24/04/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


R E G I M E S



NA TERRA DE RATOS

2 - NÃO ME OBRIGUEM A VIR PARA A RUA GRITAR



Zeca Afonso. O Homem e a Obra marcaram toda uma geração de portugueses. E deixaram uma herança social e cultural às gerações seguintes. Todos temos um pouco de Zeca Afonso, um homem cujo génio ultrapassa qualquer época ou catalogação. Um homem cuja mensagem é veiculada por letras que se revelam sempre actuais.

Eu sou aquilo que fiz. Zeca Afonso deu-nos tanto que agora é a nossa vez de lhe darmos algo. Este programa de homenagem ao Zeca Afonso é uma retribuição por tudo aquilo que ele nos deu.

A SubFilmes convidou por isso vários artistas de áreas criativas contemporâneas para criarem uma obra de arte especialmente para Zeca Afonso um filme, uma música, um desenho, uma animação de motion graphics. Será essa a interpretação, a homenagem, o tributo de cada um desses artistas.
Assim, podemos ter uma colagem de um artista de street art, uma reinterpretação de um tema do Zeca ou uma produção de teatro. Rádio Macau, Nancy Vieira, Couple Coffee, Vicious 5, Raquel Tavares na música; a companhia de teatro Primeiros Sintomas; a dupla de videojamming Daltonic Brothers; Target e Mosaik no street art; Quebra-Diskos no turntablism; etc.

Além disso, foram gravadas várias tertúlias, cuja conversa gira à volta da importância do Zeca enquanto músico e activista, mas principalmente à volta da figura humana que foi o Zeca.

A aposta forte deste programa reside numa abordagem de conteúdos que pretende captar por um lado a actualidade da mensagem do Zeca e por outro a faceta mais humana da sua vida.

De: | Criado: 14 de Mar de 2009






DEMOCRATICAMENTE
IGUAZINHOS AOS TUGAS




Primeiro contacto técnico do FMI 
com um Tuga taxista



Hotel Tivoli   ? Daqui, do aeroporto, é um tiro...  
- Então o amigo é o camone que vem mandar nisto? A gente bem precisa. Uma cambada de gatunos, sabe?  
- E não é só estes que caíram agora. É tudo igual, querem é tacho. Tá a ver o que é? Tacho, pilim, dólares.  
Ainda bem que vossemecê vem cá dizer alto e pára o baile...  
O nome da ponte? Vasco da Gama. A gente chega ao outro lado, vira à direita, outra ponte, e estamos no hotel.  
- Mas, como eu tava a dizer, isto precisa é de um gajo com pulso.  
Já tivemos um FMI, sabe?   Chamava-se Salazar.  
Nessa altura não era esta pouca-vergonha, todos a mamar. E havia respeito... Ouvi na rádio que amanhã o amigo já está no Ministério a bombar. Se chega cedo, arrisca-se a não encontrar ninguém.  
É uma corja que não quer fazer nenhum.  
Se fosse comigo era tudo prá rua.  Gente nova é qu'a gente precisa.  
O meu filho, por exemplo, não é por ser meu filho, mas ele andou em Relações Internacionais e eu gostava de o encaixar.  
A si dava-lhe um jeitaço, ele sabe inglês e tudo, passa os dias a ver filmes.  
A minha mais velha também precisa de emprego, tirou Psicologia, mas vou ser sincero consigo: em Junho ela tem as férias marcadas em Punta Cana, com o namorado.   Se me deixar o contacto depois ela fala consigo, ai fala, fala, que sou eu que lhe pago as prestações do carro...  
Bom, cá estamos. Um tirinho, como lhe disse.  
O quê, factura? Oh diabo, esgotaram-se-me há bocadinho. 

enviado por CAMY
DOAÇÃO




OBRIGADO CARACOLETA

HUGO GONÇALVES



O senhor 
    da casa de meninas


Quando a empresa ainda não tinha falido, ele chegava com estrangeiros que fechavam negócios enquanto passavam as mãos nas pernas de Sheila, que tinha um filho em Fortaleza, de Alessandra, que tinha mamas verdadeiras, de Margarete, que trabalhara num hospital em Manaus, ou de Nicoleta, cujo avô fora torturado pelos carrascos de Ceausescu. Ele tinha garrafa na casa e deslizava o cartão de crédito como quem barra manteiga numa carcaça.

Também tinha mulher e filhos e ninguém se atrevia a faltar aos jantares de família, porque conheciam o seu apego pelas tradições do clã, o cabrito na Páscoa, os churrascos na piscina, a voltinha pela cidade quando comprava um carro e o cheiro dos estofos por estrear o faziam tão feliz como os mimos de Alessandra ou a devassidão da língua de Nicoleta. Julgava que elas eram as suas namoradinhas, as afilhadas que precisavam de um senhor que as ajudasse.

Mas depois as contas não bateram certo, o fisco apareceu, os bancos foram atrás dele como os capangas das cobranças difíceis e, certa noite, pôde ver - de mãos entrelaçadas com Sheila - que a garrafa com o seu nome chegara ao fim. Há pouco tempo, voltou a visitar a casa como um velho que regressa à aldeia onde cresceu. Havia menos meninas. Ninguém o conhecia. Passa agora mais noites na moradia familiar (em nome de um primo), procurando o regaço da legítima esposa. Ela, que sempre soube das afilhadas, continuará ali. Tem esperança de ser, por fim, menos empregada do senhor da casa e mais mulher do seu marido.

IN "i"
20/04/11

GOSTO MUITO DE TE VER, 
COELHINHO


ACOSMOS

2 – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA

PAULO CARVALHO


MARINHO E PINTO




Brilhante e Mordaz intervenção do Dr. Marinho e Pinto por ocasião da Sessão de Solene de Abertura do Ano Judicial.
Em poucos minutos o Dr. Marinho e Pinto exprimiu o sentimento e o pensamento de milhões de portugueses relativamente à conjuntura actual e atribuiu responsabilidades pela mesma.


enviado por J. COUTO


O BURACO NO MURO





Uma experiência muito bem sucedida de inclusão digital na Índia, que vale a pena conhecer. Chefe de pesquisa e desenvolvimento do NIIT, um celebrado instituto de tecnologia da Índia, Mitra resolveu abrir um buraco no muro do prédio, vizinho de um dos maiores bairros pobres de Nova Delhi, e instalar, voltado para o exterior, um computador com acesso à internet.

