02/06/2020

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

.



.
.
144-ARTE ARRISCADA

LEGAMI/2

Interpretação:
Simona Atzori
Mariacristina Paolini
Música
John Williams
Coreografia
Paolo Londi



FONTE:  zabardah 
.
.

ENGENHARIA DE TOPO/21

21.2-Cidade Subterrânea



FONTE: Universo do Documentário
.
 HOJE  NO 
"AÇORIANO ORIENTAL"
DGS “clarifica” recomendação sobre uso de máscara aos oradores no parlamento

A Direção Geral da Saúde (DGS) apenas recomenda a utilização de máscara no uso da palavra no parlamento em situações em que não se encontre garantido o distanciamento físico entre o orador e demais pessoas. 
.
Segundo o gabinete do presidente da Assembleia da República, a DGS emitiu agora uma nota em que "clarifica" a recomendação divulgada na sexta-feira passada sobre utilização de equipamento de proteção individual no uso da palavra na Assembleia da República.

A DGS entendia então que "as máscaras sociais ou cirúrgicas, enquanto um meio fundamental na proteção relativamente ao perigo de contágio - nomeadamente em atividades desenvolvidas em espaços fechados -, devem ser utilizadas mesmo no ato de tomada da palavra".

Entretanto, de acordo com o gabinete do presidente da Assembleia da República, a DGS "tomou a iniciativa de clarificar" esta anterior recomendação.

"Considerando que a transmissão de SARS-CoV-2 ocorre, principalmente, por gotículas respiratórias e que a sua emissão é potenciada em situações de projeção da voz, como acontece no uso da palavra, tal só constitui um risco caso existam pessoas nas proximidades, daí a reiterada recomendação de manutenção do distanciamento físico de pelo menos dois metros", refere-se.

Assim, para a DGS, "a utilização de máscaras, sociais ou cirúrgicas, no uso da palavra é recomendada apenas nas situações em que o distanciamento físico com as demais pessoas não esteja garantido pelas regras já implementadas na Assembleia da República no âmbito da prevenção e controlo da covid-19".

*Estas recomendações servem para todos os recintos onde haja faladura.

.
.
XII - DITADORES
3- ROBERT MUGABE
ASSASSINO DO ZIMBABWE



FONTE:   Tugolandia
.
.
HOJE  NA 
"SÁBADO"
Risco de ser infetado pela Covid-19 cai
 de 17% para 3% com uso de máscara

Análise a nove estudos, financiada pela Organização Mundial de Saúde, conclui também que o risco de infeção cai de 13% para 3% quando as pessoas se mantêm afastadas mais de um metro e não apenas um metro da pessoa infetada.

Uma meta-análise hoje publicada confirma que o uso de máscaras, viseiras e o distanciamento físico é a melhor forma de uma pessoa evitar, embora não totalmente, ser infetada pelo vírus da covid-19 ou infetar outras pessoas. 
.
Os autores do trabalho, publicado na revista médica britânica The Lancet, lembram que medidas adicionais, como a higienização das mãos, são essenciais para reduzir as probabilidades de transmissão da infeção.

A meta-análise, em parte financiada pela Organização Mundial da Saúde, destinatário do trabalho, sintetiza a informação de dezenas de estudos divulgados até 03 de maio, em 16 países, sobre meios de prevenção da transmissão da covid-19 e das doenças respiratórias infecciosas semelhantes SARS e MERS, igualmente causadas por coronavírus (família de vírus) mas estirpes diferentes do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.

Os estudos reúnem informação sobre as medidas de prevenção da transmissão da infeção na covid-19, SARS e MERS entre doentes ou suspeitos e contactos próximos, como familiares, cuidadores e profissionais de saúde.

A análise de dados de nove estudos, que incluíram 7.782 participantes, concluiu que o risco de infeção cai de 13% para 3% quando as pessoas se mantêm afastadas mais de um metro e não apenas um metro da pessoa infetada.

