16/02/2012

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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 3 RAPIDINHAS



Qual é a única comida que liga e desliga?
- O Strog-On-Off.

O que é que um tomate diz para o outro?
-Tomatas-me

O que é que um tubarão diz para o outro?
-Tubaralhas-me

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ALMORRÓIDA VEGAN



Campanha de associação norte-americana criticada por promover violência 
contra mulheres
Anúncio 'mostra' efeitos 
de fazer sexo com um vegan

A PETA, associação norte-americana que defende os direitos dos animais, está a enfrentar críticas devido à sua mais recente campanha de promoção de alternativas ao consumo de carne. Isto porque um dos seus anúncios mostra uma mulher dorida após o seu namorado ter aumentado a potência sexual graças à dieta vegan, que exclui carne, lacticínios, ovos e mel.



No site BWVAKTBOOM, sigla de 'Boyfriend Went Vegan and Knocked the Bottom out of Me' (traduzível por "O meu namorado tornou-se vegan e rebentou-me toda"), a PETA incluiu conselhos para minorar efeitos secundários desse aumento de potência, como a utilização de capacete e o alcolchoamento de quaisquer superfícies onde as mulheres possam embater enquanto fazem sexo.

No anúncio televisivo da PETA vê-se 'Jessica', uma jovem que se arrasta pela rua, com um saco de compras na mão e um colar cervical à volta do pescoço.

Quando entra em casa vê-se que o namorado está a reparar a parede do quarto, danificada pelo impacto da cabeça da namorada, mas claramente a melhoria da vida sexual compensa o sacrifício, pois atira o saco cheio de vegetais para as suas mãos.

Perante as acusações de que o anúncio, revelado antes do Dia dos Namorados, promove a violência contra as mulheres, mostrando que a PETA "não está muito preocupada com a raça humana e com as mulheres em particular".

Em defesa da associação que defende o "tratamento ético dos animais", a directora-adjunta Lindsay Rajt salientou que toda a campanha tem um tom humorístico.


NR. Pelo andar bamboleante da jovem supõe-se que foi com rábano e tudo.

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KIKA
11.De onde vem a energia eléctrica?




Aprenda  a ensinar desta maneira engraçada

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O FRIO ESTÁ A APERTAR
ATÉ TERÇA 21/02
mínimas de -4 e -5  graus
DIAS "GELADOS"



 

 Prevenção da Violência Doméstica

contra Crianças e Adolescentes

 



HOJE NO
"PÚBLICO"

Documentos revelam plano para desacreditar 
.ciência climática em escolas dos EUA

Documentos divulgados esta semana na Internet revelam alegados detalhes da estratégia de uma organização norte-americana que contesta a visão dominante na ciência sobre as alterações climáticas, incluindo um plano para levar as suas teses às escolas.

Os documentos – na maior parte relacionados com uma reunião realizada em Janeiro – supostamente pertencem ao Instituto Heartland, uma das organizações mais activas nos EUA na contestação às evidências da influência humana sobre o aquecimento global verificado no século XX.

O instituto confirmou num comunicado, ontem, que alguns dos documentos “foram roubados” e “pelo menos um é falso e alguns podem ter sido alterados”.

“Os documentos roubados foram obtidos por uma pessoa desconhecida que fraudulentamente assumiu a identidade de um membro da direcção do [Instituto] Heartland e convenceu um funcionário a ‘reenviar’ materiais da direcção para uma nova morada de email”, refere o comunicado, divulgado ontem à noite. “Nós queremos identificar esta pessoa e vê-la na prisão por esses crimes”, acrescenta o comunicado.

Um caso semelhante – conhecido como Climategate – ocorreu no final de 2009, quando emails de vários climatologistas obtidos ilegalmente dos servidores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, foram publicados na Internet. O conteúdo de alguns emails foi interpretado como revelador de que alguns cientistas manipularam ou ocultaram dados que poderiam enfraquecer a conclusão de que a Terra está a aquecer e que a culpa principal é humana. Três inquéritos posteriores refutaram que tenha havido qualquer fraude ou má-conduta científica, embora tenham apontado falhas na disponibilização pública de dados.

Materiais escolares alternativos

Agora, a situação é a inversa. Os documentos alegadamente revelam a estratégia interna de uma organização cuja posição contra a ciência climática vigente é publicamente conhecida. “Não tivemos até agora nenhuma prova a indicar que os documentos não são reais”, disse ao PÚBLICO Branden DeMelle, editor do blogue DeSmogBlog, que divulgou os documentos do Instituto Heartland.

Pelo menos um dos documentos – um memorando “confidencial” sobre a estratégia climática do Instituto Heartland – é refutado pela organização como “totalmente falso, aparentemente com a intenção de difamar e desacreditar” o instituto, segundo o comunicado. Parte do seu conteúdo, no entanto, está reproduzida noutro documento, cuja autenticidade o instituto não desmentiu no comunicado – embora tenha dito que ainda está a verificar a autenticidade de todo o material.

Neste documento – um plano para obtenção de fundos em 2012 – há uma menção a uma proposta para a produção de materiais escolares que apresentem a questão das alterações climáticas como controversa em vários aspectos, desde os modelos climáticos até à influência humana – o que coincide com as posições que o Instituto Heartland assume publicamente. O argumento invocado no documento é o de que não há livros escolares que não sejam "alarmistas ou abertamente políticos".

O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar por email o autor desta proposta, David Wojick, descrito no site do instituto como consultor do Departamento de Energia do Governo norte-americano.