enviado por MALAY

EM LOS ANGELES
DEMOLIÇÃO FESTIVA
POIS CLARO




5 - A FRUTA TAMBÉM SE COME 
COM OS OLHOS






5 - ÁFRICA A PRETO E BRANCO







BOA PÁSCOA



...estamos a caminho do calvário


COMPRE JORNAIS E REVISTAS


sempre a enganarem-nos
Défice revisto em alta
O Instituto Nacional de Estatística fez uma revisão em alta do défice de 2010 para 9,1 por cento do Produto Interno Bruto. Conheça as razões avançadas para o aumento e as reações dos diferentes partidos
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1 por cento do Produto Interno Bruto (PBI), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).
"Nos termos dos regulamentos da União Europeia, em 22 de abril [sexta-feira], o INE enviou ao Eurostat uma revisão da primeira notificação de 2011 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE).
A revisão efetuada determinou um aumento da necessidade de financiamento e da dívida das Administrações Públicas, respetivamente, em 0,5 e em 0,6 pontos percentuais do PIB em relação aos valores apurados para 2010 na notificação inicial", revela o INE em comunicado.
No final de março o défice orçamental de 2010 havia sido atualizado para 8,6 por cento.
O secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, declarou que a atualização do défice português de 2010 deve-se a uma "alteração de metodologia às contas" e assegurou que o impacto nas contas de 2011 e 2012 será praticamente nulo.
"Trata-se de uma nova orientação do Eurostat que nós naturalmente partilhamos. São alterações que visam tornar as contas completamente transparentes. (...) Não se trata de nova informação, porque ela existe, trata-se de uma alteração de metodologia às contas", disse Emanuel dos Santos à agência Lusa, reiterando que este novo tratamento não vai sobrecarregar os orçamentos de 2011 e 2012.
O PSD criticou a "desculpabilização" do Governo quando as "notícias são más" para os portugueses, no dia em que o INE reviu em alta o défice de 2010 para 9,1 por cento do PIB.
Reagindo às declarações do secretário de Estado do Orçamento sobre os dados divulgados, o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, criticou, em declarações aos jornalistas a "desculpabilização do Governo quando as notícias são más".
"IN VISÃO"

o desporto dá alegrias
Natação: Ana Rodrigues vence 50 metros bruços
A Seleção Nacional terminou a participação na Tentativa para o Campeonato do Mundo de 2011, prova que decorreu no Rio de Janeiro, no Brasil.
Ana Rodrigues venceu a prova de 50 metros bruços, ao fazer a marca de 32.64, enquanto Alexandre Agostinho foi 5.º nos 50 livres, com 23.22.
Nos 100 metros mariposa, Sara Oliveira terminou em 3.º, com o registo de 59.84. Na prova masculina, Simão Morgado obteve o 2.º posto (53.43), Diogo Carvalho o 4.º (53.76), Duarte Mourão o 5.º (53.96) e Nuno Quintanilha o 10.º (55.59).
A Seleção, composta por Alexandre Agostinho (Portinado), Ana Rodrigues (Estamos Juntos), Diogo Carvalho (Galitos de Aveiro), Duarte Mourão (Amadora), Nádia Vieira (GesLoures), Nuno Quintanilha (Colégio Vasco da Gama), Sara Oliveira (FC Porto/Dolce Vita) e Simão Morgado (Amadora) inicia agora um estágio no Rio de Janeiro, que termina no dia 5 de maio.
"RECORD"

a páscoa socrática
Casais desempregados 
quase triplicam em cinco meses
O número de casais em que nenhum dos cônjuges tem emprego quase triplicou em cinco meses, passando de 1530 em Outubro do ano passado para os 4369 em Fevereiro, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O IEFP passou a recolher desde Outubro de 2010 informação relativa à situação laboral do cônjuge, identificando o número de casais em que ambos estão registados como desempregados na área de residência. No final de Fevereiro, os casais desempregados eram 4.369, mais 5,2 por cento que em Janeiro (4152) e mais 185,5 por cento do que em Outubro (1530).
Segundo o IEFP, este "aumento poderá não reflectir ainda um crescimento do desemprego nestas situações, mas sim um maior número de casos registados", isto tendo em conta que esta informação só começou a ser recolhida no último trimestre do ano passado. No final de Fevereiro, estavam registados nos centros de emprego do continente 531.266 desempregados, dos quais 50,7 por cento eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 269.447. Em Janeiro, o total de desempregados registados era de menos cinco por cento, ou seja, 533.980 inscritos.
Apesar do decréscimo do desemprego registado face ao mês anterior, o instituto salienta o crescimento de 9,8 por cento das união de facto, em resultado da actualização continuada dos registos no que diz respeito ao estado civil do desempregado.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

os donos do dinheiro
Sindicato insurge-se contra pressões sobre trabalhadores dos hipermercados
O sindicato que representa os trabalhadores dos hipermercados revelou este sábado que há pressões sobre funcionários de algumas superfícies comerciais para que trabalhem no dia 1 de Maio, dia em que está prevista uma greve.
"Queremos dar a conhecer pressões sobre os trabalhadores para irem trabalhar no 1.º de Maio, o que a acontecer é a primeira vez desde o 25 de Abril de 1974", afirmou à agência Lusa Jorge Pinto, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio (CESP).
Em causa, segundo o sindicalista, estão pressões dos grupos Jerónimo Martins (Pingo Doce) e Sonae (Continente).
Apesar de a legislação recente permitir a abertura das grandes superfícies todo o dia mesmo aos domingos e feriados, Jorge Pinto lembra que tem sido prática encerrarem sempre três feriados por ano: dia de Natal, 1 de Janeiro e 1 de Maio.
"Este ano pretendem abrir e estão a pressionar os trabalhadores para irem trabalhar", declarou.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

fome dum título
Torneio de Montreux: Portugal 
na final após golear Angola
A Selecção Nacional garantiu hoje presença na final do Torneio de Montreux, na Suíça, após vencer Angola por 6-2.
Ricardo Oliveira, com três golos, Diogo Rafael, André Azevedo e João Rodrigues marcaram os tentos da equipa de Rui Neto. André Centeno e João Vieira foram os autores dos golos da selecção angolana.
O adversário de Portugal na final vai sair do jogo entre Argentina e Espanha.
"A BOLA"

as mordomias do poder
Os candidatos mais improváveis
É uma verdade quase absoluta: se há listas, há surpresas. Em véspera de eleições legislativas, os partidos apresentam sempre umas figuras improváveis como candidatos a deputados, sobretudo se forem conhecidas do grande público. Este ano foi Telmo Ferreira, o participante no primeiro Big Brother da TVI, que surge em 14º lugar nas listas do PS por Leiria, em lugar não elegível. Pertence à categoria das estrelas fugazes de televisão. Mas há outras categorias, como a dos que juraram que nunca seriam políticos, como Fernando Nobre, que fura uma promessa igualmente feita em tempos por Paulo Portas.
O aproveitamento partidário do mediatismo de algumas personalidades tornou-se comum, como aconteceu com os jornalistas Ribeiro Cristóvão, Maria Elisa ou Manuela Moura Guedes. Mas nas listas também há actores, fadistas, e até candidatas na qualidade de viúvas de políticos
"SÁBADO"

já se sabia dos políticos batoteiros
‘Batota’ nas Scut custa mil milhões
O Estado fez uma ‘batota’ na contabilização dos encargos com três parcerias público-privadas (PPP) que obrigou o Instituto Nacional de Estatística (INE) a rever o défice do ano passado para 9,1 por cento. Os contratos de duas ex-Scut estão incluídos no pacote de revisão.
Segundo uma nota ontem divulgada, a presença da troika em Portugal levou os técnicos do INE e do Eurostat a fazerem uma "análise urgente" das contas públicas, que apenas iam ser clarificadas em Outubro. Segundo o INE, todos os dados sobre os quais o Eurostat tinha levantado dúvidas foram "esclarecidos sem haver necessidade de se proceder a revisões com excepção do tratamento a dar a contratos envolvendo PPP".
"Após análise detalhada de um elevado número de contratos de grande complexidade, concluiu-se que três deles (dois dos quais correspondendo a contratos renegociados de ex-Scut) não têm a natureza de contratos PPP em que o investimento realizado é registado no activo do parceiro privado", lê-se. Ora, no entender dos técnicos, como os utilizadores finais pagam a maioria dos custos do serviço através de portagens, o investimento realizado deve ser registado no activo da entidade que recebe os pagamentos. "Uma vez que as portagens constituem receita das administrações públicas, os activos integrados nos contratos são considerados investimentos das administrações públicas, afectando em consequência a respectiva necessidade de financiamento", diz o INE. E os pagamentos futuros aos parceiros privados não são considerados.
Estas contas, adianta o INE, fazem a dívida das administrações públicas agravarem-se em 0,6 por cento do PIB, isto é, mil milhões de euros. Na prática, "ao aumento do défice do ano passado está associado o efeito da redução do défice no futuro comparativamente ao que aconteceria caso estes contratos fossem tratados como PPP".
"CORREIO DA MANHÃ"

