17/04/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

PEC XXII »»»» JANEIRO DE 2012



enviado por ABI

Qual a diferença entre.....


Sarkozy

Netanyahu

e Obama?

enviado por A.P.B.

JOSÉ SARAMAGO

A FLOR MAIOR DO MUNDO




Uma maravilhosa história do único Nobel Português da Literatura, narrada pelo próprio

James Nachtwey

As fotos de guerra incendiárias





Ao aceitar seu TED Prize de 2007, o fotógrafo de guerra James Nachtwey mostra o trabalho de uma vida e pede ao TED ajuda para continuar fazendo história com usos inovativos e excitantes da fotografia jornalística na era digital.

O fotojornalista  James Nachtwey é considerado por muitos como sendo o melhor fotógrafo de guerra das recentes década. Fez a cobertura de conflitos e acontecimentos importantes em mais de 30 países

FERNANDO (ABBA) »»» HOMENS DA LUTA

FRANCISCO MOITA FLORES


Omo e o Congresso 

Na verdade, tal como a senhora do anúncio, este congresso socialista lava mais branco


Um dos anúncios mais populares foi criado na década de setenta pelo detergente Omo. Uma senhora aparecia com uma toalha sujíssima, encenava que a ia lavar com detergente e, de repente, surgia com uma brancura imaculada. Por fim rematava com a frase: "Omo lava mais branco."
Estou convencido de que esta senhora foi ao congresso do Partido Socialista (PS). Pelo que ali se disse, ficou claro que o PS não teve responsabilidade na governação do país há mais de seis anos. Ficou clarinho que o PS não teve responsabilidade no aumento desenfreado de desemprego, que neste momento chega a setecentas mil almas, e que está imaculado no que respeita à duplicação da dívida pública que atirou Portugal para o ‘buraco negro’ onde nos encontramos.
Também é de uma alvura angélica no que respeita à existência do PEC 1, do PEC 2, do PEC 3 e do Orçamento de Estado que apertou o cinto dos portugueses até à rebelião. É claríssimo que o PEC 4 era o final do sacrifício, embora agora se perceba que teria de vir um PEC 5 e talvez um PEC 6. Ficou clarinho como a água que os socialistas são uns patriotas e os restantes partidos, que representam a maioria da população, são inimigos da Pátria. Porquê? Porque chumbaram o imaculado e virginal PEC 4.
Também ficou numa alvura celestial que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, jamais disse que seria necessária ajuda externa quando os juros da dívida pública ultrapassassem os sete por cento. E que, tendo-os ultrapassado há tanto tempo, sempre a subir, a subir, mesmo quando outros dirigentes socialistas já reclamavam a ajuda externa, a verdade é que ficou claro que tudo aconteceu nos últimos quinze dias por causa do chumbo do novo PEC 4. Resumindo, o poder do detergente limpou qualquer história dos últimos seis anos, das verdades de ontem que já não eram verdades hoje.
E, finalmente, em nome da Pátria, os socialistas chamaram o Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo certo que os restantes partidos agora passaram de anti-patriotas a gente que só pensa na conquista do poder.
É clarinho que o Partido Socialista que está no poder, não pensa em cedê-lo aos outros. Não por causa da Pátria, mas por causa dos próprios socialistas. Está certo. Na verdade, e tal como a senhora do anúncio, este congresso socialista lava mais branco.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
10/04/11

ACOSMOS

1 – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA



ALMORRÓIDA ESFOLADÍSSIMA


Estado está a cobrar mais 12 milhões 
de euros em impostos por dia

por Filipe Paiva Cardoso


Só nos salários, o governo está a exigir mais 5 milhões de euros por dia aos portugueses. Em três meses foram 2,53 mil milhões

O Estado está a cobrar mais 12 milhões de euros por dia em impostos aos contribuintes portugueses desde o início do ano. No total, e desde 1 de Janeiro último, as empresas e as famílias estão a dar em média 90,4 milhões de euros por dia ao governo, valor que no ano passado não atingia os 79 milhões diários de média no período - Janeiro a Março -, e que em 2009 não superou os 78 milhões de euros diários.

