17/11/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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Às vezes quase, quase,
outras vezes mesmo...















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GRANDES LIVROS/16

AUTORES DO MUNDO


3-AS AVENTURAS DE

HUCKLEBERRY FINN


 MARK TWAIN




* Depois de treze importantes AUTORES PORTUGUESES segue-se uma série de AUTORES DO MUNDO, livros que o tempo não faz esquecer.




** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.



*** FONTE: GREAT BOOKS

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HOJE NO
"JORNAL  DE NEGÓCIOS"
Deco:
Aplicações nos bancos
"significa perder dinheiro", 
mais vale "debaixo do colchão"

A Deco diz que as aplicações nos bancos em Portugal "significa perder dinheiro", sendo que "em 10 bancos é preferível" colocá-lo "debaixo do colchão", segundo uma análise efectuada pela revista Proteste Investe.
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A instituição de defesa do consumidor foi a 20 bancos procurar soluções para aplicar 2.500 euros por um ano e chegaram à conclusão que as instituições bancárias "cobram mais em comissões de manutenção de conta do que os juros" que o cliente irá receber.

No teste realizado, a revista Proteste Investe indica que nos bancos 'online' "não são cobradas comissões, o que os torna mais atractivos para aplicar as pequenas poupanças, mas o rendimento fica abaixo da inflação".

A Deco indica que os bancos oferecem para a aplicação de 2.500 euros juros entre 1,8 e 36 euros, "mas as comissões de manutenção das contas podem chegar aos 83,2 euros", sendo que os depósitos de pequeno montante são devorados pelas comissões e inflação.

No teste, a Deco refere que "em 10 bancos, abrir uma conta especificamente para aplicar 2.500 euros a um ano significa então perder dinheiro, pois cobram mais em comissões de manutenção da conta do que os juros que vai receber".

Segundo as contas da Proteste Investe, se um português "tem um pequeno pé-de-meia – 2.500 euros, por hipótese - no seu banco de sempre" e tendo em conta que o rendimento médio de um depósito a 12 meses anda na casa dos 0,3% ao ano, "ao fim de um ano terá aumentado o seu pecúlio em uns estonteantes 7,5 euros".

Ou seja, "menos do que precisaria de receber para fazer face à inflação prevista em 2016 (1,2%) e cerca de 5 a 11 vezes menos do que paga ao próprio banco para este guardar o seu dinheiro e usá-lo em benefício próprio, para se autofinanciar".

A Deco volta a lembrar que a proibição de "as instituições bancárias de cobrarem comissões por manutenção de contas é uma luta" que se mantem há dois anos.

Por isso, a Deco reiterou junto do Banco de Portugal e dos partidos parlamentares, "a urgência na aprovação de legislação que proíba as comissões de manutenção, ou que, em alternativa, as permita, mas apenas na medida em que correspondam a encargos pelos serviços adicionais efectivamente prestados ao consumidor".

* Quando a DECO diz isto sobre os bancos em Portugal, pasmamos com os actos de reverência genuflectória com que muita Comunicação Social brinda os caudilhos financeiros.

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III-OLHO DE 
HÓRUS


4- A ESFINGE, A GUARDIÃ

 DO HORIZONTE




O documentário apresenta a história de uma suposta organização sacerdotal hermética, pertencente à escola de mistérios conhecida como Olho de Hórus. Esta escola teria sido responsável pela orientação espiritual e a direcção dos destinos do povo egípcio durante milhares de anos.

Seu objectivo principal teria sido o de promover a elevação do nível de consciência dos egípcios através, principalmente, da construção de diversos templos sagrados ao longo das margens do rio Nilo. Além disso, os sacerdotes eram os zelosos guardiões da sabedoria acumulada desde tempos imemoriais, quando ainda "existia" o continente perdido da Atlântida.

A série foi baseada nas investigações do egiptólogo e matemático R. A. Schwaller de Lubicz e nas realizações da escola Olho de Hórus.

Para os antigos egípcios, havia um plano divino baseado na reencarnação destinado a que o homem experimentasse em sua própria carne as leis que determinam o funcionamento do universo. Vivendo um processo evolutivo através da acumulação de experiências ao longo de 700 "reencarnações", o ser humano, inicialmente um ser instintivo, ignorante, inocente e primitivo, poder-se-ia  transformar  num super-homem,  um sábio imortal.

