04/04/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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 O QUE NÓS


  "APRENDEMOS"!





 JAPÃO


LÍDER NA PREVENÇÃO DE 
DESASTRES NATURAIS



* Uma produção "EURONEWS"


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6-TIRA E SIGA




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 COMO PEIXE NA ÁGUA?







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Mete a Colher


ME CHAMOU DE MINHA DIVA. ELE É GAY?

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5-TIRA E SIGA



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4-CANCRO DA MAMA




RASTREIO


Uma interessante série conduzida pelo Prof. Dr. Euderson Kang Tourinho, Doutor do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* Uma produção "CANAL MÉDICO"



** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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4-TIRA E SIGA




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 RUANDA



1.HISTÓRIA DE UM GENOCÍDIO




FONTE: "7 MILMILHÕES DE OUTROS"

* Não conseguimos encontrar este documentário com legendas em português, recorremos ao castelhano.


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3-TIRA E SIGA


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PAULO MORAIS

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O Fi(a)sco

A base de dados das Finanças parece estar à mercê de qualquer curioso, funcionário do fisco, amigo ou vizinho.

Os dados fiscais dos portugueses podem ser alvo da devassa por parte de qualquer dos dez mil funcionários do fisco. Mas esta situação jamais preocupou governantes e dirigentes da Administração Pública. Até que os jornais começaram a publicar dados nada interessantes relativos… aos próprios governantes.

A base de dados das Finanças parece estar à mercê de qualquer curioso, funcionário do fisco, amigo ou vizinho. Soube-se agora que as empresas podem ter acesso à informação fiscal dos concorrentes, que os nossos condóminos podem saber quanto cada um de nós paga de IRS, os sogros podem espiar os namorados das ilhas ou os herdeiros anteciparem o que vão receber, face aos montantes de impostos sobre o património de pais ou tios. Uma devassa generalizada.

Mas não só! Os mirones da base de dados das Finanças podem também escrutinar os nossos hábitos quotidianos. Com a generalização do pedido de fatura no café, cabeleireiro ou supermercado, toda a nossa vida é rastreada graças ao "número de contribuinte na fatura". A estação de serviço onde abastecemos combustível, o restaurante onde almoçamos, as idas ao cinema, tudo fica registado na nossa "pegada fiscal". A base de dados do fisco é assim a mais poderosa, contém mais informação do que a de qualquer órgão de polícia.

Exigir-se-ia pois que a informação de cada contribuinte fosse mantida confidencial. Ora os dirigentes das Finanças entenderam que havia que proteger os cidadãos, mas apenas os de uma lista VIP: os políticos, e em particular Passos Coelho, cuja ficha foi consultada por 106 coscuvilheiros fiscais. Esta lista foi elaborada pelos serviços de informática sem que ninguém assuma a sua paternidade e sem que se perceba porque se não protegem os contribuintes todos, mas só alguns. Aparentemente nem sequer consultaram a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Esta, que anda adormecida, tem pois de apurar quem deu tão bizarra ordem aos serviços e com que caderno de encargos. Deve ainda averiguar qual o papel de dirigentes e governantes neste processo e puni-los. E tomar medidas para que cada um de nós, VIP ou não, tenha direito à privacidade fiscal.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
28/03/15

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472.UNIÃO


EUROPEIA






2-TIRA E SIGA




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 CAPACETES INTELIGENTES

E JOCKEYS MAIS EFICAZES




* Uma produção "EURONEWS"


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XVI-TABU


BRASIL


2. CADÁVERES





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1-TIRA E SIGA



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RECORDANDO

TOMÁS ALCAIDE

O AMOR É CEGO E VÊ


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HOJE NO
 "OBSERVADOR"

O último pedido de Silva Lopes: 
em vez de flores, deem para 
apoio a crianças

As cerimónias fúnebres de José da Silva Lopes deverão realizar-se segunda-feira, em Lisboa, informou hoje fonte familiar, lembrando o pedido do economista para que o dinheiro que seria gasto em flores seja entregue a uma instituição de apoio a crianças.
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José da Silva Lopes, economista, ex-ministro das Finanças e antigo governador do Banco de Portugal, faleceu na quinta-feira, em Lisboa, aos 82 anos, depois de ter estado hospitalizado durante uns dias.