Informações sobre doadores

O documento detalha o financiamento deste e de outros projectos – incluindo o apoio ao Nongovernamental International Panel on Climate Change (NIPCC), uma rede de especialistas com visões alternativas às do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Também figura no documento o apoio à criação de um site com interpretações gráficas dos dados de uma nova rede de estações meteorológicas da NOAA, a agência norte-americana para a atmosfera e os oceanos – uma ideia do meteorologista e blogger norte-americano Anthony Watts, que defende que a tese humana do aquecimento global baseia-se em dados imprecisos.

Há menções a apoios a outros nomes conhecidos entre os chamados “cépticos” das alterações climáticas, e que já figuravam como colaboradores do Heartland Institute.

Embora muita da informação apenas detalhe ligações que já se conheciam, os documentos revelam dados que o instituto não divulga publicamente, em especial sobre os seus financiadores. O seu último relatório anual, divulgado no site do instituto, refere apenas que, em 2010, foram recebidos 6,1 milhões de dólares (4,7 milhões de euros), dos quais 48% vieram de fundações, 34% de empresas, 14% de pessoas individuais e 4% de outras fontes.

Nos documentos agora divulgados surge a menção a um doador em particular – descrito como “o doador anónimo” –, que terá sido responsável, individualmente, por uma expressiva fatia das receitas do instituto. Em 2010, terá contribuído com o equivalente a 1,3 milhões de euros (27% do total) e em 2011 este valor terá caído para cerca de 770 mil euros (21%). Em 2007, 63% das receitas terão vindo deste doador, com uma contribuição de 2,5 milhões de euros. A maior parte destes valores foi aplicada nas actividades relacionadas com as alterações climáticas – uma das principais, mas não a única, do Instituto Heartland.

Os documentos revelam uma extensa lista com dezenas de apoiantes do instituto. Na lista não aparecem referências directas a empresas petrolíferas – sendo que, pelo menos, a ExxonMobil terá, no passado, financiado organizações e pessoas contra a visão consensual da ciência sobre as alterações climáticas. Consta da lista a fundação Charles G.Koch, ligada à indústria do petróleo, com uma contribuição marginal em 2011 (0,5% das receitas do instituto) e que no orçamento para 2012 se espera ampliar para 2,5%.

Indirectamente, o Instituto Heartland reconheceu a veracidade da lista de doadores, a quem pediu desculpas, no seu comunicado, pelas suas identidades “terem sido reveladas por este roubo”.


* Os "donos do dinheiro" americano são capazes de tudo. Inventaram as armas de Saddam. a ameaça iraniana e em relação ao ambiente, que menosprezam, já urdem ataques há mais de trinta anos.
Se um dia se verificar ser Bin Laden  um fantoche "yankee" e que o ataque terrorista às torres gémeas não foi perpetrado por quem os media veículam, vai ser um sarilho.


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 OS BARCOS DO AMOR





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De MOÇAMBIQUE
clique 2xs para ler bem






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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Ministro quer menos doces nas escolas

A despesa do Estado com o tratamento da diabetes representou, em 2010, um custo entre 1150 milhões de euros e 1350 milhões, um acréscimo de 100 milhões de euros em relação a 2009, segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, divulgado ontem em Lisboa.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, considera que os custos "não são sustentáveis" e sublinhou a necessidade de se avaliarem os resultados com os medicamentos inovadores, mais caros. "Temos de perceber se este diferencial compensa", afirmou Paulo Macedo, que defendeu maior utilização de genéricos. Em Portugal estima-se que haja 991 mil diabéticos, dos quais 436 mil (44%) não estão diagnosticados. Em 2010, a diabetes vitimou 4744 portugueses. Paulo Macedo quer apostar na prevenção, dando como exemplo a redução de doces nas escolas.


* O combate à diabetes passa pela total exclusão de doces nas escolas, incluíndo bebidas gaseificadas.
Nenhum negócio pode justificar a perda de saúde das nossas crianças.

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VAMOS DANÇAR
ROCK N' ROLL





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Não gaste inutilmente
O dinheiro está muito caro

O Dia Mundial da Poupança 
tem de ser todos os dias
O Dia Mundial da Poupança, foi criado com o intuito de alertar os consumidores para a necessidade de disciplinar gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de sobre-endividamento. A ideia de criar uma data especial para promover a noção de poupança surgiu em Outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão.

A taxa de poupança em Portugal ronda os 11%. Os planos poupança reforma são das aplicações mais procuradas em Portugal. Há cerca de 15 mil milhões de euros aplicados em PPR.

Mais de 80% das famílias portuguesas recorrem ao crédito para habitação, seguido do crédito para financiamento do automóvel e por fim o crédito pessoal.

Não seja consumista 
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Saiba tudo o que vai mudar com a nova Lei das Rendas
Parlamento começa hoje a discutir a Lei e o Governo admite ajustamentos para reforçar apoios sociais.

Quando hoje se sentarem no hemiciclo da Assembleia da República para debaterem o novo Regime do Arrendamento Urbano, que liberaliza as rendas antigas, os partidos têm uma certeza: o Governo, leia-se também, o PSD e o CDS, estão disponíveis para alterar a proposta inicial. "Melhorá-la", preferem dizer os deputados da maioria. E o termo melhorar não é dito em vão, nem por acaso: É que a disponibilidade para introduzir mexidas no novo regime tem limites rígidos e, vistas bem as coisas, as mexidas incidem, sobretudo, em situações-limite de vulnerabilidade ou fragilidade social. É o caso, por exemplos, de alguns idosos com mais de 65 anos com uma renda mensal de cerca de 200 euros. Se a proposta do Governo admite a actualização da renda, bem como o despejo na falta de pagamento, a maioria tem abertura para aligeirar o regime, estando nesta situação mais de 130 mil idosos. É o caso da introdução da renda intermédia (entre 200 a 500 euros) para fogos devolutos, que poderá abranger mais de 150 mil famílias. É o caso, ainda, do apoio aos desempregados.

