16/10/2014

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


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Neurónio

É enviado um neurónio ao cérebro de um homem.
Ele chega, entra e não encontra nada.

Há alguém aqui? - pergunta baixinho.
- HÁ ALGUÉM AQUI? OOOOLÁAAA!!
- NÃO HÁ NINGUÉM!!! snif, snif... 
O pobre neurónio encontrava-se sozinho ali.
Começou a ficar muito triste e seguia lamuriando-se:
- Eu aqui tão sozinho... snif... snif... para o resto da vida... snif!
De repente, ouve um ruído de alguém que se aproximava... Era outro neurónio que, ao vê-lo, pergunta:
- Que fazes aqui sozinho? Porque choras?
- Porque pensava, snif... que não havia ninguém e que ia ficar aqui para sempre sem companhia... snif...

- Tás parvo, ou quê? Somos imensos!
Estamos é todos lá em baixo, no meio das pernas, onde há uma g'anda festa... Eu só subi para vir buscar gelo!... 


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7-ACIDEZ 
FEMININA
AS MAIORES  MENTIRAS
QUE MULHERES CONTAM



.A IMPRESCINDÍVEL TATY FERREIRA 




* Uma produção "ACIDEZ FEMININA" - BRASIL


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PUTINA



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HARCORE





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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"


Advogado preso por corrupção

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, em articulação com o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, deteve um advogado da capital no âmbito de um processo de insolvência em que foi foi surpreendido a receber 'luvas' no valor de 20 mil euros.

Rui Manuel Côrrea Coimbra, o causídico agora detido indiciado por corrupção, esteve na manhã desta quinta-feira presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

Durante as buscas efetuadas ao escritório, na Avenida Marquês de Tomar, em Lisboa, e à residência do advogado foram apreendidos 280 mil euros em dinheiro e dois automóveis de luxo.

* Uma pessoa destas não rotula a profissão, mas francamente 20 mil aéreos e é preso, atão e o ex-DDT, agora TDT, (Trafulha Disto Tudo), sacou milhões e continua a descansar na sua mansão, atão ainda não se sabe  a quem o "Insonso" entregou as alvíssaras submarínicas?

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".
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XXI- O UNIVERSO
 
1- O SEGREDO DAS

SONDAS ESPACIAIS





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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Contra a nova legislação que regula a atividade 
Amas protestam junto 
à Segurança Social no Porto 

Várias dezenas de amas protestaram, ao início da tarde de hoje, em frente ao Instituto da Segurança Social (ISS), no Porto, contra a nova legislação que regula esta atividade. 

 Em causa, o regime que, desde o passado dia 03, passou a definir os termos e as condições de acesso à profissão e o exercício da mesma, e que estabelece que as amas deixem de ter vínculo contratual com a Segurança Social. Na prática, ao tornarem-se independentes, deixam de contar com o apoio estatal que recebiam até aqui, ficando o pagamento dos seus serviços a cargo das famílias ou das instituições particulares de solidariedade social (IPSS). 
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SUPER AMA
Uma decisão que, queixou-se Paula Melo, presidente da APRA - Associação dos Profissionais no Regime de Amas, implicará que muitas das mais de 1140 amas que existem em todo o país "vão para o desemprego". "Só pretendemos que as amas tenham direito ao trabalho. E não é isso que está acontecer: as da Segurança Social vão já para o desemprego e o mesmo vai acontecer a muitas amas que trabalham para as IPSS, porque, estas, ao não serem comparticipadas, farão alguns contratos, mas só com as mais novas. Daí que as mais velhas vão ficar sem contrato individual de trabalho", defende. 

O problema ganha especial dimensão pelo facto de as amas da Segurança Social apenas se responsabilizar, regra geral, por crianças de famílias carenciadas. "Se as famílias não tiverem o apoio do Estado, não conseguem pagar-nos. Portanto, se a profissão for liberalizada, não aceito porque não tenho condições para continuar", garante Angelina Peixoto, que há seis anos optou por deixar de ser auxiliar de ação educativa para "abraçar esta profissão" e agora "corre o risco de ficar sem ela". 
Opinião partilhada por Maria da Conceição Monteiro, ama há 24 anos: "Este protesto é para que não acabem as amas da Segurança Social. Querem que passemos a ter o contrato com os pais. Isto vai afetar as crianças, porque até aqui os pais não pagavam nada, e, no meu caso, já me disseram que se é para pagar, vão embora." 

