15/05/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


O telefone toca e a dona da casa atende:
- Estou?!
- Queria falar com a Sra. Silva, por favor.
- É a própria.
- Daqui é o Dr. Arruda, do Laboratório de Análises. Ontem, quando o médico do seu marido enviou a biopsia aqui para o laboratório, chegou também uma biopsia de um outro Sr. Silva e agora não sabemos qual é a do seu marido... e infelizmente, os resultados são ambos maus...
- E o que é que o Sr. Dr. quer dizer exactamente com isso?
- Um dos exames deu positivo para Alzheimer e o outro deu positivo para HIV. Nós não sabemos qual é o do seu marido.
- Que horror! E vocês não podem repetir os exames?
- Não, a Segurança Social só paga estes exames caros uma única vez por paciente. Agora com os cortes...
- Bem, o que é que o senhor me aconselha a fazer?
- A Segurança Social sugere que a senhora leve o seu marido para um lugar bem longe de casa e o deixe por lá.
Se ele encontrar o caminho de volta... não faça mais sexo com ele.


MAIS BARATO NÃO HÁ





ADULTOS - BONECAS


Honey Pie from California is a place. on Vimeo.

AS PEDRAS QUE NUNCA DORMEM




ASSALTO
  Há quem tenha  recebido um telefonema (não identificado), de uma voz aparentemente masculina identificando-se como José Braga, funcionário do Departamento de Informática da SIBS.  
Alegou que em virtude de o cartão de multibanco da pessoa contactada ter sido clonado e de terem sido efectuadas tentativas de utilização em Portugal e no estrangeiro ela teria de se dirigir ao multibanco para, digitando um código que o pretenso funcionário  iria dar, proceder ao cancelamento do cartão, isto porque àquela hora os bancos estão fechados  e não era possível fazê-lo de outro modo..  
Como as informações não foram claras (não sabia de que Banco era o cartão, tentou BPI e CGD), e quando a situação  acontece é o próprio banco que contacta,  o alvo da burla avisou que ia informar-se sobre o assunto, tendo o outro respondido que voltaria a ligar mais tarde.... O que não aconteceu.  
Contactada  a PJ  informaram ser um tipo de tentativa de fraude em uso que já está em investigação.

OSHO

Esculturas de vidro 

no Jardim Botânico de 

New York



ANTÓNIO MARINHO E PINTO


Não, não vou por aí!

Não votarei nas próximas eleições pelas razões que, sumariamente, apontei no discurso que proferi na cerimónia de abertura solene do novo ano judicial (e que pode ser revisto em www.marinhopinto.net).
Nestas eleições não haverá uma efectiva possibilidade de escolha porque não há alternativa a nada e tudo ficará na mesma depois delas. O país assemelha-se a um navio que há décadas navega em direcção à falência económica e à degenerescência da democracia sem que possamos alterar a sua rota. Só podemos mudar de tripulação. Praticamente todos os actuais partidos já estiveram no governo desde o 25 de Abril, mas os resultados foram sempre os mesmos: dívidas e mais dívidas e a transformação do Estado num monstro ingovernável, engordado pelas sucessivas camadas de clientelas partidárias disseminadas pelos milhares de organismos públicos.
A dívida pública é a mais elevada dos últimos 150 anos e é igual ao nosso produto interno bruto (PIB), enquanto a dívida externa é a maior dos últimos 120 anos. As famílias estão esmagadas pelo sobreendividamento e a maioria delas terá de trabalhar 15, 20 ou mais anos para pagar o que deve, se não optarem pela insolvência. As dívidas das empresas correspondem a 150% do PIB, sendo que só as das empresas públicas representam 25%, percentagem essa que não está contabilizada na dívida pública total.
Os nossos sucessivos governantes não só nos endividaram a todos, como, na sua esquizofrenia gastadora, endividaram também as gerações futuras. Grande parte das despesas públicas que têm sido feitas serão pagas pelas próximas gerações e alguns dos empreendimentos projectados seriam, se concretizados, pagos com os impostos de pessoas que ainda não nasceram. Só as chamadas parcerias público-privadas envolvem cerca de 60 mil milhões de euros (quase 35% do PIB) que serão pagos pelas próximas gerações. A coroar tudo isso temos a pior taxa de desemprego de sempre, a qual ainda vai aumentar mais nos próximos anos.
São muitos o que, neste país, exploram inescrupulosamente os recursos públicos, desde os gestores e as «aristocracias laborais» das empresas públicas, até aos grandes grupos económicos privados cuja riqueza tem aumentado escandalosamente à custa de negócios leoninos com o Estado. A delapidação de recursos públicos nas últimas décadas (grande parte deles transferidos directamente para bolsos privados) constitui um dos maiores crimes de estado, senão o maior, cometido na nossa história quase milenar.
As nossas elites falharam rotundamente e, juntamente com as clientelas partidárias, transformaram-se em verdadeiros predadores dos recursos públicos nacionais. Um administrador de uma empresa de capitais públicos, que teve que abandonar o cargo devido a umas trapalhadas com um processo judicial, recebeu como compensação o mesmo que um trabalhador com o salário mínimo receberia se trabalhasse 265 anos seguidos e o mesmo que um trabalhador com um ordenado mensal de mil euros receberia se trabalhasse 128 anos.
Os fariseus do regime comparam a situação actual com a de antes do 25 de Abril para dizerem que estamos melhor. Pudera! Porém, qualquer comparação honesta só pode ser feita com outros países europeus com a nossa dimensão ou com as metas e os objectivos de desenvolvimento e de bem estar social que a democracia fixou nos seus primórdios. Hoje estamos a afastar-nos dessas metas. A democracia é cada vez mais formal e os cidadãos estão cada vez mais distantes das decisões sobre os grandes problemas nacionais. O debate público está viciado, teatralizado e fulanizado, enquanto as grandes decisões são tomadas quase à sorrelfa. A campanha eleitoral é artificialmente dramatizada com uma gritaria de ataques pessoais entre uns candidatos, enquanto outros se limitam, quais discos riscados, a repetir a mesmas inanidades de sempre.
Nunca umas eleições serviram para tão pouco, nunca a desinformação e a alienação foram tão grandes como hoje. O verdadeiro sobressalto cívico capaz de gerar novas alternativas democráticas pode começar agora, não com um movimento de revolta contra a democracia, mas com um simples gesto de recusa deste pântano em que nos atolaram. A culpa deste estado de coisas não é da democracia mas dos democratas que se apresentam às eleições. Por isso, dizer não a esta farsa eleitoral pode ser o primeiro passo para que o barco mude de rota. Porém, se os portugueses, mais uma vez, quiserem apenas substituir a tripulação, então votem, mas depois não se lamentem.
Há momentos em que é preciso ter a coragem de dizer não àquilo que nos parece irrecusável. 