De resto, a margem para alterações é apertada e os principios-base que nortearam o novo regime - liberalização das rendas (regime transitório de cinco anos para contratos anteriores a 1990), despejos rápidos ou simplificação da denúncia de contratos - vão manter-se. Ao tomar a iniciativa de fazer estas mexidas, PSD e CDS esvaziam muitas das propostas da oposição. "Há pilares fundamentais para nós, como a actualização da renda por negociação, a desjudicialização dos despejos, a flexibilidade dos contratos e a simplificação das denúncias para obras", disse ao Diário Económico o deputado social democrata António Amaro Leitão. E é dentro destas balizas que o PSD admite fazer "melhoramentos", seja nos procedimentos dos despejos, no "prazo mínimo dos contratos", na transição das rendas antigas ou nos contratos comerciais. Com uma linha orientadora: olhar a casos mais sensíveis e, dessa forma, travar a onda de críticas da oposição, do turismo, do comércio, dos inquilinos e, até, dos senhorios. Foram mais de 20 as entidades que a Comissão do Ambiente ouviu e todas elas apontaram críticas ao impacto negativo que, em momento de crise, a liberalização pode ter na vida de centenas de famílias e na ‘saúde' financeira de milhares de empresas ou lojas, causando uma "ruptura social". E a maioria sabe que, hoje, no debate, vão chover críticas da oposição. "Não queremos desvirtuar o que é essencial, mas estamos abertos a melhorar a proposta, porque há questões sociais que têm que ser mais protegidas", reconheceu ao Diário Económico o deputado do CDS Altino Bessa, para quem é preciso "proteger os comerciantes com rendas antigas que fizeram investimentos e ainda estão a amortizar esse investimento". O arrendamento comercial é uma das principais preocupações do PSD, CDS e dos inquilinos.

O Bloco de Esquerda e o PCP acusaram o Governo de "expulsar as pessoas das suas casas" e o PS olhou com desconfiança para o Balcão Nacional do Arrendamento que o Governo vai criar para acelerar os despejos. Nesta matéria, os socialistas, que propõem que o despejo seja entregue a advogado, notário ou solicitador, vão esbarrar na oposição do PSD e CDS. Já na criação de uma taxa liberatória para o investimento em arrendamento PS e Executivo estão de acordo. O BE fará hoje uma intervenção muito crítica e pedirá que a actualização das rendas anteriores a 1990 se faça em 15 anos (Governo quer cinco), mas não terá sucesso. E quando a oposição alegar que esta é "uma lei de despejos" e não de arrendamento, a maioria acenará com a abertura "para melhorar" o regime em sede de especialidade e acautelar os casos de maior fragilidade social.

Mas também dirá que o novo regime vai permitir colocar no mercado mais de 700 mil fogos devolutos e incentivar, indirectamente e a médio prazo, a descida das rendas. A própria ministra responsável pelo novo regime mostrou convicção de que a proposta que sair do Parlamento para Belém será "bem boa". A esquerda não tem a mesma convicção e até já usa o argumento da inconstitucionalidade - está em causa Direito à Habitação -, como que num ‘piscar de olhos' a Cavaco, que terá a palavra final: ou veta, ou promulga ou envia para o Tribunal Constitucional. Se promulgar, no Verão, acredita a ministra Assunção Cristas, a actualização das rendas (com excepção das que dependem de uma avaliação patrimonial das Finanças) e os processos rápidos de despejo já estarão no terreno.

Novas regras
1 - Actualização
Rendas congeladas serão actualizada num espaço de cinco anos para quem não tenha incapacidade financeira.
2 - Negociação
Senhorio propõe nova renda. Inquilino sugere novo valor. Renda fica pelo valor médio das duas propostas. Pode ser criada regime intermédio para pessoas com mais carências.
3 - Falta de acordo
Acordo falha e inquilino tem seis meses para sair e recebe indemnização 60 vezes o valor médio.
4 - Despejos
Quem não paga duas renda seguidas pode ser despejado, num processo que dura três meses.
5 - Transição
Idosos com mais de 65 anos, deficientes ou pessoas sem recursos vão ter regime especial. É aqui que a maioria pode mexer, reforçando as salvaguardas.
6 - Obras
Os senhorios podem despejar os inquilinos desde que aleguem necessidade de obras profundas. Pode haver aqui mexidas para salvaguardar "casos sociais".
7 - Regime fiscal
Ministra quer criar taxa liberatória para quem arrenda. Ainda está em estudo.


* Fique muito atento a esta notícia.


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TÂNIA SILVA



O aumento salarial não é tudo

Num contexto económico pouco favorável e na sequência do estudo salarial divulgado pela consultora Hay Group, que apresenta uma previsão nula de aumentos salariais para 2012, importa perceber de que forma estas medidas terão impacto na motivação dos colaboradores.

