07/03/2010

MADEIRA »»»»» ANTES







Este trecho fez parte duma emissão do programa BIOSFERA em 2008.



Porém há estudos e Planos estratégicos mais antigos, que a



BEM DO DINHEIRO E DA GANÂNCIA



foram remetidos ao esquecimento.



MADEIRA »»»» DEPOIS







EM 2003

O PRAN, PLANO REGIONAL DA ÁGUA DA MADEIRA, preconizava:
- Implementação de sistemas de vigilância e alertas de cheias
- Considerar a criação de bacias de retenção, albufeiras e estruturas de amortecimento dos caudais.
- Disciplinar e ordenar a ocupação do território, respeitando o leito das ribeiras.
- Dar cumprimento ao Decreto-Lei nº364/98 que obriga à elaboração de cartas de zonas inundáveis nos municípios urbanos atingidos pelas cheias.

MANUELA PORTELA (professora do IST) - " A cheia é um fenómeno intrissecamente natural. Isto é um problema de desordenamento do território- e de incúria"

JOAQUIMM LETRIA

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POR BAIXO DAS ÁGUAS DO MAR



enviado por ANTÓNIO CUNHA

BANANA



enviado por MARTINS

6 - IMAGENS QUE FALAM

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PARLAMENTO SUECO



Felizmente que os nossos Paralamentares são o oposto.

Tinha lá piada este País sem os ver esgrimir a verborreia, a baterem uma soneca ou a tratarem de outros assuntos por telefone?

Tinha lá piada os nossos Paralamentares comerem comida de luxo a preços de cantina no refeitório da A.R.?

Tinha lá piada os nossos paralamentares negarem-se ao exercício dos favores aos amigos, das viagens com as famílias ou a não receberem prendas por leis elaboradas específicamente para livrar os parceiros?

Nós gostamos deste figurino Paralamentar, é português genuíno.

BERNARDINO MACHADO

Bernardino Machado
Bernardino Machado
Presidente de Portugal Flag of Portugal.svg
Mandato: 6 de Agosto de 1915 até
5 de Dezembro de 1917 (1º mandato)
11 de Dezembro de 1925 até
31 de Maio de 1926 (2º mandato)
Precedido por: Teófilo Braga (1º mandato)
Manuel Teixeira Gomes (2º mandato)
Sucedido por: Sidónio Pais (1º mandato)
Mendes Cabeçadas (2º mandato)

Nascimento: 28 de Março de 1851
Rio de Janeiro, Brasil
Falecimento: 28 de Abril de 1944
Famalicão, Portugal
Primeira-dama: Elzira Dantas Gonçalves Pereira Machado
Partido: Partido Democrático
Profissão: Professor na Universidade de Coimbra
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Bernardino Luís Machado Guimarães (Rio de Janeiro, 28 de março de 1851Famalicão, 28 de abril de 1944) foi o terceiro e o oitavo presidente eleito da República Portuguesa.

Estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra. Teve um importante percurso como dirigente da maçonaria (na Loja "Perseverança" do Grande Oriente Lusitano).

Foi presidente da República Portuguesa por duas vezes. Primeiro, de 6 de agosto de 1915 até 5 de dezembro de 1917, quando Sidónio Pais, à frente de uma junta militar, dissolve o Congresso e o destitui, obrigado-o a abandonar o país.

Mais tarde, em 1925, volta à presidência da República para, um ano depois, voltar a ser destituído pela revolução militar de 28 de maio de 1926, que instiuirá a Ditadura Militar e abrirá caminho à instauração do Estado Novo.


Vida pessoal

Bernardino Machado era filho de António Luís Machado Guimarães, primeiro barão de Joane, e de sua segunda mulher, Praxedes de Sousa Guimarães.

Recebeu no baptismo o nome próprio do avô materno, Bernardino de Sousa Guimarães, capitalista estabelecido em terras brasileiras.