O aumento da carga fiscal permitiu ao Estado encaixar mais de 8,1 mil milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, mais 15% que em igual período de 2010 - isto segundo os valores provisórios da execução orçamental, mais uma vez só parcialmente divulgados. O crescimento na receita fiscal veio sobretudo dos impostos directos, com um crescimento de 21% para 2,95 mil milhões de euros. Nesta componente da receita fiscal, o Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) vale normalmente 90% da receita total - em 2009, e no período em análise, o IRS valeu 88% dos impostos directos e em 2010 teve um peso de 86%.

Assim, e mesmo sem valores desagregados - que não foi possível obter -, é possível perceber que do crescimento diário da receita fiscal este ano, uma boa fatia virá dos salários. Assumindo que cerca de 86% da receita de impostos directos vem do IRS, calcula-se que de 1 de Janeiro a 31 de Março último, os contribuintes viram-lhes retirados 28,2 milhões de euros em IRS por dia, mais 4,8 milhões de euros diários que em 2010 e mais 1,5 milhões que em 2009. Graças ao crescimento da receita fiscal, assim como a uma quebra de 8% nos gastos com pessoal que ajudou a uma quebra sem precedentes na despesa corrente, as contas divulgadas apontam para uma redução de 60% no défice do Estado, ou seja, menos 1,53 mil milhões de euros que no primeiro trimestre de 2010.

"Tudo camuflado" Esta foi a terceira vez este ano que alguns jornais tiveram acesso a números parciais sobre a execução orçamental. Primeiro através do "Expresso", depois através do "Diário de Notícias" e agora novamente através do mesmo jornal, assim como da "TSF", do "Jornal de Notícias" e da Lusa. É novidade? O site do "Público" lembrava ontem que não, sublinhando que os números mensais referentes à utilização do dinheiro dos contribuintes pelo Estado por várias vezes foram usados conforme as vontades dos governos.

João Duque, presidente do ISEG, revoltou-se ontem com esta semitransparência. O alegado excedente que os números divulgados apresentam foram desde logo postos em causa: "Essas despesas estão todas camufladas, são uma mentira", afirmou João Duque em declarações à Lusa. "Muito provavelmente, não está contabilizado o efeito BPN e, portanto, não são contas credíveis. Qualquer pessoa que está num plano sério de poupança e realinhamento das contas faz exercícios imputando mês a mês aquilo que é a expectativa de despesa que vai ter, ou a assunção do prejuízo que vai ter com o BPN", disse.

IN "i"
16/04/11

PIANO FABULOSO


MIA COUTO


Pimenta Negra


Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro» dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.


O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias.
Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.


As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas.
Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. O fausto das residências chama grades, vedações electrificadas e guardas privados. Mas por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam.


Coitados dos novos ricos. São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma.
O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam ser sustentados com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


Os nossos endinheirados-às-pressas não se sentem bem na sua própria pele.
Sonham em ser americanos, sul-africanos. Aspiram ser outros, distantes da sua origem, da sua condição. E lá estão eles imitando os outros, assimilando os tiques dos verdadeiros ricos de lugares verdadeiramente ricos. Mas os nossos candidatos a homens de negócios não são capazes de resolver o mais simples dos dilemas: podem comprar aparências, mas não podem comprar o respeito e o afecto dos outros. Esses outros que os vêem passear-se nos mal-explicados luxos. Esses outros que reconhecem neles uma tradução de uma mentira. A nossa elite endinheirada não é uma elite: é uma falsificação, uma imitação apressada.


A luta de libertação nacional guiou-se por um princípio moral: não se pretendia substituir uma elite exploradora por outra, mesmo sendo de uma outra raça. Não se queria uma simples mudança de turno nos opressores.
Estamos hoje no limiar de uma decisão: quem faremos jogar no combate pelo desenvolvimento? Serão estes que nos vão representar nesse relvado chamado "a luta pelo progresso"? Os nossos novos ricos (que nem sabem explicar a proveniência dos seus dinheiros) já se tomam a si mesmos como suplentes, ansiosos pelo seu turno na pilhagem do país.


São nacionais mas só na aparência.
Porque estão prontos a serem moleques de outros, estrangeiros. Desde que lhes agitem com suficientes atractivos irão vendendo o pouco que nos resta. Alguns dos nossos endinheirados não se afastam muito dos miúdos que pedem para guardar carros. Os novos candidatos a poderosos pedem para ficar a guardar o país. A comunidade doadora pode irás compras ou almoçar à vontade que eles ficam a tomar conta da nação. Os nossos ricos dão uma imagem infantil de quem somos. Parecem crianças que entraram numa loja de rebuçados. Derretem-se perante o fascínio de uns bens de ostentação.


Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal.
Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura, o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza. Como eu sonhava que Moçambique tivesse ricos de riqueza verdadeira e de proveniência limpa! Ricos que gostassem do seu povo e defendessem o seu país. Ricos que criassem riqueza. Que criassem emprego e desenvolvessem a economia. Que respeitassem as regras do jogo. Numa palavra, ricos que nos enriquecessem. Os índios norte-americanos que sobreviveram ao massacre da colonização operaram uma espécie de suicídio póstumo: entregaram-se à bebida até dissolverem a dignidade dos seus antepassados. No nosso caso, o dinheiro pode ser essa fatal bebida. Uma parte da nossa elite está pronta para realizar esse suicídio histórico. Que se matem sozinhos. Não nos arrastem a nós e ao país inteiro nesse afundamento.

NR: Desconhecemos em que periódico foi publicado este artigo.

CAUTELAS




















PAI NOSSO


enviado por D.A.M.

NR: Este blogue é laico mas não exclui mensagens com este teor vindas duma pessoa a quem nós votamos o maior dos carinhos. Fazemo-lo para honrarmos a sua fé.

PODE SER PARA HOJE



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4 - A FRUTA TAMBÉM SE COME 

COM OS OLHOS





4 - ÁFRICA A PRETO E BRANCO






TENHA UM BOM FIM DE SEMANA


...se conseguir votar 
    em quem nunca lhe mentiu,
                                               parabéns


COMPRE JORNAIS E REVISTAS

dá-se um jeito
Paulo Portas diz que será "muito difícil" 
apoiar Fernando Nobre
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, criticou este sábado as declarações de Fernando Nobre avisando que assim se torna "muito difícil" ter o voto dos centristas e alertando que não são os políticos que impõem condições aos eleitores, mas sim o contrário.
"Se este tipo de entrevistas continuar, é evidente que é muito difícil votar no doutor Fernando Nobre e quero dizê-lo com toda a lealdade e franqueza", disse Paulo Portas aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de Apoio ao Idoso e Família do Centro de Bem-Estar de Queluz.
"CORREIO DA MANHÃ"

ainda mais???????????
FMI pode agravar corrupção
A procuradora Maria José Morgado e o especialista em corrupção Luís de Sousa alertaram hoje em Mafra que a corrupção pode agravar-se caso as medidas de redução do défice impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) penalizem a investigação judiciária.
Questionada pela agência Lusa sobre se a situação do país pode agravar a corrupção em Portugal, a diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, Maria José Morgado, disse que “o cenário é pessimista”, defendendo que “estamos no caminho da fraude e da pobreza”. Acrescentou também que “a corrupção gera sempre corrupção, fraude e pobreza quando não é controlada”.
Luís de Sousa, especialista em corrupção e presidente da Transparência e Integridade Associação Cívica e autor de várias propostas de combate à corrupção na Assembleia da República, alertou por seu lado que “os cortes orçamentais que o Estado vai ter devem ser feitos sem prejudicar o funcionamento da justiça e das inspeções do Estado”. Se não for assim, defendeu, o eventual desinvestimento na investigação judiciária, “que é carente e precisa de ser desenvolvida”, pode agravar a corrupção no país.
Contudo, afirmou, “há medidas que vêm por bem porque vão cortar certas condições propícias à corrupção”. E sublinhou que, além dos cortes impostos, o FMI deverá exigir “mais rigor e mais fiscalização”, por estar convicto de que este “não quer que se repita os erros da despesa descontrolada”.
"i"

