20/03/2016

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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"TOMADA DE


DECISÃO"!



5- FERRAMENTAS  DE
DESENVOLVIMENTO
DE ALTERNATIVAS 


Decidir não é tarefa fácil, esta série não é a solução para quem decide mas ajuda muito.


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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6-METÁLICAS


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PIANISTA MÁGICO

 


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5-METÁLICAS




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XV -ERA UMA VEZ

O HOMEM


1-DESCOBRIMENTOS




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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4-METÁLICAS



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Jane Fonda e Lily Tomlin


  Uma hilariante celebração

da duradoura

amizade feminina



A lendária dupla Jane Fonda e Lily Tomlin é amiga há décadas. Numa conversa franca, terna e abrangente na presença de Pat Mitchell, as três discutem a longevidade, o feminismo, as diferenças entre a amizade masculina e a feminina, o significado de viver bem e o papel das mulheres no futuro do nosso planeta. "Nem sei o que faria sem as minhas amigas", afirma Fonda. "Eu existo porque tenho amigas." .
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3-METÁLICAS



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ANA ALEXANDRA CARVALHEIRA

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Amores plurais: 
A escolha da não-monogamia

O interesse romântico e/ou sexual por mais de uma pessoa é um dilema que a monogamia ainda não resolveu

É possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Quando amamos realmente uma pessoa podemos sentir atração sexual por outra? Se me sinto atraído por outra pessoa isso significa que o meu casamento não está bem? 
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Estes são alguns exemplos de perguntas que assombram muitíssimas pessoas em todas as sociedades e culturas onde o sistema relacional é a monogamia. Ouço estas perguntas com bastante frequência no meu consultório. São perguntas que geram dissonância, angústia, dúvida e conflito, e algumas vezes levam à ruptura de relações e perdas significativas, o que traz bastante sofrimento.
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O interesse romântico e/ou sexual por mais de uma pessoa é um dilema que a monogamia ainda não resolveu. Nem pode resolver. Porque seguir o desejo erótico implica uma tendência naturalmente poligâmica.
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Recordo-me de Florentino Ariza, personagem do Amor nos Tempos de Cólera, do magnífico García Márquez, no aceno de despedida à amada que partia no navio, quando já pensava em ir ao encontro de outra (amada), profere num acesso de raiva “O coração tem mais quartos do que uma pensão de putas”.
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Viver uma relação com total honestidade consigo próprio e com o outro, passa por encaixar a ideia de que outra pessoa pode chegar de repente e entrar no nosso coração. Passa por aceitar que a pessoa-que-está-connosco pode ir embora a qualquer momento. E é duro aceitar a inevitável falta de segurança e instabilidade que define a condição humana.
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Ser verdadeiramente livre, respeitar e aceitar a liberdade do outro, é das tarefas mais difíceis e desafiadoras do ser humano. E talvez por isso tenha sido necessário inventar a monogamia como um sistema regulador das relações. Um sistema regulado pela sociedade, pela religião e pelas leis.
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É como tão bem escreveu Fernando Pinto do Amaral, na revista Ler, em 1996: “Sendo cada ser humano único e diferente de todos os demais, generalizou-se a partir de certa altura a ideia de que a atracção sexual deveria fixar-se num ente específico onde cristalizassem as emoções, de modo a que o desejo tomasse o nome de amor e a que as sensações (sobretudo físicas) pudessem transformar-se em sentimentos (sobretudo psíquicos). E dessa ilusão tem vivido uma boa percentagem da literatura amorosa do Ocidente”.
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O que é a não-monogamia? 
A liberdade para seguir o desejo erótico, envolver-se na experiência amorosa, e criar vários espaços no coração para gostar e amar várias pessoas ao mesmo tempo mas, sempre numa condição de consensualidade, ou seja, todos de acordo. Esta é a grande marca das relações não-monogâmicas. Uma relação com afectos, compromissos, planos, e tudo aquilo que as pessoas consensualmente decidirem.
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Quando falamos de relações não-monogâmicas, falamos de relações românticas, sexuais, amorosas e afectivas consensuais, entre duas ou mais pessoas de qualquer sexo e género. Todos os parceiros explicitamente concordam que cada parceiro pode ter relações românticas e/ou sexuais com outras pessoas.
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Variantes possíveis das relações não-monogâmicas são, por exemplo, as relações abertas (ou casamentos abertos), em que ambos concordam que podem ter sexo extra-díade, e o poliamor - o envolvimento em múltiplas relações amorosas com o consentimento de todos os envolvidos, existindo um grau de compromisso. A principal característica das relações não-monogâmicas é que as pessoas podem dispor dos seus afectos e dos seus corpos livremente, consensualmente.
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Os sistemas de poligamia, que existem nalgumas sociedades e culturas, não são necessariamente consensuais, e por isso podem tornar-se em sistemas opressores de dominação (como a monogamia também pode ser).
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Uma das questões que vulgarmente surge sobre estas relações, é o ciúme. Como é que as pessoas não são esmagadas pelo ciúme. De um modo geral, o ciúme tem subjacente um sentimento de posse exclusiva da outra pessoa, e por conseguinte, o medo de a perder. A grande questão é o que fazemos com o ciúme. Podemos lidar com o ciúme com maturidade e controle, ou podemos atormentar e violentar a outra pessoa. Agir com agressividade motivado pelo ciúme é em grande medida o resultado da cultura que nos ensina a ser possessivos, pouco respeitadores do outro e consumidores egoístas e auto-centrados.
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Para viver uma relação não-monogâmica é necessário muita empatia, alteridade, aceitar a liberdade do outro, discutir fraquezas, negociar limites, pensar e agir de forma ética. Mas não é sempre assim, cada vez que se juntam duas pessoas que trazem backgrounds diferentes, vivências e histórias de vida completamente diferentes? Eu diria que estes são os desafios de qualquer relação, monogâmica ou não. E não é fácil.
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E o swing? 
A literatura científica tem considerado o swing como uma variante da não-monogamia. O swing é uma prática sexual entre casais em que, numa situação específica e delimitada, ambos membros de um casal se envolvem sexualmente com os membros de outro casal. De um modo geral, o swing acontece em contextos monogâmicos, onde a excitação é justamente a "transgressão controlada". Ou seja, são casais monogâmicos que procuram esta prática em contextos muito particulares (por exemplo, em clubes ou festas organizadas para o efeito), e quando saem dali, mantêm a sua relação tradicional, na maioria das vezes, monogâmica.
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A dificuldade de abordar este tema e de o compreender, é a enorme diversidade que se encontra a nível dos comportamentos sexuais e do grau de compromisso das relações.