Passou a infância no Brasil até aos nove anos, quando a família se estabeleceu em Joane, concelho de Famalicão. Em 1866 inscreveu-se na Universidade de Coimbra, em Matemática, tendo optado depois por Filosofia. Foi um brilhante aluno, tendo-se doutorado em Coimbra, onde foi professor.

Em 1872 atingiu a maioridade e optou pela nacionalidade portuguesa.

Casou no Porto em 1882 com Elisa Dantas Gonçalves Pereira, também nascida no Brasil, filha do conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, de quem teve 18 filhos.

Política

Durante a monarquia, Bernardino Machado foi deputado pelo Partido Regenerador (1882), par do Reino (1890), e ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1893).

Aderiu ao Partido Republicano em 1903.

Com o advento da República foi ministro dos Negócios Estrangeiros e o primeiro embaixador de Portugal no Brasil (1913).

Primeira eleição presidencial

Em 1915, Bernardino Machado foi eleito pelo Congresso a 6 de Agosto. Na primeira votação votaram 189 congressistas, tendo os votos sido assim distribuídos:

Primeiro escrutínio

Segundo escrutínio

  • Bernardino Machado 75 votos
  • Correia Barreto 45 votos
  • Guerra Junqueiro 30 votos
  • Duarte Leite 19 votos
  • Alves da Veiga 2 votos
  • Votos brancos 12

Terceiro escrutínio

  • Bernardino Machado:134 votos
  • Correia Barreto: 18 votos
  • Votos brancos e nulos: 27

GOVERNO DE AFONSO COSTA

Governo de Afonso Costa

De 29 de Novembro de 1915 a 15 de Març o de 1916

107 dias

Cerca de três meses e meio.

10º governo republicano[1]

3º governo democrático

Primeiro governo do mandato presidencial de Bernardino Machado

·Presidente, Afonso Augusto da Costa, acumula as finanças.

·No interior, Artur Rodrigues de Almeida Ribeiro.

·Na marinha, Vítor Hugo Azevedo Coutinho;

·No fomento, António Maria da Silva. Um dos membros da Junta do 14 de Maio. Tinha sido ministro do fomento do governo de Afonso Costa, de 9 de Janeiro de 1913 a 9 de Fevereiro de 1914. Será ministro do trabalho e da previdência social no ministério da União Sagrada, presidido por António José de Almeida, de 16 de Març o de 1916 a 25 de Abril de 1917; ministro das finanças no governo de Sá Cardoso, de 3 a 15 de Janeiro de 1920; presidente e ministro das finanças de 26 de Junho a 19 de Julho de 1920; presidente e ministro do interior, de 7 de Fevereiro de 1922 a 15 de Novembro de 1923; presidente e ministro da guerra, de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925; presidente e ministro do interior entre 17 de Dezembro de 1925 a 28 de Maio de 1926.

·Na instrução pública, Frederico António de Ferreira Simas.

Do anterior gabinete, mantêm-se:

·Na justiça, João Catanho de Meneses. Já tinha ocupado tal pasta com José de Castro, de 19 de Junho a 29 de Novembro de 1915, na qualidade de independente. Voltará à mesma com António Maria da Silva, de 6 de Fevereiro a 7 de Dezembro de 1922; Rodrigues Gaspar, de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924; e António Maria da Silva, entre 17 de Dezembro de 1925 e 30 de Maio de 1926.

·Na guerra, José Mendes Ribeiro Norton de Matos, membro da Junta do 14 de Maio. Foi ministro das colónias do governo de José de Castro de 19 de Junho a 22 de Julho de 1915 e da guerra do mesmo governo desde essa data a 29 de Novembro de 1915. Continuará nesta pasta nos dois seguintes gabinetes: no ministério da União Sagrada, presidido por António José de Almeida, de 16 de Març o de 1916 a 25 de Abril de 1917; no de Afonso Costa, de 25 de Abril a 10 de Dezembro de 1917.