 Em declarações aos deputados, no Parlamento, o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Mota Soares, explicou que a atividade de ama poderá vir a ser desenvolvida ou por contrato direto com a família ou através de contrato com uma "entidade enquadradora". "Essas entidades devem ser não o Estado, mas sim as instituições sociais, que são quem já hoje dá uma resposta aos anseios das famílias, através das respostas de creche, e que poderão alargar a sua oferta de serviços às famílias", disse Mota Soares. 

* Mais uma argolada do sr. ministro dos imbróglios sociais.

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".

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MULHERES 

DE FORÇA 

por ANDRÉ FRANÇOIS




O fascínio pela figura feminina e seu poder de agregar a família inspiraram André François a buscar emocionantes histórias de amor e desafios por todo o Brasil. Nas suas viagens, o fotógrafo encontrou mulheres de várias idades, que são um exemplo para seu país, sua comunidade, sua família e para si mesmas.
O documentário aborda questões como gravidez na adolescência, relações familiares, violência doméstica e o confronto de doenças como o cancro: grandes temas que circundam a saúde e o bem-estar da mulher brasileira. Com depoimentos fortes e sinceros, essas jovens e senhoras contam seus relatos e suas experiências de cabeça erguida, com a certeza de que a superação é o caminho para vencer as dificuldades e seguir adiante.

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Portugal desperdiça um milhão 
de toneladas de comida por ano

No Dia Mundial da Alimentação, governo e várias organizações assinaram compromisso para a redução do desperdício alimentar. Atualmente desperdiçamos um milhão de toneladas de comida por ano. 

O objetivo é estudar o desperdício alimentar nos vários setores e tentar reduzi-lo, explica ao DN o secretário de Estado da Alimentação. "Fizemos uma reflexão profunda hoje, no Dia Mundial da Alimentação, que culminou com a assinatura de um compromisso ético de combate ao desperdício em todos os setores, da produção ao consumidor", acrescenta Nuno Vieira e Brito.

O único estudo feito até agora aponta para um desperdício anual de um milhão de toneladas de alimentos. Por ser uma realidade pouco contabilizada, o primeiro passo vai ser avaliar a quantidade de desperdício em cada setor. Com a ideia de que "a meta final é sempre o desperdício zero", o governante acredita que pode ser possível reduzir "20% do desperdício em cinco anos".

Envolvidos neste compromisso estão os municípios, entidades ligadas à educação, economia, saúde, agricultura e solidariedade social, instituições de solidariedade social e empresas. "É um compromisso que corre toda a sociedade e responsabiliza todos os segmentos" indica Nuno Vieira e Brito.

O governo está ainda disponível para "agilizar procedimentos legais" se isso ajudar a combater o desperdício alimentar. "Já existe alguma legislação para excedentes, mas se for preciso agilizar procedimentos podes rever a legislação, sem por em causa a qualidade e a segurança dos produtos", admite o secretário de Estado da Alimentação.

* 1 milhão de toneladas de desperdício alimentar num país pobre como o nosso é obra, mas não tão mau como nos EUA em que 50% da comida confeccionada vai para o lixo.

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".

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ALBERTO GONÇALVES

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O escritor fantasma

Uma última viagem na sua permanente vocação para agitar consciências, diz o anúncio da Porto Editora. Um acto revolucionário, diz o juiz espanhol Baltasar Garzón. Saramago vintage, diz o editor brasileiro do falecido escritor. Saramago no seu melhor, diz o editor português. Uma obra divertida, diz Eduardo Lourenço.

Tudo isto a propósito de "Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas", o dito romance inacabado de José Saramago. Na verdade, de romances inacabados está o mundo cheio. Alabardas inaugura um género novo, o dos romances praticamente por começar. 

Não é que não haja um livro: há, aliás com 135 páginas. Seis são notas do autor. Cinquenta são textos de outros autores sobre o autor e o produto em causa. Dez são índices, ficha técnica e diversos. Doze são desenhos de um antigo membro das Waffen-SS. Sobram 57 folhinhas, impressas em fonte crescida e a dois (ou três) espaços. Ninguém se deve admirar se, no mês que vem, publicarem os últimos post-it que Saramago colou no frigorífico, em cinco volumes repletos de ensaios alheios, bonecos para colorir e a oferta de uma echarpe em tons marrom. Meia dúzia de críticos hão-de considerar estarmos perante um momento de ruptura na cultura universal.