Quando falamos em congelamento salarial levantam-se, inevitavelmente, vozes acusatórias sobre a real intenção das organizações quando avançam com estas medidas – “querem é encher os bolsos” é provavelmente a frase que melhor resume o pensamento da generalidade das pessoas. Mas é uma premissa errada.

Sejamos honestos, é evidente que as empresas não são altruístas. O objetivo das empresas é criar valor, é aumentar lucros e todo o investimento que fazem é com esse objetivo em vista. Mas é também por isso que sabem que têm de motivar os seus colaboradores a fazer mais e melhor - para que a rentabilidade seja proporcional - e para isso a remuneração é uma ferramenta de gestão de motivação muito relevante.

Reduzir (ou congelar) salários não motiva ninguém e qualquer gestor digno desse nome tem consciência que esta otimização de custos apenas trará benefícios económicos se for aplicada em investimento produtivo (formação, inovação…) - que permita às empresas ganhar vantagem competitiva e crescer a médio prazo. Caso contrário, apenas adia o ciclo vicioso de declínio.

Mas a questão de base que originou este artigo mantém-se por responder – Como é que nos mantemos motivados em tempo de crise?

Em tempos de crise a remuneração "intangível" apresenta-se como um aspeto crítico de motivação e neste ponto o papel dos líderes é fundamental.

É crucial que os colaboradores se sintam reconhecidos pelos seus superiores e que se sintam parte integrante da estratégia da empresa. Por outras palavras, é importante que percebam o porquê dos sacrifícios que estão a fazer e para onde caminham - “ver a luz ao fundo do túnel”.

A não inclusão dos colaboradores na comunicação da estratégia da empresa e a não remoção de barreiras ao bom desempenho - processos de decisão morosos, não reconhecimento das chefias, falta de autonomia, não atribuição de responsabilidade – origina frustração e descrença. Se estas arestas forem limadas cria-se um clima de confiança e com um elevado potencial de desempenho.

Para reforçar este argumento apresento os factos apresentados no estudo publicado em 2011 pela revista Fortune sobre “As empresas mais admiradas do mundo”. As conclusões indicam que entre os fatores críticos de sucesso, e que as tornam as mais admiradas do mundo, está a capacidade de encorajar os seus colaboradores para correrem riscos calculados, que aumentem a eficácia da empresa (94% versus 77%)*. Este voto de confiança e a autonomia que implica são uma ferramenta de motivação poderosa. Vão também mais longe para encorajar a sua criatividade, pedindo-lhes que contribuam com ideias orientadas para aumentar a eficiência (91% versus 76%).

Além disso, estas empresas compreendem que nem sempre o dinheiro é o mais importante e particularmente, nos últimos anos, em que os orçamentos de retribuição sofreram cortes, preocuparam-se em promover o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal

Quem acha que este tema é demasiado “teórico” poderá ficar surpreendido por saber que em 2011, quando o Hay Group analisou os indicadores de negócio das 20 melhores empresas do mundo em matéria de liderança (ranking Top20 Best Companies for Leadership), concluíu que elas produzem um retorno para o accionista 36 vezes superior ao das empresas no ranking S&P 500, tendo em conta os últimos cinco anos.

Em conclusão, esta crise pode trazer oportunidades de mudança estruturais nas organizações, que permitirão no médio/longo prazo conciliar as melhores práticas de gestão de pessoas, com salários igualmente compensatórios.

Se caminharmos todos no mesmo sentido (gestores e colaboradores) temos certamente maior hipótese de sucesso.

*Top 20 das "Empresas mais admiradas do mundo" vs o total das 500 empresas que participaram no estudo. 


Manager Hay Group

IN "PÚBLICO"
14/02/12

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Falta de pagamento pode custar 
aos condutores 100 euros
Multas originam conflitos nas Finanças

Repartições de Finanças têm destacado centenas de funcionários para a cobrança executiva das taxas de portagens em falta.

O Sindicato dos Impostos está a receber diariamente vários relatos de conflitos nos serviços das Finanças, especialmente desde que estes serviços começaram, em novembro, a cobrar aos contribuintes multas por falta de pagamento de portagens.
'Todos os dias recebemos relatos de agressividade de linguagem ou até física nos serviços, e isso tem sido notório nos últimos meses', disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha.
O descontentamento dos contribuintes tem estado muitas vezes relacionado com o montante das coimas, uma vez que as últimas alterações legislativas aumentaram os montantes a cobrar aos infratores, punindo estas contra-ordenações com coimas de valor mínimo correspondente a 20 ou 40 vezes o valor da taxa de portagem, além da cobrança de custos administrativos devidos pelos serviços prestados pelo Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias (InIR) e, desde novembro, pela Autoridade Tributária (AT).
'Os contribuintes chegam aos serviços com dívidas de um euro e meio que, quando são instaurados os processos de execução [da dívida], atingem um valor consideravelmente superior e reagem com uma grande dose de animosidade para com o rosto do Estado à sua frente, que é o funcionário das Finanças', disse Paulo Ralha.
O valor da multa por falta de pagamento de portagem é de cerca de 75 euros mas pode atingir os cem euros porque, além da multa, é também cobrado o valor da portagem em falta e os custos administrativos ao InIR e às Finanças.
O relatório de atividades do InIR de 2010 estimava em 81 milhões de euros o montante das coimas devidas por portagens não pagas em autoestradas, a que acresciam 2,4 milhões de euros de custas e juros.
Nos últimos meses as repartições de Finanças têm destacado centenas de funcionários para a cobrança executiva das taxas de portagens em falta, que tem sido aumentada pela cobrança de portagens também nas SCUT (estradas Sem Custos para o Utilizador) que começou a ser feita em meados de outubro do ano passado.