Comportamentos modernos, atitudes velhas
No contexto social actual assistimos a uma banalização do sexo, em que a sexualidade é vista como um produto numa sociedade cada vez mais de consumo. Neste contexto de pós-modernidade, muitas pessoas ficam baralhadas em comportamentos e atitudes e envolvem-se nas ditas “relações alternativas”. Mas muitas vezes, não é uma escolha em liberdade e em verdade, consigo próprio e com o outro, e a pessoa acaba por sentir-se perdida.
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Independentemente de qual o sistema em que nos relacionamos, é fundamental haver uma ética na relação amorosa e/ou sexual. Uma ética do consentimento, da igualdade, do prazer partilhado, e do direito à vinculação e desvinculação.

* Professora e investigadora no ISPA. Realiza investigação na área da sexualidade, aliada à prática clínica que mantém desde 1997 como psicoterapeuta. É membro da International Academy of Sex Research, foi presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e tem dezenas de artigos publicados em revistas científicas internacionais. O que mais gosta, é do trabalho clínico com os clientes, onde mais aprende e de onde retira as questões que quer investigar.
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IN "VISÃO"
08/03/16
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814.UNIÃO


EUROPEIA



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2-METÁLICAS



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Diferenças quando um branco e um negro 
forçam a abertura da porta do carro




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II-VISITA GUIADA

CONVENTO DA

MADRE DE DEUS/2

LISBOA



* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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1-METÁLICAS



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Paavo Järvi

Rienzi-Ouvertüre


Richard Wagner

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 ESTA SEMANA NO
"SOL"
E se lhe dissermos 
que trabalhar demais engorda?

O que tem a obesidade a ver com as horas passadas no escritório? Aparentemente muita coisa. Segundo um estudo levado a cabo pela economista norte-americana Joelle Abramowitz, do US Census Bureau, as horas extra, nos empregos cada vez mais sedentários, aumentam o índice de massa corporal. 
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De acordo com o estudo, divulgado no site da economista, dez horas-extra semanais implicam um aumento do índice de massa corporal (IMC) e, consequentemente, do peso. E as mulheres são as mais penalizadas.

Neste caso, mais duas horas de trabalho por dia, dez horas semanais, implica um aumento do IMC de 0,424 nas mulheres - ou seja 1,3 quilos a mais na balança - e 0,197 nos homens, o que representa mais 635 gramas.