 a maioria com maus resultados
São 98 os gestores públicos 
que ganham mais do que Cavaco Silva
A imposição do tecto salarial do Presidente da República (PR) à remuneração base dos gestores públicos permitiria ao Estado reduzir para metade os custos com os salários dos administradores das 30 maiores empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE) e reguladores, que ganham mais do que Cavaco Silva. E os partidos com assento parlamentar estão dispostos a chegar a um acordo sobre esta questão.
Segundo as contas do SOL baseadas nos relatórios e contas das empresas de 2009 (os últimos disponíveis) esta medida permitiria ao Estado poupar cerca de 8,9 milhões de euros por ano em salários com os chefes das empresas estatais. Este valor fica acima dos 2,8 milhões de poupança estimados pelo Governo.
O Estado gasta todos os anos cerca de 17,8 milhões de euros para pagar os salários dos 98 gestores públicos, que ganham mais do que o PR. Em média, cada um ganha 182 mil euros por ano. Se a todos estes gestores fosse imposto como salário máximo o vencimento do chefe de Estado - ou seja, 91 mil euros por ano - a factura com estas remunerações cairia para metade - perto de 8,9 milhões de euros anuais. O diferencial seria suficiente para pagar o salário médio de cerca de 3.100 trabalhadores do SEE, com base em dados do Tesouro.
"SOL"

à custa dos maus governantes
FMI prevê lucro de 524,8 milhões de dólares este ano
FMI teve lucros em quatro dos últimos seis anos fiscais e já reviu em alta de 63% as previsões de resultados operacionais para este ano.
O FMI teve lucros em quatro dos últimos seis anos fiscais -entre 2005 e 2010 -- e já reviu em alta de 63 por cento as previsões de resultados operacionais para este ano, graças aos empréstimos aos países europeus em dificuldades.
Para o ano fiscal de 2011, que termina em 30 de abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê resultados operacionais líquidos de 328 milhões de direitos especiais de saque (SDR, na sigla inglesa), os ativos financeiros do fundo, com uma valor baseado num cabaz de divisas composto pelo dólar americano, o euro, a libra esterlina e o iene.
As previsões de 328 milhões de SDR (524,8 milhões de dólares, ao câmbio de hoje) comparam com projeções iniciais de 202 milhões de SDR, feitas em abril de 2010, e refletem os reflexos positivos -- para as contas do fundo -- dos empréstimos à Grécia e à Irlanda, sem contar ainda com o empréstimo a Portugal, cujo valor ainda não foi fixado.
Os novos empréstimos, aprovados depois de abril de 2010, incluindo os 30 mil milhões de euros à Grécia e os 22,5 mil milhões à Irlanda, "fizeram aumentar as previsões de resultados de crédito em cerca de 102 milhões de SDR [163,2 milhões de dólares], incluindo 74 milhões de SDR em taxas de serviço e 28 milhões nas margens da taxa de juro cobrada", refere um recente relatório financeiro do FMI.
"EXPRESSO"

o socialismo na gaveta...
Ferro quer acordo com outros partidos, 
mas recusa que seja à esquerda
O cabeça de lista do PS por Lisboa, Ferro Rodrigues, defendeu hoje a negociação pós-eleições de um “acordo político que dê uma maioria forte no Parlamento”, mas reconheceu que “é completamente impossível” qualquer acordo dos socialistas à esquerda.
“Defendo que haja um acordo, um acordo político que dê uma maioria forte no Parlamento, esse acordo tem de ser negociado a seguir às eleições”, afirmou Ferro Rodrigues, em entrevista esta noite no Telejornal da RTP1.
Lembrando que já em agosto de 2009, antes das últimas eleições legislativas, defendeu que perante a crise internacional “não devia ser constituído um Governo que não tivesse maioria no Parlamento”, Ferro Rodrigues sublinhou que mantém a mesma posição.
Contudo, acrescentou, ao contrário do que defendeu na altura, dizendo que se deveria tentar “um Governo à esquerda”, agora isso será “completamente impossível”, porque ao longo do último ano e meio os partidos de “extrema-esquerda”, mais não fizeram do que “colaborar com a direita em relação à queda do Governo”.
"i"

uma medida urgente
Rede Especializada de Intervenção 
na Violência Doméstica 
quer prevenir e apoiar vítimas
Encontrar soluções eficazes para apoiar vítimas de violência doméstica é um dos objectivos do protocolo de cooperação que será assinado amanhã, em Abrantes, para a constituição da Rede Especializada de Intervenção na Violência.
O propósito é criar as bases para uma intervenção articulada e concertada, com vista à prevenção da violência e à promoção de respostas protectoras e facilitadoras de inclusão das vítimas”, explicou Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes.
Para tal será criada uma parceria com o município de Abrantes, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Abrantes e o Instituto Politécnico de Tomar.
O que se pretende, acrescentou a autarca, é “envolver” os vários parceiros sociais e a sociedade civil no sentido de potenciar a dinâmica de funcionamento em rede, rentabilizar recursos, concertando os objectivos da intervenção numa perspectiva integrada das várias problemáticas, dando enfoque à pessoa, no seu contexto de vida, e atendendo às suas características, às suas potencialidades e às suas necessidades.
Os primeiros passos do projecto passam por “consciencializar e sensibilizar” a população e os profissionais para a problemática da violência doméstica e de género.
"PÚBLICO"

DIANA PIEDADE

11 - FOTOJORNALISMO





20- ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» mouzinho da silveira

Mouzinho da Silveira.
 
José Xavier Mouzinho da Silveira (Castelo de Vide, 12 de Julho de 1780Lisboa, 4 de Abril1849) foi um estadista, jurisconsulto e político português e uma das personalidades maiores da revolução liberal, operando, com a sua obra de legislador, algumas das mais profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça. Preso durante a Abrilada, tornou-se intransigente defensor da Carta Constitucional pelo que teve de se exilar em 1828. Regressou ao Parlamento em 1834 para defender a sua obra legislativa, mas exilou-se de novo em 1836. Retirou-se da vida política durante os seus últimos dez anos de vida. de

