"Não hesitei um segundo", garante o autarca de Wissous, Richard Trinquier, que considera que não providenciar uma sepultura à criança, que morreu no hospital, é "humanamente impensável".

A notícia que a cidade de Champlan tinha recusado o funeral provocou uma onda de indignação, sobretudo entre as associações humanitárias que ajudam os cerca de 20 mil ciganos em França.

Ao Le Parisien, o presidente da autarquia de Champlan, Christian Leclerc, explicou que a prioridade para os poucos espaços livres no cemitério vai para os que pagam impostos.

Interpelado pela France Press, este fim-de-semana, Leclerc recusou fazer declarações.

França tem uma das políticas mais duras da Europa contra os imigrantes de etnia cigana, cujos campos são constantemente desmantelados e os seus moradores deportados aos milhares anualmente.

* Em poucos dias esta é a segunda notícia sobre as características xenófobas de muitos franceses, a par da grande arrogância que manifestam. Ainda não nos esquecemos como nos idos de 50 os emigrantes portugueses eram tratados nos bidonvilles, não havia "ami miterrand" que lhes valesse.