Assim se produzia uma iluminação temporal do discípulo, durante a qual podia viajar conscientemente pelo tempo e pelo espaço.

O documentário original está dividido em 10 capítulos:
Capítulo 1: A Escola dos Mistérios.
Capítulo 2: O Senhor da Reencarnação.
Capítulo 3: A Esfinge, Guardiã do Horizonte.
Capítulo 4: A Flor da Vida.
Capítulo 5: O Complexo de Cristal.
Capítulo 6: A Máquina Quântica.
Capítulo 7: O Amanhecer da Astronomia.
Capítulo 8: O Caminho da Compreensão.
Capítulo 9: O Portal da Liberdade.
Capítulo 10: O Princípio Feminino.


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HOJE NO
"DESTAK"
Anonymous afirmam ter desativado
 mais de 5.500 contas 'jihadistas'

O movimento de 'hackers' Anonymous afirmou hoje ter desativado mais de 5.500 contas nas redes sociais relacionadas com o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que reivindicou os ataques da passada sexta-feira em Paris. 
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O grupo de ativistas e piratas informáticos anunciou esta informação um dia depois de ter declarado guerra contra os meios 'online' conotados com os 'jihadistas', ou seja, 'sites' e contas nas redes sociais.

"Informamos que mais de 5.500 contas no Twitter do EI estão agora em baixo", escreveu o grupo numa mensagem ('tweet') naquela rede social. A maneira como as contas foram danificadas não foi especificada. 

* Tudo é bom para que os terroristas sejam exterminados.


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IX-CIDADES 
OCULTAS

4 - LONDRES

CIDADE SANGRENTA


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO
"i" 
José Fernandes e Fernandes.
 “Tentaram atingir uma equipa 
e um serviço marcantes”

Mais que um ataque pessoal, o cirurgião considera que as suspeitas de corrupção visam a obra feita no Hospital Santa Maria e na Faculdade de Medicina.
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A 30 de Outubro, José Fernandes e Fernandes foi acordado às sete da manhã pela Polícia Judiciária. As buscas em casa surgiram depois de uma denúncia anónima apontar o director do serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Santa Maria (HSM) como autor de irregularidades na compra de próteses da aorta – materiais que podem chegar aos 30 mil euros cada. 


 Era suspeito de ganhar milhares com a fraude, à conta do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O médico fala agora, pela primeira vez, sobre o processo. .
 
Foi apanhado de surpresa com as buscas da PJ? As suspeitas sobre irregularidades no HSM já vinham de há meses.
Quando o Dr. Miguel Oliveira da Silva, antigo director clínico do HSM, levantou algumas conjecturas, nós, directores de serviço de Cardiologia, Cervical-Torácica, Ortopedia e eu, de Cirurgia Vascular, pedimos ao Conselho de Adminstração (CA) uma auditoria. Isto, a 22 de Janeiro de 2015. O CA deu seguimento para a Inspecção-Geral das Actividades de Saúde. .

Passam 11 meses e não acontece nada?

Nada. Até ao dia 30, dia das buscas, nunca mais tinha ouvido falar de nada.
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E há duas semanas a PJ bate-lhe à porta.

Às sete da manhã, a PJ chega a minha casa e sou confrontado com a necessidade de fazerem buscas. Sei que vão, depois, ao HSM e à Faculdade de Medicina.
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Falava-se em corrupção, falsificação de documentos, fraude...

Tudo o que citou vem na imprensa, mas não consta dos documentos oficiais. Não poderei fazer referências a eles [o processo está em segredo de justiça].
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Tem ligações privilegiadas à empresa fornecedora de próteses Biosonda?

É totalmente falso. Nunca tive uma ligação pessoal, familiar, por interposta pessoa ou entidade com qualquer empresa fornecedora de material clínico a instituições públicas.


Como decorre todo o processo de escolha e compra das próteses?

O processo é muito claro. Os clínicos fazem a proposta, que passa através do grupo coordenador, que analisa e confirma. E depois é discutida na reunião clínica.


É depois disso que se encomenda?

Havendo consenso, o pedido é feito com uma semana de antecedência em relação à cirurgia, para dar tempo ao serviço de compras e à direcção clínica de se pronunciarem. Se a direcção clínica tem dúvidas, interpela-me. E a Prof. Maria do Céu Machado fazia-o, por vezes. Dei sempre todos os esclarecimentos.