·Nos estrangeiros, Augusto Luís Vieira Soares. Vem do gabinete anterior e continuará nos seguintes. Tinha sido ministro dos estrangeiros com Vitór Hugo de Azevedo Coutinho de 12 de Dezembro de 1914 a 24 de Janeiro de 1915; de José de Castro, de 17 de Maio a 29 de Novembro de 1915. Continuará na pasta até ao sidonismo, com António José de Almeida, de 16 de Març o de 1916 a 25 de Abril de 1917, e Afonso Costa, de 25 de Abril a 10 de Dezembro de 1917.;

·Nas colónias, vindo do anterior gabinete, Alfredo Rodrigues Gaspar. Foi ministro das colónias de Azevedo Coutinho (de 12 de Dezembro de 1914 a 25 de Janeiro de 1915) e de José de Castro (de 22 de Julho a 29 de Novembro de 1915). Voltará à pasta com Sá Cardoso (de 30 de Junho de 1919 a 3 de Janeiro de 1920); e António Maria da Silva (de 7 de Fevereiro de 1922 a 15 de Novembro de 1923). Será presidente do ministério, acumulando o interior, de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924.

·Bernardino Machado, temendo ser intervencionista como Manuel de Arriaga queria um governo organizado por indicações parlamentares e só chamou Afonso Costa depois das declarações formais de unionistas e evolucionistas, a partir das quais reconhece ser impossível constituir um governo representativo de todos os agrupamentos políticos[2].

Dezembro de 1915

·O novo governo fez a sua apresentação parlamentar em 2 de Dezembro[3]. Afonso Costa já estava restabelecido da fractura craniana que o afectara em 3 de Julho. Apesar de retintamente democrático considerou-se um governo nacional, declarando pretender abster-se de praticar a chamada política partidária.

·Camacho logo questiona Costa sobre se a política externa do governo não era a que ele propusera, em 23 de Novembro de 1914, sobre a manutenção do statu quo sem intervencionismo[4].

·Greve geral no Porto. Greve dos carreiros em Braga. Greve de rurais em Fronteira, com mortos e feridos. Tumultos no Barreiro, Seixal, Portalegre e S. João da Pesqueira.

·Proibição de exportações para vários géneros em 27 de Dezembro.

Janeiro de 1916

·Começa a construção do Casino do Estoril.

·Viagem de Afonso Costa e Bernardino Machado ao Porto para a comemoração do 25º aniversário do 31 de Janeiro de 1891 (de 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro).

·Em fins de Janeiro começam os assaltos a armazéns de víveres.

·Greve dos carregadores e dos empregados municipais em Lisboa.

·Greves nalgumas universidades.

Fevereiro de 1916

·Pela lei nº 480, de 7 de Fevereiro, cria-se uma Comissão Central de Subsistências, destinada consultar e tomar providências sobre o aprovisionamento do país em matérias primas e mercadorias de primeira necessidade. Permite-se que o governo faça requisições de matérias primas e meios de transporte. Criadas comissões distritais de subsistências. Estabelecido o regime geral de preç os: tabelas de preç os estabelecidas pelas comissões distritais, mas homologadas pela comissão central. Penaliza-se a recusa de venda. Estabelece-se o modelo do manifesto obrigatório.

·Início do ataque alemão a Verdun em 21 de Fevereiro.

·Em 24 de Fevereiro dava-se a primeira apreensão de um navio alemão surto no Tejo (serão abrangidos 70), o que motivou os protestos parlamentares de Brito Camacho no dia seguinte. Os britânicos tinham solicitado que o governo português requisitasse os navios alemães que se refugiaram nos portos portugueses. Apreensão autorizada por decreto do dia 23 e levada a cabo por Leote do Rego. Serão apreendidos 70 navios alemães e dois austríacos[5].

·O governo obtém um crédito do banco central britânico para a compra de trigo e de material de guerra (dois milhões de libras).