Biografia

Mouzinho da Silveira nasceu a 12 de Julho de 1780 em Castelo de Vide, filho de uma família de abastados proprietários rurais. Depois de aprender as primeiras letras e o latim, parte para a Coimbra em Outubro de 1796, onde, até Junho do ano seguinte, frequenta os preparatórios para entrar no Curso de Leis, no qual se matricula em Outubro de 1797. Sai formado a 10 de Julho de 1802. O pai falecera em Maio de 1799, assumindo desde então Mouzinho, o filho mais velho, a sua independência económica. Mouzinho manterá um registo completo das suas receitas e despesas pessoais que incluirá no seu esboço autobiográfico.
Regressado a Castelo de Vide, ocupa os anos de 1803 e 1804 em tarefas relacionadas com a gestão do património familiar, particularmente em demandas resultantes do falecimento de sua avó materna. Em finais de 1804 parte para Lisboa onde na Corte sustenta até 1807, com êxito, a continuação naquele foro das demandas referentes ao património familiar. Foi testemunha ocular da entrada em Lisboa do exército invasor francês comandado por Junot em Novembro de 1807.
Terminadas as demandas que o trouxeram a Lisboa, Mouzinho da Silveira opta por não regressar a Castelo de Vide e ingressa na magistratura. Tomou posse a 1 de Março de 1809 do lugar de juiz de fora de Marvão, localidade onde reside nos três anos subsequentes, participando activamente nos preparativos para defesa daquela praça contra a ameaça napoleónica. Terminado o mandato, parte para Lisboa a 15 de Outubro de 1812.
Despachado juiz de fora de Setúbal toma posse do cargo a 29 de Maio de 1813, permanecendo naquele cargo até 22 de Novembro de 1816. Terá exercido desde 2 de Maio de 1814 as funções de juiz do Tombo dos Bens da Casa Real no termo de Lisboa.
Regressando a Lisboa, Mouzinho é nomeado Provedor da Comarca de Portalegre. Chegado a Portalegre a 21 de Janeiro de 1817, toma posse do cargo de Provedor a 5 de Março, mantendo-se nele até 2 de Janeiro de 1821. Concorreu às eleições de 1820, não tendo sido eleito.
Em Fevereiro de 1821 foi encarregado da diligência de arrecadação da Fazenda em Estremoz e de visitar as comarcas de Évora e Ourique a respeito de determinar o estado da arrecadação pública em todos os ramos, diligências que não cumpriu por ter sido despachado a 11 de Abril administrador-geral da Alfândega Grande do Açúcar, em Lisboa, cargo de que tomou posse a 15 de Maio.
Sendo administrador da Alfândega foi nomeado, a 28 de Maio de 1823, Ministro da Fazenda. Sobrevindo de imediato a Vilafrancada, Mouzinho foi confirmado no lugar de Ministro por decreto de 31 de Maio, sendo logo demitido por Decreto de 19 de Junho. Sobre aquele nomeação escreve Mouzinho: Sendo administrador da Alfândega fui obrigado muito contra a minha vontade a ser Ministro da Fazenda no dia 29 de Maio de 1823, e sobrevindo o restabelecimento da monarquia absoluta, tive a minha demissão no dia 15 e voltei para o emprego da Alfândega, conservado nas honras de Ministro (Mouzinho da Silveira, Obras, volume I, p. 302). Nesta curta passagem pelo Governo, Mouzinho conseguiu apenas ver promulgado o Decreto de 12 de Junho de 1823, revogando os impostos e décimas especiais que haviam sido estabelecidos por lei de Março daquele ano.
Na sequência da Abrilada, Mouzinho é preso a 30 de Abril de 1824. Encerrado no Castelo de São Jorge, ali permanece até 14 de Maio, data em que é libertado em conjunto com outros presos políticos.
Por Decreto de 8 de Agosto de 1825, Mouzinho foi elevado às honras de fidalgo cavaleiro da Casa Real.
Manteve actividade na área da fiscalidade, sendo nomeado em 12 de Novembro de 1825 membro da junta encarregada de elaborar um regimento da alfândega geral que se pretendia criar em Lisboa. Participa ainda nos trabalhos das juntas encarregues de propor a revisão dos tratados de 1810 com o Reino Unido e de 1825 com o Brasil.
Nas eleições de Outubro de 1826 é eleito deputado pelo Alentejo, integra a Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, centrando a sua actividade parlamentar em matérias de fiscalidade e de gestão do património nacional.
Sentindo necessidade de se exilar, em Março de 1828 pediu licença para viajar por um ano, saindo de Lisboa a 3 de Abril e chegando a Paris a 15 do mesmo mês. Permanecerá em Paris até 1832, desenvolvendo estudos sobre fiscalidade e mantendo intensa troca epistolar com amigos e familiares em Portugal. Durante este período a sua situação patrimonial começa a degradar-se seriamente, reflexo da sua ausência e da profunda crise económica que afecta Portugal. A esposa e o filho ficarão definitivamente em Paris, já que Mouzinho insiste que este receba uma educação que deveria incluir conhecimentos de línguas (incluindo o alemão) e de química e outras ciências que então não estavam disponíveis em Portugal. Encaminha o filho para a indústria da tanoaria e da química, não conseguindo contudo, apesar da tanoaria de que foram sócios, recuperar nunca o desafogo financeiro que buscava.
Foi nomeado em 7 de Fevereiro de 1831 membro da comissão consultiva que substituiu o Conselho de Estado junto da Regência em nome de D. Maria. A 6 de Junho do mesmo ano foi convocado para fazer parte, como membro da Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, da comissão encarregue de angariar os fundos e obter os empréstimos necessários a subsidiar a causa liberal.
Estando em Paris foi convocado para acompanhar D. Pedro IV na sua campanha pela implantação do liberalismo em Portugal, saindo daquela cidade a 25 de Janeiro de 1832 com destino à ilha Terceira, para onde embarcou em Belle-Isle.
Tomou posse do cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e interino dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça em Angra a 2 de Março de 1832. A 23 de Abril de 1832Ponta Delgada, cidade de onde a 27 de Junho parte com a força expedicionária a caminho do Mindelo. Enquanto nos Açores vê promulgados 24 Decretos e uma Portaria por si propostos e reformula toda a administração das ilhas. acompanha D. Pedro IV de Angra para
Desembarca no Mindelo a 8 de Julho, seguindo para o Porto, onde é cercado pelas forças de D. Miguel. Durante a sua permanência no Porto prossegue a promulgação das suas reformas, sendo publicados mais 20 Decretos e uma Portaria.
A 9 de Agosto, em completo desacordo com o andamento das finanças públicas, particularmente com os empréstimos obtidos por Palmela, e acossado pelos seus correligionários que o acusavam de radicalismo e insensatez, pede a demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de Dezembro de 1832 por Decreto de D. Pedro IV.
Abandonou o Ministério exactamente 9 meses depois de ter sido nomeado, deixando como legado 44 Decretos e duas Portarias que lançam as bases da moderna fiscalidade portuguesa e introduziram uma profunda reforma no sistema judiciário. Neste curto espaço de tempo, e em plena guerra civil, Mouzinho afirmou-se como uma das personalidades dominantes do liberalismo em Portugal. Impostos há, como o da sisa, que até há pouco se mantiveram no essencial semelhantes ao que por ele foi estabelecido. A ele se deve a fundação do Supremo Tribunal de Justiça e a estruturação do Ministério Público.

Mouzinho da Silveira (c. 1836) e a sua assinatura.
 
Durante o mês de Dezembro de 1832 e o mês de Janeiro de 1833 é encarregue de obter fundos para as forças liberais, participando num cruzeiro à Barra de Lisboa (a cidade estava ainda na posse das forças afectas a D. Miguel) e desenvolvendo actividades em Vigo. Com o aprofundar da sua discordância em relação à condução das finanças públicas, Mouzinho é demitido das suas funções de angariação de fundos e nomeado Director da Alfândega. Contudo, parte de novo para o exílio em Paris a 19 de Março de 1833.

