13/04/2010

SOCORRO

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INES PEDROSA





OS INCURÁVEIS
Portugal tem o vício da dor

Conheço várias pessoas que sofrem de delírios de grandeza, isto é: julgam-se criadores de obras grandiosas (que nunca ninguém viu) e agem e falam como se assim fosse. Não me refiro só nem principalmente a políticos. Esse delírio leva-as a considerarem-se mal tratadas, vítimas de invejas ou do obscurantismo circundante, e a sentirem que o país está em dívida para com elas. Conheço pessoas que se sabem obsessivas, ou compulsivas, ou ambas as coisas, e não se querem tratar. A psicanalista brasileira Marci Dória Passos assinala (na introdução do excelente ensaio "A dor que emudece - Travessia clínica de Louis Althusser", que infelizmente ainda não tem edição portuguesa) que "Freud observou que as queixas do paciente não correspondiam, necessariamente, ao desejo de cura. O apego a determinados sintomas evidenciou um gozo, sem sempre admitido, na manutenção daquilo que produz dor".

Portugal tem o vício da dor. Quem venha de fora não compreende porquê: a beleza da paisagem, a amenidade do clima, a segurança relativa (ou absoluta, se o turista vier de Espanha ou do Brasil, por exemplo), a qualidade da gastronomia, a variedade dos lazeres, tornam estranho este apego à mágoa. Não se trata de tristeza, mas de um sentimento de injustiça, um eco, eternamente abafado, de revolta: ninguém nos compreende, ninguém nos dá valor, ninguém nos ama.

E nós, o que amamos? De que modo manifestamos esse amor? O que fazemos para que nos amem? A resposta habitual é que o amor não tem motivo nem justiça, as coisas são como são. Ou, pior ainda: que para se ser amado é necessário não amar - pelo menos é necessário não manifestar esse amor. Crescemos a ouvir isso - as meninas, por umas razões, os rapazes por outras. Todas igualmente tontas - razões de fachada, jogos de aparência que nos ensinam a jogar à defesa, pressupondo e antecipando os ataques. Esse método de educação criou um povo desconfiado - ou seja, desprovido de esperança, nos outros e em si mesmo. E supersticioso, e fatalista. Não há momento de felicidade que não nos surja ensombrado pela desgraça futura: é bom demais para ser verdade, meditamos. Essa meditação contribui para a ruína. Evitamos manifestar-nos felizes para não despertar os monstros da inveja, que são muitos e têm o sono leve: cá se vai andando, dizemos, e é o máximo que aprendemos a dizer. No dia-a-dia, este modo de ser transforma-se em agastamento e má-vontade - nas repartições públicas, nas lojas, nas filas de trânsito, em todos os lugares de interacção social. O sorriso é uma dádiva rara - não vá o outro tomar-nos por parvos, ou esticar-se no que quer de nós.

Por isso, quando li na passada semana o resumo do estudo que revela que um quinto dos portugueses sofre de perturbações psiquiátricas, só estranhei a percentagem não ser maior. Não espanta que os mais afectados sejam "as mulheres, os jovens e as pessoas sós". Perdoa-se a redundância: as mulheres, em Portugal, são em geral - mesmo ou sobretudo as casadas - "pessoas sós". Sós também pela cultura de rivalidade feminina, acirrada, em termos laborais, artísticos ou políticos, pelo império federativo - ainda fortíssimo - dos homens, que protegem o seu território e asseguram (os números mostram-no) que elas nunca atinjam o protagonismo ou os proventos deles. Os jovens vivem hoje em Portugal sem horizonte visível, a não ser o da fama imediata e frustrante dos concursos televisivos.

Sabíamos já que somos líderes no consumo de antidepressivos. Agora ficámos a saber que estamos no topo europeu da doença mental, com números que se aproximam dos Estados Unidos, "o país com maior prevalência de perturbações psiquiátricas do mundo", segundo afirmou o coordenador nacional de Saúde Mental. É normal que um país onde a pena de morte existe, a posse de armas é livre, a segurança social é quase inexistente (até há dias, mesmo inexistente), os ataques terroristas uma ameaça permanente e as mortes em guerra um dado constante, tenha pouca saúde mental. Pergunto-me todavia se estas estatísticas abarcam o Afeganistão, o Irão, a China ou mesmo Angola. À partida não parecem lugares favoráveis à sanidade.