Num certo sentido, Alabardas consagra de facto o estilo do Nobel caseiro, que em vida fazia questão de anunciar, ele próprio, o carácter polémico de cada livro antes mesmo de o livro chegar ao público. Um boa estratégia, até porque quando o livro chegava ao público não acontecia nada de especial - excepto se o público se chamava Sousa Lara. Devido a condicionantes óbvias, agora o anúncio da polémica ficou a cargo de terceiros, mas o processo é idêntico e com uma vantagem: se o hábito consiste em privilegiar a algazarra em detrimento do conteúdo, desta vez o conteúdo quase não existe e a algazarra abunda. Saramago vintage, de facto. E, desde que ignoremos os pechisbeques anexos, a minha obra preferida dele. As outras não se liam em horas. Conto não ler esta em vinte minutos.

Domingo, 5 de Outubro
As fitas que as elites fazem
Deixem-me citar António-Pedro Vasconcelos (APV), em entrevista ao DN a pretexto do seu recente filme: "(...) Isso levou-me a pensar muito no Frank Capra e no Vittorio De Sica, que fizeram filmes em momentos de crises terríveis, mas sem deitar as pessoas abaixo. A questão é que o Capra tinha o Roosevelt e nós temos o Cavaco. É um bocado diferente. O neorrealismo partiu de coisas atrozes como a guerra e o fascismo, mas havia um horizonte de esperança."
Passemos ao ponto da situação. Para APV, APV é um cineasta comparável a Capra e a De Sica. Roosevelt suscitava admiração. O fascismo permitia, ou até estimulava, o optimismo. A Depressão e a II Guerra eram preferíveis à austeridade da troika. E o Prof. Cavaco é o mais reles dos estadistas, tão mau que embora presida ao regime que subsidia as pérolas de APV, indirectamente impede um génio do calibre de APV de fazer o tipo de fitas que os seus heróis fizeram.
Porém, APV faz outras fitas. Entre elas, apoia António Costa. E não se trata de um apoio casual: APV foi a acções de campanha do homem, apareceu excitadíssimo na noite da vitória nas primárias, atribui-lhe virtudes como a "paixão", o "rigor" e a "seriedade".
Ora aqui é que a coisa se complica. Ninguém estranhará que APV, vulto da Cultura com maiúscula, despreze o Prof. Cavaco, subido dos Algarves e da classe média rural. Já é esquisito que o seu elevado grau de exigência se satisfaça com o Dr. Costa, o portento que geriu bastante melhor a carreira política do que uma mera autarquia. Em larga medida, é o mesmo que escarnecer de José Cid para louvar os méritos do cançonetista Toy. Mas é justamente essa a especialidade das nossas elites, que APV representa na perfeição. E se as elites traduzem um país, pobre país. 

Quarta-feira, 8 de Outubro
Os direitos do indivíduo
Marinho e Pinto prometera um striptease do salário e fê-lo em meros 17 dias, pelo que demorou apenas um pouco mais que o striptease literal da dançarina exótica média. Infelizmente (ou felizmente, que aqui a doutrina divide-se), ficou uma peça de roupa por tirar, ou por declarar ao TC: os 54 mil euros que Marinho e Pinto recebeu da Ordem dos Advogados a título de subsídio de "reinserção na actividade profissional". "É vida privada", explicou o homem que veio purificar a política.

E "privada" é favor. O tal subsídio foi criado em 2008 pelo então bastonário da Ordem, por coincidência Marinho e Pinto. "Tudo o que fiz foi de acordo com a lei e com as regras estabelecidas", afirma o justiceiro, sem falsos pudores perante o facto de a lei e as regras serem da autoria dele ou de confrades dele. Ao mesmo tempo, e talvez sem dar por ela, Marinho e Pinto estabelece uma mudança radical na relação dos contribuintes com o fisco. Se o precedente vingar, a partir de agora é o cidadão que decide qual a parte dos rendimentos susceptível de impostos e qual a parte isenta. Nunca antes se defendeu tão bem os direitos do indivíduo, o indivíduo Marinho e Pinto, claro. 

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
12/10/14


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304.UNIÃO


EUROPEIA





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HOJE NO
"RECORD"

Platini quer cinco substituições
 e um "cartão branco" 
Defende suspensão de jogador por 10 minutos

O presidente da UEFA, Michel Platini, defende que as equipas de futebol possam fazer duas substituições além das três já permitidas em cada jogo, e também a criação de um "cartão branco" que suspenda um jogador por dez minutos.

Platini, antigo internacional francês, fez estas sugestões num livro - "Parlons Football" (ou "Falemos de Futebol", em português) - publicado hoje. O presidente da entidade que gere o futebol na Europa quer que as equipas "possam fazer duas substituições ao intervalo, mas mantendo sempre a possibilidade de três [outras] substituições no decorrer do jogo".

"O jogo assim não sofreria a desvantagem das interrupções, mas apenas modificações. [...] As equipas têm plantéis numerosos que convêm ter isso em consideração", sublinhou.