Regressado a Portugal, a 11 de Setembro de 1834 entra para a Câmara dos Deputados, aí permanecendo, com algumas intermitências, até 1836, sempre na defesa intransigente da legislação da sua autoria e mantendo uma constante intervenção em matérias de fazenda pública. Nas eleições de 1835 foi reeleito deputado pelo Alentejo.
A 16 de Agosto de 1836 recusa-se a jurar a Constituição de 1822 e demite-se de Director da Alfândega. Foi preso e quando libertado exila-se novamente para França.
Regressa a Portugal em 1839, entrando para a Câmara dos Deputados a 15 de Fevereiro desse ano. Permanece naquela Câmara até 1840, novamente intervindo em matérias de fazenda pública.
Em 1842 candidata-se a deputado pelo Alentejo, perdendo a eleição por 2 votos. A 1 de Dezembro1844 Mouzinho é encarregue de elaborar um regulamento geral das alfândegas. de
A sua situação financeira pessoal parece melhorar em 1846, mas as expectativas colocadas no filho são goradas e a sua saúde vai-se deteriorando. A esposa permanece em Paris.
José Xavier Mouzinho da Silveira morreu em Lisboa,a 4 de Abril de 1849, sendo o seu corpo transladado, em execução da sua última vontade, para a freguesia da Margem, concelho de Gavião, onde lhe foi levantado em 1875, por subscrição do Jornal do Comércio, um monumento. Do monumento consta uma escultura da autoria de Célestin Anatole Calmels.
Na Sala dos Passos Perdidos, Palácio de São Bento, Mouzinho da Silveira é homenageado numa pintura a óleo de Columbano Bordalo Pinheiro. Também, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, Mouzinho figura numa pintura a óleo de José Rodrigues executada em 1866. O Museu Grão-Vasco, em Viseu, possui um retrato de Mouzinho da autoria de Columbano.
No segundo centenário do seu nascimento (1980) foi colocado em Castelo de Vide, sua terra natal, um monumento comemorativo. Em muitas cidades do país existem arruamentos denominados em sua memória, o mesmo acontecendo com estabelecimentos escolares no Corvo, com a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, e em Portalegre, com a Escola Secundária Mouzinho da Silveira.

Caricatura de Mouzinho da Silveira aquando da sua passagem pelos Açores. Note-se a pena fumegante de tanto legislar…

Mouzinho da Silveira e os Açores

Uma parte importante da reforma do sistema político e económico levada a cabo por Mouzinho da Silveira foi feita durante a permanência nos Açores de D. Pedro IV e da Regência. Se muitas das medidas são de carácter geral, muitas são específicas e tiveram uma particular incidência nas ilhas.
As medidas tomadas mereceram a gratidão do povo açoriano, particularmente dos agricultores que se viram livres dos entraves resultantes dos morgadios. Particularmente beneficiada foi a população da ilha do Corvo, que ainda hoje recorda a libertação do jugo feudal a que estava submetida através do pagamento de um pesado tributo ao donatário da ilha. Conhecendo essa gratidão, Mouzinho da Silveira incluiu no seu testamento a seguinte cláusula: Quero que o meu corpo seja sepultado no cemitério da ilha do Corvo, a mais pequena das dos Açores, e se isto não puder ser por qualquer motivo, ou mesmo por não querer o meu testamenteiro carregar com esta trabalheira, quero que o meu corpo seja sepultado no cemitério da freguesia da Margem, pertencente ao concelho de Gavião; são gentes agradecidas e boas, e gosto agora da ideia de estar cercado, quando morto, de gente que na minha vida se atreveu a ser agradecida.
A gratidão de que Mouzinho da Silveira fala no seu testamento chegou viva aos nossos dias. Passados mais de 150 anos sobre a sua morte, e apesar de ter sido sepultado em Margem, Gavião, e não na ilha do Corvo, o único estabelecimento de ensino daquela ilha, a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, perpetua o nome do estadista que, por Decreto promulgado em Ponta Delgada a 14 de Maio de 1832, soube acudir à miséria e opressão em que viviam os corvinos.
Mouzinho da Silveira, então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Ministro interino dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça por aquele diploma reduziu substancialmente, em resultado de uma representação que lhe dirigiram os habitantes do Corvo, o pagamento a que estes, tal como os habitantes de algumas freguesias da ilha das Flores, estavam obrigados a fazer anualmente ao donatário, aliviando assim um jugo que conduzia à fome e miséria generalizadas naquelas ilhas.
Não há texto sobre a história do Corvo que não refira o papel de Mouzinho na libertação da ilha do aforamento, mas foi Raul Brandão, em As Ilhas Desconhecidas, quem melhor soube captar as memórias que ainda aquando da sua visita ao Corvo, em 1924, perduravam na tradição oral dos corvinos:
À noite vêm conversar comigo à casa onde durmo. A luz é escassa: ficam à frente o Hilário, o Cabo do Mar, uma ou outra mulher e, ocultas na sombra, fisionomias que, quando se aproximam da candeia, ressaltam cheias de relevo e carácter: a boca que quer falar, a mão que reentra logo no escuro… Todas têm um ar de família. O senhor Manuel Tomás, de setenta e cinco anos, barba grisalha e curta, olhos pequeninos e já velados pela névoa da idade, um dos grandes proprietários da ilha, conta-me o Corvo de outros tempos:
Fome! muita fome! … A ilha andava avexada: pagava quarenta moios de trigo e oitenta mil réis em dinheiro ao senhorio de Lisboa. A gente — inda me lembro — andava vestida com umas ceroulas compridas, por cima um calção de lã, tingido de preto com mantrasto e uma jaqueta aos ombros, a barba toda e uma carapuça na cabeça. Não havia lumes. O lume conservava-se nas arestas do linho e quando sucedia apagar-se iam-no buscar à alâmpada da igreja … Fome! Muita fome! O mais que se comia era junça, uma planta que dá uma semente pequena debaixo da terra, de que se alimentam os porcos.
Moía-se nas atafonas e fazia-se farinha e bolos… Às vezes trocava-se uma terra por um bolo de junça. Fome!
Em Maio vieram do Corvo à Terceira os ilhéus mostrar ao filósofo o pão negro que comiam, e pedir protecção ao tirano. Era uma cena antiga: parecia uma das velhas repúblicas da Grécia, e Mouzinho de facto um Licurgo, um Sólon, com doutrinas, porém, opostas às dos antigos. No pão negro dos ilhotas do Corvo, escravizados pelas rendas do donatário da ilha, viu o ministro um verdadeiro crime, e a teoria que o dominava embarcou-o em conclusões temerárias. Só reduzia a metade, não abolia o foro; mas acrescentava: — Vão passando os tempos em que se entendia que a terra tinha um valor antes de regada com o suor dos homens, nem é possível o contrário quando a broca da análise vai penetrando o mundo.Portugal Contemporâneo — Oliveira Martins.
O pão era o de junça.
Está gente de pé à porta. Escutam da cozinha, e lá para o fundo da sala há outros atentos na sombra que remexe. — Muita fome! E as mães diziam: — Deixa-me guardar este bolinho de junça para os meus meninos comerem pelo dia fora! — Exclama um tipo curioso de mulher com a pele lívida revestindo-lhe os ossos, uma fisionomia cheia de expressão e os olhos cobertos por uma membrana tão fina como a película dum ovo. E continua: — Chegavam a comer raízes de fetos… E saiba o senhor que o grande erro deste mundo vem de um engano de S. Pedro. Nosso Senhor disse-lhe um dia: — Pedro, vai fora da porta e diz ao mundo: — O pobre que viva do rico. — Mas S. Pedro chegou à porta, enganou-se e disse: — Ouçam todos que têm ouvidos para ouvir — o rico que viva do pobre!…