·Greve de tecelões na Covilhã. Tumultos em Lisboa, com bombas e mortos.

Març o de 1916

·Em 4 de Març o, regime do manifesto dos cereais.

·Em 9 de Març o de 1916 surge a declaração de guerra da Alemanha a Portugal. Nota entregue pelo barão Van Rose.

·No dia 10 de Març o, imediato e unânime apoio parlamentar ao governo, por causa da guerra. Sessão parlamentar onde Afonso Costa propõe um governo de unidade nacional[6].

·Em 12 de Març o, Lei nº 491 concede ao poder executivo as faculdades necessárias para o estado de guerra.

·Em 13 de Març o, arrolamento dos vinhos e azeites.



in "FACTOS POLÍTICOS PORTUGUESES"

GOVERNO DE ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA

Governo de António José de Almeida

De 15 de Març o de 1916 a 25 de Abril de 1917

406 dias

Cerca de treze meses e meio.

11º governo republicano[1]


·Ministério da União Sagrada, presidido pelo próprio chefe da oposição institucional, o evolucionista António José de Almeida, que acumulava a pasta das colónias (com Celestino Germano Pais de Almeida como subsecretário, desde 18 de Maio).

Mantêm-se os democráticos

·Afonso Costa nas finanças (com Albino Vieira da Rocha como subsecretário, desde 18 de Maio).

·Vítor Azevedo Coutinho na marinha.

·Augusto Vieira Soares, nos estrangeiros. Vem dos dois gabinetes anteriores e continuará no seguinte. Ministro dos estrangeiros com Vitór Hugo de Azevedo Coutinho de 12 de Dezembro de 1914 a 24 de Janeiro de 1915; de José de Castro, de 17 de Maio a 29 de Novembro de 1915; de Afonso Costa, de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Març o de 1916. Continuará no de Afonso Costa, de 25 de Abril a 10 de Dezembro de 1917.

·António Maria da Silva (no fomento até ao dia 17 de Març o e na nova pasta do trabalho desde esta data). Tinha sido ministro do fomento do governo de Afonso Costa, de 9 de Janeiro de 1913 a 9 de Fevereiro de 1914; ministro do fomento no governo de Afonso Costa de 29 de Novembro de 1915 a 15 de Març o de 1916. Será ministro das finanças no governo de Sá Cardoso, de 3 a 15 de Janeiro de 1920; presidente e ministro das finanças de 26 de Junho a 19 de Julho de 1920; presidente e ministro do interior, de 7 de Fevereiro de 1922 a 15 de Novembro de 1923; presidente e ministro da guerra, de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925; presidente e ministro do interior entre 17 de Dezembro de 1925 a 28 de Maio de 1926.

·Norton de Matos na guerra (com António Correia Mimoso Guerra como subsecretário, desde 18 de Maio). Vem do anterior gabinete e continuará no seguinte. Foi ministro das colónias no gabinete de José de Castro, de 19 de Junho a 22 de Julho, continuando no mesmo governo como ministro da guerra até 29 de Novembro de 1915. Será, pois, ministro da guerra continuadamente de 22 de Julho de 1915 a 10 de Dezembro de 1917.

·No interior, António Pereira Reis (independente) até 29 de Maio e depois desta data Brás Mousinho de Albuquerque (também independente).

·Na justiça, o evolucionista Luís Pinto Mesquita de Carvalho. Voltará à mesma pasta no governo de Domingos Pereira, de 21 de Janeiro a 8 de Març o de 1920.

·No fomento, Francisco Fernandes Costa (evolucionista), desde 17 de Març o.

·Na instrução pública, Joaquim Pedro Martins. Será ministro dos negócios estrangeiros no governo de Vitorino Guimarães, de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925, enquanto membro da Acção Republicana

Març o de 1916

·São sondados para a chefia do governo os republicanos independentes Augusto José da Cunha, Guerra Junqueiro e Anselmo Braamcamp Freire[2]. Leote do Rego faz a mediação entre António José de Almeida e Afonso Costa.