Por outro lado, para lutar "contra a atual mania de contestar as decisões do árbitro", que está a tornar-se "uma verdadeira epidemia", Platini propõe "a criação de um cartão branco", para assinalar uma expulsão temporária de dez minutos no banco".

"Não confundir isto de maneira nenhuma com o cartão amarelo, que se destina às faltas durante o jogo", salientou Michel Platini.

No que toca ao papel dos árbitros, o presidente da UEFA quer que os dois "juízes" colocados por nas linhas de fundo possam entrar em campo, caso seja necessário. Platini também quer abolir o limite de idade dos árbitros. Mais complexo é o conceito de evitar "a tripla penalização" - penálti, expulsão e posterior suspensão - para um jogador que cometa uma falta dentro da área quando já é o último defesa.

O presidente da UEFA considera que quando o último defensor comete uma falta, deve haver tratamento disciplinar distinto consoante a falta é dentro ou fora da área. Ou seja, dentro da área deve haver lugar a penálti e amostragem de cartão amarelo; no caso de a falta ser fora da área, então deve ser marcado livre direto e o jogador faltoso deve ser expulso.

Platini também gostaria de modificar o International Board, o órgão que regula as leis do jogo do futebol, e aceita ou rejeita eventuais alterações. O responsável da UEFA diz que a composição do Board deve passar a incluir "antigos jogadores e técnicos de renome, sob a forma de uma Academia, com direito a quatro votos. Os membros atuais - oito representantes das associações de futebol britânicas - manter-se-iam como até aqui. 

* Não somos entendidos na matéria,  parece-nos que o cartão branco poderá servir para "branquear" o que é escuro, estilo banco bom e banco mau.

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".
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 AS PAREDES TÊM 
OUVIDOS EM SANTANDER



* Uma produção "EURONEWS"

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(IN)CONSCIENTE 
COLECTIVO/7



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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Falha grave de segurança no 
transporte de infetada com ébola

As imagens da transferência de uma paciente com ébola de Dallas, no Texas, para Atlanta põem à vista uma nova falha de segurança no acompanhamento de doentes infetados. Um homem sem fato protetor foi filmado a ajudar a equipa médica (devidamente protegida) no embarque da enfermeira Amber Vinson.

A enfermeira infetada foi transferida de avião vestida com um fato de proteção, que também era usado pelos elementos da equipa de saúde que a acompanhavam. No entanto, há um homem sem proteção que se aproxima deles, entre a ambulância e o avião, e conversa com um dos elementos da equipa que transporta Amber Vinson.

A presença deste homem desprotegido perto da doente ainda não foi explicada, mas sabe-se que mais tarde foi visto a entrar no avião a recolher uma lata e um saco com lixo.

Esta é uma nova falha de segurança no caso de Amber Vinson, uma enfermeira que foi contagiada por um paciente liberiano infetado, já que no dia anterior ao diagnóstico de ébola, foi autorizada pelo Centro de Controlo de Doenças a viajar num avião com 132 passageiros do Ohio para o Texas.

* Os mais apanhados do clima com medo do ébola, os americanos, são também os mais negligentes. É mais provável que o ébola chegue a Portugal vindo dos USA do que dum país africano. Que tal super vigilância sobre os aviões que chegam da América?

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".
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Sting and Cheb Mami

Desert Rose


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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"


CFP: 
Orçamento assenta numa previsão 
de crescimento e de consolidação 
menos sustentáveis

A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2015 assume um cenário em que a economia cresce os mesmos 1,5% previstos no DEO, mas com mais consumo privado e menos redução do consumo público do que era previsto em Maio. Não são desenvolvimentos favoráveis, alerta o CFP.
As comparações são difíceis de fazer porque a base e o perímetro da contabilidade pública mudaram e muito nos últimos meses. Mas a informação disponibilizada pelo Ministério das Finanças aponta para uma proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2015 assente num cenário em que a economia cresce os mesmos 1,5% previstos em Maio no âmbito do Documento de Estratégia Orçamental (DEO), mas com mais consumo privado e menos redução do consumo público do que era então previsto. O Conselho de Finanças Públicas (CFP) torce, por isso, o nariz ao cenário "macro" assumido pelo Governo, embora o "endosse" por o considerar plausível.

"Independentemente das mudanças de base contabilística, entre o DEO e a proposta de Orçamento do Estado há mais consumo privado, menor redução do consumo público, e a formação bruta de capital fixo não arrancou", adverte Teodora Cardoso, presidente do CFP. Trata-se de um conjunto de variações que "não contribuem para a sustentabilidade do crescimento económico e das finanças públicas nacionais", conclui a entidade.