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
08/05/11
ACOSMOS

5 – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA

VELHOS TEMPOS


ABADIA DE MELK

2 - MAR AGITADO

2 – DELICIOSA AMIZADE



1 - CAÇADORES DE PLANTAS PERDIDAS




Carregado por  
Caçadores da planta perdida, éum vídeo para a introdução e apresentação da qualidade no trabalho dos caçadores de plantas raras e em risco de extinção

8 - ÁFRICA A PRETO E BRANCO







14 - FOTOJORNALISMO






23- ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» pina manique

Diogo Inácio de Pina Manique.
 
Diogo Inácio de Pina Manique (3 de Outubro de 173330 de Junho de 1805)[1] foi um magistrado português.
Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, ocupou diversos cargos, antes de ser designado Intendente-Geral da Polícia. Foi juiz do crime em diversos bairros de Lisboa, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos, desembargador da Relação do Porto, desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação.
Homem da confiança de Sebastião José de Carvalho e Melo, só foi, no entanto, nomeado Intendente-Geral da Polícia depois da queda do Marquês de Pombal. Acumulou esse cargo com os de desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação, contador da Fazenda, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos e fiscal da Junta de Administração da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.
Em 1781, começou a funcionar no Castelo de São Jorge, em Lisboa, a Casa Pia, fundada por Pina Manique e destinada inicialmente a recolher mendigos e órfãos.
Durante o reinado de D. Maria I, a sua acção como Intendente-Geral da Polícia orientou-se para a repressão das ideias oriundas da Revolução Francesa, designadamente através da proibição de circulação de livros e publicações, e da perseguição a diversos intelectuais. A pedido de Napoleão Bonaparte, o regente D. João acabaria por demiti-lo.
Um dos seus quatro filhos, Pedro António de Pina Manique Nogueira de Matos de Andrade, foi o 1.º Barão de Manique do Intendente e 1.º Visconde de Manique do Intendente.
Faleceu dois anos depois de abandonar o cargo.

WIKIPÉDIA

HISTÓRIA

Moço fidalgo, primeiro senhor de Manique do Intendente; 4.º senhor do morgado de S. Joaquim, na vila de Coina; alcaide-mor de Portalegre, comendador da ordem de Cristo, chanceler­-mor do reino, desembargador do Paço; intendente geral da polícia da corte, e reino; administrador geral da Alfândega Grande de Lisboa; feitor-mor das mais alfândegas do reino; administrador da Casa Pia do castelo de S. Jorge; bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, juiz do crime do bairro do Castelo, etc.

