23/08/2009

FREITAS BRANCO STRING QUARTET

2 DINASTIA - D. DUARTE

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D. DUARTE


D. Duarte
Monarca de Portugal

D. Duarte, rei de Portugal

Ordem: 11.º Monarca de Portugal
Cognome(s): O Eloquente, O Rei-Filósofo
Início do Reinado: 14 de Agosto de 1433
Término do Reinado: 9 de Setembro de 1438
Aclamação: Leiria, 1433
Predecessor(a): D. João I
Sucessor(a): D. Afonso V
Pai: D. João I
Mãe: D. Filipa de Lencastre
Data de Nascimento: 31 de Outubro de 1391
Local de Nascimento: Viseu
Data de Falecimento: 9 de Setembro de 1438
Local de Falecimento: Tomar
Local de Enterro: Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
Consorte(s): D. Leonor,Infanta de Aragão
Príncipe Herdeiro: Infante D.Afonso (filho)
Dinastia: Avis



ESTATUA DE D. DUARTE EM VISEU

REINADO
Ao contrário de D. João I, foi um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do seu curto reinado: convocou as Cortes cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África.

Durante o seu reinado, o seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, a partir de onde dirigiu as navegações: assim, em 1434 Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador, um ponto lendário da época, cuja travessia causava terror aos marinheiros; daí avançou-se para Angra dos Ruivos em 1435, e Afonso Baldaia atingiu o Rio do Ouro e Pedra da Galé em 1436.

Em 1437, os seus irmãos Henrique e Fernando convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do Oceano Atlântico. A ideia não foi consensual: Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos.

A campanha foi mal sucedida e a cidade de Tânger não foi conquistada, a derrota custando grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Ceuta, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio D. Duarte morreu pouco tempo depois de peste.

Fora da esfera política, Duarte foi um homem interessado em cultura e conhecimento. Escreveu vários livros de poesia e prosa. Destes últimos destaca-se o Leal Conselheiro (um ensaio sobre variados temas onde a moral e religião têm especial enfoque) e a Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela (em forma de manual para cavaleiros). Estava a preparar uma revisão do código civil português quando a doença o vitimou.

Jaz nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

Descendência

Da sua esposa, a infanta Leonor de Aragão (1402-1455), teve nove filhos.

A rainha tornar-se-ia regente do reino até Afonso V atingir a maioridade, o que gerou controvérsia no reino, pois a opinião pública considerava os infantes D. Pedro, D. Henrique e D. João mais capazes para a regência.

D. Leonor se manteve regente até 1440, assinando os atos régios como «a triste rainha», e nesse ano foi substituída pelo Infante D. Pedro e afastada da corte. Exilou-se em Espanha e morreu em Toledo.

Deste casamento nasceram:

D. João de Portugal (1429-1433), morreu jovem D. Filipa de Portugal (1430-1439), morreu jovem D. Afonso V de Portugal (1432-1481), sucessor do pai no trono português D. Maria de Portugal (nascida e morta em 1432) D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu (1433-1470), pai do rei D. Manuel I de Portugal D. Leonor de Portugal (1434-1467), casou com Frederico III, Sacro Imperador Romano-Germânico D. Duarte de Portugal (nascido e morto em 1435) D. Catarina de Portugal (1436-1463) D. Joana de Portugal (1439-1475), casou com o rei Henrique IV de Castela e foi mãe de Joana a Beltraneja ou a Excelente Senhora


D. Duarte teve ainda um filho natural de uma união anterior com Joana Manoel de Vilhena, ou Joana Manuel, nobre de ascendência espanhola:

  • João Manoel (1420-1476), religioso da Ordem do Carmo, provincial da Ordem, Bispo de Ceuta e primaz da África; depois bispo da Guarda onde residiu; deixou por sua vez dois filhos: D. João Manuel e D. Nuno Manuel.