Não foram apenas os corvinos que beneficiaram da curta passagem pelos Açores de Mouzinho da Silveira. A capacidade legislativa do Ministro, e a circunstância de o poder estar sediado nos Açores, criou as condições necessárias para uma vasta reforma legislativa cujas consequências ainda hoje se sentem. Há quem considere que a relativa equidade social existente em algumas ilhas dos Açores, em particular na ilha Terceira, em contraste com a de S. Miguel onde o diploma não teve aplicação generalizada, tem as suas raízes no Decreto de 4 de Abril de 1832, promulgado em Angra sob proposta de Mouzinho da Silveira, que extinguiu os morgadios, capelas e vínculos de menor dimensão.
Exilado em França desde Abril de 1828, Mouzinho da Silveira embarcou em 25 de Janeiro de 1832 em Belle-Isle com destino à Terceira. Recém-chegado a Angra, a 3 de Março é nomeado Ministro dos Negócios da Fazenda e, interinamente, Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça. A 23 de Abril acompanha D. Pedro IV de Angra para Ponta Delgada, cidade de onde a 27 de Junho parte com a força expedicionária a caminho do Mindelo, onde desembarca a 8 de Julho. A 9 de Agosto pede a demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de Dezembro de 1832 por Decreto de D. Pedro IV. Apesar de ter ocupado o cargo de Ministro durante apenas 9 meses, e em plena guerra civil, Mouzinho deixou um legado legislativo que influenciou decisivamente o futuro do país nas áreas da fiscalidade, da organização administrativa do território e da justiça. Impostos há, como o da sisa, que ainda hoje se mantêm no essencial semelhantes ao que por ele foi estabelecido. A ele se deve a fundação do Supremo Tribunal de Justiça, a estruturação do Ministério Público e a criação do embrião do ensino liceal.
Nos escassos cinco meses durante os quais permaneceu nos Açores (Fevereiro a Junho de 1832), Mouzinho para além de uma intensa actividade legislativa (viu promulgados 24 Decretos e 1 Portaria) ainda foi capaz de produzir alguns estudos sobre a economia das ilhas e esboçar algumas medidas para o seu desenvolvimento.
Os manuscritos e impressos de Mouzinho, incluindo os referentes aos Açores, foram reunidos em edição crítica, coordenada por Miriam Halpern Pereira, e publicados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Para além da transcrição da generalidade dos documentos conhecidos, a obra inclui estudos sobre diversos aspectos do pensamento de Mouzinho. Os documentos referentes especificamente aos Açores estão reunidos num grupo documental intitulado Ilhas de S. Miguel, do Corvo e das Flores (cap. VII - Ilhas dos Açores, vol. II, pp. 1235–1259) contendo os seguintes documentos:
  • Carta de Pedro José Caupers acerca do prazo das ilhas das Flores e do Corvo
  • Apontamentos sobre a situação económica nas ilhas das Flores e do Corvo
  • Documento do juiz de fora das ilhas das Flores e do Corvo sobre os dízimos
  • Parecer sobre a economia da ilha do Corvo
  • Parecer sobre a economia da ilha de S. Miguel
  • Acórdão da Câmara da Vila da Ribeira Grande sobre uma revolta miguelista
  • Carta sobre o aforamento dos baldios da Real Junta do Melhoramento da Agricultura (na Terceira?)
  • Notas sobre medidas a adoptar para o desenvolvimento da ilha de S. Miguel
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MUNICÍPIO DE ANADIA
Distrito de Aveiro









Anadia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Aveiro, região Centro e sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 3 034 habitantes.[2] A cidade de Anadia está inserida na freguesia de Arcos. Lugares desta freguesia: Anadia, Arcos, Famalicão e Malaposta.
É sede de um município com 216,64 km² de área e 31 422 habitantes (2008[1]), subdividido em 15 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Águeda, a leste por Mortágua, a sul pela Mealhada, a sul e oeste por Cantanhede e a noroeste por Oliveira do Bairro.
O concelho recebeu foral de D. Manuel I em 1514. O actual município foi criado em 1839 pela fusão de vários concelhos, tendo a vila sido elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.
A freguesia de Sangalhos tem estatuto de vila.




Gentílico Anadiense
Área 216,64 km²
População 31 422 hab. (2008[1])
Densidade populacional 145 hab./km²
N.º de freguesias 15
Presidente da
Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
1514
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Baixo Vouga
Distrito Aveiro
Antiga província Beira Litoral
Orago São Paio
Feriado municipal Quinta-feira de Ascensão
Código postal 3780 Anadia
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial www.cm-anadia.pt
Endereço de
correio electrónico
Não disponível

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História Política do Concelho de Anadia