Depois da sua formatura, foi nomeado juiz do crime ao bairro do Castelo, lugar que ocupava em 1762, e mostrou grande zelo e actividade, quando se tratou do recrutamento para a guerra que nesse ano se declarou contra a Espanha. No ano seguinte, 1763, também deu provas de grande energia e habilidade para satisfazer as reclamações do príncipe de Lippe para o fornecimento de lenha da guarnição de Lisboa. Sendo ao mesmo tempo implacável e zeloso na perseguição dos contrabandistas, conquistou assim as boas graças do marquês de Pombal que o nomeou superintendente geral dos contrabandos e descaminhos, e contador da fazenda. O marquês de Pombal confiava tanto no seu zelo que em 1777, quando se tratou de assaltar a Trafaria para apanhar os refractários que se tinham ali escondido, encarregou Pina Manique dessa comissão, lembrado talvez do zelo de que ele dera provas por ocasião do recrutamento de 1762. Manique justificou perfeitamente a confiança do marquês de Pombal, porque cumpriu à risca as suas ordens, e com uma crueldade digna do homem que dessa missão o incumbira, deitou fogo ás casas desses pobres pescadores de forma que não pudesse escapar nem um só dos refractários, que vinha prender, senão resignando-se a morrer queimado.

Esta prova de confiança do marquês do Pombal, e o modo como Pina Manique executou essas ordens, não o deviam recomendar muito à benevolência de D. Maria I, mas Pina Manique teve a habilidade de conservar as boas graças do novo governo, e, por morte do intendente de policia Manuel Gonçalves de Miranda, foi Diogo Inácio de Pina Manique, já, desembargador dos agravos da Casa da Suplicação, nomeado para esse lugar por decreto de 18 de Janeiro de 1780, conservando-se-lhe todos os lugares que até então exercia, e que eram os de desembargador dos agravos da Casa da Suplicação, contador da fazenda, superintendente geral dos contrabandos e descaminhos e fiscal da junta da administração da companhia de Paraíba e Pernambuco, e dando-se-lhe por ajudante, como ele requerera, seu irmão António Joaquim de Pina Manique, desembargador da Relação e Casa do Porto. Esta acumulação extraordinária de empregos fez com que o governo entendesse que lhe não devia dar os 8.000 cruzados, 3.200$000 réis, que eram até então o ordenado dos intendentes da policia, e arbitrou lhe apenas o vencimento de 4.000 cruzados, o que o não impedia, de juntar em ordenados somas verdadeiramente fabulosas. Mas Pina Manique era um homem da escola do marquei de Pombal, e seguiu as gloriosas tradições do grande mestre. Encontrou Lisboa num estado deplorável. Faltando o pulso de ferro do marquês de Pombal, a ladroagem levantou a cabeça, e tornou intransitáveis as ruas de Lisboa. A disciplina militar, tão fortemente estabelecida pelo príncipe de Lippe, dissolveu se, de forma que os soldados, que de mais a mais já não eram pagos em dia, constituíam-se em bandos de salteadores, e atacavam os habitantes. Manique oficiou logo ao comandante em chefe do exército, pedindo providências. Não as obteve. Então propôs e obteve a criação de um corpo de polícia, a pé e a cavalo, que, bem organizado e bem composto, prestou à segurança pública os mais relevantes serviços. Pediu também ao ministro do reino, marquês de Angeja, 20.000$000 réis para criar a iluminação da cidade. O ministro não lhos quis dar. Então Manique tomou a iniciativa, obrigou cada funileiro da cidade a fazer seis candeeiros para a iluminação, impôs a cada um dos moradores das ruas iluminadas uma capitação de 100 réis, e conseguiu enfim apresentar na noite de 17 de Novembro de 1780 Lisboa iluminada com 770 candeeiros. (V. Portugal, vol. lII, pág. 952). Pôde-se acreditar que Manique em 1782 teve de acabar com a iluminação, porque o governo persistiu em lhe não dar os recursos indispensáveis, que eram apenas os 20.000$000 réis? Mas o intendente não parava no caminho dos melhoramentos. Tratou de estradas, mandou fazer a que vai de Queluz à Ajuda, e mandou arborizá-la.