As cerimónias fúnebres “deverão realizar-se na segunda-feira à tarde”, disse à agência Lusa a irmã do economista, Beatriz Martins, explicando que “a data ainda não está fechada” porque é aguardada a chegada de familiares residentes no estrangeiro.

Antes de morrer, Silva Lopes revelou a alguns familiares que preferia que, no seu enterro, as pessoas não gastassem dinheiro com flores, que “não iriam servir a ninguém”, disse Beatriz Martins.
Silva Lopes “achava que as flores não iriam servir a ninguém e, por isso, no seu pensamento de economista, pediu a quem pensasse oferecer flores que gastasse o dinheiro com uma instituição de apoio à criança. Podia ser o equivalente a um cravo, uma rosa, o que quisessem, e que entregassem ao Instituto de Apoio à Criança (IAC). Achava que seria mais útil para comprar medicamentos e o que a crianças necessitassem”, sublinhou a irmã do economista.

Silva Lopes iniciou a sua carreira no Ministério da Economia em 1955, em 1969 integrou o conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos e entre 1975 e 1980 foi governador do Banco de Portugal.

Integrou os primeiros quatro governos do pós-25 de abril, foi consultor do FMI e do Banco Mundial, tendo desempenhado recentemente o cargo de presidente do Montepio Geral.

* Partiu um português  inteligente e com nobreza de carácter, políticos e banqueiros desonestos continuam vivos.


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Os balões Google


A companhia anunciou o programa, chamado “Project Loon”, em seu blog oficial, e pretende criar “uma rede de internet no céu”. 
Para isso, o Google usará balões de cerca de 15 metros de diâmetro que, graças à energia solar, subirão à estratosfera e ficarão unidos sobre uma zona específica graças a “complexos algoritmos e muito poder informático”, explicou Mike Cassidy, diretor do projeto.
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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Há 81 mil licenciados no lado 
oculto do desemprego nacional

Há um lado oficial do desemprego e uma dimensão oculta do fenómeno composta pelos chamados "desencorajados" e "subempregados". Se considerada, esta dimensão eleva o nível de desemprego (sentido lato) para próximo de 22% da população ativa, e não 13,9% (o nível oficial), indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2014 recolhidos pelo Dinheiro Vivo.
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O QUE RESTA DEPOIS DE OUVIRMOS O GOVERNO A MENTIR SOBRE A TAXA DO DESEMPREGO
Estamos a falar de 545,6 mil pessoas na sombra, que não aparecem no número oficial, mas que de alguma maneira traduzem o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) também já incorpora no seu conceito de "slack": a "fraqueza" do mercado de trabalho, que permite calcular a taxa de debilidade laboral de um país. É o desemprego em sentido lato, concordaram peritos num debate, esta semana.

Nesse grupo de mais de meio milhão de pessoas à beira do desemprego oficial, cerca de 80,7 mil são licenciados, indicam dados do INE também referentes ao ano passado; eram 54 mil em 2011 (menos 49%), o primeiro ano da troika em Portugal. Visto numa perspetiva etária, 62,4 mil tinham menos de 25 anos.

O contingente de desempregados "ocultos" ou "não oficial", como lhe chama o Observatório das Crises e Alternativas da Universidade de Coimbra - que esta semana divulgou um estudo e promoveu um debate sobre o tema - atingirá em Portugal mais de meio milhão de pessoas, se calculado como faz o FMI.

Os 545,6 mil acrescem aos 726 mil desempregados oficiais, donde o desemprego lato é a condição de 1,272 milhões de pessoas; dá 22% da população ativa (também corrigida).

