19/06/2020

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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* Obrigada GABI por esta graça
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XL~MEGA FÁBRICAS
4-VISTA ALEGRE
4.1-Visita de Maurício Rodrigues



* Desde que a visita de um turista tenha uma descrição bem narrada teremos todo o prazer em a editar, o mesmo já sucedeu com as visitas anteriores, em cada uma das narrativas há sempre coisas novas para aprender.

** "MEGA FÁBRICAS" não tem apenas a ver com a grandeza da unidade de produção mas também com a excepcional qualidade do produto.

*** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


FONTE:     Maurício Rodrigues .
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HOJE  NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Observatório Vulcanológico dos Açores integra projeto da BBC ‘Blue Planet II’

O Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores foi convidado a integrar o programa da BBC ‘Blue Planet II’, que vai estar no arquipélago, numa zona onde se prevê que venha a nascer uma nova ilha.

Em declarações à agência Lusa, o cientista Victor Hugo Forjaz, fundador do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, refere que uma equipa da “famosa série de ciências naturais deslocar-se-á aos Açores, possivelmente ainda este verão, visando explorar as ilhas e mares circundantes”.
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O projeto ‘Blue Planet II’ dá continuidade ao 'Blue Planet', a série que, há cerca de 20 anos, uma equipa de cineastas de vida selvagem da Unidade de História Natural (UHN) da BBC decidiu realizar sobre os oceanos do mundo.

Ao longo de vários anos de produção, a BBC regressou ao mundo subaquático, tendo as equipas realizado mais de uma centena de expedições por cerca de 50 países e filmado em todos os continentes e oceanos, e as tripulações concretizado milhares de horas de mergulho, incluindo nos mares mais profundos.

O cientista açoriano refere que, de acordo com a elemento da BBC Rachel Wicks, que coordena os contactos no enquadramento do programa ‘Blue Planet II’, as diversas expedições são dirigidas por “grandes nomes da ciência oceanográfica”.

De acordo com Vitor Hugo Forjaz, as novas séries televisivas serão baseadas no ‘Ocean Explorer’, a mais recente nave oceanográfica do mundo, que está dotada com dois submersíveis, o ‘Titan’ , um ROV de alta resolução, helicóptero detetores de peixes e laboratório “in board” da recente geração .

“Embarcam equipas científicas que estabelecerão parcerias com os científicos das costas de cada região visada”, declara o cientista.

No caso dos Açores, aconselhados por Victor Hugo Forjaz , serão realizadas pesquisas específicas nas zonas vulcânicas do Banco D. João de Castro, onde ocorreu uma erupção submarina em 1720, no vulcão oceânico da Serreta, onde houve atividade vulcânica entre 1998 e 2001.

Victor Hugo Forjaz aponta ainda que a expedição científica da BBC vai estar também no Vulcão Sabrina, que data de 1811, sendo este um “baixio de 37 metros com fumarolas que desgasificam continuadamente, e na zona a 25/30 quilómetros a noroeste de Capelinhos (2018-2019), onde Victor Forjaz estima que se localize “nova ilha vulcânica, um processo a longo prazo”.

O projeto da BBC ‘Blue Planet’ surgiu após o sucesso de ‘Planet Earth’ e de ‘Planet Earth II’, uma série documental sobre a biodiversidade dos oceanos do planeta narrada por David Attenborough e com banda sonora de Hans Zimmer.

* Oxalá!

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XI- HISTÓRIAS
INEXPLICÁVEIS

1- Pirâmide da Bósnia
e O Nessie da Rússia


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

Gileanes74

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HOJE  NO 
"PÚBLICO"
O ensino à distância veio agravar as desigualdades existentes”

O desejo da presidente da Etiópia, que preside à Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação da Unesco, é que o relatório sirva de guião para os países investirem na educação.