Mandou plantar, em muitas outras, estacas de oliveira. Mandou fazer quase completamente de novo a estrada de Santarém a Alverca e a ponte que fica próximo desta vila. Mandou arborizar a estrada de Palhavã à Porcalhota. Saiu mesmo um pouco das suas atribuições no seu ardor pelos melhoramentos, dirigiu para o Alentejo tanto quanto podia os colonos que já então se encaminhavam de preferência para o Brasil. Mandou vir dos Açores 450 famílias, compreendendo 2.033 pessoas de ambos os sexos, que estabeleceu em Setúbal, Ourique, Beja, Évora e Portalegre, dando-lhes instrumentos de agricultura, e distribuindo-lhes terras. Uma das criações mais notáveis de Pina Manique foi a da Casa Pia de Lisboa. Logo em 1780, apenas tomou conta da intendência, estabeleceu Manique no castelo de S. Jorge um colégio, onde recolhia e educava à custa da intendência as crianças que andavam vadiando. Em 1782 obteve autorização para criar a Casa Pia, e foi essa a sua obra predilecta. Constava este estabelecimento do colégio de S. Lucas em Lisboa, e doutro em Coimbra, filial do de Lisboa, chamado vulgarmente o Colégio da broa. Em 1804 tinha o de Lisboa 150 estudantes e o de Coimbra 84. Havia também o recolhimento da rainha Santa Isabel, onde em 1801 sustentava e educava 220 órfãs desamparadas; o colégio de Santa Margarida de Cortona, casa de correcção de mulheres, onde chegaram a estar 280, outro para a correcção e doutrinamento de rapazes libertinos. Tinha também uma casa de correcção para mendigos de um e de outro sexo, um laboratório químico, onde se fabricavam gratuitamente remédios para os pobres. Mais ainda, estabeleceu Manique em Roma um colégio para estudo de belas artes, colégio onde estudaram Domingos António de Sequeira e Vieira Portuense; em Edimburgo e em Londres colégios para o estudo de cirurgia. Ainda mais: sustentava num colégio em Coimbra, destinado ao estudo das ciências naturais, 18 religiosos de S. João de Deus, distribuía quinhentas e tantas rações a homens impossibilitados de trabalhar, depois de terem servido no exército, nas artes ou nas manufacturas; criava e educava no colégio de Santo António 190 órfãos. Enfim a Casa Pia de Pina Manique, bem diferente da que hoje existe, era um conjunto de colégios, de capas de educação e de beneficência verdadeiramente maravilhoso, e que ele dirigia e administrava com tanto cuidado e acerto, que das suas escolas saíram muitos homens eminentes e úteis ao país. Quando Pina Manique deixou de ser intendente de polícia, a Casa Pia começou a declinar sensivelmente, até que foi extinta no tempo dos franceses, reorganizando-se depois em outras bases muito mais insignificantes. Em todos os ramos da sua administração foi Pina Manique iniciador audacioso e desembaraçado. Foi ele também que estabeleceu em Portugal o sistema da inspecção sanitária das meretrizes, por ordem de 27 de Abril de 1781. Pôs cobro à relaxação a que tinham chegado as rodas dos expostos. Cuidou com tal zelo da administração das alfândegas de Lisboa, que também lhe estava confiada, que de 1770 a 1800 renderam mais 64.049:254$073 réis do que nos 20 anos anteriores. Até em coisas de expediente foi iniciador, porque foi ele que estabeleceu nas suas repartições, por ordem de 15 de Junho de 1780, o sistema de registo da sua correspondência oficial.

Estas são as grandes qualidades de Pina Manique, vamos agora vê-lo debaixo do aspecto que lhe deu uma triste celebridade. Se Pina Manique era um revolucionário como seu grande mestre marquês de Pombal, era o também como ele, sem o suspeitar, e ninguém havia que fosse mais ferrenho inimigo da revolução e da liberdade. Apenas rebentou a revolução francesa, Pina Manique mostrou-se implacável perseguidor dos que em Portugal lhe pretendiam implantar as ideias e seguir os princípios, e, como era hábil, perspicaz e zeloso, a sua perseguição foi eficaz e sem tréguas. Destruía as lojas maçónicas que principiavam a estabelecer-se, expulsava os franceses que pareciam simpatizar com as máximas liberais do novo governo do seu país, impedia cuidadosamente a entrada de livros perigosos, prendia, deportava, punia de todos os modos os portugueses mais ilustrados que pareciam acolher com boa sombra os bons princípios, e, se não ensanguentou as praças de Lisboa com as execuções que depois as mancharam no tempo de D. Miguel, foi porque também o que ele tinha a punir eram apenas aspirações vagas e simpatias estéreis; contudo quantos homens ilustres, como Flinto Elísio e Félix de Avelar Brotero, não obrigou a sair de Portugal! E contudo era um homem ilustradissímo, um dos precursores da Revolução Francesa, um desses grandes reformadores do século XVIII, que se achavam mais ou menos imbuídos das ideias da filosofia do seu tempo; mas, como todos os outros da mesma têmpera, não compreendeu a revolução, avaliou a só pelos seus desvairamentos, e não viu que a liberdade era o complemento necessário dessas reformas do marquês de Pombal, que ele aplaudira e continuara, que não se expulsavam os jesuítas para se continuar com o sistema da escravização do pensamento, que não se introduziam nas escolas os métodos novos para depois se porem peias às ciências, e, implacável contra os inovadores como o marquês de Pombal o seria também, tornou o seu nome lendário nos fastos das perseguições políticas, como o tornara célebre anteriormente nos fastos das grandes reformas justas e humanitárias. Tinha, porém, Pina Manique de ser vitima exactamente das exigências dessa França revolucionária, cujos partidários ele perseguia implacavelmente. Enquanto ele prendia e deportava em Lisboa os escritores, os homens ilustrados, todos os que se podiam considerar como partidários dessas ideias, por mais remotas que fossem essas suspeitas, Portugal via-se obrigado a suportar as exigências do governo da república francesa, e a humilhar-se diante das exigências do seu enérgico ditador, o primeiro cônsul Napoleão Bonaparte.