Quem são estas pessoas?
Na academia, no debate público sobre este tema, há consenso relativamente ao que deve ser considerado na parte não oficial do desemprego.
Há duas grandes categorias. O subemprego de trabalhadores a tempo parcial -- pessoas que desejam trabalhar mais horas, que estavam disponíveis para tal, mas que não tiveram sucesso a encontrar emprego). Em 2014, havia 245,2 mil indivíduos.
O segundo grupo é o dos "desencorajados" e contava com 300 mil pessoas em 2014. Este subdivide-se em dois subgrupos. Os que estavam disponíveis para trabalhar, mas não procuraram emprego de forma diligente (273 mil), e os que procuraram mas que, por qualquer razão, acabaram por não ter disponibilidade para aceitar o trabalho (27 mil). Somando as três parcelas, chega-se os tais 545,6 mil.

FMI entra no debate
Depois de um máximo de 564 mil pessoas, este desemprego aliviou em 2014. Mas é preciso recordar que em 2011, o primeiro ano do ajustamento, atingia 415 mil. Desde aí, o subemprego subiu 14%, os desencorajados dispararam 50%.

No passado dia 27, o representante residente do FMI, Albert Jaeger, num encontro no Austrian Business Circle (o fórum dos gestores austríacos em Lisboa), dedicou parte da sua intervenção ao problema da "fraqueza laboral" portuguesa. Constatou o aumento brutal desde 1998, com especial agravante desde 2008, e avisou que os seus números até "ignoram a emigração", o que no seu entender é "mais um sinal de fraqueza" do mercado de trabalho.

O economista austríaco diz que "o primeiro desafio macroeconómico do país é absorver a fraqueza laboral, criando empregos, especialmente para os menos qualificados".

De facto, o INE mostra que a maioria (64% ou 348 mil) tem apenas o ensino básico.

O véu da emigração
No debate do Observatório das Crises, entidade coordenada por Manuel Carvalho da Silva (sociólogo, ex-líder da CGTP), o estudo apresentado incorporava no desemprego, além dos desencorajados, os ocupados em programas do IEFP e os que emigrantes ativos, chegando a um total de 1,677 milhões de pessoas, uma taxa de 29,1%.

Os cálculos foram parcialmente contestados pelo presidente do IEFP, Jorge Gaspar, e por Francisco Madelino, o seu antecessor no cargo, hoje professor do ISCTE. Para eles o desemprego em sentido lato deve considerar apenas o subemprego e os desencorajados. Madelino estima, inclusive, que durante o governo PSD-CDS, terão emigrado 268 mil pessoas capazes de trabalhar.

Gaspar aceita que é preciso mais crescimento para curar os efeitos desta crise, mas diz estar confiante na retoma. "Penso que há uma tendência para a descida do desemprego, apesar de poder ter algumas flutuações; a leitura dos números deve ter a nossa melhor atenção por isso mesmo". "Mas temos de continuar a apostar nas políticas ativas de emprego para melhorar a situação".

Madelino concorda, mas está mais cético. Haverá menos dinheiro para as políticas de emprego e a retoma é uma incógnita. "O orçamento para as políticas ativas de emprego deve cair para um terço a metade do que foi com o novo quadro de fundos europeus".

Crescimento como remédio
Citando o cenário macro e as perspetivas de crescimento até 2017 do Banco de Portugal, Francisco Madelino diz que estes assentam num pressuposto de que o petróleo não volta a máximos e que o euro se mantém baixo. Ora isto "são hipóteses externas" e que o país não pode controlar. "O investimento tem de ser superior à desvalorização do capital para que algo aconteça", alertou.
Dias antes, Albert Jaeger, do FMI, concordou que "é necessário um crescimento do PIB mais rápido do que o projetado para reduzir a fraqueza laboral".

Precariedade alastra
Carvalho da Silva referiu que "este trabalho do Observatório mostra que há uma ampliação das componentes do desemprego além do desemprego oficial" e que "a precariedade aumentou entre aqueles que normalmente eram considerados precários, mas está a generalizar-se pelos vários segmentos da população".

Deu como exemplo disso a "perda de direitos nos horários do trabalho, na retribuição do trabalho" ou a maior "facilidade em despedir, mesmo entre os contratos permanentes".