Os autores ressalvam que o grau de certeza da avaliação de risco que foi feita é moderado, assinalando que nenhum dos estudos quantificou se o distanciamento físico acima de dois metros é mais eficaz.

Treze estudos, que englobaram 3.713 participantes, concluíram que o risco de infeção ou transmissão dos vírus da covid-19, SARS e MERS diminui dos 16% para os 6% quando uma pessoa usa viseiras ou óculos.

Segundo os investigadores que conduziram a meta-análise, o nível de certeza da avaliação do risco associado à utilização de meios de proteção ocular é, no entanto, baixo.

Por sua vez, a análise de dados de dez estudos, que integraram 2.647 participantes, concluiu que o risco de infeção ou contágio cai de 17% para 3% quando é usada uma máscara.

Mais uma vez, o grau de certeza da avaliação do risco é baixo, sendo que foi considerado, sobretudo, o uso de máscara nos agregados familiares e entre os contactos próximos de casos de infeção.

Os autores da meta-análise reconhecem algumas limitações no seu trabalho, como o facto de a maioria dos estudos reportar-se à SARS e à MERS e o efeito do tempo de exposição aos vírus destas duas doenças e da covid-19 no risco de transmissão não ter sido verificado.

A nível global, de acordo com um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 372 mil mortos e infetou mais de 6,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.424 pessoas das 32.700 confirmadas como infetadas, e há 19.552 casos recuperados, segundo a Direção-Geral da Saúde.

* Aprendamos com quem sabe mais do que nós.

.
.
Desafio em Dose Dupla
4.2- Terra Do Fogo


Canal Godeleiro
.
.
HOJE  NO
"i"
Investigação revela que Pequim 
escondeu dados no início da pandemia

No início de janeiro, internamente, a OMS estava frustrada por receber os dados pouco antes dos media. Publicamente, gabava Pequim, revelou a Associated Press.

No início da pandemia de coronavírus, enquanto a “impressionante” reação da China era publicamente gabada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), nos bastidores havia uma grande frustração com a recusa de Pequim em entregar atempadamente informações vitais sobre a doença, revelou uma investigação da Associated Press. O resultado? Tempo perdido e vidas que não foram salvas.
.
PENSO EU DE  QUE
Os problemas começaram logo com a sequenciação do genoma do SARS-Cov-2, o vírus que causa a covid-19. Quando três laboratórios chineses já o tinham conseguido, a OMS ficou sem acesso a este durante mais uma semana, devido à competição entre o sistema de saúde pública e os laboratórios. Os relatórios só foram publicados a 11 de janeiro - quando um dos laboratórios avançou e lançou a informação na internet. Mas o problema não era apenas o genoma do vírus: durante quase duas semanas, a OMS ficou às escuras quanto aos detalhes dos dados clínicos dos pacientes infetados.

“Claramente não é o suficiente para fazer o planeamento adequado”, queixou-se uma epidemiologista da organização, Maria Van Kerkhove, hoje diretora da equipa técnica para a covid-19. Estava numa reunião a 6 de janeiro, quando o registo foi visto pela agência noticiosa norte-americana. “Estamos a avançar com informação mínima”, lamentou.

“Sim, de momento estamos numa fase em que a entregam 15 minutos antes de aparecer na CCTV”, explicou Gauden Galea, principal representante da OMS na China, referindo-se à agência noticiosa estatal chinesa, noutra reunião.

Face a todas estas barreiras, é difícil compreender porque é a a agência das Nações Unidas protegeu tanto a falta de transparência chinesa. Alguns analistas salientam que a China está entre os países que menos contribuiu para a OMS, proporcionalmente à sua capacidade económica. Outros notam que a possibilidade de um aumento do financiamento seria algo muito aliciante - entretanto, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu investir o equivalente a dois mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros) no combate ao novo coronavírus, ao longo de dois anos.