O consumo privado, cujo crescimento se prevê agora que acelere de 1,8% em 2014 para 2% em 2015, é a componente que, depois das exportações, mais contribuirá para a variação positiva do PIB (1,2 p.p. e 1,3 pontos percentuais, respectivamente).

Caso se confirme, esta previsão terá desde logo um impacto negativo na evolução da poupança e reaviva a memória de um modelo de crescimento que, em face dos elevados níveis de endividamento público e privado que persistem, está "esgotado".

"O crescimento económico não pode voltar a ser assente no consumo privado, tem que se inverter a ordem. Primeiro temos que ser mais produtivos, temos que exportar mais e importar menos", frisou a economista aos jornalistas na apresentação, nesta quinta-feira, 16 de Outubro, do parecer do CFP sobre as previsões macro-económicas subjacentes à proposta de Orçamento do Estado para 2015.

A formação bruta de capital fixo (onde se encaixa o investimento) acelera, de 1,5% para 2%, mas mantém uma contribuição "muito modesta" (0,2 p.p. e 0,3 p.p. respectivamente) para a formação do Produto, nota o CFP.

O sector exterior também "retoma uma ligeira contribuição positiva" em 2015 (0,2 p.p) devido à aceleração das exportações de bens e serviços, e também à desaceleração do crescimento das importações, mas é aqui que surge o segundo alerta do CFP.

A previsão do Governo para o comportamento das exportações está dentro do que prevêem as instituições internacionais: aceleram de 3,7% em 2014 para 4,7% em 2015, em linha com o pressuposto de que o crescimento da procura externa dirigida às exportações portuguesas passará de 3,1% em 2014 para 4,3% em 2015.

Contudo, esta projecção corre o risco de desapontar caso a procura externa se revele mais modesta, como sugerem os desenvolvimentos mais recentes, designadamente na Alemanha, segundo maior parceiro comercial de Portugal, onde o Governo cortou nesta semana as previsões de crescimento para 2015 de 2% para apenas 1,3%. "Caso se confirmem as expectativas mais negativas com respeito ao enquadramento internacional, em particular no que se refere à área do euro, as previsões relativas ao contributo das exportações podem vir a revelar-se optimistas, o que tenderá a reflectir-se, directa e indirectamente, nos resultados previstos", assinala o Conselho.

Já o facto de o Governo prever uma redução do ritmo de crescimento das importações, mesmo num quadro em que antecipa mais consumo e investimento, não levanta grandes dúvidas ao CFP porque, diz a sua presidente, isso é compatível com os stocks de bens duradouros acumulados pelas empresas e particulares ao longo deste ano.

Ao abrigo das novas regras europeia, o CFP realizou pela primeira vez uma avaliação ao cenário macroeconómico usado pelo Governo como base para o OE. A entidade presidida por Teodora Cardoso fará agora uma avaliação às medidas previstas na proposta de Orçamento, prevendo apresentar as suas conclusões ao Parlamento em 6 de Novembro.

* Quando esta senhora fala nós pomo-nos em sentido!

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".
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GOTAS


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HOJE NO
"DESTAK"

Autor do plano de drenagem de 
Lisboa defende "intervenções 
prioritárias" na cidade 

 O autor do plano geral de drenagem da cidade de Lisboa defendeu hoje que se devem realizar "intervenções prioritárias" em zonas mais vulneráveis às cheias, como a Baixa Pombalina, Alcântara e Sete Rios.


 O plano de drenagem de Lisboa foi aprovado pela câmara em 2008 e segundo José Saldanha Matos, que falava à agência Lusa sobre as duas recentes inundações registadas na cidade, são necessárias intervenções como o reforço de coletores ou a criação de reservatórios. 

 Desde logo, a configuração da Rua de São José, paralela à Avenida da Liberdade, "torna-a especialmente vulnerável", sendo necessário realizar "intervenções para garantir que os caudais não escoam em superfície, mas através de drenagem enterrada", disse o especialista. 

* Ainda há dias António Costa  dizia que Lisboa não tinha solução e nós registámos que o edil estava a aldrabar e até nos prestámos a sugerir-lhe nomes de engenheiros portugueses, eis o comprovativo.

NR: Hoje, às 15H30 leia mais uma excelente peça sobre os "Espírito Beato".
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DOUTRO SÉCULO



2-ESTES 
PUBLICITÁRIOS
















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HOJE NO
"i"

Banco de Portugal cedeu 
a Ricardo Salgado

Regulador alertou a 3 de Dezembro para riscos de insolvência da ESI, uma das principais empresas do GES, e deu 27 dias a Salgado para resolver os graves problemas financeiros do grupo. Banco de Portugal recuou pouco tempo depois.