·Em 11 de Març o, Brito Camacho diz só colaborar num verdadeiro ministério nacional, onde também estivessem representados monárquicos e sociaalistas, pelo que considera que o modelo é apenas de concentração republicana. Os católicos não colaboram sem prévia alteração da Lei da Separação e os monárquicos nem sequer são chamados[3].

·Nomeado o ministério da União Sagrada em 15 de Març o.

·Apresentação parlamentar do novo governo, sob o signo da pátria em perigo em 16 de Març o de 1916[4].

·Em 16 de Març o, a lei nº 494 cria o Ministério do Trabalho. A lei foi discutada, aprovada e publicada num único dia[5].

·Criados lugares de subsecretário de Estado e de ministro sem pasta em 16 de Març o.

·Instaurada censura à imprensa em 28 de Març o. Protesto imediato da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

·Dissolvidas as estruturas sindicias que se manifestaram contra a participação na guerra: União Operária Nacional, União dos Sindicatos Operários e as Federações da Contrução Civil e das Indústria Metalúrgicas.

Abril de 1916

·Greve da construção civil em Abril. Incêndio na Escola Naval. Mal-estar provocado pela crise das subsistências.

·Concluída a ocupação do Quionga em Moçambique, território de que tínhamos sido desapossados em 1894. É governador de Moçambique Álvaro de Castro.

·Proibido o ingresso de alemães em território nacional em 4 de Abril. Obrigados a sair os existentes, ficando presos os que tinham entre 16 e 45 anos. Sequestro dos respectivos bens (23 de Abril)[6].

·Em 14 de Abril é proposta uma lei de ampla amnistia, abrangendo os responsáveis pelas incursões monárquicas. Esta proposta gera um protesto do próprio Manuel de Arriaga.

·Instaurada a censura postal em 20 de Abril.

·Em Paris suicida-se o poeta Mário de Sá Carneiro, nascido em 1890.

·Proposta no parlamento a cruzada das mulheres portuguesas[7].

·Pelo decreto nº 2 357 de 29 de Abril é regulada a exportação, reexportação e importação de géneros de primeira necessidade. Proibida a exportação para o estrangeiro de lãs, salitre, vitrato de sódio, fios e cordões para instalações eléctricas. Proibida a exportação para as colónias de combustíveis, automóveis e genéros alimentícios de que haja escassez na metrópole. Livres de direitos pautais as importações de gados, cerais, à excepçãp do trigo, batatas e carnes.

Maio de 1916

·Discurso de Afonso Costa na Câmara dos Deputados sobre a questão das subsistências em 1 de Maio[8].

·Em 5 e 9 de Maio são mandadas encerrar por antecipação as aulas nalgumas escolas oficiais[9]

·Greve dos metalúrgicos e dos carroceiros em Maio.

·Votação do orçamento em 14 de Maio.

·António José de Almeida na Câmara dos Deputados considera que, perante a guerra, a alma portuguesa ainda não encontrar aquela vibração suprema. Jaime Cortesão havia defendido a criação de um sistema de propaganda face à nossa participação na guerra (20 de Maio)[10]

·Reordenada a inspecção militar para todos os indivíduos com idade inferior a 45 anos e não apurados (24 de Maio)

·Criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social: atribuída a nova pasta a António Maria da Silva.

Em 29 de Maio de 1916:

·Brás Mouzinho de Albuquerque substitui Pereira Reis no interior

Junho de 1916

·Criados três lugares de Subsecretário de Estado em 5 de Junho.

·Decreto eleva o limite da circulação fiduciária de 120 para 145 mil contos. Será de 200 mil contos em Dezembro desse ano de 1916.