Depois da desastrosa campanha de 1801 veio para Portugal como embaixador francês o célebre general Lannes depois marechal do Império, soldado de fortuna, incapaz de exercer cortesmente as suas funções diplomáticas. Foi verdadeiramente insólito o seu procedimento em Portugal, tratava com um desprezo inacreditável o próprio príncipe regente, e obrigou todos a curvarem-se diante das suas exigências. Fazia em Portugal um contrabando impudentissimo à sombra dos seus privilégios de embaixador, e, como Pina Manique; na sua qualidade de director geral das alfândegas, procurou coibir esses abusos, pediu em altos gritos a demissão de Pina Manique. Uma das perseguições habituais de Pina Manique, a ordem que deu para ser posto fora do país o ilustríssimo francês Antoine Matheom de Curnieu, que residia aqui havia muito tempo e que Lannes protegia, serviu de pretexto a Lannes para exigir energicamente a sua demissão de intendente de polícia. Resistiu quanto pôde o príncipe regente, mas Lannes, furioso, declarou que, não se fazendo a sua vontade, saía de Portugal, e saiu. Não aprovou Bonaparte o procedimento insólito do general, que assim violava todas as praxes das relações diplomáticas, mas exigiu que, em troca da desaprovação que ele infligia a Lannes, se demitisse do lugar de director da alfândega Pina Manique, por ele, dizia, se mostrar hostil ao comércio francês. Como a corte de Lisboa se não apressou a cumprir as suas ordens, Bonaparte mandou que o general Lannes partisse de novo para Lisboa, o que era um verdadeiro insulto à corte portuguesa. Pois assim que o príncipe regente teve conhecimento desse facto, imediatamente demitiu Pina Manique, sempre, com todas as atenções, conservando-lhe o ordenado que vencia, e dizendo no decreto, datado de 14 Março de 1803, que a demissão era dada a pedido e instância do demitido. Pina Manique apenas sobreviveu dois anos a esta humilhação.

Casara a 8 de Dezembro de 1773 com D. Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira e Matos, filha única, natural e legitimada, em 11 de Dezembro de 1769, do P. Nicolau de Matos Nogueira de Andrade, fidalgo cavaleiro da Casa Real; do conselho de el-rei D. José, monsenhor da Igreja Patriarcal, governador do arcebispado de Évora, que morreu preso de Estado, no reinado do referido monarca, e de D. Ana Joaquina de Santa Teresa de Sampaio.

IN "http://www.arqnet.pt/dicionario/pinamanique.html"


CASTELO DE PAIVA
Distrito: AVEIRO






Castelo de Paiva é uma vila portuguesa no Distrito de Aveiro, região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 2 900 habitantes.
É sede de um município com 114,67 km² de área e 16 785 habitantes (2006) [1], subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Penafiel e Marco de Canaveses, a leste por Cinfães, a leste e a sul por Arouca e a oeste por Gondomar.
O concelho designava-se Paiva até ao início do século XIX.

WIKIPÉDIA

Apresentação do Concelho

Situado a escassos 45 quilómetros da cidade do Porto, o concelho de Castelo de Paiva é o mais distante da sede do distrito a que pertence (Aveiro), estendendo-se desde os limites de Arouca até ao Rio Douro, entre os concelhos de Cinfães, Gondomar e Santa Maria da Feira.
O município paivense é uma faixa de terra caprichosamente recortada entre as províncias da Beira e do Douro Litoral e, por isso, partilha das belezas desta encantadoras regiões.