Eram 19 horas do dia 3 de Dezembro de 2013 quando Ricardo Salgado recebeu uma carta demolidora assinada pelo então vice--governador do Banco de Portugal (BdP). Três horas depois de ter estado na sede do supervisor bancário, o então presidente da comissão executiva do BES não conseguia acreditar no que lia. Na carta assinada por Pedro Duarte Neves, o BdP dizia-se surpreendido com "o inusitado acréscimo" do passivo financeiro da Espírito Santo International (ESI), garantia que a dimensão da dívida era "susceptível de pôr em causa a solvência da ESI" e dava 27 dias ao grupo para executar um plano de ring fencing, isto é, o grupo teria de isolar o BES de todos os riscos emergentes das entidades não financeiras.

“O governador  começou por  dizer: olhe, nós  recebemos este  documento.  Revela uma  surpresa pela  carta que  receberam mas  nós é que  estamos verdadeiramente surpreendidos com o  aumento do  endividamento”
Ricardo Salgado
9 de Dezembro de 2013  
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Entre outras coisas, o GES teria de constituir até 31 de Dezembro uma conta bancária com o montante equivalente à dívida emitida pela ESI junto de clientes do Banco Espírito Santo (BES), ou seja, com o montante de cerca de 1700 milhões de euros. Só que, de acordo com documentos a que o i teve acesso, Ricardo Salgado protestou junto do Banco de Portugal e apresentou alternativas. Vinte dias depois, numa nova carta, o BdP apresentou um novo plano de acção diluído no tempo e mais próximo do que o GES tinha proposto.

A 17 de Dezembro, Ricardo Salgado dá os primeiros sinais de que o BdP fez cedências e traçou um plano menos exigente para o GES: a linha de crédito que devia ser de um montante igual ao total da dívida emitida em papel comercial passou, por exemplo, a ser de 750 milhões com a garantia das acções da Espírito Santo Finantial Group (ESFG) - a empresa da família Espírito Santo que detinha a participação no BES e que, na semana passada, pediu a falência no Luxemburgo.

“Estamos   plenamente   conscientes do  efeito sistémico  que qualquer  perturbação percebida pela  opinião pública  no GES teria  na economia  nacional nestes  tempos conturbados e difíceis que  vivemos” 
Carta do Conselho Superior  do GES entregue ao Banco   de Portugal a 3 de Dezembro   de 2013, às 16h

Além disso, esse empréstimo já não teria de ser conseguido até ao fim do ano, mas apenas em Janeiro. "Eles tinham pedido que levantássemos uma linha de crédito até ao fim do ano do montante da dívida. Isso ficou reduzido a levantar os 750 milhões com a garantia das nossas acções da área financeira, da ESFG, e esse crédito tem de estar lá durante o mês de Janeiro. [...] Vamos ter de nos envolver com alguns bancos internacionais", contou Ricardo Salgado aos membros do Conselho Superior.

Apesar deste contexto, em respostas enviadas ao i, o Banco de Portugal nega "qualquer redução no grau de exigências" do supervisor.

Já a 23 de Dezembro, numa carta endereçada ao presidente da ESFG, e citada no sábado pelo "Expresso", o BdP impunha outras medidas para separar o BES dos riscos decorrentes da área não financeira, como a criação de uma linha de crédito e a venda de activos pela ESI. A maior parte dessas obrigações ficou por concretizar. Só em Março, e devido ao incumprimento, o BdP obrigou a constituir uma provisão de 700 milhões de euros para cobrir o risco de não pagamento da dívida que tinha sido emitida na rede de retalho do BES.

“Eles tinham  pedido que nós  levantássemos uma linha de  crédito até ao  fim do ano do  montante da  dívida. Isso ficou  reduzido a  levantar os 750  milhões com a  garantia das  nossas acções  da área  financeira, a ESFG, e  esse crédito tem  de estar lá  durante o mês  de Janeiro”
Ricardo Salgado
17 de Dezembro de 2013 
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É com base nesta provisão, "com referência a 31 de Dezembro de 2013", e que teve em consideração "as conclusões do auditor externo", que o Banco de Portugal sustenta que não reduziu as exigências impostas ao GES. 

A provisão confirma que o GES não cumpriu o plano do BdP. Ainda assim, e apesar de já a 3 de Dezembro o regulador ter alertado para a falência da ESI, só três meses depois viria a ser constituída essa provisão e só seis meses depois, em Junho, toda a família Espírito Santo viria a ser afastada da liderança do BES. Em Julho, o BdP continuava a afirmar que a situação do banco estava "sólida" e não havia risco sistémico. Até essa data nunca tinha sido revelado que o grupo não tinha cumprido parte do plano que lhe havia sido imposto, por exemplo. A falta de informação já era olhado pelos mercados com desconfiança.