Multas cobradas em falta somam 4,5 milhões

Os condutores portugueses pagaram nos últimos três meses 4,5 milhões de euros em multas por infrações em portagens, informou ontem o InIR.
'Os 4,5 milhões de euros foram o montante efetivamente pago pelos infratores, desde novembro passado até à data, não incluindo ainda penhoras', afirmou fonte do Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias (InIR), entidade que desde novembro partilha com a Autoridade Tributária (AT) a cobrança coerciva das taxas de portagem.
Este trabalho conjunto torna mais célere o tratamento dos processos e evita a prescrição das coimas nos dois anos que a lei prevê: 'As competências do InIR em processos de contraordenação e execução em matéria rodoviária, aliadas às competências da AT em matéria de cobrança de créditos, representam benefícios concretos para o Estado e para os contribuintes cumpridores, penalizando os infratores, alguns deles reincidentes', admite o InIR.
A criação de um regime especial de execução dos créditos com origem na falta de pagamento de taxas de portagens foi prevista pela primeira vez no Orçamento de Estado para 2011, assumindo os Serviços de Finanças os processos de execuções de créditos - que envolvem a penhora de bens- quando os infratores não regularizam as dívidas.
O InIR admite o 'elevado interesse público', do processo de cobrança coerciva em curso desde novembro 'pela sua eficácia adicional face ao registo histórico nesta matéria',


* O Assalto é desumano e grande num povo a quem exterminam a classe média, mas, mais vale comprar o "chip".

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9 . PARQUES NATURAIS PORTUGUESES

 PARQUE NATURAL DO 
TEJO INTERNACIONAL


O Parque Natural do Tejo Internacional é um parque natural português que abrange uma área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e Espanha. O parque ocupa uma área de 26 484 ha e localiza-se no distrito de Castelo Branco, englobando partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

A vegetação do parque inclui bosques de sobreiros e azinheiras e galerias de salgueiros (Salix sp.) ao longo dos rios.

É uma importante área de nidificação de aves, podendo-se observar a águia-de-bonelli, águia-real, abutre-fouveiro e abutre-do-egito. Também abriga populações de cegonhas-pretas, uma espécie rara em Portugal.

Os mamíferos do parque incluem a lontra-europeia, o gato-bravo, o veado-vermelho e a gineta. Também se destacam os salgueirais de Salix spp.

Do lado espanhol situa-se o designado Parque Natural del Tajo Internacional, que compreende (total ou parcialmente) 11 municípios: Alcántara, Brozas, Carbajo, Cedillo, Herrera de Alcántara, Membrío, Salorino, Herreruela, Santiago de Alcántara, Valencia de Alcántara e Zarza la Mayor.




CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL DO TEJO INTERNACIONAL

O Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), Área Protegida classificada com a publicação do Decreto Regulamentar n.º 9/2000 de 18 de Agosto, abrange a área confinante com o troços internacionais dos rios Tejo e Erges, fronteiras naturais da Beira Interior Sul com a Extremadura espanhola.
A área do PNTI, aproximadamente 24.000 ha, divide-se por seis freguesias dosconcelhos de Castelo Branco – Castelo Branco, Malpica do Tejo e Monforte da Beira – e de Idanha-a-Nova – Rosmaninhal, Segura e Salvaterra do Extremo - no distrito deCastelo Branco.

No PNTI, os vales encaixados do rio Tejo e dos seus afluentes, especialmente do Erges, Aravil e Ponsul, e as áreas planas adjacentes, albergam um património natural de
excepcional valor, cuja diversidade resulta ainda de uma coexistência harmoniosa e milenar com as actividades humanas, particularmente as práticas agrícolas. Preservar e
valorizar este património natural único, criando condições para permitir a sua fruição sustentável, são as razões de existência do PNTI.




COMO CHEGAR

- A23 até Castelo Branco - faz ligação com a A1 (Lisboa - Castelo Branco - Porto)
- EN - 18-8 –Castelo Branco - Malpica do Tejo.
- Estrada Regional – Malpica do Tejo, Monforte da Beira, Cegonhas, Soalheiras, Rosmaninhal, Segura e Salvaterra do Extremo.
- EN – 240 – Castelo Branco -Salvaterra do Extremo

Distâncias até Castelo Branco
Lisboa - 226 kms
Porto - 302 kms
Coimbra - 225 kms
Portalegre - 96 kms
Covilhã - 59 kms
Cáceres - 142 kms
Madrid - 453 kms

VISITAS
A visitação ao território do PNTI pode integrar uma multiplicididade de tipologias, sendo que as melhor enquadram o conhecimento do seu território, resultam da interpretação em meio físico, passível de realização através de percursos pedestres e rodoviários.
Os itens a seguir evidenciados, referem as tipologias de percursos pedestres e rodoviários existentes no PNTI.

PERCURSOS PEDESTRES



O Parque Natural do Tejo Internacional não tem, no momento, percursos pedestres próprios, implementados no seu território. Existem, contudo, percursos pedestres, devidamente sinalizados, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza na área do Parque Natural.

Pode obter informação sobre os percursos pedestres, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, coincidentes com a superfície do Parque Natural do Tejo Internacional, através de contacto directo com os serviços da Câmara Municipal ou no seu site.
Relativamente aos percursos pedestres da responsabilidade da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza recomenda-se a consulta do Guia de Percursos do Tejo Internacional da autoria de Paulo Monteiro. Refira-se que este Guia também apresenta informação sobre quatro percursos rodoviários situados na área de influência desta Área Protegida.