·A Lei nº 616 de 19 de Junho estabelece que as faculdades podem reconhecer o grau de doutor aos professores com três anos de serviç o. Ficam abrangidos na faculdade de Estudos Sociais e Direito Alberto da Rocha Saraiva, Albino Vieira da Rocha, Soares das Neves e Barbosa Magalhães, até então bacharéis formados.

·Afonso Costa em Paris na Conferência Económica dos aliados (de 9 a 21 de Junho). Segue para Londres (de 21 de Junho a 27 de Julho).

·Parada militar em Montalvo, proclamando-se o chamado milagre de Tancos (22 de Junho)[11].

·Novo regime do comércio de trigo em 30 de Junho, pela lei nº 2 488. Manifesto dos cereais. Criados modelos de avaliação do consumo por concelhos.

Julho de 1916

·Embarque de nova expedição militar para Moçambique em 1 de Julho, comandada por Ferreira Gil.

·Constitui-se em Tancos o Corpo Expedicionário Português, sob o comando de Norton de Matos.

·Manifestos obrigatórios para vários géneros alimentícios em 15 de Julho pelo decreto nº 2 515.

Julho de 1916

·Afonso Costa visita Londres em Julho[12]

·Providências sobre a circulação de moeda de prata e sobre a emissão de bilhetes de tesouro (15 de Julho).

Agosto de 1916

·Governo promove comícios junto dos principais monumentos, defendendo a nossa participação na Guerra em 4 de Agosto. No jornal A Capital reconhece-se: em Portugal ninguém desejou a guerra. Aceitou-se esse mal como inevitável, como necessário para mantermos perante o mundo o lugar honrado a que as nossas tradições gloriosas nos dão direito[13].

·Reunião extraordinária do Congresso em 7 de Agosto. Governo expõe as diligências financeiras, diplomáticas e militares. Manifesta-se alguma oposição por parte dos unionistas[14].

·Congresso do partido unionista em 20 de Agosto[15].

·Motim em frente a São Bento. Merceeiros reclamam fornecimento de aç úcar e abolição do tabelamento de preç os, em 31 de Agosto[16].

·Nesse dia foi proposta e aprovada a restauração da pena de morte nos campos de batalha para casos de traição. Unionistas e socialistas opõem-se e abandonam a sala[17].

Setembro de 1916

·Afonso Costa substitui interinamente António José de Almeida na chefia do governo e na pasta das colónias (de 5 de Setembro a 12 de Outubro).

·Criada a Comissão de Abastecimento em lugar da Comissão Central de Subsistências, pelo decreto nº 2 660 de 30 de Setembro. As anteriores comissões distritais passam as respectivas atribuções para os governadores civis.

Outubro de 1916

·Batalha campal no Porto no dia 8 de Outubro. Morto um polícia.

·Decreto nº 2 670 de 12 de Outubro, novo regime cerealífero.

·Pelo decreto nº 2 691 de 25 de Outubro, preç os do trigo nacional, tipos de farinha e pão. Permite ao governo estabelecer casas de fabrico e venda de pão.

·Regulamentado o sistema cerealífero em 26 de Outubro. Manutenção Militar passa a comprar a produção nacional e a ter o exclusivo das importações.

Novembro de 1916

·III Congresso da Federação das Juventudes Católicas Portuguesas em Braga. Apoio à criação da União Católica proposta pelos bispos[18].

Dezembro de 1916

·Agravamento da crise das subsistências. Há faltas de combustíveis, aç úcar e pão. Começam protestos na imprensa.

·Criada uma comissão de abastecimento de carnes em 13 de Dezembro.