o sonho impossível
Partido pelos Animais quer lutar 
contra a falta de “ética” do país
O presidente do recém-criado Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) afirmou hoje que a nova força política teve de ser fundada devido à falta de “ética” e de preocupações com todos os seres vivos e a harmonia ecológica.
“Seria óptimo que um partido como este não tivesse de surgir em Portugal, seria um sinal de que Portugal seria um país ético onde as leis do Estado, as políticas governamentais e a contestação da oposição reflectiriam um interesse no bem comum”, disse Paulo Borges à Lusa, à margem do primeiro congresso do partido, em Lisboa.
Segundo o presidente da direcção nacional, que tomará posse durante a iniciativa, o PAN pretende unir “as três grandes causas -- humana, ambiental e animal” e tem para as eleições legislativas de Junho o objectivo de eleger pelo menos um deputado.
Se a “conjuntura” não o permitir, acrescentou, espera-se conseguir no mínimo a margem dos 50 mil votos e um posicionamento como o maior dos partidos mais pequenos.
"PÚBLICO"

sem espinhas
Agronomia vence Direito na final da Taça (24-12)
A Agronomia conquistou este sábado pela terceira vez consecutiva a Taça de Portugal de râguebi, depois de derrotar o campeão português Direito, por 24-12, na final disputada no Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras.
Os "agrónomos" conquistaram pela oitava vez o troféu, desempatando de Direito e ficando a apenas um título do Benfica, equipa com mais vitórias na Taça de Portugal.
"RECORD"

já estamos "lixados" com ele
"Deixar o euro "lixaria" Portugal por uma década"
Os portugueses devem aceitar o resgate financeiro internacional e o país manter-se na zona euro mas no futuro poderá ter de ser mais responsável perante restantes contribuintes europeus, defende o economista britânico Will Hutton.
O analista político alerta os portugueses que têm pedido uma revolta à imagem dos islandeses, que recusaram em referendo o reembolso ao Reino Unido e Holanda pelos reembolsos dos bancos e se têm manifestado contra a assistência financeira a Portugal.
Hutton, que é autor do livro "Eles e Nós: Mudar o Reino Unido - Porque Precisamos de uma sociedade Justa", aconselha os portugueses a aceitar o resgate e a procurar uma solução criativa para a economia.
"Não assinar implica deixar o euro e não pagar a dívida. Isso "lixaria" Portugal por uma década", avisou, em entrevista à agência Lusa.
Na sua obra, Hutton apresenta algumas propostas para reformar o capitalismo mas, à Lusa, confessa ser "um dos únicos cinco britânicos que pensa que o Reino Unido deveria aderir ao euro".
"Vocês [portugueses] pensam que é muito difícil. Mas o que estamos a fazer no Reino Unido ainda é mais duro do que os portugueses estão a fazer. Porque nós estamos fora da zona euro e temos de ser ainda mais austeros e mais responsáveis fiscalmente", queixou-se.
"LUSA E DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

ministro aculturado
Movimento de espectadores 
da Cinemateca convoca manifestação
O recém-criado movimento de espectadores da Cinemateca, que se descreve como "civil e apartidário", convocou "uma manifestação de apoio" à instituição para o dia 28 de Abril, em Lisboa. .
O movimento, que se afirma ainda "em construção", tendo 60 pessoas participado na sua primeira reunião, informa em comunicado ter surgido "em defesa do trabalho" da Cinemateca Portuguesa, afectado pela Portaria n.º 4-A/2011, que "impede" que "tome decisões de forma autónoma sobre o seu funcionamento". "Para o transporte de cópias de filmes ou no caso de avaria do seu material de conservação e restauro, a Cinemateca é obrigada a pedir autorização ao Ministério das Finanças para a contratação indispensável e inadiável destes serviços", refere o comunicado. "O tempo exigido por este processo burocrático é inadequado à função específica da Cinemateca e boicota o serviço público", defendem estes espectadores. Segundo o movimento, desde Março foram canceladas, no total, 59 sessões na Cinemateca. As cinco sessões diárias passaram a três e uma das suas duas salas fechou. "O desdobrável da programação mensal, com textos que apresentam a história do cinema escrita a cada mês pela Cinemateca, transformou-se numa fotocópia A4 com a enumeração de títulos e horários", descreve o grupo de espectadores. O movimento reconhece que não está em causa, "por enquanto, uma interdição ou corte", mas realça que "a Cinemateca está impossibilitada de aceder ao orçamento que lhe foi atribuído". Isto mesmo já explicou à agência Lusa a directora da Cinemateca, Maria João Seixas, realçando que não se trata de menos orçamento, mas de maiores dificuldades na utilização do orçamento existente. O movimento de espectadores refere também que o "trabalho de conservação do património cinematográfico nacional único e irrecuperável", em depósito no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM), "está em risco". Na quinta-feira, a direcção da Cinemateca Portuguesa emitiu uma nota de esclarecimento na qual disse que o Ministério da Cultura tem sido "sensível" às "dificuldades" de adaptação à nova portaria, que alterou os procedimentos administrativos.
"SÁBADO/CORREIO DA MANHÃ"