O retrato robot
Quem é o desempregado oculto que emerge das 545,6 mil pessoas classificadas como tal? Os dados do INE mostram que vive no norte do país (200 mil), a maioria é mulher (323 mil) e tem a escolaridade básica (348 mil). Depois de um máximo de 564 mil pessoas em 2013, este desemprego aliviou em 2014. É preciso recordar que em 2011 era 415 mil. Desde aí, o subemprego subiu 14% e o grupo dos desencorajados quase 50%.

* Sempre dissemos nas páginas deste blogue que o desemprego é superior a 20%, investigadores de Coimbra atiram-no para 29%, só este governo nos mente descaradamente com a história dos 13,9%, mete nojo.

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OVOS DE PÁSCOA













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HOJE NO
 "RECORD"

Espanhol denuncia condições 
desumanas nos futures marroquinos

Marc Giner, jovem tenista espanhol de 23 anos que esta semana atingiu a final do Future marroquino de Safi, batendo pelo caminho João Domingues e Pedro Sousa, denunciou este sábado, numa carta enviada ao site espanhol "Planeta Ténis", as condições pouco humanas que os jogadores que disputam torneios dessa categoria têm de enfrentar. 
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"Só há um hotel na localidade onde é disputado o torneio. Somos obrigados a pagar 62 euros por noite por um quarto cheio de humidade, com água a cair do teto. Estou a jogar o terceiro torneio consecutivo aqui e no segundo obrigaram-me a disputar seis encontros em 35 horas (três de singulares e três de pares). Terminei completamente morto, vomitei em court, tive cãibras e tudo com o aval do juiz-árbitro, que me obrigou a ter apenas o tempo de descanso mínimo definido pelo ITF", escreveu na carta o atual 313.º colocado do ranking ATP.

Giner admitiu ainda ter necessitado de encordoar raquetas a estranhos para ter dinheiro para pagar o alojamento. "Tive de fazer encordoações para ganhar algum dinheiro nos dias em que não estava a competir. No final do torneio da última semana não nos pagaram no próprio dia porque o diretor do torneio já tinha ido embora. Não somos tratados como jogadores, mas como marionetas".

* Já sabemos que há esclavagismo no desporto que tem de ser banido e os autores punidos severamente. Mas se Giner disputava o 3º torneio depois de ter sido maltratado no 2º porque insistiu ir a Marrocos, denunciava antes de participar.

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FORÇA E PRECISÃO


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HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

Operação Páscoa:
 acidentes fazem 3 mortos

Mais de 300 sinistros nos primeiros dois dias da operação.

Três pessoas morreram nos primeiros dois dias da Operação Páscoa da Guarda Nacional Republicana, que registou mais de 300 acidentes nas estradas portuguesas, segundo o balanço provisório feito pela GNR. 
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Segundo fonte da GNR, nos primeiros dois dias da Operação Páscoa - que decorre entre as 00h00 horas do dia 2 e as 24h00 do dia 5 de abril - registaram-se nas estradas portuguesas 318 acidentes, dos quais resultaram três mortos, oito feridos graves e 99 feridos ligeiros.

Dois dos três mortos registaram-se na sexta-feira, o segundo dia da operação, em que ocorreram 129 acidentes, dos quais resultaram ainda cinco feridos graves e 50 feridos ligeiros. 

* Portugueses vão para a estrada fazer guerra civil, parecem talibans.

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A INVEJA DOS
PÁSSAROS












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HOJE NO 
  "i"
Presidente do IRN 
sobre comissõesnos vistos gold: 
“Agora há que arrebanhar por todo o lado”

Escutas mostram que António Figueiredo sugeriu a empresário chinês que director do SEF deveria receber “um bocadinho daqueles cinco mil” para ficar “contente”