·Revolta abortada em 13 de Dezembro, sob o comando de Machado Santos. Governo suspende jornais monárquicos, bem como A Luta. Presos vários deputados, entre os quais o unionista Moura Pinto. São também detidos Egas Moniz e Alfredo Magalhães. O planeamento coube a Vasco de Carvalho, com a colaboração do capitão Eurico Cameira. Machado Santos sai com tropas de Tomar, mas não passa de Abrantes, onde é detido por Abel Hipólito. Machado Santos passa a ficar detido no palácio do Fontelo em Viseu. Ramificações subversivas a movimentos ocorridos em Castelo Branco e na Figueira da Foz. Os revoltosos, visando convencer autoridades civis e militar chegam a imprimir um Diário do Governo apócrifo. As notícias sobre o golpe são censuradas[19].

·Aprovada uma lei sobre o saneamento de oficiais em 19 de Dezembro. Proposta apresentada pelo ministro da guerra, Norton de Matos. Ramada Curto, então deputado democrático, chama-lhe burla e monstruosidade jurídica. José Barbosa proclama que a República caminha para um abismo, em que se pode perder, criticando comissões de civis, chamados defensores das instituições. Jorge Nunes diz: vejo-me regressado a Janeiro de 1908, com menos liberdade ainda, porque os ditadores de 1916 excederam, na violência e na sua obra, os ditadores de 1908. Nessa ocasião, dois homens – um rei e um príncipe – pagaram com a vida a obra dos ditadores, que fizeram um decreto que não era mais violento nem mais despótico que esta lei. Estão bem vingados os ditadores de 1908, porque os ditadores de 1916 excederam-nos na maldade da sua obra. Ramada Curto conclui que o governo pode ter a maioria para lhe aprovar essa proposta, mas o que não tem é a maioria das consciências[20].

·Aumento do limite da circulação fiduciária em 29 de Dezembro. De 140 mil contos para 200 mil.

·Por decreto de 30 de Dezembro, regime de poupança de energia, especialmente quanto à iluminação pública e particular. Novo horário das repartições públicas (das 10 às 16 horas). Guarda Nacional Republicana passa a reforçar o policiamento das ruas.

·Proibido o abate de vitelas em 30 de Dezembro.

·Submarino alemão afunda navios ingleses que estavam surtos no porto do Funchal. Lançadas várias granadas sobre a cidade[21].

Janeiro de 1917

·Nos princípios de 1917, uma dissidência nos evolucionistas, com 17 deputados a passarem-se para o grupo de Brito Camacho que passa para 30 deputados[22].

·Ordenada a concentração das forças expedicionárias em 17 de Janeiro de 1917. O primeiro contingente do CEP parte para Brest no dia 26 de Janeiro, sob o comando do então coronel Gomes da Costa. Hão-de chamar-lhe carneiros de exportação portuguesa.

·Instrução pastoral colectiva do Episcopado, de 22 de Janeiro de 1917, apela para a acção política da União Católica, donde derivará o Centro Católico Português[23].

·Abortada uma tentativa golpista chefiada pelo coronel Botelho de Vasconcelos.

·Patrões e sindicalistas de Beja impedem a saída de trigo do concelho[24].

Fevereiro de 1917

·Conquista de N’Giva, quartel-general do régulo Mandune.

Març o de 1917

·Reúne pela primeira vez o Conselho Económico e Social em 3 de Març o. A criação oficial é de 18 de Març o, data da publicação do decreto nº 3 092.

·Funerais de Manuel de Arriaga em 6 de Març o.

·Livre de direitos pautais a importação de trigo e de outros cerais panificáveis, em 6 de Març o.

·Deputado António da Fonseca critica o governo por este consultar entidades estranhas ao parlamento, em 8 de Març o[25]. Referência ao Conselho Económico. As críticas renovam-se em 20 de Març o e o governo considera-se demissionário. O ministro do fomento é evolucionista e diz que o diploma teve como propósito chamar as forças vivas[26].

·Em 11 de Març o, numa reunião da ACAP, José Relvas e Aresta Branco defendem acção directa da lavoura contra o governo[27]



in "FACTOS POLÍTICOS"

GRANDE ORIENTE LUSITANO


Grande Oriente Lusitano placa.JPG

O Grande Oriente Lusitano é a mais antiga obediência maçónica portuguesa, fundada em 1802.