O Concelho tem uma superfície de 109 quilómetros quadrados, uma população que ronda os 17 mil habitantes e está integrado na Diocese do Porto. Tradicionalmente rural, foi no passado marcado pela exploração carbonífera do Pejão. Em virtude de uma política municipal, orientada para a reconversão económica local, novas e modernas unidades fabris surgiram, em zonas industriais, devidamente infra-estruturadas e construídas para o efeito, destacando-se os investimentos nas áreas do calçado, têxtil, madeiras e mobiliário, metalomecânica e construção de roulotes e autocaravanas, que trouxeram mais progresso e emprego para a região.
A situação privilegiada do concelho em relação às vias de escoamento dos produtos manufacturados foi bastante melhorada com a construção do Porto Fluvial de Sardoura, entretanto já ampliado de forma a permitir a acostagem de dois cargueiros em simultâneo, uma estrutura integrada no projecto de navegabilidade do Rio Douro, que veio contribuir para o desenvolvimento da economia da região.

Ao construir a Zona Industrial de Lavagueiras, localizada no extremo sul do concelho, a edilidade local procurou potenciar um novo desenvolvimento para a região, na perspectiva de voltar a registar-se o progresso e a dinâmica social que outrora esta zona manteve.
A construção de uma nova ponte sobre o Douro ligando a Penafiel, bem como a construção da Variante à EN 224, (IC35) no sentido de melhorar as acessibilidades e projectar o concelho no contexto regional, permitirá uma ligação mais rápida à Comunidade Urbana do Vale do Sousa, à A4 e, consequentemente, ao Porto e zonas periféricas.

História

Castelo de Paiva tem uma história rica, com os seus pergaminhos a atestarem a nobreza das suas origens e a galhardia dos seus feitos. Terra bendita e permanentemente rejuvenescida, Castelo de Paiva vale sempre cada vez mais!!!


Gentílico Paivense
Área 114,67 km²
População 16 785 hab. (2008[1])
Densidade populacional 146 hab./km²
N.º de freguesias 9
Presidente da
Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
1 de Dezembro de 1513
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Tâmega
Distrito Aveiro
Antiga província Douro Litoral
Orago
Feriado municipal 24 de Junho
Código postal 4550-102
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial Não disponível
Endereço de
correio electrónico
Não disponível

Primitivamente o concelho era designado por " Paiva " e só há cem anos atrás passou a designar-se " Castelo de Paiva ", visto que, sendo a acta mais antiga – existente nos arquivos municipais - de 1850, é no dia 4 de Março que aparece o nome de " Castelo de Paiva " para designar o concelho.

Sobrado de Paiva

O concelho é herdeiro da antiga honra de Sobrado (Payva de Riba Douro) e D. Manuel I concedeu-lhe o foral a 1 de Dezembro de 1513.

Consta-se que nos Paços de Gondim, viveu Martim de Bulhões, que casou com Maria Teresa Taveira, na Igreja do Mosteiro Beneditino (do qual não há qualquer vestígio) e deste enlace teria nascido Fernão de Bulhões, mais tarde Santo António de Lisboa.

Um dos últimos descendentes dos Bulhões foi Martinho Pinto de Miranda Montenegro Vasconcelos Bulhões, grande benemérito e primeiro Conde de Castelo de Paiva, que foi " par do reino " e Governador Civil, um homem bom cuja acção em prol do concelho e da região perdura através dos tempos na memória de todos os paivenses, que recordam a sua actividade intelectual e os rasgos da sua benemerência.
Memorial da tragédia de Entre os Rios


Este concelho, que faz fronteiras com os municípios de Arouca, Feira, Penafiel e Cinfães, foi comarca até 1927, tem actualmente nove freguesias e mais de 17000 habitantes.

Castelo de Paiva, terra bendita e permanentemente rejuvenescida, tem uma história rica, com os seus pergaminhos a atestarem a nobreza da sua origem e a galhardia dos seus feitos.

O feriado municipal é comemorado a 24 de Junho, integrado nas festas populares de S. João, uma iniciativa assumida pela autarquia que arrasta a população e forasteiros para vários dias de folia.

Desde o paleolítico que a magnífica posição geográfica de Castelo de Paiva constituiu um pólo de atracção de diversas civilizações que aí se fixaram, usufruindo das potencialidades e riquezas que o território lhes proporcionava. A prova disso, está na presença de diversos monumentos megalíticos conhecidos por todo o concelho, que podem ser estudados através da Carta Arqueológica, publicada pela iniciativa da Câmara Municipal.