A crise da covid-19 expôs uma “imagem clara das desigualdades existentes” entre os diversos países afectados pela mesma, denuncia o relatório Nove Ideias para a Acção Pública - Educação, Aprendizagem e Conhecimento num mundo pós-covid-19, realizado pela Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação (CIFE) da Unesco, presidida por Sahle-Work Zewde, presidente da Etiópia, conhecido esta sexta-feira.
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Numa entrevista feita por e-mail, a governante revela preocupações com os alunos que não conseguiram aprender durante este tempo em que as escolas estiveram fechadas; e com as consequências económicas desta pandemia, apelando à solidariedade entre os estados para esbater as desigualdades. Este é um tempo que deve ser aproveitado para repensar a educação, defende esta comissão, de que faz parte António Sampaio da Nóvoa, embaixador de Portugal na Unesco.

O desejo de Sahle-Work Zewde é que este texto sirva de guião para os países reflectirem e investirem mais na educação, mas também que os mais desenvolvidos sejam solidários com os países em desenvolvimento. Uma aposta que, lembra, tem um retorno certo. “É forte a evidência de que os investimentos em educação contribuem para economias mais robustas”, declara ao PÚBLICO. Depois deste relatório, a CIFE continuará a trabalhar no sentido de apresentar novo documento em 2021.

Quais são os maiores desafios que esta pandemia trouxe à educação?
Devido ao fecho generalizado das escolas em todo o mundo, a pandemia representa um risco significativo para o direito à educação. Centenas de milhões de alunos que exerciam esse direito à educação, indo à escola, tiveram de encontrar outras maneiras de aceder à educação formal. A mudança para o ensino à distância veio agravar as desigualdades existentes. Pouquíssimos estudantes, no mundo, conseguem continuar a aprender porque não têm acesso a um computador ou smartphone. Para os poucos alunos que possuem esses dispositivos, podem também não ter formas de aceder aos recursos educativos online — seja pelo custo, localização geográfica ou por ambas as razões. Por exemplo, no continente africano, o acesso à Internet é inferior a 40%, enquanto na Etiópia actualmente é de apenas 18,6%. Além disso, apenas 17,8% dos lares em África tem Internet, o que deixa muitos sem acesso a opções de aprendizagem à distância. O maior desafio que enfrentamos é o de esbater as disparidades. É urgente trabalhar em conjunto, dentro e fora dos países, para reforçar a promessa de igualdade de oportunidades e garantir o direito à educação para todos.

Os desafios não são os mesmos em todos os países?
Embora a pandemia tenha apresentado desafios semelhantes, os recursos à disposição de cada um varia muito, assim como as respostas educativas. Muitos países fecharam escolas, alguns tentaram transferir o ensino para plataformas online, outros usaram a televisão e a rádio quase exclusivamente ou em complemento a essas plataformas. Temos de ser extremamente vigilantes em relação aos países onde os estudantes não tiveram acesso ao ensino à distância, especialmente os do sul, onde a educação pública foi mais prejudicada, especialmente nos países africanos. As disparidades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento são reais. Alguns países deram autonomia às escolas e aos professores para desenvolverem e implementarem soluções, enquanto outros tiveram respostas nacionais de cima para baixo. O que precisamos fazer agora — e o que a CIFE está a fazer — é um balanço do que funcionou, do que não funcionou e por que razão. Esse conhecimento ajudar-nos-á a reimaginar alternativas e melhorar a resiliência dos sistemas educativos, para estarem melhor preparados no futuro, caso seja necessário voltar a fechar as escolas.

O que sabemos com certeza é que o coronavírus se espalhou porque vivemos num mundo globalizado, e é evidente que precisamos de nos coordenar em termos globais para derrotar a doença e criar sistemas educativos mais fortes e equitativos. A cooperação internacional, o multilateralismo e a solidariedade são necessários quando se trata da saúde e educação, principalmente no que diz respeito ao financiamento da educação.

