de 148.500 casos de incumprimento, mais 2.200 do que no
início do ano.
Filipe Garcia, economista do IMF, diz que esta tendência deverá
manter-se no próximo ano, "mas a taxas decrescentes" e com "um ritmo
mais moderado". Já Paula Gonçalves Carvalho, economista-chefe do BPI,
estima que "se a recuperação da actividade económica se confirmar e o
desemprego estabilizar, os índices de incumprimento deverão pelo menos
aumentar a um ritmo mais baixo (apesar de continuarem a subir, seguindo
com atraso o ciclo económico)".
Rui Bernardes Serra antecipa que o incumprimento siga a evolução da taxa de desemprego que deverá recuar em 2014. "Esperamos que o incumprimento também acompanhe esse movimento, ainda que, por vezes, com algum desfasamento, pelo que ainda não é claro se o pico máximo intra-anual já foi atingido, ao contrário do que terá ocorrido com a taxa de desemprego", refere o economista-chefe do Montepio.
Rui Bernardes Serra antecipa que o incumprimento siga a evolução da taxa de desemprego que deverá recuar em 2014. "Esperamos que o incumprimento também acompanhe esse movimento, ainda que, por vezes, com algum desfasamento, pelo que ainda não é claro se o pico máximo intra-anual já foi atingido, ao contrário do que terá ocorrido com a taxa de desemprego", refere o economista-chefe do Montepio.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13
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