Já os registos obtidos pela AP indicam que o objetivo declarado dos elogios era incentivar a China a ser mais transparente. Caso fosse esse o caso, funcionou mal, dando força às acusações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a agência tem um viés “chinocêntrico”. Entretanto, após insistir por uma investigação à origem do novo coronavírus e da resposta da OMS, Trump até já cortou as ligações dos EUA à agência. Esta ficou sem o seu maior contribuir que oferecia cerca de 450 milhões de dólares (à volta de 400 milhões de euros) por ano.

Testes massivos em Wuhan 
No epicentro inicial da pandemia, em Wuhan já se sabem o resultado dos testes massivos efetuados a 9,9 dos seus 11 milhões de habitantes. Não foi encontrado nenhum caso de covid-19 apenas uns trezentos portadores do SARS-Cov-2, que não estavam a transmitir o vírus, garantiu Pequim: não havia traços deste em nenhum dos objetos que tocavam. Ou os dados não batem certo ou poderá querer significar que uma percentagem importante dos infetados assintomáticos não transmitem o vírus.

Não que tudo sejam boas notícias, atenção. Na sexta-feira morreu Hu Weifeng, um urologista que trabalhou com Li Wenliang, o oftalmologista que alertou o mundo para o começo da pandemia. A morte de Weifeng, revelada pela CCTV esta terça-feira, é a primeira morte por covid-19 na China desde há semanas.


* Da ditadura chinesa tudo se espera, não têm o obstáculo do voto democrático e universal para transpôr, apesar de ter razão Trump é igualzinho a Jiping só que nos USA ainda há democracia.
A posição da OMS quanto à China é indecorosa, há poucos anos houve outra "bacorada" na organização quando o assassino Mugabe foi nomeado para embaixador. Flatulências.


.

JOSÉ FERNANDES E FERNANDES

.







Coronavírus: Reflexões 
em tempo de desconfinamento

Que devemos esperar neste novo tempo? Ou melhor, como deveremos agir para, no respeito da pluralidade democrática, exigirmos a confrontação de programas para a renovação da vida económica, para a reorganização dos grandes serviços públicos, respeitando os grandes desafios do ambiente, da solidariedade, na procura dum melhor caminho nesta nossa Casa Comum? Serão tempos estimulantes que se avizinham. Assim os protagonistas estejam à altura da Exigência e da Necessidade.

O tempo que passou foi interessante. Informação asfixiante, nem sempre fidedigna e rigorosa, nas redes sociais, em grupos de discussão científicos e outros, da política à economia, desafio à lucidez e ao exercício crítico.

 A dimensão deste fenómeno foi não só surpreendente, como aterradora, de dimensão mundial, expressão do espaço mediático global que a internet criou. Recorro à última entrevista de Bertrand Russell na BBC poucos anos antes de morrer com gripe aos 98 anos. Na entrevista, Lord Russell fazia duas recomendações. A primeira, intelectual: apelo à objectividade – quais são os factos? E qual a Verdade que revelam? Deveria ser a preocupação essencial de qualquer estudioso, evitando, desse modo, instrumentalização da realidade para outras finalidades. A segunda era uma recomendação moral: o amor é sábio e o ódio tolo. Um apelo às virtudes da caridade (charity) e da tolerância, num mundo já então profundamente interligado.

 Extrapolando: 

 1. Transparência e Verdade 
São as ferramentas essenciais da actividade científica, e não só: são, também, atributos indispensáveis à vida social, à decisão política e ao governo da Cidade.

A origem do vírus e a actuação das autoridades chinesas têm suscitado enorme controvérsia no espaço global da internet que são alimento para as várias teorias da conspiração.