O estudo demonstra que a maioria das pessoas com doença mental não está a ser acompanhada por especialistas. Há um preconceito enorme em relação à psiquiatria - preconceito esse que é, por si mesmo, um sintoma nacional de doença. Talvez fosse útil criar uma campanha explicando que ir a um psiquiatra não é ser doido - antes pelo contrário. Os que se riem estrepitosamente da terapia psiquiátrica deviam começar por atender às suas próprias lágrimas. E chorá-las, em vez de as disfarçar. Seria um começo.

in "EXPRESSO"
Texto publicado na edição da Única de 2 de Abril de 2010

ESTRANHAMENTE



LIBERATION

segundo o jornal "EXPRESSO" não foi publicado em Portugal na
5ª feira 18/03/2010 por problemas de impressão

ORLA FALLON

NOVAS OPORTUNIDADES






RESPEITEM OS SENIORES

COMIDA BARATA




enviado por D.A.M.

TESTEMUNHOS !!!!!

A VERDADEIRA P.D.I. adivinhe quem são...................

SINTA-SE MAIS FELIZ















TENHA UM BOM DIA


Ministério Público diz que o consórcio alemão terá pago aos representantes do Estado “vantagens patrimoniais relevantes que aqueles aceitaram”.

"CORREIO DA MANHÃ"


O silêncio do Ministério da Justiça tem deixado os advogados inquietos. O Governo afirma-se empenhado em "redefinir" o papel do defensor oficioso. Mas recusa-se a levantar o véu sobre as suas intenções. O regresso do defensor público é o que mais se teme. Sandra Horta e Silva, do projecto Acesso ao Direito, por várias vezes questionou o Ministério da Justiça (MJ) sobre o significado da frase curta que leu no programa do Governo para a Justiça: "redefinição do papel do defensor oficioso". Não obteve resposta. O MJ nada adianta e o seu silêncio está a inquietar os advogados. Temem que a intenção seja a de fazer regressar a figura do defensor público. Um advogado funcionário público, com escritório montado nos próprios tribunais e salário certo ao final do mês. Solução que, garante a advogada, não vão aceitar. E que a própria Ordem dos Advogados rejeita.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"


Portugal apresenta hoje nas Nações Unidas, em Nova Iorque, os fundamentos jurídicos, científicos e técnicos da candidatura nacional à extensão da plataforma continental que, a serem validados, permitirão duplicar a área marítima sob jurisdição portuguesa.

"JORNAL DE NEGÓCIOS"


O presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, António José Seguro, manifesta-se contra a "imoralidade" dos altos salários e prémios dos gestores públicos, encontrando-se" à espera" de uma resposta a um requerimento que dirigiu ao Governo, a solicitar informação sobre o estatuto remuneratório e as "orientações" dadas a esses quadros dessas empresas.

"PÚBLICO"

Mais de cinco anos após entrar em vigor, a Concordata ainda tem áreas por regulamentar, relacionadas com o património, fiscalidade, ensino de moral e religião e caracterização do conceito de "fins religiosos"
O tratado que regula as relações entre Portugal e a Santa Sé foi assinado a 18 de maio de 2004 pelo então primeiro ministro José Manuel Durão Barroso e o secretário de Estado do Vaticano, culminando dois anos e meio de negociações. O fim da isenção fiscal das actividades fora da ação pastoral, como no caso dos padres professores da disciplina de religião e moral, e as casas religiosas com equipamentos hoteleiros, nomeadamente em Fátima, sujeitas a IRC foram algumas novidades do novo.
"i"

O atraso no pagamento das subvenções relativas às campanhas para as eleições autárquicas está a deixar os partidos com a corda na garganta com empréstimos à banca e dívidas no valor de milhões de euros a fornecedores.
A situação arrasta-se desde o final do ano passado e fontes da contabilidade partidária classificam-na de "desesperada". Amadeu Pires, director-geral do PS, disse ao DN que "o partido está no limite das forças". Os socialistas gastaram perto de 20 milhões de euros na campanha para as autarquias, em Outubro. Meio ano depois, continuam por pagar perto de dez milhões de euros - o restante foi saldado através de donativos ou empréstimos bancários. O problema também afecta o PSD e CDS. O secretário-geral adjunto dos sociais-democratas, Matos Rosa, disse ao DN que o partido foi obrigado e pedir um empréstimo para saldar às dívidas mais urgentes aos fornecedores, mas ainda falta pagar uma grande parte da dívida. Fonte dos centristas revelou que as contas estão saldadas, mas para isso o partido teve de se endividar com a banca.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

4 - O FIM DA TERRA

D I A D O B E I J O



HOJE É O DIA MUNDIAL DO BEIJO

DÊ BEIJOS DO TAMANHO DO MUNDO

DOIDO VARRIDO

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enviado por D.A.M

JORNAIS DE HOJE

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