Mesmo dentro do mesmo país, esta pandemia revelou que existem desigualdades no acesso à educação. Como é que essas se combatem?
Sem dúvida que esta crise abriu as cortinas das desigualdades. Já existiam antes, mas agora foram agravadas e acentuadas. A transição para o ensino à distância, em resposta ao encerramento das escolas, revelou as diferenças que já existiam há muito. Por exemplo, esse fosso verificou-se em África, onde na região subsariana apenas 11% dos alunos tem acesso ao computador e apenas 18% tem Internet em casa, em comparação com as médias globais de 50% com computador em casa e 57% com acesso à Internet. De igual modo, verificamos que em todos os países, os estudantes de famílias ricas foram capazes de progredir na sua aprendizagem durante esta crise, enquanto os mais pobres não. Infelizmente, estas disparidades podem vir a agravar-se nos próximos anos, alterando o percurso de vida desses jovens.

O que fazer?
As boas notícias são, primeiro, os governos e os seus cidadãos reconhecerem a necessidade de criar sistemas educativos mais inclusivos e equitativos. Segundo, ter a capacidade de oferecer oportunidades iguais aos mais marginalizados. É preciso determinação política e compromisso público. De facto, a covid-19 permitiu-nos compreender onde é mais urgente investir. Por isso, devemos usar esta crise como uma oportunidade para apostar na inovação, usando a tecnologia a nosso favor.

Um computador por aluno pode ser a solução?
A ideia de um computador por aluno está muito longe da realidade. Na maioria dos países do sul, poucos têm acesso a computadores ou smartphones, e menos ainda à Internet. Nesta crise em particular, os computadores deram a oportunidade a alguns alunos de continuarem a estudar, de estarem em contacto com os seus professores e colegas. No entanto, também observamos que os dispositivos por si só não são suficientes. Alunos e professores precisam de competências para tornar a aprendizagem efectiva — as plataformas e os conteúdos de ensino à distância, ou seja, o software da educação, são tão importantes quanto o hardware. Além disso, esse acesso precisa de ser acessível, senão gratuito para fins educativos e isso continua a ser uma miragem em muitos contextos. Por fim, precisamos de lidar com questões mais complexas como a confiança em plataformas comerciais que monitorizam os dados pessoais dos utilizadores ou cobram taxas.

Uma das propostas do relatório é que os alunos tenham uma palavra a dizer sobre o processo educativo. Como é que isso se faz na prática?
Os alunos devem ser ouvidos, mas também devem liderar. Em última análise, é a sua educação e o seu futuro que estão em jogo. No passado, não ouvimos o suficiente as vozes dos jovens. Compreensivelmente, eles estão profundamente preocupados não apenas com as perspectivas de trabalho futuro, mas também com a sustentabilidade, as mudanças climáticas, a desigualdade e a injustiça. Os sistemas educativos devem adaptar-se para permitir que os alunos proponham ideias e soluções. Por exemplo, os jovens na Etiópia e em todo o mundo estão famintos por abordagens globais para os desafios globais. Os nossos sistemas de educação devem fazer mais para construir uma solidariedade global e intergeracional, necessária para preservar a saúde do nosso planeta.

Como pode a CIFE pedir solidariedade entre os países, quando todos enfrentam problemas económicos por causa da pandemia?
As fronteiras nacionais significam pouco para uma pandemia que é global. Da mesma forma que, neste mundo globalizado, os problemas económicos viajam rapidamente e não param nas fronteiras. Actualmente, não estamos a enfrentar crises económicas localizadas, mas uma recessão global. Por isso, será necessária uma resposta global.