INFANTE D. PEDRO - 1º DUQUE DE COIMBRA


Infante D. Pedro, Duque de Coimbra e Regente do Reino.
Bandeira pessoal do Infante D. Pedro com a sua divisa: o misterioso «Désir»

D. Pedro, infante de Portugal, 1º duque de Coimbra, (139220 de Maio de 1449) foi um príncipe da Dinastia de Avis, filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre. Entre 1439 e 1448 foi regente de Portugal. Devido às suas viagens ao estrangeiro, ficou conhecido como o Infante das Sete partidas. Tendo recebido nelas o feudo de Treviso, pelo imperador Segismundo da Hungria, e investido cavaleiro da Ordem da Jarreteira pelo seu primo Henrique IV de Inglaterra.

Dom Pedro foi, desde a nascença, um dos filhos favoritos de D. João I, que lhe proporcionou uma educação esmerada e excepcional numa era em que os grandes senhores eram pouco mais, senão mesmo, analfabetos. Muito próximo dos irmãos Dom Duarte e Dom João, Pedro cresceu num ambiente tranquilo e livre de intrigas. Em 1415, acompanha o pai na conquista de Ceuta e é feito cavaleiro no dia seguinte à tomada da cidade, na recém consagrada mesquita. É nesta altura que lhe é conferido o ducado de Coimbra, tornando-se, com o irmão Dom Henrique, 1º duque de Viseu, nos dois primeiros duques criados em Portugal.

Em 1429, D. Pedro casa com a princesa D. Isabel de Aragão, condessa de Urgel, em determinada altura herdeira de Aragão, com quem constitui, segundo as fontes, uma união de amor. Na morte de Dom Duarte, seu rei e irmão mais velho, Dom Pedro é preterido na regência de D. Afonso V de Portugal a favor da rainha mãe, D. Leonor de Aragão. A escolha do falecido rei não era, no entanto, popular e a facção opositora de D. Leonor em breve saíu às ruas. Um motim em Lisboa foi evitado in extremis, convocando-se uma reunião das cortes para normalizar a situação (Cortes de 1439). O resultado do encontro foi a nomeação de D. Pedro para a regência do pequeno rei (Dezembro de 1439), deixando a classe média de burgueses e mercadores deveras satisfeita. No entanto, dentro da aristocracia, em particular D. Afonso, conde de Barcelos (meio irmão de D. Pedro), preferia-se a mais maleável D. Leonor de Aragão e desconfiava-se do valor do Infante. Começa então uma guerra surda de influências e D. Afonso consegue transformar-se no tio favorito de D. Afonso V.

Em 1443, num gesto de reconciliação, D. Pedro torna o meio irmão D. Afonso no primeiro duque de Bragança e as relações entre os dois parecem regressar à normalidade. Indiferente às intrigas, Pedro continua a sua regência e o país prospera sob a sua influência. É durante este período que se concedem os primeiros subsídios à exploração do oceano Atlântico, organizada pelo Infante D. Henrique.

Finalmente, a 9 de Junho de 1448, D. Afonso V atinge a maioridade e D. Pedro entrega o controlo de Portugal ao rei, verificando-se o grau de influência do Duque de Bragança sobre D. Afonso. A 15 de Setembro, D. Afonso V anula todos os éditos de D. Pedro, começando, contra si próprio, pelos que determinavam a concentração do poder na pessoa do rei. A única coisa que D. Afonso parece não aceitar é a separação da rainha D. Isabel, por muito a estimar. No ano seguinte, sob acusações que haveria mais tarde de descobrir falsas, D. Afonso V declara o Infante Dom Pedro um rebelde. A situação torna-se insustentável, e começa uma guerra civil. Breve, pois a 20 de Maio de 1449 ocorreu a batalha de Alfarrobeira no Forte da Casa, perto de Alverca, durante a qual o Infante morreu. As condições exactas da sua morte continuam a causar debate: aparentemente D. Pedro morreu em combate, mas a hipótese de um assassínio disfarçado na batalha nunca foi descartada.