Era questionado, nesse processo?

É o meu dever. Aquilo não é a minha casa, é um serviço público, e eu tenho uma responsabilidade pública. E assumo-a. Nunca foi recusado nenhum caso.


Em algum momento contornou os procedimentos de compra de material?

Conto-lhe um caso. Dia de Natal, estou a almoçar em casa e toca o telefone. “Professor, está aqui um rapaz que teve um desastre. Tem uma ruptura da aorta toráxica.” Todo partido. Não há stock no hospital, porque se está a monitorizar a introdução da inovação terapêutica.


O que se faz perante essa situação?

Telefona-se ao primeiro fornecedor que pode ter a prótese. Mandámos vir de Vila Nova de Gaia e salvámos uma vida. Talvez aí digam que o relatório foi feito a posteriori. Mas está lá tudo. Não há margem para falsificar o relatório.


Também há suspeitas de que tenha simulado urgências para cirurgia.

Houve duas situações, pontuais e muito claras, sobre casos urgentes. A direcção clínica levantou objecções sobre a urgência. Doentes com aneurismas da aorta com seis ou sete centímetros.


De grande dimensão, portanto?

É considerável. Eu disse: “Não dou alta a estes doentes. Se romperem [a aorta] enquanto esperam pela autorização para a prótese, estão dentro do hospital.” Escrevi isso. Eram situações urgentes. Nunca falsifiquei um relatório nem coloquei indicações urgentes que não fossem cientificamente fundamentadas. Tenho 40 anos de prática que respondem por mim.


Nunca favoreceu certas empresas?

Nunca. Em circunstância alguma.


Quantas pessoas intervêm na escolha das próteses?

Do ponto de vista médico, quatro a cinco. A responsabilidade última, como director do serviço, é minha.
Havia um grupo a assinar as encomendas? A investigação refere que certos nomes se repetiam nos documentos.
Havia um núcleo coordenador que via todos os casos e assegurava a homogeneidade dos procedimentos. Mas era sempre proposta do chefe de cada equipa clínica, e o serviço tem cinco.


Alguma vez colocou num doente uma prótese de que não precisava?

Nunca. Todos os casos tinham indicação para serem tratados. Não é possível colocar indicações a doentes falsificando doenças. Tem de ser demonstrado.


Porque é que a mesma empresa – a Biosonda – é mais requisitada que outras?

Porque tem uma prótese específica – e, até há pouco tempo, era a única empresa que as disponibilizava no mercado – ou porque era pedido de acordo com a preferência de cada um dos grupos.


Nunca se opôs a que um clínico usasse determinada prótese?

Nunca. A não ser que houvesse uma indicação que tivesse passado despercebida ao clínico e eu tivesse chamado a atenção.


Reencaminhou casos do Instituto Cardiovascular para o Hospital de Santa Maria em prejuízo do erário público?

Como? Imagine que recebo um cliente no consultório, que quer ser tratado por mim. Pergunta-me quanto custará a operação e diz que não tem dinheiro para ela. Tenho o cuidado de lhe dizer que vir ao meu consultório não lhe dá direito de passar à frente de outros doentes. Mas, como cidadão português, tem direito ao SNS. Portanto, é referenciado para a consulta externa.


Quanto tempo se espera por consulta?

Um doente prioritário espera duas ou três semanas. Ora, se é uma situação urgente que vai ao meu consultório ou de um colega qualquer e não pode ser tratado na medicina privada, é referenciado para a urgência do hospital. Não posso pegar num doente e pô-lo dentro de um serviço.


Houve mais transferências dessas?

Alguém que está a ser tratado no instituto e esgota o plafond do seguro. Interrompe-se o tratamento? Não, encaminha-se para o público. Ou quando há uma intercorrência clínica que requer recursos que não há no privado. Recebemos doentes de vários serviços e não os recusamos. Não há nenhum benefício pessoal para mim.


E nunca cobrou no privado honorários de trabalho no público?

Nunca, nunca aconteceu isso, nunca fiz isso. Em circunstância alguma.


Como delimita esses dois âmbitos?
Há a fronteira da honestidade e do carácter. Eu tenho confiança em mim próprio. Nunca recebi. E provem que recebi, que alguém foi ao meu consultório pagar fosse o que fosse. Nunca aconteceu.


Usou próteses do HSM na sua clínica?