 Recebi, há dias, um artigo publicado no Boletim do Royal College of Surgeons de Londres, e da autoria de distinto cirurgião cardíaco , sobre a sua participação em congresso médico em Wuhan, em Dezembro de 2019. Refere que, imediatamente após a conferência, foi procurado pelo presidente e dois cirurgiões cardíacos dum grande hospital da cidade, usando máscaras, interessados na tecnologia ECMO (extracorporeal membrane oxygenation) para o tratamento de insuficiência respiratória em doentes com infecções. Segundo o autor, esses colegas mencionaram doença misteriosa complicada nalguns doentes de insuficiência respiratória muito grave causada por um vírus identificado pelo Wuhan Institute of Virology. Em Fevereiro de 2020, cientistas chineses publicam no New England Journal of Medicine uma descrição desta nova doença, dos seus mecanismos e da sua gravidade potencial , a que se seguiram numerosas publicações de autores chineses, precedendo e/ou acompanhando e cooperando com o enorme esforço científico e médico que foi a resposta global a este desafio de Saúde. E a primeira lição, da análise dos factos, é que a comunidade médica e científica chinesa não escamoteou a realidade, discutiu-a com os seus pares e publicou os seus dados nas melhores revistas médicas e científicas mundiais.

O contraste foi absoluto com a decisão das autoridades que sonegaram informação, perseguiram Li Wenliang, o médico que, com outros colegas, tentou avisar a população da realidade e perigo da doença, logo em fins de Dezembro. Censura, prisão e morte de Li Wenliang por contágio da doença serão marca indelével na resposta da Administração, que só semanas depois reconheceu o problema e informou as autoridades sanitárias internacionais. Agora, culminou na exigência de autorização prévia das autoridades para publicações científicas sobre a epidemia na China.

Menciono estes factos, pelo contraponto que não devemos ignorar: de um lado, a abertura de segmentos da comunidade científica chinesa envolvidos no problema e, do outro, a opacidade e cover-up (?) das autoridades. Testemunho da difícil relação entre a Ciência e a Política, no respeito pela Verdade e pelos factos, na defesa da independência dos cientistas, médicos e outros profissionais, perante a instrumentalização política da realidade. Comum nas sociedades fechadas, de poder monolítico, autoritário, que continuam no nosso tempo actual. Ainda seduzem incautos (?), apologistas desses modelos políticos a quem atribuem, sem prova, maior eficácia na resposta à pandemia e aos desafios da contemporaneidade.

Foi adequada e corajosa a decisão tomada logo em 15 de março com o encerramento das escolas e a 18/3 com a promulgação do estado de emergência. Evitaram-se mortes desnecessárias; não entro na discussão sobre o eventual valor económico da vida humana. As fatalidades não foram exclusivas dos mais velhos, ocorrem até em crianças e adolescentes, como agora foi reconhecido na Europa e nos EUA. Felizmente, entre nós terá havido apenas um caso identificado num adolescente; sobreviveu, graças ao empenho e competência da equipa médica que o tratou. Existem mais de 200 casos graves em crianças, na Europa, referenciados como síndrome inflamatório vascular disseminado com mortalidade não despicienda, assim como foi documentada mortalidade em adultos com menos de 50 anos, reduzida, mas real. Evitável? Nunca se saberá ao certo, mas o facto obriga a reflexão e a prudência, perante a incerteza e desconhecimento de toda a complexidade da doença e a dimensão potencial da sua disseminação.

 Prudência é também um requisito do rigor científico, e não deve ser ignorada na fundamentação da decisão política, em especial quando há vidas humanas em risco.

II. As políticas de confinamento e lock-down da actividade são indiscutíveis?
 Reaparece na discussão pública a dúvida se teria valido a pena, se a cura não será pior que a doença. Normal acontecer, agora que se sente que o pior terá passado. As experiências documentadas na China, Itália e Espanha, a hesitação inicial no Reino Unido que motivou um quase-descalabro que impôs medidas drásticas, parecem-me resposta suficiente. Mas há uma outra perspectiva: análise do impacto da omissão e do atraso na tomada dessas decisões restritivas. O New York Times – jornal de referência e de independência – publicou em 21/5 um editorial intitulado Inaction that cost lives , no qual se mostra o impacto na redução potencial do número de mortes se a decisão de distanciamento social tivesse sido tomada uma ou duas semanas antes.