A ocupação romana é também evidenciada, assumindo particular relevo os monumentos funerários medievais, como o Marmoiral da Boavista, e ainda, a chamada Pia dos Mouros, túmulo hispano – romano, localizado no ligar de Curvite, em Sobrado.

Na Idade Média, esta região fazia parte do território da Anégia. Só a partir do Século XI, e com a reconquista definitiva da região é que se começa a forjar a verdadeira identidade da desde então chamada Terra de Paiva. Na verdade, foi a partir dos primeiros anos desse século que estas terras formaram um verdadeiro conjunto sujeito a uma mesma autoridade administrativa, judicial e militar.
Inicialmente, o concelho era designado apenas por "Paiva". Essa designação vem já de tempos muito antigos, tendo sido encontrada num documento datado do ano de 883. Só há cerca de um século passou a designar-se " Castelo de Paiva ", visto que, sendo a acta mais antiga existente no Arquivo Municipal, datada de 1850, é no dia 4 de Março de 1852 que aparece o nome do concelho tal e qual como hoje é designado.

A palavra " Castelo ", que juntamente com " Paiva " forma o nome do concelho, tem a sua origem na povoação do Castelo, um pitoresco lugar da freguesia de Fornos, situado na foz do Rio Paiva, que ali desagua no Douro.

O concelho de Castelo de Paiva tem foral dado por El – Rei D. Manuel, em Dezembro de 1513. Porém, há quem defenda que o Rei D. Afonso III, em 1260, já teria outorgado um primeiro foral a esta terra do Vale do Paiva.

O concelho passou de Julgado a Comarca em Outubro de 1890, permanecendo Comarca até 1927. Actualmente é formado por nove freguesias e tem cerca de 17 mil habitantes, ocupando uma área aproximada de 109 quilómetros quadrados.

Castelo de Paiva é um concelho rico de testemunhos doutras eras, desde a pré-história até à data setecentista. Desde mamoas, túmulos medievais, casa senhoriais, marmoiral e riquíssimos retábulos com belas imagens dos séculos XVI, XVII e XVIII, de Real a Sardoura, e de Pedorido a Sobrado.

Património e Arqueologia

Castelo de Paiva, região habitada por diversos povos desde a Pré-História, tem também os seus monumentos, vestígios de um passado remoto e recente, que passaremos a apresentar, em função da sua maior representatividade.

Para além da paisagem de grande beleza, existe um património arquitectónico razoável, bem patente em casas senhoriais dos séculos XVII e XVIII, que contemplam o Rio Douro, assim como alguns notáveis exemplos de Igrejas, Capelas, com talha dourada e imagens religiosas que cativam para uma visita mais demorada. Ao nível da arquitectura rural civil, pode-se apreciar o tipicismo da Casa Duriense, incluindo as antigas eiras e canastros, onde em alguns sítios, ainda se pode constatar a sua funcionalidade agrícola.
Ao nível do património arqueológico e arquitectónico e para além dos monumentos nacionais e imóveis de interesse público e concelhio, existem outros elementos de grande qualidade que assumem um papel determinante na fixação das populações e no estabelecimento do regime de propriedade. É o caso da Quinta do Pedregal, em Sardoura, da Quinta das Fontaínhas, na Raiva, e da Quinta do Castelo de Baixo, todas localizadas junto do Rio Douro, assim como a Quinta do Pinheiro e a Casa Senhorial ali situada, hoje Casa da Cultura, nas proximidades do centro da vila, todos estes espaços pontuados pelas suas casas solarengas, como estruturas de interesse turístico.

No território municipal existe um número reduzido de imóveis classificados, mas estão, no entanto, inventariados outros cuja classificação foi proposta no devido tempo.

IN "SITE DO MUNÍCIPIO"

10- VULTOS DA CULTURA DA PRIMEIRA REPÚBLICA »»» columbano bordalo pinheiro

Columbano Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Novembro de 1857Lisboa, 6 de Novembro de 1929) foi um pintor naturalista e realista português.




Auto-retrato de Columbano Bordalo Pinheiro.

Columbano era o quarto filho do escultor e também pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de sua esposa Augusta Maria de Carvalho Prostes. Entre seus irmãos estava o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro. Iniciou a sua formação na Academia de Belas-Artes de Lisboa.

Anos após completar a sua formação, rumou a Paris, beneficiado por uma bolsa de estudos custeada pelo rei consorte D. Fernando II de Portugal, já viúvo da rainha D. Maria II de Portugal. Ali ele recebeu a influência de pintores como Manet e Edgar Degas, sendo esta notável na sua obra.