É totalmente impossível que isso possa acontecer. Para a prótese ser paga pelo SNS, o doente, o procedimento e os exames são identificados. O caso recebe a assinatura do CA e, depois, é monitorizado.


Em algum momento foi interpelado pelo ex-director clínico do hospital?
Nunca me questionou. Quando saiu a entrevista escrevi-lhe um mail, com cópia para todos os colegas, dizendo estar disponível para esclarecimentos.


Foi falta de conhecimento?

Ele não estaria integrado, mas também não pretendeu esclarecer.


Referia-se que não havia “caderno de encargos” para estas cirurgias.

Percebo a estratégia do anterior CA, continuada pelo actual, de monitorizar caso a caso até se demonstrar que a experiência está a ser bem conduzida e bem-sucedida. Fazem-se previsões de consumo ao ano. Sei, pelos membros da logística, que se conseguiu negociar vantagens muito significativas com os fornecedores.


Como encara estas suspeitas?

Foi um tiro com chumbo. Creio que não foi adequado. Não era assim que se conduzia a investigação. Era indispensável que o director clínico falasse individualmente com as pessoas para perceber o que se passava. Isso nunca aconteceu.


Como reagiram as equipas?

Houve um sentimento de mal-estar na casa. A esmagadora maioria dos directores de serviço – 30 e tal – escreveram ao CA dizendo que não se reviam na actuação do director clínico.


Até ao momento, é o único visado neste processo. Tem uma explicação para isso?

É claro que tentaram atingir-me pessoalmente. A minha honorabilidade, a credibilidade, o carácter. Porquê, não percebo. Mas não só a mim. Tentaram atingir toda uma equipa e um serviço que lidero e que é marcante, não só no país como lá fora.


Foi dito que o HSM está cercado de interesses da Maçonaria, Opus Dei, partidos políticos. Isto faz-lhe sentido?

Não faz sentido. Surpreendeu-me que o estudo tivesse sido tão superficial. Na actividade científica, quando nos confrontamos com algo inesperado, não tiramos uma conclusão imediata. Vamos comprovar com um estudo adicional. Não foi feito.


Fala-se em relações privilegiadas, uma teia de influência...

Não sei se há. Os presidentes dos CA são nomeados pelos ministros. Se há factores de natureza política ou não, não me compete avaliar. Eu não pertenço a nenhum partido político.


Será mais difícil perceber a relação com sociedades secretas.

Nunca escondi que pertenço à Maçonaria. Também nunca escondi que sou católico. Não são coisas que interfiram entre si. E nunca transpus os interesses de uma instituição para a minha actividade.


E isso acontece com os seus colegas?

Não faço a menor ideia. Eu não faço. Sempre respeitei a meritocracia. Tive uma educação muito rigorosa nesse sentido. A minha vida foi feita prestando provas. Quando aderi, já era professor catedrático e director da faculdade. Não foi a instituição que me projectou. Estou muito à vontade nesse aspecto.


Como olha para o futuro?

Isto põe uma mancha numa carreira impoluta, reconhecida internacionalmente. O meu passado fala por mim. Isto é uma mancha numa fase da vida – vou fazer 69 anos – que serve para destruir a pessoa, quando ela já não tem muito tempo para actuar. Mas é mais que isto. Isto é uma visão da vida académica e profissional que se pretende atingir, é a continuidade de uma acção num serviço que foi reformulado. E uma visão da universidade. Tenho consciência de que fiz isso. E estamos num processo de remodelação muito grande na área cardiovascular no Santa Maria. Não sou só eu quem está em causa. É a continuidade destes projectos cruciais. Há algum mal em reconhecer o mérito e incorporá-lo? Tudo é verificável. É a nossa obrigação por tudo aquilo que recebemos do Estado. Será uma dor imensa se isto for travado. É uma oportunidade que se perde. O lorde Rutherford escreveu: “Because we are poor, we have to be inteligent.” Não podemos, por teimosia, por inveja, por outros sentimentos menos nobres, destruir as oportunidades que vamos criando. Esse é um erro histórico muito grave.