Bem sei que se trata de extrapolação a partir de modelos epidemiológicos, ainda que fundamentados na realidade objectiva da evolução local da pandemia. Mas a evolução da situação na Suécia mostra um número de fatalidades por milhão de habitantes três vezes superior a Portugal e já ultrapassando a dura realidade do Reino Unido. E o sistema público de Saúde na Suécia funciona muito bem.

A omissão ou atraso na tomada de decisões difíceis, como o confinamento e a paragem da actividade económica – lock-down – foram, também, expressão de sobranceria ignorante de alguns perante os avisos dos cientistas e epidemiologistas. Aceitaram sacrificar sectores da população ao efeito grave e potencialmente devastador do vírus, invocando a protecção imunitária de grupo. Decisões que puseram em causa valores humanistas fundamentais na nossa sociedade e que, por isso, são inaceitáveis em Saúde Pública e perante a consciência moral da sociedade moderna, livre e democrática.

Voltemos às realidades norte-americana e, por arrastamento, à brasileira, não obstante as suas especificidades próprias.

Se toda a gestão política tem sido profundamente surpreendente, o discurso é paradigmático: ilustra desvalorização objectiva da Ciência e da Medicina, culminando até na publicitação de medicamento quando a evidência científica publicada já o desaconselhava. Não seria importante, se não fosse o impacto tremendo nos seguidores, também orgulhosamente ignorantes, e nos bem-intencionados que devoram acriticamente a internet! Ilustram, pela negativa, o efeito da disseminação de informação errada, suportada em autoritas política indiferente à Responsabilidade, à Ciência e à Verdade como determinantes na decisão política.

E esta realidade é, também, a outra face duma dimensão preocupante – a desinformação, como acto deliberado de suscitar uma atitude política – que ocorre, em simultâneo, com um dos maiores sucessos em toda esta pandemia: a notável cooperação científica global, da ciência fundamental à medicina clínica, que tornou possível o conhecimento mais pormenorizado dos mecanismos da doença, a sua divulgação imediata e a adequação de protocolos terapêuticos com redução da mortalidade e maior número de recuperados.

 Uma grande lição do tempo difícil que se viveu: a importância da cooperação e diálogo científicos, sem fronteiras, ultrapassando egoísmos nacionais, um sinal importante para a Solidariedade global que se impõe. Parafraseando o poema de John Donne “No Nan is an Island”, também numa crise global não existem “Island Nations”!

Mas há uma outra face da moeda que não se pode ignorar. Tem um pilar:

 III. A desinformação como arma política 
Constitui um outro desafio à consciência crítica e democrática da sociedade global informada, que necessita de resiliência para se adaptar e ultrapassar as dificuldades. Não é exclusiva do tempo, há antecedentes históricos, alguns caricatos, que são expressão do medo da perda de poder e influência perante a inovação científica e social. Mas tem hoje uma dimensão planetária muito preocupante. Os seus mecanismos são conhecidos e foram objecto dum ensaio recentemente publicado – Epidemiology of Misinformation –, publicado em 19/5 na Prospect [4], sobre a difícil sobrevivência das democracias numa era de manipulação sistemática e organizada da Verdade, talvez mais nociva que a própria epidemia do SARS-CoV-2 (vulgo covid-19), a qual a espécie humana acabará por absorver e controlar.

 Negacionismo da Ciência, tida como anti-divindade, creacionismo imposto como oposição à Evolução das Espécies, teoria da terra plana ignorando cinco século de ciência e experiência prática, e outros dislates, nos quais orgulhosamente se revêem políticos que disputam Poder em Democracia. Orgulhosamente, desafiam normas de saúde pública, recomendações das autoridades científicas e sanitárias, acreditam em supremacias raciais e têm como bandeira, num discurso político paupérrimo, a superioridade da sua Island Nation.