Image“O povoamento do concelho encontra-se mal documentado para épocas anteriores ao domínio romano: carecem ainda de comprovação alguns vestígios alegadamente pertencentes ao Paleolítico (Monte Crasto – Anadia, Carvalhais e Vila Nova de Monsarros), ao Neolítico (Moita) e à Idade do Ferro (Monte Crasto – Anadia). Mas os testemunhos da presença romana nestas terras são, esses sim, inequívocos e têm sido detectados um pouco por toda a área do concelho: Aguim, Avelãs de Caminho, Avelãs de Cima, Mogofores, Moita, Óis do Bairro, São Lourenço do Bairro, Vila Nova de Monsarros, Vilarinho do Bairro e, muito especialmente, em Anadia (Monte Crasto) e Sangalhos. Para além dos numerosos vestígios de cerâmica de cobertura doméstica, torna-se imperativo aludir à estrada que unia Olissipo (Lisboa) a Cale (Porto), e que percorria esta região, num traçado que continua a suscitar novas investigações e teorias.
E se algumas povoações já existiam nesses tempos, outras só serão detectadas na documentação medieval. Assim, e não indo além do nascimento do reino, encontramos S. Lourenço do Bairro (883), Arcos (943), Sangalhos (957), Vila Nova de Monsarros (1006), Levira (1020), Vilarinho do Bairro (1020), Samel (1020), Monsarros (1064), Moita (1064 – referência à Igreja de S. Cucufate), Tamengos (1064), Horta (1064), Anadia (1082), Quintela (1082), Óis do Bairro (1086), Aguim (1101), Mata (1131), Avelãs de Baixo (1132), Figueira (1138), Ferreiros (1138), Ancas (1143), Mogofores (1143), Sá (1143) e Paredes do Bairro (1143).
Tratando-se de um concelho com quase cinco séculos de existência, Anadia conheceu ao longo da sua história sucessivas mutações de carácter administrativo, algumas delas ocorridas muito recentemente, e que acabaram por resultar na repartição do seu território nas actuais quinze freguesias civis e na sua ligação ao distrito e à diocese de Aveiro.
Nesta região, durante os anos fulcrais da definição das fronteiras de Portugal, não parece ter sido graças à concessão de forais que se promoveu o povoamento e a reorganização das instituições. Talvez o possamos inferir do reduzidíssimo número de cartas dessa natureza outorgadas a estas terras durante a Idade Média – para o actual distrito de Aveiro apenas se conhece o foral com que D. Sancho I criou, em 1210, o concelho de Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim (povoações que integram a actual freguesia da Moita). Existem referências posteriores a forais concedidas nestes séculos (Avelãs de Caminho, por exemplo), mas não são suficientemente esclarecedores quanto ao verdadeiro teor desses documentos – podem não passar de meros contratos de aforamento colectivo, que surgem designados como forais pelos rebeliões, ou erradamente referenciados como «forais velhos» pelos autores contemporâneos, como acontece no que respeita a Aguim e a Anadia.
Mas no início do século XVI, no âmbito de uma ampla reforma administrativa, D. Manuel I não esquecerá o litoral centro e, por força das cartas de foral que outorga, também aqui são criados ou oficializados numerosos concelhos. O espaço daquele que é hoje o município de Anadia não escapou a este movimento reformista: em 1514 são formalmente criados os concelhos de Anadia, Avelãs de Cima, Vilarinho do Bairro, Carvalhais (juntamente com Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim), São Lourenço do Bairro, Aguim, Sangalhos, Pereiro (freguesia de Avelãs de Cima), Óis do Bairro, Mogofores, Avelãs de Caminho, Boialvo (freguesia de Avelãs de Cima) e Vila Nova de Monsarros; em 1519 surge Paredes do Bairro e em 1520 é concedida versão definitiva dos forais de Mogofores e de Óis do Bairro. Ainda que não haja absoluta coincidência de espaços, a verdade é que a maior parte destas povoações é hoje sede de freguesia (com excepção de Boialvo e Pereiro), e destas autarquias apenas não encabeçaram concelho Amoreira da Gândara, Tamengos e Ancas.
Para além do poder concelhio, existiam jurisdições exercidas por outras entidades, com alterações ao longo do tempo: a própria coroa (Avelãs de Caminho e Sangalhos), o bispo de Coimbra (Mogofores e Óis do Bairro), o cabido desta Sé (Aguim, Vila Nova de Monsarros e Paredes do Bairro), o prior e o convento de Santa Cruz de Coimbra (Anadia e Pereiro), a abadessa e o convento de Santa Clara de Coimbra (Sangalhos, a partir de 1338), e alguns senhores nobres (Avelãs de Cima, Carvalhais, Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim, São Lourenço do Bairro e Vilarinho do Bairro).
É mal conhecida a evolução destes espaços ao longo da época moderna, mas cumpre destacar a criação, na década de trinta do século XVI, de uma nova divisão administrativa, que distribuiu a quase totalidade destes concelhos por duas novas comarcas. Até ao momento, quase todos pertenciam à comarca da Estremadura (exceptuam-se Avelãs de Cima e Ferreiros, que Faziam parte da comarca da Beira), mas, a 12 de Março de 1533, surge então a comarca de Coimbra, em cuja área se inserem Aguim, Vila Nova de Monsarros e Paredes do Bairro, e, a 20 de Dezembro desse mesmo ano, é estabelecida a comarca de Aveiro que conta, entre as suas circunscrições, com Anadia, Avelãs de Cima, Avelãs de Caminho, Ferreiros, Pereiro, Sangalhos, São Lourenço do Bairro e Vilarinho do Bairro.
Mas será o século XIX que voltará a marcar profundamente a configuração desta região, graças a medidas impostas por legislação em constante reformulação. Para lá da ligação de Sangalhos a Oliveira do Bairro, documentada para as décadas de vinte e de trinta, verificamos que a 28 de Abril de 1833, Paredes do Bairro, Pereiro e Anadia passam a integrar o concelho de Avelãs de Cima; a 18 de Julho de 1835 subsistem ainda os concelhos de Aguim, Avelãs de Caminho, Avelãs de Cima, Ferreiros, Mogofores, Óis do Bairro, Sangalhos, São Lourenço do Bairro, Vilarinho do Bairro e Vila Nova de Monsarros. Mas, nos termos do decreto de 6 de Novembro do ano seguinte, esta área passará a ser partilhada por apenas dois concelhos: o de Anadia (constituído pelas freguesias de Arcos, Moita, Mogofores, Avelãs de Cima e Avelãs de Caminho) e o de São Lourenço do Bairro (formado pelas freguesias de São Lourenço do Bairro, Sangalhos, Óis do Bairro, Vilarinho do Bairro e Troviscal). O concelho de Anadia será de novo ampliado a 4 de Julho de 1837, graças à anexação de Vila Nova de Monsarros (que se desliga da Mealhada), e a 31 de Dezembro de 1853, com a incorporação da freguesia de Tamengos (desanexada do concelho da Mealhada) e do concelho de São Lourenço do Bairro (despojado da freguesia do Troviscal, mas entretanto beneficiado com a freguesia de Ancas).
Pela lei geral da administração civil, datada de 26 de Julho de 1867, o concelho de Anadia crescerá mais uma vez, em virtude do desmembramento do vizinho concelho de Oliveira do Bairro, da junção das paróquias da Mamarrosa e Troviscal numa só freguesia civil, e da anexação desta e da de Oliveira do Bairro a Anadia. Este concelho regressaria à dimensão original algumas semanas mais tarde, mercê de outra alteração legislativa. Mas no dia 21 de Novembro de 1895 registar-se-á nova supressão do concelho de Oliveira do Bairro, sendo o seu território integrado nos vizinhos concelhos de Anadia e Águeda. Mas também esta desaparição seria temporária, mantendo-se apenas até ao início do ano de 1898.
As transformações posteriores, ocorridas no século XX, prenderam-se com a criação de três novas freguesias: a de Amoreira da Gândara, em 1928, a de Paredes do Bairro, em 1985, e a de Aguim, em 1989.
A nível eclesiástico, esta região esteve ligada à diocese de Coimbra até ao momento em que foi criada a de Aveiro (12 de Abril de 1774), à qual passam a pertencer Ancas, Óis do Bairro, Sangalhos, São Lourenço do Bairro e Vilarinho do Bairro (integrados no arciprestado de Vilarinho do Bairro, a partir de 1859). Extinta esta diocese em 1881, as suas comarcas e bens regressam à posse da diocese de Coimbra e só a 24 de Agosto de 1938 se assistirá à restauração da diocese de Aveiro, que acarreta a integração de dez concelhos, entre os quais o de Anadia (então constituído por treze freguesias). (…)”

ROSMANINHO, Nuno, et al – “Anadia – Relance histórico, artístico e etnográfico”, Paredes, Reviver editora, 2001

ESTÂNCIAS TERMAIS

Termas da Curia

“AQUAE CURIVA” era o nome conhecido ao tempo da ocupação da Península pelos romanos, que conheciam as nascentes e as exploravam.
Do topónimo “CURIVA” adveio o nome da actual povoação, a CURIA, uma das mais antigas e afamadas estâncias hidrológicas portuguesas.
Durante séculos, as termas viveram no esquecimento, até que em 1900 foi fundada a Sociedade das Águas da Curia, por iniciativa de Albano Coutinho.

As termas da Curia, hoje em dia, oferecem ao Aquista a tradição termal unida ao conforto e à tecnologia moderna, usada no novo edifício termal, que ficou concluído em 1993.

Assim, as Termas da Curia satisfazem as exigências do aquista durante todo o ano, tanto para uma cura termal como para férias relaxantes.
A Curia é hoje uma moderna estância de saúde que oferece ao aquista um avançado complexo termal com tratamentos especializados para combater doenças metabólico-endócrinas, cálculos renais e infecções urinárias, hipertensão arterial, doenças reumáticas e músculo-esqueléticas, programas de recuperação de forma física, reabilitação, fisioterapia correctiva e dietas de emagrecimento.