* Todo cidadão tem direito à dignidade e o prof. Fernandes e Fernandes também. 
Não temos informações priveligiadas sobre este assunto mas sabemos da qualidade dos cidadãos que trabalham no Serviço de Cirurgia Vascular de Sta Maria a começar nos médicos e acabar no pessoal administrativo, de excelência. 
Somos testemunhas da sua dedicação ao trabalho, sem horas e horários porque a vida de muita gente está sempre em causa. Abstemo-nos de indicar nomes porque, omitir um, seria da nossa parte uma falha grave.

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EVANTHIA BALLA

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A Cidade da Luz
 está a perder o brilho

A ameaça do terrorismo e a crise migratória juntamente com a atual crise económica e social formam os principais desafios de segurança do nosso continente. Em Portugal, não temos vivido de perto o drama do terrorismo, nem o drama migratório. Contudo, estas ameaças existem e dizem respeito a todos nós, do norte ao sul da Europa, dos mais pobres aos mais ricos países europeus.

Prova viva desta realidade é a crescente degradação social que a monumental cidade de Paris tem vindo a evidenciar ao longo dos últimos anos. Um dos mais prestigiados centros mundiais de cultura e arte, com os museus mais proeminentes do mundo, uma riquíssima história reflectida em cada rua, em cada edifício, em cada monumento, perde-se no meio de uma poluição sonora e visual opressiva, num crescimento demográfico não controlado, adensado por uma multidão de turistas, vendedores itinerantes e indigentes sem abrigo que todos os dias invadem a cidade da luz em busca ávida e descontrolada, quase em jeito de saque, das suas riquezas económicas e culturais.

Após o atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo e o recente ataque frustrado no comboio Thalys Paris-Bruxelas, forças militares antiterroristas substituíram os tradicionais polícias nas ruas de Paris, alterando por completo a imagem de “vie en rose” da cidade, em reflexo da necessidade de uma proteção civil reforçada perante as ameaças imprevisíveis e potencialmente mortíferas.

Esta situação tem vindo a complicar-se mais ainda nos últimos meses, devido ao súbito e contínuo aumento do número de imigrantes e refugiados que estão a entrar no espaço da UE. Segundo a Agência da ONU para os Refugiados, apenas no mês de outubro entraram na Europa quase 218.400 refugiados, tanto quanto a totalidade de refugiados que chegaram às praias do sul da Europa ao longo de todo o ano de 2014.
A França já tomou várias medidas para o acolhimento de um número significativo de refugiados e apoia e integra iniciativas europeias visando implementar mecanismos de gestão e recolocação dos migrantes nos locais de entrada críticos (hotspots),  promover a intervenção de brigadas de proteção civil e equipas de intervenção rápida nas fronteiras, contra as redes criminosas de tráfico de migrantes, e também intensificar a cooperação com países terceiros neste domínio.

Em termos orçamentais, a União tem vindo a aumentar o seu apoio financeiro para a rápida resolução da crise. O financiamento de emergência disponível no orçamento da UE neste domínio já foi duplicado este ano, atingindo um montante de 73 milhões de euros, que entretanto já se esgotou, forçando a Comissão a propor um incremento em 100 milhões de euros ainda para este ano de 2015. Igualmente, já está previsto uma dotação orçamental de 600 milhões de euros para 2016, para apoio de emergência aos Estados-Membros mais afetados pela crise dos refugiados e para financiamento dos organismos Frontex, EASO e Europol.

Porém, sob a atual situação caótica e descontrolada da crise migratória e dos perigos do terrorismo, estas medidas não dão resposta à questão principal e imediata de como integrar estas pessoas, dando emprego, educação, saúde, e perspetivas para um futuro melhor, garantindo ao mesmo tempo a dignidade e estabilidade da própria sociedade europeia.

Paris é um exemplo vivo das alterações demográficas, sociais e económicas ameaçadoras que as sociedades europeias têm vindo a sofrer. A crescente degradação que a glamorosa Cidade da Luz tem evidenciado ao longo dos últimos anos reflete a falta de um plano político nacional eficiente e de um projeto europeu credível e articulado, para fazer face aos atuais desafios de segurança europeia.

A Europa deve agir unida, na base dos seus valores humanistas e democráticos, acolhendo e integrando estas pessoas, mas num quadro de um plano pan-europeu abrangente que dê soluções adequadas aos desafios sociais e económicos imediatos associados à integração de todos estes refugiados.