* Uma boa entrevista.
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11.2-𝑴𝑨𝑹𝒀 𝑺𝑻𝑼𝑨𝑹𝑻

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AS MULHERES NA HISTÓRIA
11.2-𝑴𝑨𝑹𝒀 𝑺𝑻𝑼𝑨𝑹𝑻
𝓐 𝓻𝓪𝓲𝓷𝓱𝓪 𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒄𝒆𝒔𝒆𝒔



FONTE:  Canal História e Tu

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HOJE  NO 
"i"
Governo garante que "não esconde nenhuma informação aos portugueses"

Augusto Santos Silva disse ainda que o  PSD "andaria melhor se defendesse o interesse nacional, em vez de procurar aproveitar este facto para fazer um caso de suspeita política".
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O Governo garantiu, esta sexta-feira, que não esconde qualquer informação aos portugueses acerca da evolução da pandemia no país. A posição do Executivo surge em resposta ao PSD, que questionou se havia Estados-membros da União Europeia (UE) com informações que os portugueses desconheciam, depois de terem anunciado restrições às entradas de passageiros de voos com origem em Portugal.
“Queria denunciar a insinuação, que me dispenso de qualificar, segundo a qual o Governo estaria a esconder informações aos portugueses, contestando-a vivamente. O Governo não esconde nenhuma informação aos portugueses", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Augusto Santos Silva, em declarações à agência Lusa.

O governante acrescentou ainda que o PSD "andaria melhor se defendesse o interesse nacional, em vez de procurar aproveitar este facto para fazer um caso de suspeita política" e voltou a defender que os Estados-membros da União Europeia que estão a restringir a entrada de voos provenientes de Portugal têm utilizado apenas "o critério dos novos casos de infeções registados nos últimos dias, ignorando que o número de infeções só faz sentido" ao ser comparado com o número de testes realizados.

“Portugal é neste momento, o sexto país da União Europeia que mais testes realiza por milhão de habitantes", destacou Santos Silva, referindo ainda que o país é também um dos que tem uma menor taxa de letalidade, uma "baixa taxa de incidência de casos positivos por testes realizados" e tem alguns dos "melhores indicadores em matéria de internamento hospitalar ou internamento em unidades de cuidados intensivos".

Recorde-se que o PSD desafiou esta sexta-feira o Governo a esclarecer se certos países terão informações "que os portugueses não sabem".

* Me engana que eu gosto, o nosso pedido a um ministro dum governo translucido.

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BEATRIZ GOMES DIAS

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Por um memorial
 de homenagem
 às pessoas escravizadas

Já é tempo de Portugal olhar de frente para o seu passado não tão glorioso e encará-lo de forma mais abrangente, justa e verdadeira.

“Podemos dizer que devemos aos acontecimentos ocorridos neste mesmo espaço o que somos hoje e o que fomos sendo desde o século XV. Aqui se misturaram gentes, culturas e produtos vindos por terra ou trazidos por naus e caravelas dos lugares mais longínquos que fomos descobrindo. O nosso cosmopolitismo, para não dizer o nosso universalismo, começou aqui.”

Estas palavras foram proferidas em 2016 no Terreiro do Paço, em Lisboa, pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma cerimónia oficial de comemoração do Dia de Portugal. Longe de constituir um caso isolado, o ideário subjacente a este discurso encontra-se profundamente enraizado na sociedade portuguesa, constituindo uma pedra angular da identidade nacional.

A narrativa hegemónica sobre a História nacional alimenta-se ainda hoje da exaltação quase uníssona dos chamados “Descobrimentos” enquanto epopeia universalista e até humanista, que promove Portugal como o pioneiro da globalização e o campeão da miscigenação e do encontro de culturas. Uma gesta gravada para a posteridade em incontáveis monumentos espalhados um pouco por todo o país, que asseguram uma ubíqua memorialização deste passado, mas também presente nos discursos políticos e institucionais, na comunicação social, nos manuais escolares, nos guias turísticos, em inúmeros eventos culturais, na toponímia, nos nomes e marcas comerciais, nas conversas de café, à mesa de jantar.