De Novembro de 2013 a Novembro de 2014, os investigadores ouviram as conversas telefónicas de António Figueiredo, então presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), de Manuel Jarmela Palos, então director do SEF, e de empresários chineses que viriam a ser detidos por suspeita de terem alegadamente montado uma rede de corrupção em torno dos vistos gold. Além de estarem sob escuta, todos eles foram vigiados dias e dias, a ponto de o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) saberem em que carros seguiam viagem, quem jantava ou almoçava com quem e até, com grande pormenor, o que era dito à mesa. Tudo isto está descrito em detalhe num acórdão da Relação de Lisboa de resposta ao recurso de um dos arguidos, e a que o i teve acesso. O acórdão contém excertos das escutas telefónicas realizadas pela PJ aos arguidos. 
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FIGUEIREDO -"HONRADO I"
No topo da rede alegadamente estava António Figueiredo, que não só teria como missão facilitar o processo burocrático de obtenção dos vistos através dos meios do IRN como exerceria influência junto de decisores públicos. O suficiente para o MP o descrever como uma “espécie de demiurgo entre o universo empresarial de Zhu [empresários chineses] e parceiros e a realidade da administração pública”. Tudo isto em troca de quê? De alegadas comissões como contrapartida pela facilitação dos negócios. O MP não tem dúvidas de que era a isso que se referia quando, em conversa telefónica com Zhu, comentou: “Agora há que arrebanhar por todo o lado.” 
Há ainda uma outra escuta telefónica em que Figueiredo refere a Zhu Xaiaodong (um dos cidadãos chineses constituídos arguidos no processo) que vai dar parte dos 5 mil euros de uma comissão ao Manuel Palos para que o director do SEF ficasse satisfeito. “Daqueles... depois daqueles cinco mil? Eu dou-lhe um bocadinho, qualquer coisa para ele ficar contente, tá a ver?” Zhu consentiu: “Sim, sim. Aquele, esse, já se acabou. Nós pagamos, tá bem?” 
E outras duas conversas que, cruzadas, mostram que no dia em que Zhu se refere a uma comissão de 5 mil euros por causa da compra de uma casa, via Remax, Figueiredo conta à mulher já ter arrecadado mais 5 mil euros com a venda de uma casota. 
A tese, trazida para o interrogatório por Palos e Figueiredo, de que estariam a falar de “comissões de vendas de vinhos” não convenceu os investigadores. “Sessões estas que, fora de um contexto delirante, dificilmente se podem associar a ‘comissões de vendas de vinhos’, como é pretensão das defesas [...] forçando, para lá do razoável e da polissemia verbal o sentido das palavras usadas pelos interceptados.”
Para continuar a levar o seu plano avante, sustenta a investigação, Figueiredo gabar-se-ia constantemente das suas capacidades para mover influências. Numa conversa com Zhu observou que a rapidez e agilidade com que conseguia que os vistos fossem aprovados eram “coisas” que não caíam “do céu”. Noutra aprontou-se a falar com Manuel Palos, director do SEF, para fazer “um bocadinho de pressão”, de modo a desbloquear a retenção de uma cidadã chinesa em Amesterdão.
As capacidades de “fazer acontecer” de Figueiredo chegaram a ser comentadas por Zhu perante terceiros. Em conversa com um concidadão chinês, Zhu contou como conseguiu obter, em apenas dois dias, os “cartões” do SEF. “Só eles conseguem isso”, disse, realçando a importância de Figueiredo “abrir a boca” e fazendo menção a uma “senhora velha” no atendimento do SEF, que teria ficado espantada por mal ter recebido os impressos já estar a receber os documentos finais no dia seguinte. Houve ainda quem comentasse que os pedidos que vinham de Isabel, que fazia o secretariado de Manuel Palos, eram “hiper-rápidos”. 
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PALOS - "HONRADO II"
Em alegada retribuição pelas suas ajudas, Palos terá recebido de Zhu duas garrafas de vinho, por altura do Natal, no valor total de 280 euros. Durante o interrogatório, alegou-se que eram garrafas de produção caseira de António Figueiredo, mas uns recibos de compras na Makro desmentiram essa versão. O ex--director do SEF não devolveu as garrafas, ao que o obrigaria o seu código de ética, mas alegou que tinha obrigado a devolver os envelopes com cem euros entregues por Zhu a cada uma das suas secretárias. Esta versão, porém, não foi comprovada por Zhu, que contou no interrogatório que os envelopes nunca lhe teriam chegado às mãos.  