Professora universitária

IN "OJE"
[Nota: Artigo publicado a 13 de novembro de 2015, pelas 17h15, horas antes dos ataques terroristas que assolaram mais uma vez Paris]


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693.UNIÃO

EUROPEIA



NÃO HÁ TERRORISMO QUE VENÇA

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HOJE NO
"A BOLA"

Sub-21
Portugal soma e segue 
com vitória em Israel (3-0)

A Seleção sub-21 venceu esta terça-feira a congénere de Israel, por 3-0, somando a quinta vitória em igual número de jogos no Grupo 4 de apuramento para o Campeonato da Europa da categoria, a realizar-se na Polónia, em 2017.

Bruno Fernandes (28), de grande penalidade, e André Silva (35) deram expressão à superioridade da equipa das quinas nos primeiros 45 minutos.
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A segunda parte trouxe uma seleção de Israel mais desinibida e apostada em reagir ao domínio luso.

Porém, seria a formação comandada por Rui Jorge a sentenciar o resultado, chegando ao terceiro golo por intermédio de Ricardo Horta (87).

Portugal soma agora 15 pontos no primeiro lugar do Grupo 4, com mais sete que o segundo classificado, a Albânia.

O próximo compromisso da equipa das quinas está agendado para 24 de março de 2016, com a receção ao Liechtenstein.
Classificação:
1. Portugal, 5 jogos/15 pontos
2. Albânia, 6/8
3. Israel, 4/7
4. Hungria, 5/7
5. Grécia, 4/6
6. Liechtenstein, 0/0

* Rui Jorge o "querido líder"

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55-BEBERICANDO


ABSINTO CÍTRICO


FONTE: BEBIDA LIBERADA


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 I - PÁTRIA JURÁSSICA
11-QUANDO OS DINOSSAUROS
REINAVAM NA TERRA


ÚLTIMO EPISÓDIO

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
  "AÇORIANO ORIENTAL"
Número de famílias com acesso à Internet
. a partir de casa sobe para 70%

O número de famílias portuguesas com acesso à Internet em casa aumentou para os 70% em 2015, a maioria em banda larga, mas o ritmo de crescimento manteve-se inferior à média da União Europeia, segundo dados hoje divulgados pelo INE.
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De acordo com o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias 2015 publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o acesso à internet através de banda larga predomina entre as famílias com crianças (90%) e entre as que residem na região de Lisboa (78%).

Os resultados registados confirmam assim, segundo o INE, a tendência de crescimento do número de famílias com acesso à Internet em casa (mais cinco pontos percentuais face a 2014), bem como do acesso em banda larga, que foi em 2015 de 69% (mais seis pontos percentuais do que em 2014).

“Todavia, tendo em conta os dados de 2014 atualmente disponíveis para a União Europeia, constata-se que em Portugal se continua a registar um ritmo de crescimento mais lento no acesso em banda larga (mais um ponto percentual) do que na União Europeia (mais dois pontos percentuais)”, refere o INE.

Já a participação em redes sociais é mais frequente em Portugal do que na média dos países da União Europeia.

Em 2015, 70% dos utilizadores de Internet em Portugal participavam em redes sociais, ainda assim menos dois pontos percentuais do que em 2014, mas mais 13 pontos percentuais do que em 2011.

Em 2014, a proporção de residentes que utilizou as redes sociais foi superior em 14 pontos percentuais à média da União Europeia.

De acordo ainda com inquérito do INE, sete em cada 10 pessoas com idade entre 16 e 74 anos ligam-se à internet e duas fazem encomendas eletrónicas.

Nos últimos cinco anos, a utilização de comércio eletrónico aumentou 13 pontos percentuais, passando de 10% em 2010 para 23% em 2015.

A utilização de computador e internet é mais frequente por pessoas até aos 44 anos, para os homens e para quem completou o ensino secundário ou superior.

O INE sinaliza ainda que há cada vez mais internautas que utilizam os serviços de computação em nuvem para guardar ficheiros (31% face aos 24% observados em 2014).

Por outro lado, são já dois terços dos utilizadores de internet (66%) que acedem à rede em mobilidade, essencialmente através de telemóvel ou ‘smartphone’.

Mais de metade (54%) das pessoas que utilizaram a internet referiram ter limitado a sua utilização devido a preocupações com a segurança, principalmente ao nível do fornecimento de informação pessoal para redes sociais ou profissionais (35%).

* A questão é saber como os navegadores viajam na "web", se para aprender se para se desventrarem nas redes sociais.