A construção do discurso histórico sobre a aventura imperial portuguesa que teve início no século XV tem-se esforçado, com assinalável sucesso, em embrulhar esse passado num manto de excecionalidade e benignidade. O “modo português de estar no mundo” e os “brandos costumes” são o garante desta história feita de descobertas, encontros e “misturas de gentes, culturas e produtos”, mas nunca de violência, subjugação e escravização. O lusotropicalismo está vivo e de boa saúde, seja na sua versão original, seja reciclado nas novas marcas da interculturalidade e da lusofonia.

Confrontar e superar esta narrativa eurocêntrica, parcial e enviesada da História é uma tarefa por cumprir, apesar dos persistentes esforços de alguns setores da sociedade, sobretudo ligados ao ativismo e às instituições académicas. Existe uma inabalável devoção a um passado glorioso que não admite contraditório. Aos seus críticos responde com acusações de anacronismo e ideologização, precisamente dois dos seus próprios elementos constitutivos. Nesta narrativa única, a escravização das africanas e africanos são uma gritante ausência ou, na melhor das hipóteses, um dano colateral relegado para as notas de rodapé da História de Portugal.

Essa é uma das razões pelas quais um memorial dedicado às pessoas escravizadas é tão urgente. Já é tempo de Portugal olhar de frente para o seu passado não tão glorioso e encará-lo de forma mais abrangente, justa e verdadeira. É altura de combatermos e denunciarmos o negacionismo histórico e o monopólio da memória que tem silenciado a história de tantas pessoas, tocadas pelo “universalismo” português.

Um memorial do passado, do presente e do futuro
Em 2017, a Djass – Associação de Afrodescendentes apresentou ao Orçamento Participativo de Lisboa uma proposta de criação de um memorial de homenagem às pessoas escravizadas pelo Império Português. O projeto foi um dos mais votados e acabou por ser um dos vencedores desta iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, que o incluiu no seu orçamento de 2018. O memorial vai ser uma realidade.

O objetivo principal do memorial é o de prestar homenagem aos milhões de pessoas – na sua maioria, africanas – escravizadas por Portugal entre os séculos XV e XIX. É um tributo necessário para evocar publicamente a sua memória e para romper o silêncio sobre este violento e longo capítulo da história do país.

A proposta surgiu da sociedade civil por demissão do Estado. É notória a resistência do Estado português em reconhecer o comércio de pessoas escravizadas como parte central do seu passado e os seus legados históricos, designadamente o racismo institucional, como parte do seu presente.

É forçoso admitirmos que a construção e manutenção do império se fizeram por via de uma brutal violência e opressão exercidas contra os povos dos territórios ocupados. Há que reconhecer que a celebrada grandeza e a riqueza geradas pela expansão marítima e depois pela ocupação mais efetiva dos territórios descobertos (poucos) ou invadidos (a esmagadora maioria) assentou na exploração e na escravização de milhões de africanas e africanos.

Não se trata de promover uma autoflagelação nacional, nem de exumar os fantasmas do passado para expiação dos nossos pecados históricos. Trata-se antes de empreendermos, enquanto comunidade, um ato coletivo de reconhecimento e reparação.

Reconhecimento do papel central que Portugal desempenhou nesta brutal empresa de violência e desumanização. Reconhecimento da resistência e da luta das africanas e africanos contra essa submissão. Reconhecimento da secular presença negra e africana em Portugal, em particular na cidade de Lisboa, e do seu contributo para a cultura, a economia, a sociedade portuguesa.

Reconhecimento das continuidades históricas que fizeram com que à escravatura tivessem sucedido novas formas de opressão, do trabalho forçado que se seguiu à sua abolição e perdurou quase até à instauração da democracia, ao racismo estrutural que permeia ainda hoje a sociedade portuguesa.

É, portanto, necessário desfiar o novelo histórico que nos leva da sanzala esclavagista ao gueto suburbano, do chicote colonial ao bastão policial, do engenho de açúcar ao estaleiro de obra, da cozinha de ontem à cozinha de hoje. Para as negras e os negros, a opressão que marcou o passado esclavagista e colonial de Portugal nunca desapareceu, apenas se reconfigurou e atualizou.