PERCURSOS RODOVIÁRIOS

1º CIRCUITO
(Castelo Branco – Malpica – Monforte – Cegonhas – Soalheiras, Rosmaninhal, Segura, Salvaterra do Extremo, Zebreira, Ladoeiro, Escalos de Baixo e Castelo Branco), que possibilita ligação a duas rotas pedestres no concelho de Idanha-a-Nova (freguesias de Segura e Salvaterra do Extremo: “Rota dos Fósseis” e “Rota dos Abutres”, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.



Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Castelo Branco
Extensão: 156,70 km
Duração: 3 horas
Dificuldade: Reduzida
Locais a Visitar

1 – Rio Ponsul: afluente da margem direita do rio Tejo, o rio Ponsul nasce na Serra do Ramiro, a uma altitude de 650m, no concelho de Idanha-a-Nova. É apontado como um dos principais locais de alimentação da cegonha-preta Ciconia nigra na região: a base da alimentação desta ave é constituída por crustáceos, anfíbios e pequenos peixes.

2 – Capela da Senhora das Neves: encontra-se envolvida por uma paisagem profundamente humanizada e precedida por um cruzeiro em pedra. Realiza-se aqui anualmente uma festa e romaria a 5 de Agosto. Segundo a lenda local a localização original de Malpica o Tejo situava-se próximo da ermida de Nossa Senhora das Neves.

3 – Montado: agroecossistema que apresenta elevada diversidade biológica devido à grande heterogeneidade presente, servindo de habitat de reprodução e/ou alimentação a muitas espécies protegidas como a águia-de-Bonelli Hieraaetus fasciatus, o abutre-preto Aegypius monachus e o gato-bravo Felis silvestris.

4 – Ribeira do Aravil: as galerias de salgueiro Salix salvifolia que ladeam esta linha de água são típicas de cursos de água mediterrânico-iberoatlânticos com regimes de forte estiagem. Serve de habitat a mamíferos como a lontra Lutra lutra, a répteis como o cágado-mediterrânico Mauremys leprosa, a peixes como o Barbo de Steindachner Barbus steindachneri.

5 – Aldeia do Rosmaninhal: destaca-se a igreja matriz; a capela de São Roque com o cruzeiro de granito com a imagem de Cristo crucificado; a capela do Espírito Santo datada de 1620; o pelourinho decorado do lado Norte com a esfera armilar, do lado Sul com as armas reais, do lado Este com a cruz de Cristo e do lado Oeste com as armas locais.

6 – Marco Geodésico do Cabeço Alto: avista-se a paisagem agrária tradicional desta região composta de três elementos: a) a policultura tradicional com olival e horta; b) a policultura tradicional, onde domina a cultura cerealífera de sequeiro, estreme ou associada ao olival; c) o montado, terrenos incultos, pastoreio e culturas arvenses/pousios em sistema de afolhamento.

7 – Rosmaninhal: mato de baixo porte que vegeta sobre solos esqueléticos de xisto, extremamente pobres, dominado por rosmaninho Lavandula stoechas. Esta espécie aromática, que floresce de Fevereiro a Julho é, por vezes, utilizada para fins ornamentais; as suas características excepcionalmente melíferas permitem a produção de mel de rosmaninho.

8 – Canhão Fluvial do Rio Erges: constituído por três gargantas consecutivas resultantes dos efeitos da erosão das águas do rio Erges. Este canhão fluvial – o maior afloramento rochoso de origem granítica na região do Tejo Internacional – corresponde a um importante local de nidificação e de repouso para várias espécies de aves necrófagas e rupícolas..




9 – Azinheira Quercus rotundifolia: é uma árvore de folha perene típica do clima mediterrânico caracterizado por ter um “Verão sem chuva, solarengo e quente, em alternância nítida com uma estação fresca durante a qual se sucedem desordenadamente os dias de chuva e as abertas”.

10 – Castelo Medieval de Peñafiel: encontra-se construído no cimo de um afloramento escarpado de constituição granítica, tendo como vista panorâmica o canhão fluvial do rio Erges. Em tempos, foi português, tendo passado para a administração espanhola aquando da definição das fronteiras entre os dois países.

11 – Ponte da Munheca:

12 – Carvalho-negral Quercus pyrenaica: é uma árvore marcescente de folhas cinzentas recortadas que pode atingir 25 a 30 m de altura. A copa é ovóide com ramos ascendentes, tornando-se mais ampla e arredondada com a idade. O fruto é uma bolota que pode atingir entre 1,5-4,5 cm de comprimento. Esta espécie é usada em tanoaria, marcenaria e carpintaria.


2º Circuito – 
“Á Descoberta da Região Oeste do Tejo Internacional”

(Castelo Branco, Cebolais de Cima, Monte Fidalgo, Barragem de Cedilho/Monte Fidalgo, Monte Fidalgo, Lentiscais, Monforte da Beira, Ladoeiro, Escalos de Baixo e Castelo Branco)

Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Castelo Branco
Extensão: 101,23 km
Duração: 2 horas
Dificuldade: Reduzida

Locais a Visitar

A – Esteval: comunidade dominada por esteva ou xara Cistus ladanifer primordialmente associada a solos de xisto depauperados e de pedregosidade superficial evidente, em locais de elevada exposição solar. São parasitadas por coalhadas ou pútegas Cytinus hypocistis.