Retomo a interrogação de Bernard Lewis What Went Wrong? Num ensaio notável, Margaret MacMillan  identificou a desvalorização da Meritocracia na sociedade e no universo político, privilegiando obediência acrítica e carreirista à competência individual. Depois, o predomínio das Emoções em detrimento dos Factos, num discurso potencialmente mais mobilizador e muito menos exigente culturalmente. São exemplo as teorias da conspiração em relação à vacinação, ao complot de mecenas reconhecidos com sectores tecnológicos e farmacêuticos, uma imensa conspiração global tendo como objectivo a submissão final da humanidade à tecnologia e a uma elite restrita. E, sobretudo, a ignorância orgulhosa perante a sabedoria da experiência. Predomínio dos fiéis junto do ouvido do Príncipe em detrimento de especialistas e técnicos independentes. Perversão libertária de alguma extrema-direita que, invocando o temor do Estado, das suas regras e da sua acção, conduziu ao desinvestimento e desagregação dos grandes serviços públicos, ignorando que são indispensáveis na vivência social organizada e estruturada. E também a presença obsessiva dos protagonistas políticos, a incoerência no discurso, o medo das decisões difíceis, a falta de coragem, mais a complacência dos cidadãos perante a intrusão excessiva do Poder na privacidade da vida individual. Cito no original: far from resisting sudden government intrusion, publics seem to be longing for nanny to tell them everything will be all right by teatime.

 Que devemos esperar neste novo Tempo? Ou melhor, como deveremos agir para, no respeito da pluralidade democrática, exigirmos a confrontação de programas para a renovação da vida económica, para a reorganização dos grandes serviços públicos, a Justiça incluída, respeitando os grandes desafios do ambiente, da Solidariedade entre os diferentes povos, na procura dum melhor caminho nesta nossa Casa Comum?

Haverá um tempo para o exercício da responsabilidade pública, confrontando decisores com os resultados da sua acção, com objectividade e pondo o interesse colectivo em primeiro lugar, e isso é um direito democrático irrecusável, não pode ser uma abdicação temerosa dessa responsabilidade em nome de qualquer interesse menos claro.

O tempo que nos espera será um intermezzo num eterno recomeço do Passado ou, pelo contrário, uma oportunidade para a mudança de hábitos, de paradigmas e de exigências?

 Felizmente, vão surgindo vozes na sociedade civil que clamam com coragem por mudanças em diferentes sectores, da organização económica à Educação e também na Saúde. Na Educação, houve uma lufada de ar fresco: há mais vida que a eterna discussão laboral liderada pela Fenprof. Os professores libertaram-se, estão a ser criativos, a adaptarem-se a um novo mundo de possibilidades. Se formos exigentes e profissionais, será uma grande vitória. E na Saúde, junto a minha voz aos que, durante anos, escrevemos e insistimos que é necessário mudar a organização, o seu financiamento, a sua filosofia hospitalocêntrica, a necessidade de meritocracia, das administrações aos profissionais de Saúde, para efectivamente aproveitarmos as oportunidades e não repetir erros do Passado.

Serão tempos estimulantes que se avizinham. Assim os protagonistas, no Poder e na Oposição, estejam à altura da Exigência e da Necessidade.

* Cirurgião vascular, professor universitário.

IN "PÚBLICO"
31/05/20

.
.


2288.UNIÃO



EUROPEIA



.
.
HOJE  NO 
"A BOLA"
Manuel José responde a Pinto da Costa: «A importância do coice é
 conforme o burro que o dá»