patarecos...
Falha de bancos rendeu 845 mil euros a burlões
Os montantes de cheques depositados nos Açores ficava disponível no continente antes de os bancos se certificarem da respectiva cobertura. Foi assim que a Caixa e o Millennium-bcp foram ludibriados em 845 mil euros. Uma burla que deu prisão efectiva.
Conhecedores daquela falha no sistema bancário - explicável pela demora no envio dos documentos, pelos CTT, e respectiva conferência na câmara de compensação -, os burlões passaram cheques "carecas" e, através de pessoas conhecidas, trataram de depositá-los em caixas automáticas, já depois da hora de fecho das agências, naquela região autónoma.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

mas recebe um tacho de prémio
Sócrates deixa encargos 
de 9,5 mil milhões de euros
Uma factura de 9,5 mil milhões de euros para pagar durante os quatro anos de mandato do próximo Governo, entre 2011 e 2015. É um 'presente' que o primeiro-ministro José Sócrates deixa ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, caso este seja eleito primeiro-ministro nas legislativas de 5 de Junho, tal como apontam as sondagens.
O montante, suficiente para construir dois novos aeroportos em Alcochete, é a soma dos encargos com as rendas das parcerias público-privadas (PPP) que o Estado terá de assumir até 2015, de acordo com um relatório sobre as mesmas elaborado por uma instituição financeira, ao qual o SOL teve acesso.
Ou seja, mesmo que o próximo Governo não dê sequer ordens para se tapar um buraco numa estrada, terá de acarretar a responsabilidade por estes encargos, assumidos pelos últimos governos.
Passos Coelho pediu, esta semana, o valor dos encargos para o Estado com as PPP - que apelidou de «esqueletos no armário» - entre 2011 e 2014, numa carta enviada ao primeiro-ministro demissionário.
Mais de dois terços - 6,5 mil milhões de euros - deste valor dizem respeito às PPP rodoviárias. As sete vias SCUT, construídas durante o último Governo socialista de António Guterres, e as nove concessões rodoviárias lançadas desde que José Sócrates chegou ao poder, em 2005, são as culpadas pela dimensão dos encargos financeiros.
"SOL"

importam as mordomias
Nobre desconhece programa do PSD
O cabeça-de-lista do PSD por Lisboa admite que ainda não viu o programa eleitoral do partido.
"Ainda não vi o programa do PSD, mas confio em Pedro Passos Coelho", diz Fernando Nobre em entrevista ao Expresso.
"EXPRESSO"

até ao lavar dos cestos...
Sondagem da vitória ao FC Porto
Uma sondagem levada a cabo pelo site francês “Football365” dá o FC Porto como principal favorito à conquista da Liga Europa.
Os azuis e brancos reuniram a preferência de 61.62 por cento dos 2780 votos contabilizados, ficando à frente do seu adversário nas meias-finais, o Villarreal, segundo mais votado com 20.36 por cento.
O Benfica somou 17.63 por cento dos votos, enquanto o SC Braga não foi além de 0.90 por cento.
"A BOLA"

e demasiados corruptos
Administração Local: "Há demasiadas autarquias"
 O secretário de Estado da Administração Local afirmou hoje em Braga "que há demasiadas autarquias" e definiu como "objetivo" do debate da reorganização administrativa uma lei que possa "definir o quadro em que possa criar, extinguir e fundir autarquias". No primeiro ciclo de debates promovidos pela secretaria de Estado da Administração Local (SEAL), em parceria .
"VISÃO"

10 - FOTOJORNALISMO





19- ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» brito camacho


Manuel de Brito Camacho (Aljustrel, 12 de Fevereiro de 1862 — Lisboa, 19 de Setembro de 1934) foi um médico militar, escritor, publicista e político que, entre outros cargos de relevo, exerceu as funções de Ministro do Fomento (1910-1911) e de Alto Comissário da República em Moçambique (1921 a 1923). Fundou e liderou o Partido Unionista. Foi fundador e director do jornal A Luta, órgão oficioso do Partido Unionista.