De forma a envolver Manuel Palos “de forma mais intensa”, e com o objectivo de angariar novos contactos para a alegada actividade privada desenvolvida em parceria com Zhu, António Figueiredo terá encetado diligências, em Fevereiro de 2014, junto da chefe de gabinete da ministra da Justiça e de Palos. O objectivo era que dirigentes do IRN e do SEFpudessem estar presentes na Feira de Imobiliário em Xangai, que iria acontecer em Maio de 2014, com viagem custeada pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária em Portugal (APEMIP), presidida por Luís Carvalho de Lima. 
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LIMA - "HONRADO III"
Apesar dos esforços, Figueiredo não conseguiu convencer o gabinete da ministra da Justiça da utilidade pública da participação do IRN naquele evento. Em conversa telefónica, o presidente da APEMIP alegou junto de Figueiredo que a decisão deveria ter sido tomada assim devido a uma entrevista da ministra a propósito das comissões ganhas com os vistos gold. Figueiredo sublinhou que quem ganhava essas comissões elevadas eram as empresas chinesas que faziam a “ligação directa”. E Luís respondeu: “Então eu não sei? Você sabe que eu sei [...] mas sabe, não adianta falar muito no assunto, ó Figueiredo, que nós assim espantamos a caça.” 
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Fuga de informação As conversas ao telefone começam a mudar de tom por volta de Março de 2014, altura em que a investigação suspeita que houve uma fuga de informação que deu, pelo menos a alguns dos 11 arguidos, conhecimento de que estavam sob escuta. Mas o maior revés nos planos da alegada rede em torno da concessão dos vistos gold surgiu quando, em Junho de 2014, a “Sábado” noticiou que o esquema estava sob investigação. Nesse dia, Palos ligou para Luís Gouveia, director nacional adjunto do SEF, e comentaram as notícias. Luís diz achar que “isto está podre é na parte dos espiões”. Palos contrapõe e diz: “Ou então isto é uma forma de matar o processo, está a ver? Porque há aí muita gente contra isto. [...] Nós já estávamos à espera disto, está a ver? Porque já para aí há três semanas que o secretário de Estado [a investigação pressupõe que estavam a falar do secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida] me tinha alertado para isso, que iria sair uma notícia, tal, tal, tal. Porque isto anda para aí a ser cozinhado há algum tempo, Luís, não é de agora.” Manuel Palos ainda acrescenta: “Isto agora deixa toda a gente... isto é uma mancha sobre os serviços secretos, pá.” 
A notícia também levou a que um “Zé”, dono de hotéis no Algarve, ligasse a Palos para lhe falar sobre “a história da corrupção”. O então director do SEF tentou chutar para canto: “Isso nem sei o que é! Só li as gordas, só li as gordas. [...] Aquilo é uma coisa muito genérica.” Zé respondeu: “Mas o do IRN, tu já uma vez me tinhas dito que já tinhas alertado o gajo.” Palos continuou a disfarçar: “Não é bem alertar, quer dizer...” Zé insistiu: “Cuidado, cuidado, que ele acho que era sempre a abrir, não era? Que tu uma vez me falaste nisso, não foi?” Palos, que já saberia que estava sob escuta, mais uma vez não se alongou. 

* Era pressuposto que no topo da Administração Pública estivessem pessoas honradas, a verdade é outra.

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 QUE SUSTO!


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HOJE NO  
"A BOLA"

Bee Taechaubol com proposta de 
€500 milhões por 60% do clube
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De acordo com a BBC, o empresário tailandês, Bee Tarchaubol, terá assinada um novo acordo preliminar para a aquisição de 60 por cento do AC Milan, até ao final do mês, no valor de 500 milhões de euros. .
O corretor, porta-voz de um consórcio que inclui vários credores do Leste (que também tem investimentos no Doyen Sports, parceiro do Atlético de Madrid e Sevilha), quer a maioria da empresa até o final de abril. 

* Futebol é fundamentalmente negócio, Ásia não é só China.


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ESTÁ A SER O CAMINHO























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