Contactado por A BOLA, Manuel José respondeu às duras palavras de Pinto da Costa e fê-lo com igual virulência, escusando-se inclusivamente a tratar o líder dos dragões pelo nome por que é comummente conhecido, antes optando apenas pelo último apelido.
.
«Não reconheço ao Costa autoridade, capacidade moral - note-se bem, capacidade moral -, nem estrutura cultural para me criticar. Por outro lado, o meu passado fala por mim. E, na vida, fiz-me a mim e por mim. Ao longo da vida ganhei 22 títulos. Devo ser o único treinador do mundo que esteve em nove finais continentais e ajudei o clube [Al Ahly, do Egito] a ganhar oito: quatro Ligas dos Campeões africanos e quatro Supertaças africanas. Sou comendador da Ordem de Mérito, medalha atribuído no tempo do presidente Cavaco Silva; tenho a medalha de ouro da cidade de Vila Real de Santo António, onde nasci; tenho a medalha de ouro da cidade de Espinho, onde vivo há 43 anos; tenho a medalha de ouro do desporto egípcio e até sou o único estrangeiro na história do desporto egípcio que tem essa medalha; sou também o segundo treinador da história do futebol português com mais títulos conquistados. Agradeço a pena que o Costa diz ter de mim, porque de facto nunca ganhei nada…», afirmou Manuel José.

Mais: «Tudo o que tenho - e não preciso do dinheiro da televisão para nada - é o resultado da minha competência, da seriedade, da honestidade e da independência moral. O Costa não argumenta, agride. Não opina, sentencia. Não confronta, insulta. Não esclarece, obscurece. Fala com acidez e arrogância, com intolerância e sectarismos extremos, não digo mais. Por opção, sanidade mental e por educação. Muito mais coisas poderia referir. Antes de terminar, quero dizer que não retiro uma única vírgula àquilo que disse em relação ao Fernando Gomes. Não recebo lições de moral, muito menos vindas de quem vem. E, agora sim, para finalizar, dizer que a importância do coice é conforme o burro que o dá. E o burro não tem importância alguma…»

* "Dixit"

.
.
282-BEBERICANDO



COMO FAZER
"Caipirinha de maracujá e gengibre" 

.
.
VI-OBSERVATÓRIO DE QUASE TUDO

4 - O Fim da Verdade

Jornalistas raptados na Síria





FONTE:  Toda a Verdade VI

.
.
HOJE  NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Parlamento discute legalização da prostituição na quinta-feira

O Parlamento vai iniciar, quinta-feira, um debate em torno da legalização da prostituição em Portugal. Em causa, uma petição com quatro mil assinaturas, lançada por uma mulher que gere uma casa de alterne.

Ana Loureiro iniciou a sua odisseia, em novembro. E conseguiu. Com 4004 assinaturas, a petição que lançou para a legalização da prostituição vai começar a ser discutida, esta quinta-feira na Comissão de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias.
 .
Numa reunião marcada para as 14 horas, os deputados da 1.ª comissão vão ouvir os argumentos de Ana Loureiro, que gere uma casa de alterne em Lisboa, e da segunda peticionária, Ana Cristina Gomes.

Na petição "Legalização da prostituição em Portugal e/ou despenalização do lenocídio, desde que não seja por coação", pretende-se que a atividade passe a enquadrar-se tributariamente como Divertimento Adulto. Ou seja, profissionais e proprietários de estabelecimentos poderiam passar a fazer descontos, como qualquer trabalhador a ter acesso a regalias sociais.

Ana Loureiro propõe, contudo, que aquela atividade só possa ser praticada por maiores de 21 anos, que residam legalmente em território nacional, sendo essa infração considerado um crime. Também deverá ser obrigatório que as prostitutas realizem exames médicos de seis em seis meses.

"Também temos honra, moral e caráter, somos humanas e temos os nossos valores. Queremos viver em paz, com a sociedade, que não nos rebaixem e desprezem, como se o que fazemos fosse um crime ou desprezível", pedem as peticionárias.

O relatório da petição foi entregue às deputadas socialistas Elza Pais e Joana Sá Pereira.

* Não temos qualquer dúvida que a prostituta tem direito a todo o respeito como ser humano, mas a chulice que anda à sua volta não, apenas elas podem  ser  as donas do negócio!

.
.