B – Aproveitamento Hidroeléctrico de Cedilho/Monte Fidalgo: a construção teve início em 1978 na confluência do rio Sever com o rio Tejo. A cota de nível de pleno armazenamento desta albufeira situa-se nos 115 m, sendo a capacidade máxima de armazenamento de 206 hm3.

C – Ponte sobre o Rio Ponsul: os locais de maior pendente encontram-se revestidos de vegetação natural, tendo muitos cimos de encosta e cumes sido reconvertidos em povoamentos industriais de eucalipto-comum Eucalyptus globulus.

D– Montado de Sobreiro:, com uma área de 700 mil hectares de montado de sobro Quercus suber, Portugal Continental é responsável por mais de 50 % da produção mundial de cortiça. É a única espécie florestal do mundo produtora de cortiça com utilização industrial.

E - Ponte da Munheca

F– Carvalhal: a presença de solos derivados de um substrato granítico, retentores de maior humidade, permite a instalação de bosques de carvalho-negral ou carvalho-pardo-das-Beiras Quercus pyrenaica interconectados por pastagens naturais.


3º Circuito –
 “Á Descoberta da Região Este do Tejo Internacional”

(Idanha-a-Nova, Ladoeiro, Cegonhas, Rosmaninhal, Segura, Zebreira e Idanha-a-Nova).

Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Idanha-a-Nova
Extensão: 94,40 km
Duração: 2 horas
Dificuldade: Reduzida

Locais a Visitar

I – Montado: formação vegetal criada pelo Homem resultante do corte das árvores de um antigo bosque de azinheiras Quercus rotundifolia e/ou sobreiros Quercus suber e da limpeza de grande parte do estrato arbustivo.

II – Ribeira do Aravil: nasce na Serra da Murracha, a uma altitude de cerca de 440 m e tem um comprimento de 49,9 km, com uma sinuosidade fraca que se acentua na sua parte terminal. Desagua na margem direita do rio Tejo entre os marcos geodésicos de Linhares e Samarrudo.

III – Retamal: formação arbustiva de porte alto predominado pelo piorno amarelo Retama sphaerocarpa que se distribui pelos enclaves de solos profundos e melhor conservados do Parque Natural do Tejo Internacional, particularmente as arcoses da Beira.

IV – Marco Geodésico do Cabeço Alto: vértice geodésico de primeira ordem que se situa na freguesia do Rosmaninhal a uma altitude de 403 m acima no nível do mar. Deste local é possível avistar o relevo típico da região do Tejo Internacional.

V – Tamujal: matagal ripícola alto com poucas árvores em zonas de forte estiagem, dominado por tamujo Flueggia tinctoria encontra-se bem representado e bem conservado no interior do Parque Natural do Tejo Internacional. 





EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ACTIVIDADES TEMÁTICAS

O Parque Natural do Tejo Internacional estabelece anualmente um conjunto de actividades relacionadas com a interpretação ambiental e defesa dos valores naturais, direccionadas para públicos-alvo diferenciados e que se integram nos concelhos da sua área de influência.

A par desta actuação dinamiza, a nível pontual, acções temáticas relacionadas com a descoberta dos valores naturais presentes no seu território, maioritariamente como resposta a solicitações, de entidades diversas, que são remetidas à área protegida.


Para além da dinamização das actividades referenciadas, o PNTI, integrado no Centro de Interpretação Ambiental de Castelo Branco (CIA), estrutura protocolada entre o ICNB/PNTI e Município de Castelo Branco, organiza e acompanha acções de interpretação dos valores naturais da área protegida, através da exploração dos equipamentos interactivos presentes no centro.

As inscrições para as acções supra mencionadas devem efectuar-se para a sede da Área Protegida, através dos contactos: Telefone: 272488144 / e-mail:
pnti.teixeirac@icnb.pt / Fax: 272348143



VALORES NATURAIS

CARACTERIZAÇÃO GENÉRICA

O Parque Natural do Tejo Internacional insere-se na unidade estrutural do Maciço Antigo ou Hespérico, na extremidade Este da Zona Centro Ibérica portuguesa. A zona geotectónica do Maciço Antigo, enquadrada na era geológica do Pré-Câmbrico e do Paleozóico, é constituída pelas rochas mais antigas, eruptivas e metamórficas.

Predominam as rochas do complexo xisto-grauváquico, de idade ante-Ordovícica, intruídas por rochas magmáticas intrusivas onde se destacam as rochas graníticas e as rochas filonianas.

Esta Área Protegida engloba a quase totalidade do troço internacional do vale do rio Tejo e as secções finais de três dos seus afluentes: o rio Erges, por onde passa a fronteira entre Portugal e Espanha, a ribeira do Aravil, separador entre os municípios de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, e o rio Ponsul, que delimita parcialmente o concelho de Vila Velha de Ródão.

O clima é de cariz mediterrânico caracterizado pelo pico do calor e a maior secura coincidirem no tempo. Por outro lado, aponta-se a bacia hidrográfica do rio Tejo como divisor entre o clima quente e seco característico da região sul de Portugal Continental e o clima temperado e húmido característico da região norte.