Com a morte de D. Pedro, Portugal caiu nas mãos de D. Afonso, 1º duque de Bragança, com cada vez mais poder sobre o rei. No entanto, o período da sua regência nunca foi esquecido e D. Pedro foi citado muitas vezes pelo rei D. João II de Portugal (seu neto) como sendo a sua maior influência. A perseguição implacável que D. João II moveu aos Bragança foi talvez em resposta às conspirações que causaram a queda do maior príncipe da Ínclita geração.

Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência


Descendência

Do seu casamento com D. Isabel de Aragão, condessa de Urgel, teve os seguintes filhos:

Precedido por
Leonor de Aragão

Regente de Portugal

14391448
Sucedido por
Catarina de Áustria

2 - MOSTEIRO DA BATALHA



Galeria do claustro

Caracterização arquitectónica

Em planta de cruz latina, a igreja revela o apego à tradição do gótico[5][6]mendicante português. Trata-se de um templo de 3 naves, com transepto pronunciado e cinco capelas na cabeceira, sendo as laterais de igual profundidade (as mais interiores no enfiamento das colaterais; as exteriores deitando para o braço final do transepto), todas elas precedidas de um tramo recto (ligeiramente prolongado na capela-mor).

Dimensões

A igreja, que possui 80 m de comprimento 22 m de largura e um vão máximo na flecha de 32,5 m, denuncia um sistema proporcional relativamente simples. A diferença de altura entre as naves laterais e a nave central é baseada numa «razão» proporcional de 3:2 ou razão sesquitércia, aliás corrente no gótico. A mesma «razão» foi adoptada para determinar a relação entre a largura do templo e o seu comprimento ― da porta axial até ao arco triunfal ― e, mais tarde, para determinar a dimensão da Capela do Fundador que, assim, se constitui num quadrado que «preenche» três vezes o corpo da igreja (cabeceira excluída).

Cobertura
O templo só difere dos seus congéneres mais antigos pelo facto de ser completamente abobadado e de muito maior comprimento. Com oito tramos, marcados por arcada longitudinal. Este traçado remete todo o projecto inicial para uma condição de continuidade relativamente à tradição portuguesa, havendo apenas que solucionar os trâmites relativos ao abobadamento. A experiência do deambulatório da Sé de Lisboa deve ter sido importante para o facto, sabendo-se para mais que o mestre Afonso Domingues, morador em Lisboa na freguesia da Madalena, sendo natural desta cidade, poderá ter ali tirocinado.
Os pilares das naves são polistilos e de grande espessura, sendo cada coluna adossada, ininterrupta da base até ao capitel, sem qualquer marcação de gola ou cornija, sendo isto válido também para as meias colunas que sustentam os arcos torais da nave central. A cobertura das três naves é estruturalmente idêntica, com arcos torais simples, duas nervuras cruzadas e cadeia unindo as chaves longitudinalmente. O mesmo acontece no transepto, onde se registam cinco tramos de abóbada, de oito panos cada, e com o mesmo sistema de ogivas cruzadas (sendo obviamente maiores os tramos do cruzeiro). O uso de abóbadas na nave central, elevada a muito maior altura que as colaterais, obrigou à utilização de arcobotantes, que descarregam o seu peso nos estribos do flanco exterior do templo, ao nível da cobertura das laterais. As abóbadas das capelas da cabeceira, com topo poligonal de cinco tramos cada, são cobertas por abóbada de ogivas, com nervuras nascentes de arcos adossados às paredes, dotadas de dois tramos rectos solidários com o topo poligonal, formado por nervuras radiantes com as chaves também ligadas por cadeias. Este sistema dispensou qualquer reforço exterior, cingindo-se o respectivo apoio a contrafortes radiais.