Teve como primeiro Grão-Mestre o desembargador Sebastião José de São Paio de Melo e Castro Lusignan, neto do 1.º Marquês de Pombal, cujo nome simbólico era Egas Moniz.


Grande Oriente Lusitano

Entrada principal do Grande oriente Lusitano.

O Grande Oriente Lusitano integra-se na corrente liberal maçónica, defendendo a absoluta liberdade de consciência e o adogmatismo.

História

A sua história está intimamente ligada à do País desde então. Algumas das grandes mudanças que Portugal conheceu nos séculos XIX e XX tiveram uma forte influência da acção da Maçonaria:

Era visto como uma força motriz no anticlericalismo dos liberais.[2]

Em oposição a toda e qualquer forma de opressão, o Grande Oriente Lusitano, conheceu ao longo da sua história, momentos de feroz perseguição, pelas alas mais conservadoras e reaccionárias da sociedade. Entre esses momentos, destaca-se a proibição durante o Estado Novo (Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, proposta por José Cabral, que recentemente tinha aderido à União Nacional depois de militar entre os integralistas lusitanos e os nacional-sindicalistas liderados por Rolão Preto) que forçou os seus membros à clandestinidade e, por frequentes vezes, à prisão ou ao exílio políticos.

Fernando Pessoa, apesar de assumidamente profano publicou um artigo no Diário de Lisboa em defesa da Maçonaria e, concretamente, do Grande Oriente Lusitano.

Durante o período de clandestinidade, o Grande Oriente Lusitano viu os seus bens confiscados e o Palácio Maçónico ocupado pela Legião Portuguesa.

Com a revolução de 25 de Abril de 1974 e a revogação da Lei n.º 1901, o Grande Oriente Lusitano pôde voltar à luz do dia, tendo-lhe sido devolvidos os bens anteriormente confiscados.

Em 25 de Janeiro de 2003, pela primeira vez, as portas da Maçonaria foram abertas á comunicação social para transmitir uma mensagem do Grão-Mestre ao povo Português. No mesmo ano, em 20 de Março, e também pela primeira vez, o Senhor Presidente da República, Dr.Jorge Sampaio, honrou com a sua visita o Palácio Maçónico.[3]

Entre os seus membros contam-se figuras de grande relevo na história de Portugal.

Ritos

Sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano trabalham lojas simbólicas do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito Francês. Estes ritos são administrados pelas respectivas potências filosóficas com as quais o Grande Oriente Lusitano tem tratado:

  • Supremo Conselho dos Grandes Inspectores-Gerais do 33.º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito para Portugal e sua jurisdição;[4]
  • Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz – Grande Capítulo Geral do Rito Francês de Portugal.[5]

Grémio Lusitano

As três potências estão representadas na sociedade civil através do Grémio Lusitano, associação cultural e recreativa, com sede em edifício próprio na Rua do Grémio Lusitano, em Lisboa.

O Palácio Maçónico como é designado, alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa na sua especialidade, que está aberto ao público, de Segunda a Sexta-Feira, das 14:30 às 17:30 horas. Pela sua qualidade e prestígio, está prestes a integrar a rede nacional de museus.

Grande Loja Regular de Portugal

A "Grande Loja Regular de Portugal (GLRP), foi criado ao abrigo de um mandado da Grande Loja Nacional Francesa, em 1991. Este órgão é reconhecido por várias outras Grandes Lojas no mundo, da Maçonaria anglo-americana.[6]

A Grande Loja Legal de Portugal (GLLP) foi criado em 1996, depois de uma disputa sobre a legalidade de uma eleição para o Grão Mestre da GLRP, que originou a separação de corpos de uns membros, a fim de formar seu próprio Corpo. Este órgão, é reconhecido por várias Grandes Lojas no mundo anglo-americano da Maçonaria.[7]

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