“Foi reportado um inusitado acréscimo (...) do passivo financeiro da ESI.(…) A evolução assume uma dimensão susceptível de pôr em causa a solvência da ESI”
Carta assinada pelo vice-governador do Banco de Portugal enviada a 3 de Dezembro de 2013, às 19h  
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O prospecto de aumento de capital do BES divulgado em Maio deixou o primeiro alerta: na origem dos problemas da ESI tinham estado "irregularidades materialmente relevantes". Uns dias depois, o "Expresso" ajudava a descortinar a mensagem, avançando que as contas da ESI apresentavam um buraco de mais de mil milhões de dívida. Esse dado constava de uma auditoria da KPMG que foi entregue ao Banco de Portugal a 30 de Janeiro. Carlos Costa viria a defender meses mais tarde que a ESI não estava debaixo da supervisão do BdP. Mas as novas informações a que o i teve acesso reforçam que o supervisor não só teve conhecimento da situação financeira da holding ainda em 2013 como interveio logo a 3 de Dezembro para tentar que o BES não fosse afectado por aquele descontrolo nas contas.

"Esta carta é inexequível"  
A história, que só começaria a ser conhecida em Maio, obriga a recuar no tempo até ao início de Dezembro. Quando Ricardo Salgado entrou na sede do BdP no dia 3, às 16 horas em ponto, acompanhado de três membros do Conselho Superior do GES e com uma carta na mão em que pedia tempo ao BdP, o supervisor já conhecia o desastre das contas da ESI. O BdP tinha incluído o ramo não financeiro do GES na lista de 12 grandes clientes bancários que viram as suas contas passadas a pente fino por empresas de auditoria. O exercício foi suficiente para destapar o montante da dívida e o montante do buraco da holding: como a análise obrigou o GES a apresentar um balanço consolidado da área não financeira, ficou a saber-se que a ESI tinha, a 30 de Setembro de 2013, uma dívida total de 6,3 mil milhões de euros e um buraco de 1300 milhões. Isto é, havia 1,3 mil milhões de euros de dívida que nunca tinha sido registada nas contas daquela holding da área não financeira do GES.

Estes números só viriam a ser divulgados publicamente em Maio, mas duas cartas de 3 de Dezembro - uma entregue ao BdP e outra enviada pelo regulador - mostram que nesta data o supervisor já conhecia a realidade financeira da holding. O BdP sempre assumiu, nomeadamente através de comunicados publicados no seu site, que teve conhecimento dos problemas da ESI desde o início de Dezembro sem, contudo, revelar os números que estavam em causa.

Na carta assinada por Salgado e outros três representantes da família Espírito Santo, estes reconheciam estar "muito conscientes da preocupação já expressa pelo BdP quanto à situação económica e financeira do GES", manifestavam um "total compromisso e comprometimento na procura de uma solução", mas pediam tempo para executar um plano de acção. A família defendia-se com o valor da "marca Espírito Santo" - que lhes daria "acesso privilegiado aos meios financeiros internacionais" - e com as consequências que um eventual "efeito sistémico" trariam à "economia nacional" nesses "tempos conturbados e difíceis".

Nesse dia 3 de Dezembro, o então líder do BES entregou a carta, conversou durante meia hora com o governador Carlos Costa e saiu satisfeito. De acordo com informações recolhidas pelo i, na reunião do Conselho Superior do GES de 9 de Dezembro, Salgado passou a mensagem de que a grande preocupação do BdP expressa naquela reunião era o papel comercial. José Maria Ricciardi, presidente do BES Investimento (BESI), acrescentou que o banco "tinha de arranjar uma solução para que os clientes fossem reembolsados" e Manuel Fernando, chairman da Rioforte, deu a tacada final: "A grande preocupação era isolar o papel comercial do retalho. Ficaram altamente surpreendidos por causa do desvio das contas e da grandeza do buraco."

A sensação de que tudo estava sob controlo durou apenas três horas. Às 19 horas, Salgado recebeu a carta assinada pelo vice- -governador do BdP, Pedro Duarte Neves. A primeira coisa que fez foi agarrar no telefone. Como não conseguiu falar com o governador porque Carlos Costa tinha seguido de viagem para Frankfurt, ligou ao vice-governador e disse-lhe: "Esta carta é inexequível, inexequível." O então presidente da comissão executiva do BES olhou para o calendário e começou a fazer contas: já só tinha 27 dias para executar o plano do supervisor.