 Biografia

Manuel de Brito Camacho nasceu no Monte das Mesas, arredores da aldeia de Rio de Moinhos, a alguns quilómetros da vila de Aljustrel, no seio de uma família de lavradores abastados. Foi meio-irmão de Inocêncio Camacho Rodrigues, o governador do Banco de Portugal aquando do escândalo causado pelas burlas de Alves dos Reis.
Depois de realizar estudos primários em Aljustrel, entre 1876 e 1880 frequentou o Liceu de Beja. Depois de concluído o curso liceal, partiu para Lisboa, onde frequentou os estudos preparatórios na Escola Politécnica, ficando à guarda de um seu tio residente em Lisboa.
Concluídos os estudos preparatórios, ingressou no curso de Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, concluindo o curso em 1884. Iniciou nesse ano funções no Torrão.
Em 1891 ingressou no Exército Português como cirurgião-ajudante. Foi colocado seguidamente nas unidades militares de Tancos e Torres Novas, iniciando uma carreira como médico militar que o levaria ao posto de coronel.
A sua entrada na vida política activa ocorreu aquando das eleições gerais de 1893, quando se candidatou a deputado pelo círculo eleitoral de Beja nas listas republicanas. Publicou no periódico Nove de Junho, de Beja, artigos questionando as instituições monárquicas e em consequência, após as eleições, foi alvo de processo disciplinar, suspenso por um ano e transferido para a 2.ª Divisão Militar, em Viseu. Pouco depois foi colocado nos Açores como penalização pela sua adesão ao ideário republicano, aí permenecendo durante um ano.
Em 1894 regressou dos Açores, ficando colocado em Viseu, na sede da 2.ª Divisão Militar. Inicia então a colaboração regular na imprensa e um percurso como publicista que o tornaria numa das figuras mais notáveis do campo republicano durante os últimos anos da Monarquia Constitucional portuguesa. Logo em Abril de 1894 fundou, com Ricardo Pais Gomes e Ribeiro de Sousa, o periódico O Intransigente, um jornal de crítica política e propaganda republicana que manteve em publicação até Junho de 1895.
Nos anos de 1896 e 1897 dedica-se à publicação e à colaboração com periódicos republicanos e desenvolve em Évora intensa acção política, realizando conferências e inúmeros comícios.
Em 1902 apresentou uma tese de doutoramento em Medicina na Universidade de Paris, mas nesse mesmo ano abandonou definitivamente a sua prática como médico militar e dedicou-se em exclusivo ao jornalismo e à política. Promoveu então uma conferência intitulada A Coroa substituída pelo chapéu de côco, criticando violentamente as instituições monárquicas.
Apesar de desligado da prática da Medicina, no ano de 1904 concorreu a um lugar de professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Funda com alguns correlegionários o periódico republicano A Lucta, que iniciou publicação no dia 1 de Janeiro de 1906. Aquele jornal converteu-se rapidamente no mais influente periódico republicano, vindo depois a transformar-se no órgão oficioso do Partido Unionista.
Nas eleições gerais realizadas após o Regicídio foi eleito deputado pela oposição republicana, transformando-se, no Parlamento e na imprensa no principal paladino do derrube da monarquia e num dos líderes do movimento de opinião pública que criou as condições para a implantação da República Portuguesa5 de Outubro de 1910. a
Na preparação das revolução, Brito Camacho exerceu um importante papel de ligação entre os republicanos e os militares, dada a sua ligação ao Exército. Em resultado da sua acção política e ligação profunda ao movimento republicano, foi um dos mediadores na formação do governo provisório que se seguiu à implantação da República.
Logo a 23 de Novembro de 1910 foi nomeado Ministro do Fomento do Governo Provisório da República Portuguesa. Nestas funções leva a cabo importantes reformas, entre as quais a divisão do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa para dar origem ao Instituto Superior Técnico e ao Instituto Superior de Comércio.