É por isso que este memorial será não só uma homenagem às vítimas e resistentes do passado, mas também às vítimas e resistentes dos dias de hoje.

Àqueles que foram empurrados para as margens das nossas cidades, transformadas em territórios de exceção, onde a violência policial e a exclusão social também têm morada, mas ainda assim resistem no seio de comunidades vivas e solidárias.

Aos negros e às negras que, tal como os “indígenas” do passado colonial, são tratados como cidadãos de segunda no seu país, sendo-lhes negada a nacionalidade portuguesa e os direitos de cidadania por uma lei injusta e racista, e que ainda assim resistem.

Àqueles que continuam a ser invariavelmente relegados para a condição do “outro”, o “estrangeiro”, o “imigrante”, aquele que não pertence ao tecido social nacional, a este país que ainda não reconhece a sua diversidade étnico-racial.

Aos que ocupam profissões menos remuneradas e valorizadas, aos que habitam casas precárias e territórios segregados, aos que viram as suas casas demolidas, aos que são discriminados no acesso à educação, à saúde, ao emprego, aos que estão ausentes ou são invisibilizados em praticamente todas as esferas de poder. E que, contudo, resistem.

Este memorial é um resgate da nossa história, evocada para despertar a memória coletiva do país e confrontar as narrativas que sempre a silenciaram. Queremos ocupar o espaço público com a nossa memória, bem no centro da cidade de Lisboa, a “capital do Império” que oprimiu tantos dos nossos antepassados.

Queremos um monumento que estimule, envolva, interpele, congregue, emocione, ensine. Que represente uma convocatória à reflexão sobre quem fomos, quem somos e quem queremos ser, constituindo um contributo para a redefinição das políticas de memória, a criação de espaços museológicos dedicados à escravatura e ao colonialismo português e a descolonização dos já existentes.

Só assim poderemos superar os legados nocivos do passado, garantir uma efetiva igualdade de direitos e construir uma sociedade onde não haja lugar para a discriminação contra as negras e os negros.

IN "PÚBLICO"
16/06/20
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2305.UNIÃO



EUROPEIA

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA



* Obrigada MAMI por esta pérola
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HOJE  NO
"A BOLA"
Pai de Djokovic arrasa Federer

Primeiro foi a mãe de Novak Djokovic a pronunciar-se sobre Roger Federer: «Éramos apenas um punhado no estádio para incentivar Novak... E isso incomodou-me ainda mais porque descobri que Federer era um pouco arrogante», agora foi o pai a arrasar o tenista suíco. 
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«Porque acham que Federer ainda está a jogar aos 40 anos? É porque ele não aceita o fato de Djokovic e Nadal serem melhores do que ele. Vá para casa, crie os filhos, vá esquiar, faça alguma coisa. Ténis não é tudo na vida. É apenas um hobby para o meu filho. Federer é um grande rival para o meu filho, mas ele não é bom o suficiente para ser comparado a Novak» , disse Srdjan Djokovic ao jornal Marca.

* Novak Djokovic podia usar um pouco do seu dinheiro para educar os pais.

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21-Falsidade.com 
21.2-AZAR NO AMOR



FONTE:  tbrsete


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NÃO É UM IPHONE
mas vem de "lá"...



FONTE:  Nuno Agonia

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HOJE  NO
"JORNAL DE  NOTÍCIAS"
Migrantes ajudam a aumentar produtividade 
e salários nas economias avançadas

As migrações aumentam a produção, a produtividade, o Produto Interno Bruto (PIB) e os salários dos trabalhadores dos países desenvolvidos que acolhem pessoas que vêm de fora, segundo um artigo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), esta sexta-feira.