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Yves Montand

À Paris


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HOJE NO
  "DIÁRIO ECONÓMICO"

Petróleo que ninguém compra continua
 a financiar o terrorismo

A venda de petróleo dos campos e refinarias caídas nas mãos do autoproclamado Estado Islâmico (EI) é a mais importante fonte de financiamento dos terroristas sunitas – capaz, só por si, de fazer entrar no território por eles ocupado entre um e três milhões de dólares por dia. Sendo isso claro para todos os países, menos claro é quem são os destinatários desse petróleo – por muito que seja difícil de acreditar que as tecnologias ocidentais não consigam monitorizar a viagem de um camião que mede, no mínimo, 14 metros de comprimento. As pistas do ‘road map’ desse tráfico ‘morrem’ sempre num muro de negações.
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No dia 2 de Setembro de 2014, a representante da União Europeia (UE) no Iraque, Jana Hybášková, disse no Parlamento Europeu que alguns países da UE estavam a comprar petróleo ao EI através da Turquia. Bruxelas negou qualquer ligação directa ou indirecta ao tráfico de petróleo por parte dos 28 Estados-membros, mas avançou ter provas de que esse comércio estaria nas mãos de rotas clandestinas controladas por turcos, iranianos e curdos iraquianos.

Os Estados Unidos, por seu lado, alegam que o petróleo segue, grosso modo, as mesmas rotas de tráfico que foram criadas quando o mundo ocidental decidiu, nos anos 80 do século passado, um embargo ao petróleo iraniano (que passava pelo Iraque) e que, neste momento, o petróleo do EI segue para a Turquia, Jordânia e Arábia Saudita – país árabe também acusado de financiar directamente os sunitas radicais (nomeadamente os do EI) contra os xiitas. Todos os nomeados negaram o seu envolvimento.

Segundo a imprensa internacional, o ‘desconto’ praticado pelo EI pode chegar aos 60%: no início do ano passado, a imprensa internacional adiantava que o barril de petróleo ‘made in’ EI estava a cotar nos 30 dólares – numa altura em que nos mercados tradicionais o seu preço rondava os 100 euros. A evolução muito negativa dos preços do barril terá retirado margem ao EI, mas certo é que o seu produto continua a ser escoado. A imprensa internacional diz também que o peso do petróleo no orçamento do EI é da ordem dos 40%.

Outras fontes de receita
Para além de petróleo, o EI inunda os mercados internacionais com ópio, arte (que rouba dos campos arqueológicos que também controla e que vai destruindo), fosfatos, gás natural, cimento, trigo e cevada – este agregado pesa um pouco mais que o petróleo no orçamento do EI.

De fora estão ainda as vendas de mulheres xiitas para redes de prostituição, os raptos, os roubos, as extorsões e os donativos. O negócio dos raptos não é linear e, aparentemente, vale cada vez menos, dado que o resto do mundo evita aproximar-se do território controlado pelos radicais islâmicos.

Quanto aos roubos, eles também são limitados. De qualquer modo, segundo a imprensa internacional, quando o EI tomou a cidade de Mossul, os radicais ‘levantaram’ das várias agências bancárias qualquer coisa como 450 milhões de dólares.
As extorsões parecem ser de dois níveis. Por um lado, aquelas que têm por alvo os próprios habitantes do território, obrigados a pagar uma renda aos ocupantes, com isso assegurando a própria existência; por outro, as que têm a ver com uma espécie de portagem sobre quem passa no território. Segundo as mesmas fontes, só as caravanas de veículos petrolíferos que têm de passar pelos territórios do EI para atingirem o Ocidente deixam nos cofres meio milhão de dólares por ano.

Parece ser no capítulo dos donativos que o EI tem maiores dificuldades. Segundo os analistas não há – excepto talvez o caso da Arábia Saudita – muitos países islâmicos interessados em acudir ao sustento do EI. O comparativo com a Al Qaeda dá algumas pistas sobre a matéria: enquanto o grupo de Bin Laden era fortemente financiado de forma directa por vários regimes estabelecidos e por diversos ‘bem-feitores’ particulares, o EI não consegue grandes proventos nessa área – este item do orçamento não vale mais de 2% do total.

* Claro que somos todos patetas e acreditamos que a tecnologia disponível no ocidente é incapaz de detectar o percurso do petróleo assassino e os seus compradores.

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