Por outro lado, Joelle Abramowitz explica que não é o trabalho em si o verdadeiro responsável pelos quilos a mais. Na verdade, as pessoas que trabalham mais horas têm menos tempo para cozinhar refeições saudáveis, fazer exercício e ter uma boa noite de sono.

Aliás, dormir é uma 'actividade' importante para diminuir o aumento de peso, uma vez que poucas horas de sono estão relacionadas com maior risco de obesidade.

* Leia um bom conselho...

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IA SENDO


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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Turquia confirma ligação do autor 
do atentado ao Estado Islâmico

O atentado ocorreu no sábado na Avenida Istiklal, a mais famosa artéria comercial do centro turístico de Istambul, na Turquia. Cinco pessoas morreram e outras 36 ficaram feridas, incluindo um português. O autor terá sido Mehmet Öztürk, um jovem de 24 anos nascido na cidade de Gaziantep, no sudeste da Turquia 
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O ministro do Interior turco, Efkan Ala, confirmou este domingo que o autor do atentado suicida de Istambul, que no sábado causou cinco mortos e 36 feridos, tinha ligações ao grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

De acordo com o ministro, o autor do atentado era Mehmet Öztürk, um jovem nascido em 1992 na cidade de Gaziantep, no sudeste da Turquia.

Öztürk mantinha vínculos com as redes jihadistas do Daesh na Turquia, assinalou o ministro, acrescentando que ainda prossegue a investigação no sentido de saber se o bombista suicida tinha ligações com outros grupos.

O jovem turco não tinha antecedentes policiais nem era procurado pelas autoridades, referiu ainda o ministro, acrescentando que, até ao momento, foram detidas cinco pessoas suspeitas de estarem relacionadas com o atentado.

No sábado, um ataque suicida perpetrado na cidade turca de Istambul causou cinco mortos e 36 feridos, sendo 12 deles estrangeiros - um era português. Segundo relatos de testemunhas feitos à CNN na Turquia, o suicida caminhava a uma curta distância de um grupo de turistas, que poderia ser o alvo do ataque.

*Estamos no prelúdio da III Guerra Mundial.

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 As revistas

dos avôzinhos
 














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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
Arrendamento 
 65% dos pedidos de despejo
 foram recusados em 2015

Maior parte dos proprietários continua a não apresentar documentos, o que anula o processo

No ano passado, 1860 inquilinos foram despejados por falta de pagamento ou utilização indevida do espaço. São cinco pessoas por dia, de acordo com os dados do Balcão Nacional do Arrendamento (BNA). 
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No entanto, o número de pedidos foi bem maior. Os dados cedidos pelo Ministério da Justiça ao Dinheiro Vivo mostram que o BNA recebeu 4589 tentativas de despejo em 2015 – 12 por dia. 65% acabaram por morrer na praia, a maior parte por falta de apresentação de documentos, inexistência de uma justificação para o despejo ou falta de notificação do inquilino.

* Talvez também existam tentativas de despejo sem razão, daí a falta de documentos.

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O impulso que o rótulo ecológico 
europeu,pode dar ao turismo



FONTE: EURONEWS

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ESTA SEMANA NA
"BLITZ"

Madonna na Austrália
desta vez puxou o top a uma fã

Em cada um dos concertos que Madonna tem dado por terras australianas existiu uma polémica diferente. Ontem, em Brisbane, a toada manteve-se, com a cantora a levar uma fã ao palco... e a puxar-lhe, inadvertidamente, o top para baixo, expondo-lhe o seio.
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O vídeo do incidente tornou-se, entretanto, viral. A fã em questão, de seu nome Josephine Georgiu, já comentou entretanto o caso, desvalorizando as más-línguas e a ideia de que poderia processar Madonna: "Porque é que a haveria de processar pelo melhor momento da minha vida?", questionou à imprensa.

Georgiu, que é aspirante a modelo, disse também que só ela terá capacidade para decidir se se sentiu humilhada ou não com o incidente. "Porque é que as pessoas assumem que eu me senti humilhada pelo meu próprio seio, mamilo ou corpo?", perguntou.

* Francamente, nada de mais, a dona da maminha até apreciou.

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Escândalo na Catalunha: 
vítima confronta pedófilo

Pedofilia nos colégios dos Irmãos Maristas: mais de 20 denúncias visam ex-professores, subdirector e colaboradores da instituição religiosa, que tem 4 mil seguidores em todo o mundo.
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J. procurava respostas para os abusos sexuais de que foi alvo, ainda em rapaz, pelo ex-professor de informática. Perguntou-lhe directamente: "Porquê?". E o agressor confessou: "Era como uma brincadeira". A conversa entre J., agora com 42 anos, e o religioso acusado de o violar "centenas de vezes" — no Colégio dos Maristas, em Barcelona, — foi feita com uma câmara oculta.