Para a instalação do Instituto Superior Técnico convidou o professor Alfredo Bensaúde, o qual estruturou os primeiros cursos de Engenharia leccionados naquela instituição, ainda hoje considerados como as especialidades básicas da engenharia portuguesa: Minas, Civil, Mecânica, Electrotecnia e Química Industrial. Para todas estas especialidades, os estudos iniciavam-se com uma estrutura de carácter geral de dois anos de duração, que era complementada com três anos de estudos da especialidade.
Em Dezembro de 1910 esteve na origem da ACAP e da fundação Associação de Classe Industrial de Veículos e Artes Correlativas.
Foi um dos membros do governo, que em conjunto com Joaquim Teófilo Braga, António José de Almeida, Afonso Costa, José Relvas, António Xavier Correia Barreto, Amaro de Azevedo Gomes e Bernardino Machado, subscreveu a Lei da Separação da Igreja do Estado de 20 de Abril de 1911.
Em Setembro de 1911, após as primeiras eleições republicanas, volta a integrar o Governo.
Em 1912 Brito Camacho reassumiu o cargo de director de A Lucta e foi um dos protagonistas da cisão do Partido Republicano Português. Liderou a facção mais à direita do partido que se autonomizou como Partido da União Republicana. O jornal A Luta passou então a ser o órgão oficioso do novo partido.
Passou então a desenvolver uma intensa acção jornalística e política contra a hegemonia política do Partido Democrático, assumindo-se como o principal opositor dos sucessivos governos formados por aquele partido.
Em 1818, após a eleição de António José de Almeida para o cargo de Presidente da República, dá-se a fusão do Partido Unionista com o Partido Evolucionista, levando à criação do Partido Liberal Republicano. Em consequência, Brito Camacho inicia um processo de afastamento da actividade política, abandonando os cargos de liderança partidária. Esse afastamento leva a que em 1920 recuse o convite para formar um governo apoiado pelo Partido Liberal Republicano.
Entre de Março de 1921 e Setembro de 1923 exerceu as funções de Alto Comissário da República em Moçambique, embora apenas tenha permenecido em Lourenço Marques até 1922.
Em 1925, ainda nas funções de deputado, manifestou aos seus eleitores a vontade de abandonar a vida política activa. Passou então a promover a defesa dos ideais democráticos conferências da estabilidade política da República.
Em consequência da Revolução de 28 de Maio de 1926 foi obrigado a abandonar a actividade política, retirando-se para a vida privada.
Faleceu em Lisboa no dia 19 de Setembro de 1934.
MAnuel de Brito Camacho é autor de mais de trinta volumes publicados, entre os quais assumem particular interesse as narrativas e os quadros descritivos da sua terra natal e do Baixo Alentejo rural. Foi tão forte a presença da ruralidade alentejana nos seus escritos que Aquilino Ribeiro deu o título de Brito Camacho nas Letras e no Seu Monte ao estudo que fez da vida e obra de Brito Camacho.
A 29 de Outubro de 1987, aquando da visita oficial do então Presidente da República Mário Soares, foi colocada uma lápide comemorativa na casa de Aljustrel onde viveu. Em 1999 foi atribuído o nome de Brito Camacho à Escola Básica de Aljustrel, de que é patrono.
 .

Cronologia

Obra publicada

Para além de uma vultosa obra jornalísitica e de comentário político, dispersa por numerosos periódicos, Brito Camacho é autor das seguintes obras:
  • Impressões de Viagem (1902)
  • Contos e sátiras (Guimarães & C.ª, 1920)
  • A caminho d'Africa (Guimarães & C.ª, 1923)
  • Os amores de Latino Coelho (Guimarães & C.ª, 1923)
  • Quadros alemtejanos (Guimarães & C.ª, 1925)
  • Moçambique, Problemas Coloniais (1926)
  • Jornadas (Guimarães & C.ª, 1927)
  • D. Carlos, intimo(Guimarães & C.ª, 1927)
  • Gente rústica (Guimarães & C.ª, 1927)
  • Gente Vária (1928)
  • Cenas da Vida (1929)
  • De bom humor (Guimarães, 1930)
  • Gente bóer (Guimarães, 1930)
  • Por cerros e vales (Guimarães & C.ª, 1931)
  • A Linda Emília (1932)
  • Matéria vaga (Guimarães & C.ª, 1934)
  • Política Colonial (1936)
  • Rescaldo da guerra (Guimarães, 1936)
  • Questões nacionais (Guimarães, 1937)

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