Na "cidade-luz", Columbano representou-se, em 1882, numa grande exposição, no famoso "Salon de Paris". Nesta apresentou ao público, maioritariamente burguês, o quadro Soirée chez Lui, surpreendentemente aclamado pela difícil crítica de artes parisiense.


De regresso a Portugal, juntou-se ao "Grupo do Leão", o qual tencionava renovar a estética das composições na arte do país. Deste período ficaram celebres os retratos de Ramalho Ortigão, Teófilo Braga, Eça de Queirós e Antero de Quental, por ele pintados. Para além disto, deu nova ênfase aos palácios lisboetas, ao pintar os painéis que se encontram na sala de recepções do Palácio de São Bento, os Painéis dos Passos Perdidos.

Tornou-se, em 1901, professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914, Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano, então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1911), sucedendo a Carlos Reis.
Antero de Quental

 Na Academia foi discípulo do escultor Simões de Almeida e do mestre Ângelo Lupi, tendo feito o curso em quatro anos em vez dos curriculares sete.

Em 1881 partiu para Paris, beneficiando de uma bolsa de estudo, custeada secretamente por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo de D. Maria II, amigo do pai. Foi para França, acompanhado da irmã mais velha, tendo aprendido com Manet, Degas, Deschamps entre outros. Em 1882 apresentou no «Salon de Paris» o quadro «Soirée chez Lui» que foi bem recebido pela crítica, e que está actualmente exposto no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa com o título «Concerto de Amadores».

Este quadro foi exposto em Lisboa, na Promotora, em 1883, após o seu regresso a Portugal, não tendo sido muito bem recebido pela crítica. Junta-se aos artistas do «Grupo do Leão», nome de uma cervejaria de Lisboa, que retratou num quadro que será um dos seus mais conhecidos. O grupo era formado por jovens artistas empenhados numa reforma estética

Teófilo Braga

Foi no domínio da pintura de decoração e nos retratos que se celebrizou, sendo dele as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos «Passos Perdidos» da Assembleia da República e do tecto do Teatro Nacional. Os retratados, intelectuais sobretudo, incluem Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Teófilo Braga, mas um sobressai: o de Antero de Quental, pintado em 1889.

Em 1901 tornou-se professor de pintura histórica da Academia de Belas-Artes de Lisboa, depois de ter sido preterido no concurso de 1897. Em 1911, foi nomeado pelo novo regime republicano para primeiro director do recém criado Museu de Arte Contemporânea onde se manteve até à reforma.

Era, segundo Diogo de Macedo: «misantropo, fechado em si, dado a análises exaustivas, a dissecações cruéis, teve apenas um grande amor - a pintura».


IN "http://www.arqnet.pt/portal/biografias/columbano.html"

ALMORRÓIDA INCRÉDULA



Presidente do FMI detido em Nova Iorque 
acusado de agressão sexual


Dominique Strauss-Kahn, presidente do Fundo Monetário Internacional, foi detido esta madrugada, em Nova Iorque, acusado de agressão sexual, avançou o The New York Times. O dirigente está a prestar declarações à polícia de Nova Iorque, disse, ao JN, fonte oficial daquela corporação.

Strauss-Kahn, candidato à Presidência de França pelo Partido Socialista,foi retirado do voo da Air France por oficiais da autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsia, que o entregaram a detectives de Manhattan, segundo um porta-voz da Autoridade Portuária.

O economista francês está a prestar declarações à Polícia de Nova Iorque, disse ao JN fonte ofical daquela corporação, que adiantou: "Não há ninguém detido neste momento".

Strauss-Kahn, de de 62 anos, é acusado de tentativa de abuso sexual. De acordo com a acusação, o líder do FMI terá, alegadamente, agarrado por trás uma das empregadas do hotel Sofitel, Nova Iorque, onde estava instalado, por volta do meio-dia deste sábado, quando aquela entrou no quarto para proceder à limpeza das acomodações.

Strauss-Kahn terá surgido da casa-de-banho completamente nú e agarrado o braço da empregada, lançando-a sobre a cama, após o que a terá forçado a praticar sexo oral.

A mulher conseguiu, porém, libertar-se e fugir do quarto, enquanto o economista francês, que é casado com uma apresentadora de televisão muito popular em França, Anne Sinclair, se vestia e dirigia rapidamente para o aeroporto onde acabaria por ser detido.

Horas antes de Strauss-Kahn ter sido retirado do voo para França pelas autoridades nova-iorquinas, um aliado do PS francês havia declarado que ele estava a ser alvo de uma campanha de difamação promovida pelo actual presidente francês Nicolas Sarkozy.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
15/05/11

BOM DOMINGO