 O episódio, revelado pelo jornal El Periódico da Catalunha, faz parte de um caso semelhante àquele que é retratado pelo filme vencedor dos Óscares de 2016: este é o Spotlight espanhol.

Dos oito irmãos maristas acusados de pedofilia, três confessaram os crimes praticados com os menores. Joaquín Benítez, antigo professor de Educação Física, é outro dos implicados. Saiu do colégio em 2011 depois de a família de um ex-aluno do colégio ter apresentado queixa. O jovem, de 21 anos, foi agredido sexualmente entre 2007 e 2010. Benítez disse em tribunal que, fingindo ter conhecimentos de fisioterapia, despiu o aluno e tocou-lhe nos órgãos genitais.

Em entrevista ao El Periódico, quatro anos depois da denúncia, o antigo docente revela que o Colégio Maristas — com o qual chegou a acordo — tinham feito o possível para que a história não se tornasse pública. Benítez é o único que será julgado, já que os outros dois religiosos referem-se a abusos que ocorreram nos anos 80. 

* Padres execráveis, o Chefe do Estado do Vaticano apelou para  que estes bandidos não devam ser denunciados por outros membros da igreja.

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Empadinhas Rápidas de Carne


De: Saborintenso
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Quem é Sérgio Moro, 
o justiceiro anti Lula?

Sérgio Moro lidera as investigações ao maior caso de corrupção na história do Brasil e tudo indica que ainda vai dar muito que falar

Em março de 2014, um antigo contrabandista do estado do Paraná, com fama de ter fortuna e amigos influentes, era preso pela polícia federal brasileira. Na altura, os meios de comunicação social apresentaram Alberto Youssef como bon vivant e "doleiro", alguém metido em negócios ilegais com moeda estrangeira e branqueamento de capitais. E reproduziram, com ou sem rigor, as suas palavras no momento da detenção: "Caras, se eu falar, a república vai desmoronar".
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Volvidos dois anos, dir-se-ia que pouco falta para ter acertado em cheio. A República Federativa do Brasil vive um dos momentos mais conturbados da sua história recente e este domingo, 13 de março, milhões de pessoas vão desfilar em centenas de cidades de todo o país contra e a favor do Governo.

Os protestos prometem agudizar ainda mais o ambiente de crispação entre os próprios brasileiros devido ao maior caso de corrupção que o país alguma vez conheceu, a que se veio também somar a crise económica e a austeridade decretada pela Presidente Dilma Rousseff. As forças de segurança já estão em alerta máxima, com vários analistas a falarem da inevitabilidade de cenas de violência.

Uma tempestade perfeita cujos sintomas se iniciaram há dois anos com a prisão de Alberto Youssef e que marca o arranque da operação Lava Jato, uma mirabolante tramoia com dinheiros públicos (2400 milhões de euros) que envolve os principais partidos e dirigentes políticos, e as maiores empresas de engenharia e de construção civil.

GRANDE CAÇADOR DE DELATORES
A trama desenrolou-se através dos contratos da energética nacional, a Petrobrás, e atingiu proporções tais que ninguém importante escapa ao clima de suspeição e às investigações em curso, incluindo três antigos presidentes e a atual chefe de estado (ver caixa), o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Se o "doleiro"Alberto Youssef foi uma personalidade chave na operação desencadeada a 17 de março de 2014, graças às suas denúncias sobre os beneficiários dos movimentos bancários e das contas criadas em inúmeros paraísos fiscais, uma outra figura tem sido incontornável neste delicado processo: Sérgio Moro. Com 44 anos, filho de uma professora de português e de um professor de geografia, o juiz de Curitiba que lidera a investigação pode apresentar números desconcertantes da sua atividade ao longo dos últimos 24 meses: 120 prisões preventivas, meia centena de condenações e mais de meio milhar de empresas e de políticos sob escrutínio judicial.

Este é o balanço provisório do Lava Jato que já vai na sua 24ª fase, denominada Aletheia palavra do grego antigo que significa verdade e realidade.

Um caso que tem desenvolvimentos a cada dia que passa face às "delações premiadas" promovidas pela equipa de Sérgio Moro com muitos implicados a aceitarem dar informações privilegiadas e a denunciarem cúmplices a troco da redução de pena. Um método polémico previsto na legislação brasileira desde 2013 e que tem sido fundamental para o magistrado.