"Grandes ondas de imigração aumentam a produção e a produtividade nas economias avançadas no curto e médio prazos, apontando para ganhos dinâmicos significativos para a economia como um todo", pode ler-se no capítulo quatro das Perspetivas Económicas Mundiais, divulgadas pelo FMI, esta sexta-feira.
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Segundo cálculos do FMI, "a produção aumenta cerca de 1% ao quinto ano", sendo que dois terços deste aumento se devem "ao aumento da produtividade no trabalho", e o terço restante "ao aumento do emprego".

Os resultados do FMI "sugerem que os ganhos agregados da imigração materializam-se muito rapidamente, mesmo com fluxos potencialmente disruptivos", sendo que a "resposta imediata da produtividade no trabalho aponta para a existência de ganhos dinâmicos significativos pela imigração, mesmo no curto prazo".

Outras das conclusões apontadas no estudo são que "a migração aumenta o PIB mundial, em particular ao aumentar a produtividade", e que "os rendimentos médios 'per capita' [por pessoa] dos nativos aumentam à medida que as suas competências são complementadas com as dos migrantes".

Segundo o documento, "à medida que os migrantes entram no mercado de trabalho, os nativos vão para outras funções que, em muitos casos, requerem competências linguísticas e comunicativas avançadas, ou a prestação de funções mais complexas".

"Assim, quando os imigrantes vão para funções que têm pouca oferta, os nativos aumentam as suas competências, gerando a ganhos gerais, para toda a economia, devido à especialização", complementa o artigo do FMI.

O artigo do FMI assinala também que "as remessas do estrangeiro aumentam o rendimento 'per capita' nos países de origem, ajudando a contrariar os potenciais efeitos negativos da emigração", apesar de os ganhos económicos da imigração para as economias em desenvolvimento "não parecerem produzir ganhos rápidos semelhantes" ao que acontece nas desenvolvidas.

Nas economias desenvolvidas, onde se encontram, por exemplo, as da zona euro (incluindo Portugal), o Reino Unido ou os Estados Unidos, "medidas ativas no mercado de trabalho, gastos em formação e educação para adultos, e políticas direcionadas à integração de migrantes poderiam potenciar os ganhos macroeconómicos da imigração".

Outra das conclusões do artigo dos economistas da instituição sediada em Washington é que "os fluxos de migração são moldados pela demografia na origem e pelos níveis de rendimentos na origem e no destino", e que os "conflitos são um importante fator de migração entre economias em desenvolvimento", cujos "custos são grandes".

O FMI indica ainda que num cenário base, "a percentagem de migrantes entre 2020 e 2050 é praticamente estável, pouco acima dos 3% da população mundial", mas a migração de economias em desenvolvimento para economias desenvolvidas "continua a aumentar para cerca de 16% da população total das economias avançadas", sobretudo devida ao aumento de população nos países de origem.

Num cenário que aborda as alterações climáticas, estas são considerado como um fator de pressões migratórias "modestas", mas menos evidenciadas na África subsaariana, em que o aumento das temperaturas "tem efeito particularmente negativo nos rendimentos, piorando a 'armadilha da migração' [impossibilidade de emigrar por motivos económicos] e reduzindo as pressões de migração extrarregionais", aumentando as internas.

O FMI aponta ainda à necessidade de "cooperação internacional" para abordar "largas vagas de migração de refugiados, especialmente nas economias em desenvolvimento", e apela à consideração da "dimensão distributiva" dos fluxos, dado que a imigração "pode afetar, pelo menos temporariamente, alguns grupos" dos países que recebem as pessoas

 * Traduzindo o FMI: A exploração de mão de obra barata e clandestina dá grandes lucros!!!

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Ana Bacalhau e Ana Moura

Passou por mim e sorriu


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HOJE  NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Marta Temido: 
"Estão redondamente enganados aqueles que pensem que podem baixar a guarda"

Ministra da Saúde recordou que a quebra do confinamento "constitui um "crime de desobediência", que "pode ser punido como crime de desobediência até um ano e quatro meses de prisão".