Portal
O mestre Afonso Domingues não terá finalizado a obra[2], deixando, no entanto, configurado quase todo o templo ― com excepção talvez das partes mais elevadas ― e boa parte da zona claustral. Assim, no interior é fácil perceber a intervenção do mestre português nas abóbadas das naves ― dotadas de grandes chaves de decoração naturalista ― enquanto a abóbada do transepto, com chaves de menores dimensões, parece ser já obra da empreitada seguinte. O mesmo acontece com os capiteis devidos à empreitada de Domingues, com decoração vegetalista e antropomórfica (cabeças e anjos) desenvolvendo-se em «dois andares» com a cesta visível, em contraste com os capiteis mais avançados da empreitada de Huguet[7], com decoração quase exclusivamente vegetalista muito desenvolvida e cobrindo a cesta até quase a mascarar.

Alçado

Em termos de alçado, as diferenças existentes são consequência do abobadamento geral das naves da igreja. A iluminação é feita por janelões apontados a partir dos flancos colaterais e por um clerestório que corre ao longo da parede superior da nave central, onde se rasgam janelões apontados ao eixo dos arcos. Convém relembrar ainda que o facto de a capela-mor da cabeceira da Batalha possuir fenestração em dois andares (em vez de uma só janela por pano) é, segundo Mário T. Chicó, resultante da influência directa da capela-mor afonsina da Sé de Lisboa, então já edificada. Tudo isto aponta para a importância da primeira empreitada de obras devida a Domingues.

INFANTE D. HENRIQUE - 1º DUQUE DE VISEU



Príncipe Henrique, o Navegador, também conhecido como Infante Dom Henrique

O Infante Dom Henrique, Duque de Viseu, (Porto, 4 de Março de 139413 de Novembro de 1460) foi um príncipe português e a mais importante figura do início da era das Descobertas, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador.


Biografia

Brasão de armas do Infante D. Henrique.

O Infante D. Henrique nasceu no Porto, numa Quarta-Feira de Cinzas, dia que se considerava pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho do rei D. João I, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.

O infante foi baptizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o Bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu avô materno, o duque Henrique de Lencastre.

Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. O infante e os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.

Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha de conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, assegurando ao Reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante.

Em 1415, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu e Senhor da Covilhã.

A 18 de Fevereiro de 1416, foi encarregado do Governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar no reino a manutenção da Praça marroquina.

Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência

Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, seu irmão mais novo. Os Infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos reis de Fez e de Granada. O cerco gorou-se e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor antimuçulmano do Infante. Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de D. João I, para não prosseguir tal empreendimento, pelo que voltou para o reino nos primeiros meses de 1419. Montou por esta época uma armada de corso, que actuava na zona do estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha, de mais uma fonte de rendimentos e muitos dos seus homens habituaram-se, assim, ao mar. Alguns deles seriam desviados, mais tarde, para outras viagens em direcção a novos destinos.

Em 14191420 alguns dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, desembarcaram então nas ilhas do arquipélago madeirense, que já era visitado por navegadores portugueses desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância produzindo grandes quantidades de cereais, minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique pelo rei D. Duarte, sucessor de D. João I, em 1433.

Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo, que sucedeu à Ordem dos Templários, cargo que deteria até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do Oceano Atlântico, o cargo na Ordem foi também importante ao longo da década de 1440. Isso se deve ao fato da Ordem controlar vastos recursos, o que ajudou a financiar a exploração, a verdadeira paixão do príncipe.

A Cruz da Ordem de Cristo, símbolo que adornou, dentre outros, as naus portuguesas durante os descobrimentos.

Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores (possivelmente Gonçalo Velho). Também estas ilhas desabitadas foram depois colonizadas pelos portugueses,

Até à época do Infante D. Henrique, o Cabo Bojador era para a Europa o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a passá-lo, em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do Cabo se encontraria.

Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho (e irmão de D. Henrique), D. Duarte subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do Cabo Bojador.