Maria Bethânia, Nana e Dori Caymmi

Maricotinha


.
.
HOJE  NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Caso EDP:
 Mexia considera interrogatório "sem sentido" e não confirma se prestou declarações

António Mexia e o respetivo advogado, à saída do interrogatório ao qual o arguido do caso EDP compareceu esta terça-feira, não deixaram claro se foram proferidas ou não declarações.

O CEO da EDP, António Mexia, compareceu esta terça-feira em tribunal para ser interrogado no âmbito do Caso EDP, mas, à saída, defendeu que este interrogatório "não fazia sentido" numa altura em que ainda não recebeu resposta ao requerimento que fez para que não seja o juiz Carlos Alexandre a conduzir o processo. Tanto o empresário como a defesa do mesmo acabaram por não deixar claro se o CEO da EDP terá, de facto, acabado por prestar declarações.
.
"Sempre estive disponível para declarações", começou Mexia por sublinhar. Contudo, apressou-se a relembrar que a sua defesa suscitou interesse numa recusa de juiz, em relação à qual ainda espera resposta, pelo que considera que "o interrogatório de hoje não fazia sentido". "Fomos coerentes, que é a questão essencial", rematou.

Abordado de seguida pela imprensa, o advogado de Mexia, João Medeiros, reforçou que, enquanto o dito incidente de recusa estiver em curso, "não faz muito sentido estarem a prestar-se declarações". Questionado acerca de que tarefas terão ocupado o tempo em tribunal, onde António Mexia deu entrada ainda da parte da manhã, Medeiros enumera que estiveram a verificar os factos, cumprir formalidades, e que foi ainda suscitada uma questão processual, para depois ser cumprida "a função como arguidos".

A decisão acerca do incidente de recusa deverá saber-se na quinta-feira, avançou ainda o advogado, que também representa, no mesmo caso, o CEO da EDP Renováveis, João Manso Neto.

Este caso investiga o processo legislativo e os procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

A defesa pediu a recusa do juiz alegando falta de imparcialidade da parte do mesmo. Para sustentar esta tese, os dois arguidos invocam a primeira decisão tomada por Carlos Alexandre quando assumiu o processo, a qual se materializou na revogação de uma decisão da anterior juíza de instrução do processo que impedia o Ministério Público de aceder aos emails do presidente executivo da EDP, António Mexia. Apontam ainda o dedo à decisão de Carlos Alexandre de ter recusado a entregar à sua defesa uma cópia das decisões do Conselho Superior de Magistratura que lhe decidiram dar a competência para decidir neste processo, apesar de a lei obrigar a tal.

* Quem tem muito dinheiro tem acesso a quase tudo, um nojo!

.

22-DO MAR, O LIXO



DO MAR, O LIXO
~22~
𝒞𝑜𝓂𝑜 𝓅𝑜𝒹𝑒𝓂𝑜𝓈 𝓋𝒾𝓋𝑒𝓇 𝑒𝓂
𝒽𝒶𝓇𝓂𝑜𝓃𝒾𝒶 𝒸𝑜𝓂 𝒶 𝓃𝒶𝓉𝓊𝓇𝑒𝓏𝒶



FONTE: Menos 1 Lixo



.

AGORA A BURLA É PELO MB PHONE 
BURLAS MBWAY



FONTE:  Hugo Medeiros

.

𝕮𝕴𝕹𝕰  𝕮𝕷𝖀𝕭𝕰
26) Nem sempre é preciso decifrar os filmes



FONTE:  EntrePlanos

.

A мσdα иσ ѕέcυlσ XX/8
Getting Dressed in 1919
Pandemic Chic 1919 



FONTE:  CrowsEyeProductions

.
.
GOURMET COVID 19



.
.


2355
Senso d'hoje
BERNARDO MENDONÇA
JORNALISTA PORTUGUÊS
JORNAL "EXPRESSO"
Com a pandemia há menos pessoas 
a trabalhar e, portanto, mais 
desemprego, certo? Errado


.

NOTÍCIAS PARA HOJE

.
COMPRE JORNAIS








.