A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou, esta sexta-feira, que o índice de transmissibilidade de covid-19 entre "1 a 15 de junho foi de 0,98", citando um relatório do Instituto Ricardo Jorge. "Estamos a ter dificuldade em quebrar as cadeias de transmissão, ainda que o R seja inferior àquilo que já foi", disse a governante, recordando que há dezenas de pessoas obrigadas ao confinamento domiciliário em cinco concelhos da área metropolitana de Lisboa "por serem doentes ou contactos diretos de doentes".
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Nas declarações aos jornalistas, Marta Temido recordou que a quebra do confinamento "constitui um "crime de desobediência", que "pode ser punido como crime de desobediência até um ano e quatro meses de prisão". "Não há nada que fundamente o desrespeito pelo confinamento obrigatório e esse desrespeito merecerá o nosso mais vivo repúdio", acrescentou.
"Isto é uma maratona, não é um sprint", disse ainda, reforçando: "Não é possível baixar a guarda e estão redondamente enganados aqueles que pensem que podem baixar a guarda", defendeu ainda Marta Temida, relembrando que estão proibidos os ajuntamentos de mais de 20 pessoas. "Este momento é de pôr os pés na terra e fazer o que é preciso fazer", disse.

Na próxima segunda-feira, haverá uma reunião que contará com "o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Aréa Metropolitana de Lisboa, e dos vários presidentes de Câmara para a supressão da propagação do vírus". Além disso, revelou, vai ser lançado o programa Bairros Saudáveis, com o objetivo de "estimular e financiar iniciativas participativas para a melhoria das condições de saúde pública em bairros onde existam constrangimentos". A ministra explicou que não está em causa a aplicação de cercas sanitárias, mas que são necessárias medidas para evitar a propagação do vírus. Já sobre a questão específica do Algarve, onde uma festa já causou mais de 90 casos de infeção, Marta Temido defendeu que "não é um cerco que institui a racionalidade suficiente nas pessoas".

Igualmente presente na conferência de imprensa, a diretora geral da Saúde, Graça Freitas, recordou que é preciso ter a "situação epidemiológica controlada para que a economia funcione" e que os atos de cada um implicam consequências para "outras pessoas e para o País".

Morreram esta sexta-feira em Portugal mais três pessoas devido à pandemia de Covid-19, elevando para 1527 o total de óbitos no País.  De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), os casos de infeção do novo coronavírus chegaram aos 38.464, com um aumento de 375 nas últimas 24 horas. O País tem agora 24.477 pessoas recuperadas, mais 467 que no dia anterior.

Entre as 422 pessoas internadas, 67 estão em unidades de cuidados intensivos. O número de internados em UCI manteve-se nestas 24 horas, mas há mais seis pessoas internadas. 29.046 encontram-se sob vigilância por parte das autoridades de saúde.

* Estamos de acordo com a posição da ministra.

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4-GƐŊƐ́TICA MARAƲILHƆSA
4.6- PROBABILIDADE NA GENÉTICA 


(CONCLUI HOJE

* Um programa para pessoas que gostam de aprender.


FONTE:  Kennedy Ramos

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Covid-19 
Empresa de Constância com centenas de 
encomendas de máquinas de desinfeção



FONTE:  mediotejo.net

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Casa Branca tenta impedir publicação
 do livro de John Bolton



* Quando um tratante diz mal de outro tratante!


FONTE:  euronews

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* Obrigada JCS por esta maravilha

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ATÉ NO SUPER....



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2372
Senso d'hoje
JOSÉ GOMES FERREIRA
PAULO BALDAIA
JORNALISTAS
ASSUNTOS ECONÓMICOS
Ministério Público pede suspensão
de António Mexia e Manso Neto



* Ouça com particular atenção a partir dos 12:20 deste vídeo.
** CMEC, ou Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual, são uma das maiores fontes de receita, e de lucro, da EDP em Portugal


FONTE:  Vox Populi

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NOTÍCIAS PARA HOJE

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COMPRE JORNAIS








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