Nestes tratamentos são aplicadas as técnicas de ingestão oral de água, banhos de imersão com duche subaquático e bolha de ar, duches escoceses de jacto ou crivo, circular ou de leque, a hidromassagem automática, a sauna, a piscina de reabilitação, o ginásio com mecanoterapia, as massagens e a electroterapia, tracções, ultra-sons, ondas curtas, micro-ondas, ultravioletas, infravermelhos, correntes diadinâmicas, etc.

Às propriedades curativas das águas soma-se o ambiente de calma, sossego e repouso da Curia. O seu belo parque é um lugar que oferece ao visitante a oportunidade de passear calmamente por entre as avenidas de árvores centenárias e vegetação luxuriante que rodeiam o seu lago, fazer um pouco de exercício ou simplesmente descansar. O passeio de barco ou gaivota no lago é também um divertimento muito procurado.

São de apreciar, igualmente a arquitectura e a qualidade dos hotéis, a poucos metros das termas. Oferecem alojamento e restauração de qualidade, além de piscinas, campos de ténis, mini-golfe e golfe, etc.

TERMAS DO VALE DA MÓ



 Contigua às faldas da Serra do Caramulo, a 250 metros de altitude, no meio de denso arvoredo, quase no extremo leste da Bairrada, surge a pequena aldeia de Vale da Mó com o seu grande tesouro – as Termas de Água Férrea.
O Vale é uma tortuosa faixa de terreno apertado entre montes opulentamente vestidos de pinheiros e medronheiros com rara mescla de sobreiros, oliveiras, acácias e eucaliptos, irrompendo do solo, tapetado da mais variada vegetação rasteira, tornando Vale da Mó num lugar aprazível para tratamento de cura e repouso, de microclima muito seco, sem nevoeiros e temperado, donde se desfruta de um panorama lindíssimo e variado.
A sua localização, longe do burburinho e da agitação citadina, convida ao repouso fundamental para a cura de estados de depressão nervosa e fadiga, tão comuns nos nossos dias.
Vale da Mó encontra-se à distância de 5Km da cidade de Anadia e, por isso, próximo de grandes pólos de desenvolvimento como Aveiro (35Km) e Coimbra (30 km).


Caracterização Hidroquímica:
Segundo o laboratório da Direcção Geral de Geologia e Energia (Janeiro de 1993), a água mineral das Termas do Vale da Mó é uma água que nasce bacteriologicamente pura, sem cheiro e de sabor ligeiramente férreo. Trata-se de uma água hipotermal, fracamente mineralizada, “moderadamente doce” mas de reacção ácida.
Quimicamente, a água do Vale da Mó, tem uma elevada estabilidade sendo, do ponto de vista iónico, uma água bicarbonatada magnesiana ferruginosa.
Trata-se de uma representante única deste tipo no património hidrológico português.
  Edifício contemporâneo, inaugurado em 27 de Setembro de 2003, comporta, para além da exposição permanente – Percursos do Vinho, uma componente de exposições temporárias de arte contemporânea

Neste Espaço Cultural encontram-se ainda presentes quatro instalações permanentes, da autoria de Fernanda Fragateiro – “amanhecer”, “entardecer”, “anoitecer” e “plano inclinado”.
Paralelamente existem ainda outros serviços dos quais os visitantes poderão usufruir tais como: biblioteca, loja, auditório, sala de restauração e cafetaria e mediateca. 



Exposição “Percursos do Vinho”
A Exposição permanente “Percursos do Vinho” inicia-se com uma mostra de registos documentais alusivos ao mundo vitivinícola, seguindo-se um espaço relativo às castas permitidas na Região Demarcada da Bairrada, e espólio inerente à actividade vinícola. 

Existem ainda seis salas temáticas (Vinha; Vindima; Vinificação - Caves e Adegas; Vinificação - Espumante; Prova e Roteiro), com espólio datado do séc. XVIII a início do séc. XX, complementadas com filmes alusivos ao tema em questão. 
A visita termina na Enoteca, na qual se encontram dos melhores vinhos produzidos na Região. 

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Condes de Anadia

O título de Conde de Anadia foi criado por carta de D. Maria I de 17.12.1808 a favor de João Rodrigues de Sá e Melo que já havia sido feito pela mesma monarca Visconde de Anadia por carta de 08.05.1786.
Tendo morrido sem descendência, o título coube a sua parente Maria Joana de Sá Menezes.
A representação do título cabe hoje em dia a Manuel José Maria de Sá Pais do Amaral, 7º Conde de Anadia, pai de Miguel Pais do Amaral, seu herdeiro e milionário dos meios de comunicação social, nomeadamente da TVI.

PATRIMÓNIO

ID↓ Designações↓ Categoria↓ Tipologia↓ Freguesia↓ Grau↓ Ano↓
71084 Casa de António SeabraCasa da Quinta de São João ou Casa da Quinta da Lavoura de São João e o jardim. ou Arquitectura civil Casa Sangalhos IIM 1997
72168 Capela de Nossa Senhora das Neves e Fontanário Arquitectura religiosa Conjunto Avelãs de Cima IIP 2002
72976 Palácio da Graciosa ou Solar da Graciosa Arquitectura civil Solar Arcos IIP 1997
74434 Casa da Quinta do Tanque ou Casa dos Cerveiras e o grupo escultórico de São Cosme e São Damião, na capela anexa. Arquitectura civil Quinta Aguim IIP 1977
74895 Pelourinho de São Lourenço do Bairro Arquitectura civil Pelourinho São Lourenço do Bairro IIP 1933
74896 Capela de Nossa Senhora das Lezírias Arquitectura religiosa Capela São Lourenço do Bairro IIP 1997
155601 Capela de Nossa Senhora da Piedade (no interior da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição) Arquitectura religiosa Conjunto Mogofores VC 1999
327698 Paço de Óis ou Casa de Montalvão ou Solar dos Calheiros Arquitectura civil Paço Óis do Bairro IIP 2002
5085388 Conjunto - Palace Hotel da Curia, Challet Navega, Capela da Senhora do Livramento, Piscina Paraíso, garagem e Jardins. Não definida Conjunto Tamengos VC 2002

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 APOIO AO EMPREENDEDORISMO
 A Câmara Municipal de Anadia detém a maioria do capital da WRC- Web para a Região Centro que tem nas suas atribuições o apoio á criação de empresas e o fomento do empreendedorismo. A WRC tem uma incubadora que integra o Curia Tecnoparque e que pode albergar cerca de 20 novas empresas.
Esta incubadora pretende ser um espaço e um ambiente em que se estimula a criação e o desenvolvimento de empresas que ofereçam produtos e serviços tecnologicamente inovadores, visando o desenvolvimento económico local e regional e a consequente promoção do bem-estar e da qualidade de vida.
O empreendedor irá encontrar na WRC e na sua incubadora de Empresas uma relação de cooperação e um conjunto de sistemas de apoio que lhe permitirá criar, a partir de uma ideia de negócio, devidamente estruturada, uma nova empresa. A WRC e a incubadora de empresas procurarão os apoios financeiros necessários, darão o pertinente apoio técnico e administrativo, conferindo à nova empresa um conjunto de vantagens competitivas, facilitadoras do seu arranque.

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