O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, à colonização dos Açores.

Com uma nova embarcação, a caravela, as expedições sofreram um grande impulso. O Cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de um forte em 1448.

Dinis Dias chega ao Rio Senegal e dobra o Cabo Verde em 1444. A Guiné é visitada. Assim, os limites a sul do grande deserto do Saara são ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpre um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados de ouro.

Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações saíram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Data dessa época a encomenda de um mapa-múndi do velho mundo a Fra Mauro, um monge veneziano.

Em 1460 a costa estava já explorada até ao que é hoje a Serra Leoa.

Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra, de uma cátedra de astronomia.

Foi também um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437, que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) foi lá capturado e aprisionado durante 11 anos, até falecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.

O Infante D. Henrique foi uma personagem muito intrigante, com um certo mistério e muitos segredos. Também os seus motivos e os objectivos das suas navegações têm sido amplamente discutidos e diferenciados, mas, sem dúvida, foi o grande condutor da expansão ultramarina portuguesa e europeia.

"WIKIPÉDIA"

2 - DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

Cronologia


D. João I, 1383-1433 1394

- Nasce no Porto D. Henrique, o Navegador, infante português, filho de D. João I.

1385 - Aclamação de D. João I que é proclamado rei pelas Cortes de Coimbra.
- Batalha de Aljubarrota.


1415 - Início dos Descobrimentos Portugueses.
1415 - Conquista de Ceuta.

1419 - Os Portugueses descobrem o arquipélago da Madeira.

1424 - Expedição às ilhas Canárias.
1427 - Os Açores são propostos à colonização.


D. Duarte, 1434-1437 -1434 - Gil Eanes atinge o Cabo Bojador, limite sul das terras conhecidas.

Regência do Infante D. Pedro e rei D. Afonso V, o Africano, 1441-1481 1438
- Regência de D. Pedro, tio do jovem rei D. Afonso V, o Africano.
1445
- Dinis Dias descobre o Cabo Verde.
-1453 - Gomes Eanes de Zurara: a Crónica e Descoberta da Conquista da Guiné. -1456 - Descoberta do arquipélago do Cabo Verde.
-1460 - Falece D. Henrique, o Navegador.
-1460 - Pero de Sintra atinge a Serra Leoa.

-1471 - Descoberta das ilhas do Príncipe e de São Tomé. Conquista de Tânger por Afonso V.
-1472 - Gaspar Corte Real descobre Terra Nova. -1473 - Lopes Gonçalves ultrapassa o Equador.

D. João II, 1482-1495 1487
- Bartolomeu Dias atinge o Cabo da Boa Esperença.
-1493 - Bula pontifical dividindo o mundo em dois hemisférios.
-1494 - Tratado de Tordesilhas entre Portugal e a Espanha para a repartição dos territórios coloniais.


D. Manuel I, 1495-1521 -1498 - Vasco da Gama chega a Calecut, na Índia. -1500 - Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
-Dias chega a Madagascar.

-1501 - Envio da segunda Armada ao Brasil.
-1506 - Laurenço de Almeida chega a Ceilão.
-1509 - Os Portugueses entram Sumatra.
-1511 - Diogo Álvares, o Caramuru, na Baía.
-1514 - Jorge Álvares atinge a China, por Cantão.
-1519 - Fernão de Magalhães toca no Rio de Janeio.

D. João III, 1521-1557
-1524 - Nasce Luís de Camões.

-1526 - Os Portugueses estabelecem-se em Bornéu.

-1534 - Inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.
-1542 - Rodrigues Cabrilho em Califórnia.
-1543 - Os Portugueses no Japão.
-1554 - Fundação de São Paulo, pelos Jesuítas. -1557 - Os Portugueses estabelecem-se em Macau...

FERNANDO DE PORTUGAL - DUQUE DE VISEU

Infante D. Fernando, Duque de Beja e Viseu Condestável do Reino.