Foi assim com Alberto Youssef (cumpre pena de três anos embora tenha sido condenado a oito por corrupção passiva), com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobrás (incriminou 25 deputados, seis senadores, três governadores, um ministro e deu detalhes como a Odebrecht e outras construtoras faziam pagamentos através de bancos suíços) e parece que foi esse o expediente usado junto de Delcídio do Amaral, antigo ministro de Minas e Energia e senador até dezembro, quando foi detido.

O ASSÉDIO À FAMÍLIA LULA
Terá sido Delcídio que, para escapar a males maiores e ficar a aguardar julgamento em prisão domiciliária, deu novas pistas aos procuradores sobre Dilma Rousseff. Mas não só. O senador do Partido dos Trabalhadores (PT) pode ter também revelado dados comprometedores para Lula da Silva e respetiva família. Pelo menos é essa a tese defendida pela revista IstoÉ na sua edição da passada semana.

A 4 de março, um dia depois da publicação da reportagem assinada por Débora Bergamasco, sucedeu aquilo que muitos esperavam e outros julgavam impossível: o homem que governou o país de 2003 a 2010 e resgatou mais de 30 milhões de brasileiros à miséria era alvo de "condução coercitiva". Isto é, foi obrigado a acompanhar os polícias que lhe bateram à porta de casa às sete da manhã, com a missão de o levarem para um interrogatório formal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Durante mais de três horas, Lula respondeu às questões que lhe foram colocadas pelo delegado da Polícia Federal e pelos colaboradores do juiz Sérgio Moro. Em causa, o seu envolvimento em alegados crimes de tráfico de influências, corrupção e lavagem de dinheiro.

Construtoras como a Odebrecht, Camargo Correa, OAS e Andrade Gutierrez terão pago mais de sete milhões de euros a Lula por palestras, verba que os investigadores suspeitam tratar-se de contrapartidas pelos bons ofícios do ex-Presidente na concessão de obras em vários países africanos e da América Latina. Pediram-lhe ainda contas pelas suas garrafas de vinho importado e pelas remodelações e pelos móveis numa quinta em Atibaia e num apartamento triplex em Guarujá, ambos no estado de São Paulo, que ele e a sua prole frequentam há anos embora não sejam os proprietários.

MÃOS LIMPAS À MODA BRASILEIRA
No total, a família foi alvo de 33 mandados de busca que incluíram várias residências, o Instituto Lula e as empresas onde têm interesses. Vários documentos e material informático foram apreendidos e a polémica não mais parou. O homem que abandonou o Palácio do Planalto com uma taxa de popularidade de 80 por cento zurziu o juiz Sérgio Moro por ter sido tratado como um "prisioneiro" e os seus advogados falam em "perseguição pessoal".

Os setores ligados ao PT foram mais longe e acusam o procurador de fazer o jogo da oposição e de querer impedir uma nova candidatura de Lula à presidência, em 2018, invocando a figura da "improbidade administrativa" resultante dos pagamentos ilegais das construtoras. E, claro, entendem que Moro está a contribuir para o "sequestro da democracia", razão pela qual apelam à mobilização da esquerda e dos sindicatos contra as forças conservadoras, a "mídia golpista" e as organizações que prometem lutar nas ruas pela destituição de Dilma casos do "Movimento Brasil Livre", "Vem Para a Rua" e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

O duelo não vai seguramente acabar neste domingo. Quanto mais não seja porque Sérgio Moro pode ter a pretensão de "regenerar" o Brasil e seguir o exemplo de alguém que ele muito admira: o juiz Antonio Di Pietro que, entre 1992 e 1994, fez implodir o sistema político italiano com a operação Mãos Limpas. Vamos ver quem fará depois de Berlusconi brasileiro.

* Já aqui foi escrito sobre o desapontamento que é Lula da Silva, personalidade que vinda da pobreza tem iguais procedimentos corruptos que a direita colonial e racista de S.Paulo, ao contrário do que defendia.
Um juíz não pode ser um cow-boy que transforma os pratos da balança em pistolas para disparar nos mesmos moldes que disparam os bandidos, é a negação dum Estado de Direito.
Sérgio Moro parece-nos mais pistoleiro que administrador da justiça.

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NÚMEROS DA
II GUERRA MUNDIAL






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830
Senso d'hoje

PATRÍCIA ABREU
JORNALISTA DO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"O que pode acontecer aos mercados brasileiros com a convulsão política?"


O Brasil está sob fogo político, social e também económico. O Governo de Dilma Rousseff está a ser contestado nas ruas. Patrícia Abreu, jornalista do Negócios, explica o que pode acontecer aos mercados.

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ESCOLHAS DE DOMINGO

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COMPRE JORNAIS

E REVISTAS
















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