Deadline a 31 de Dezembro 
 Que plano era esse? De acordo com documentos a que o i teve acesso, o supervisor fazia três exigências à Espírito Santo Finantial Group (ESFG), que deveriam ser cumpridas até 31 de Dezembro. Caso alguma das três diligências falhasse, o GES teria outra obrigação nas mãos. 

Na carta dirigida ao presidente da ESFG, o vice-governador assumia que havia sido "reportado um inusitado acréscimo, na realidade muito significativo, do passivo financeiro da ESI" - como o i já avançou, entre o último dia de 2012 e 30 de Setembro de 2013, a dívida daquela holding praticamente duplicou. A evolução, explicava a carta, carecia de "esclarecimentos adicionais" mas uma coisa já era certa para o BdP: a dimensão da dívida era "susceptível de pôr em causa a solvência da ESI". O alerta é de 3 de Dezembro de 2013. A família Espírito Santo só seria afastada seis meses depois. 

O BdP queria que o grupo fornecesse elementos que permitissem uma "clarificação plena e aprofundada dos factos" de forma a apurar eventuais responsabilidades. A par disso, o supervisor exigia que até ao fim do ano e "impreterivelmente" a área financeira eliminasse a exposição resultante "quer do financiamento directo ou indirecto quer da concessão de garantias" à ESI, do ramo não-financeiro. Que constituísse uma conta bancária, sem qualquer apoio financeiro "explícito ou implícito de actividades pertencentes ao grupo ESFG", com o montante equivalente à dívida emitida pela ESI e colocada na rede de retalho do BES. À data, de acordo com informações veiculadas por Salgado em reuniões do Conselho Superior do GES, o valor colocado em papel comercial no retalho rondava os 1700 milhões de euros.

As exigências não terminavam sem obrigar o grupo a apresentar um compromisso escrito até dia 10 de Dezembro. E caso todas estas acções não fossem executadas até ao fim do ano, o BdP avisava: o grupo teria de fazer "uma provisão nas contas consolidadas da ESFG correspondente às imparidades" que lhes viessem a ser imputadas no decorrer da avaliação da situação financeira da ESI.

Esse risco de agravar as contas da área financeira do grupo, que teria impacto nos rácios de solvabilidade do banco, teria de ser evitado a todo o custo. Afinal, explicaria Salgado aos restantes membros da família com assento no Conselho Superior, uma imparidade na ESFG "significava um valor" que não sabia "exactamente" qual era, mas sabia ser "elevado". Cumprir o plano exigido pelo BdP até fim do ano, ainda para mais no mês de Natal, era "impensável", "impossível".

Salgado estava em contra-relógio. Mobilizou uma equipa de trabalho, decidiu que teriam de "adoptar uma postura mais radical" junto do BdP e no dia 5 de Dezembro voltou a ligar para o vice-governador a avisar que iria enviar um "documento de reflexão extremamente confidencial": "Sr. vice-governador, esta carta é impossível de ser executada. Estamos a fazer-lhe chegar um papel que é um documento de reflexão para que o senhor pense nas implicações que isto pode ter se o BdP mantiver essa posição." Às 20 horas desse mesmo dia, o então presidente do BES foi chamado de novo ao Banco de Portugal. 

Carlos Costa, de acordo com informações transmitidas por Salgado aos familiares, tê-lo-á recebido com uma frase arrasadora: "Este documento revela uma surpresa da vossa parte pela carta que receberam mas nós é que estamos verdadeiramente surpreendidos com o aumento do endividamento do grupo." 

Alberto de Oliveira Pinto, então presidente do conselho de administração do BES, também presente na reunião, terá tentado explicar que seria difícil o grupo ir ao mercado levantar um empréstimo. O BdP, explicou Salgado à família, terá então se cingido a pedir uma escrow account - uma conta gerida por terceiros - que serviria para o grupo ir reembolsando o papel comercial à medida que este fosse vencendo. 

O Grupo Espírito Santo enviou uma nova carta ao BdP. E no dia 17 de Dezembro, Salgado voltou ao Banco de Portugal. Nesse mesmo dia, o então líder do BES disse numa reunião do Conselho Superior que tinha havido uma "redução do contexto em relação à carta inicial do BdP" e que as partes tinham chegado "a uma plataforma de entendimento".  

Pesquisa de  Margarida Vaqueiro Lopes 

* Já nada nos surpreende mas continuamos a enganar-nos, quem havia de dizer que o actual Governador do BdP era em tudo semelhante a Vitor Constâncio de má memória.


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