FLORA
PRINCIPAIS COMUNIDADES FLORÍSTICAS

Numa paisagem de cariz dominantemente mediterrânico, salientam-se no coberto vegetal a azinheira Quercus rotundifolia, o sobreiro Quercus suber e o carrasco Quercus coccifera; o lentisco Phillyrea angustifolia e o aderno-de-folhas-largas Phillyrea latifolia; o medronheiro Arbutus unedo e várias urzes Erica spp.; a esteva Cistus ladanifer e o zambujeiro Olea europaea var. sylvestris; o aderno Rhamnus alaternus e o espinheiro-preto Rhamnus lycioides subsp. oleoides; a aroeira Pistacia lentiscus e a cornalheira Pistacia terebinthus; o alecrim Rosmarinus officinalis e o rosmaninho Lavandula stoechas subsp. sampaiana.

Neste território foram identificados até à data 610 taxa distribuídos por 92 famílias botânicas, salientando-se desta fitodiversidade as 51 espécies endémicas detectadas. Merecem particular destaque Anthyllis lusitanica e Campanula transtagana cuja área de distribuição de restringe ao centro e sul de Portugal Continental;

Anthyllis lotoides, bocas-de-lobo Antirrhinum graniticum, labrêsto-de-flor-amarela Brassica barrelieri, Bufonia macropetala, lavapé Centaurea ornata, giesta-branca Cytisus multiflorus, giesta-amarela Cytisus striatus, cravinas-bravas Dianthus lusitanus, salva-brava Phlomis lychnitis, Silene scabriflora, rosmaninho Lavandula stoechas subsp. luisieri.

Evidencia-se, igualmente, a presença de Salix eleagnos – dado ser uma espécie muito pouco frequente na subprovíncia luso-extremadurense – e de Andryala ragusina – planta endémica da Península Ibérica com estatuto de rara.

FAUNA

O Parque Natural do Tejo Internacional alberga um importante cortejo faunístico incluindo mais de duzentas espécies de vertebrados. Dentre estas últimas, onze são consideradas “em perigo”, treze “vulneráveis” e outras tantas “raras”. Entre os mamíferos, presença da lontra Lutra lutra, do gato-bravo Felis silvestris e do toirão Mustela putoris. Avifauna numerosa com destaque para a ocorrência de espécies com estatuto de “em perigo” como a cegonha-preta Ciconia nigra, o abutre-preto Aegypius monachus e a águia-real Aquila chrysaetos. Presença de alguns peixes com o estatuto de “raro” como a boga-de-boca-arqueada Chondrostoma lemmingi e com o estatuto de “comercialmente ameaçado” como a enguia Anguilla anguilla.



A cegonha-preta Ciconia nigra
Trata-se de uma espécie ameaçada, de distribuição muito localizada em Portugal Continental. Constrói os seus ninhos em escarpas e árvores de grande porte, normalmente em zonas inóspitas. Frequenta as zonas mais áridas e isoladas do interior, como é o caso do vale do Tejo e de alguns dos seus afluentes. Espécie nidificante, permanece em Portugal entre Fevereiro e Setembro.

O grifo Gyps fulvus
A maior parte da população de grifo existente no nosso país encontra-se hoje em dia limitada aos vales alcantilados do Douro e Tejo internacionais e seus afluentes.

No Parque Natural do Tejo Internacional, esta ave pode observar-se ao longo dos rios Tejo e Erges, sobretudo em Segura e Salvaterra do Extremo



O abutre do Egipto Neophron percnopterus
 Esta espécie frequenta zonas pouco povoadas do interior e pouco arborizadas, nidificando nos vales alcantilados e quentes, preferindo a existência de terrenos de caça abertos e de fragas com fendas, onde constrói os ninhos. A sua população, a exemplo dos restantes países europeus onde nidifica, parece estar em declínio. A sua presença no Tejo Internacional verifica-se a partir de Fevereiro.

A águia-real Aquila chrysaetos
Esta é uma espécie “em perigo” que necessita de grandes territórios de caça, com escassa presença humana e com locais escarpados para nidificar que, no caso desta Área Protegida, são as escarpas das encostas do rio Tejo e seus afluentes.

A águia de Bonelli Hiearatus fasciatus
À semelhança do que sucede noutros países, a população portuguesa desta espécie encontra-se em declínio. Esta ave prefere zonas escassamente habitadas, com alguns espaços abertos, que utiliza como território de caça. Constrói ninhos em escarpas, quer nos vales encaixados dos rios, quer em grandes árvores em zonas inóspitas.

HABITATS
Vales Encaixados
Os vales encaixados dos rios Tejo e Erges e alguns troços da ribeira do Aravil e do rio Ponsul, com escarpas inacessíveis e beneficiando de um relativo isolamento, suportam formações vegetais densas e diversificadas como os zambujais, os azinhais, os retamais, os estevais e os rosmaninhais.


O Montado de Azinheira e Sobreiro

De entre os diversos tipos de comunidades existentes destaca-se, pela superfície ocupada, o montado de azinheira e sobreiro, que se apresenta ora com árvores isoladas e culturas arvenses sob coberto, ora com árvores de menor porte ou bosquetes, restringindo-se a cultura arvense às baixas e encostas menos pedregosas.

A Vegetação Ripícola
 Salienta-se, igualmente, pela sua importância ecológica, os salgueirais de Salix spp. que formam galerias ao longo das linhas de água, nos troços não sujeitos a forte estiagem, enquanto os tamujais de Flueggea tinctoria se localizam nos troços das linhas de água com forte estiagem, especialmente a leste, junto ao rio Erges. A estas comunidades acrescentam-se os amiais de Alnus glutinosa, contíguos às margens e os freixiais de Fraxinus angustifolia, em terraços aluvionares na orla do corredor ribeirinho.

 IN 
- WIKIPEDIA
- Site do "PNTI"

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