Fernando de Portugal (Almeirim, 17 de Novembro de 1433Setúbal, 18 de Setembro de 1470), Infante de Portugal, 1º Duque de Beja, 2º Duque de Viseu e 6º Condestável de Portugal, foi o segundo filho do rei Duarte I de Portugal e de sua esposa Leonor de Aragão.

Fernando foi nomeado herdeiro do seu tio, o Infante D. Henrique, tornando-se seu filho adoptivo, e nessa condição, sucedeu-lhe no título de Duque de Viseu.

Casou-se com a sua prima, Beatriz de Portugal, filha do seu tio João, Infante de Portugal, em 1447.

Deste casamento resultaram nove filhos, dos quais apenas cinco chegaram à idade adulta; contudo, todos eles desempenharam um papel capital na história portuguesa:

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JOANA DE PORTUGAL

Joana de Portugal Rainha de Castela
Reinado
20 de Maio de 145512 de Dezembro de 1474
Nascimento
Março de 1439 Quinta do Monte Olivete, Almada, Portugal
Morte
13 de Junho de 1475 (36 anos) Madrid, Espanha
Consorte
Henrique IV Filhos com Henrique IV
Joanacom Pedro de Castela e Fonseca
André
Pedro Apóstolo
Casa Real
Avis
Pai Duarte de Portugal Mãe Leonor de Aragão

Joana de Avis (20 de Março de 143913 de Junho de 1475), infanta de Portugal e rainha de Castela, de 1455 até sua morte.

Joana era filha póstuma de Duarte I, rei de Portugal (1391-1438) e da sua esposa, a infanta Leonor de Aragão. Era neta materna de Fernando I de Aragão (filho de João I de Castela e de Leonor, infanta de Aragão) e da sua esposa Leonor Urraca de Castela, senhora de Alburquerque (neta do rei Pedro I de Portugal e de Inês de Castro) e paterna de João I de Portugal (filho de Pedro I de Portugal e de Teresa Lourenço) e de Dª Filipa de Lencastre (filha de Branca de Lencastre e de João de Gante, duque de Lencastre e neta de Eduardo III de Inglaterra). Descendia por parte da avó materna e do avô paterno dos primeiros reis de Portugal, dos reis de Castela e de Aragão por parte do avô Fernando e por parte da avó Filipa dos primeiros reis Ingleses. Joana teve irmãos importantes, como é o caso de Leonor, infanta de Portugal, que se casou com Frederico III da Alemanha e de Afonso V de Portugal.

Quando nasceu Joana, já o seu pai tinha falecido de peste e subido ao trono o seu irmão mais velho, Afonso V, com apenas 6 anos. Joana foi criada pela mãe, a rainha-regente Leonor, até aos seis anos, altura em que ficou órfã, pelo seu tio, Pedro, duque de Coimbra e regente até 1449.

Afonso V casou a sua irmã Joana com o primo Henrique IV de Castela (nessa altura já reinava como soberano de Castela), filho de Maria, infanta de Aragão (irmã mais velha da mãe de Joana) e de João II de Castela, em 1455, tendo ela apenas 16 anos e ele já 31.

Joana teve algumas relações extra-matrimoniais, da qual nasceram alguns filhos ilegítimos, nomeadamente de Pedro de Castilla y Fonseca:



Do matrimónio com Henrique IV de Castela nasceu Joana, a Beltraneja (1462-1530), que foi nomeada herdeira de seu pai, em 1468 e veio a casar-se por ordem da mãe com Afonso V de Portugal, seu tio, em 1475.

Joana, infanta de Portugal veio a ser repudiada pelo marido, devido às relações extra-matrimoniais em 1474 e voltou para Portugal, onde veio a falecer precocemente em 1475, com apenas 36 anos de idade, deixando a sua filha Joana, a Beltraneja, com apenas 13 anos, órfã.

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