17/11/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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VIII~MEGA FÁBRICAS 4- FIFA 12

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VIII~MEGA FÁBRICAS

4- FIFA 12



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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ONTEM  NO 
"OBSERVADOR"
“Ainda é muito cedo para falar de
 uma perestroika à angolana”

O investigador Jon Schubert, especialista em Angola, diz que a reação dos angolanos à exoneração de Isabel dos Santos é "quase eufórica", mas refere que há interesses que "ainda não foram tocados". 

O investigador Jon Schubert falhou a exoneração de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração da Sonangol por um dia. Pela primeira vez desde 2011, o académico suíço, da Universidade de Genebra, regressou ao país onde viveu oito anos da sua infância, entre 1984 e 1992. Nesses anos, o pai, pastor de uma igreja evangélica, foi enviado para Angola para trabalhar como missionário. A intenção era ir para o Uíge, no norte do país, mas a guerra não deixou que a família de Jon Schubert fosse para lá de Luanda.
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Foi um período que lhe deixou marcas no discurso — ainda hoje se despede das entrevistas com um inconfundivelmente angolano “estamos juntos” — e também no percurso profissional. Há vários anos que Jon Schubert se foca no estudo da política e economia de Angola, desde um ponto de vista antropológico.

O resultado do seu trabalho é o livro “Working The System – A Political Ethnography of the New Angola” (Cornell University Press, 2017), onde reflete sobre as dinâmicas entre o povo angolano e o poder, assentes num contrato social possível. Agora, diz ao Observador que a cautela com que escreveu o seu livro — cujo período de pesquisa terminou com a nomeação de João Lourenço como candidato do MPLA às presidenciais de agosto deste ano — talvez “esteja agora um pouco ultrapassada”. “Porque se há realmente vontade de fazer reformas fundamentais por parte do novo Presidente, então talvez essas mudanças possam ser mais abrangentes do que se pensava”, explica.
Jon Schubert confessa-se “surpreendido” com as medidas de João Lourenço, mas ainda assim refere que “ainda é muito cedo” para falar de uma Perestroika em Angola e sublinha que há “interesses económicos que ainda não foram tocados”.

Está surpreendido com as últimas decisões de João Lourenço?
Surpreendido, sim. Acima de tudo com esta rapidez. Tendo estado em Luanda, não estou tão surpreendido como talvez estaria antes da minha estadia. Mas ainda há três semanas as pessoas diziam que era preciso pelo menos seis meses até João Lourenço consolidar a posição e que ele tinha de andar com muita cautela, porque os riscos são grandes e há armadilhas de todo o lado. E o facto de ele avançar tão rápido e de maneira tão decisiva é indicativo de que a posição do ex-Presidente é muito menos forte dentro do partido do que aquilo que se pensava antes das eleições.

Em agosto, antes das eleições, disse ao Observador que a promessa de João Lourenço contra a corrupção “era pouco credível”…
É isso! E agora…

… e também referiu que ele, como qualquer político na sua situação, tentava apenas apelar à “mudança” junto da população ao mesmo tempo que apelava à “estabilidade” para dentro do MPLA. Tendo em conta as decisões desta quarta-feira, João Lourenço pode agora estar a pôr em causa a estabilidade do partido?
Não. Acho que o que isso representa é uma tomada de consciência dentro do MPLA de que a única maneira de salvar o partido, em termos de futuro político, é atacando algumas coisas de maneira decisiva. Agora, estou um pouco arrependido do que disse em agosto, porque estou a ver que há coisas que realmente estão a mudar. Até agora quase não passava de política simbólica, mas no contexto angolano essa política simbólica é muito importante, porque abre espaços onde as pessoas podem de repente criticar o ex-Presidente abertamente.

João Lourenço quer salvar o MPLA e o regime aos olhos da população, que há muito tempo olha para os filhos de José Eduardo dos Santos com algum desdém, ou é mais profundo do que isso?
Eu gostava de acreditar que é mais profundo do que isso. É a impressão que eu tive e é a impressão dos angolanos com quem falei nas últimas quatro semanas. É o que eles dizem e também gostariam de acreditar, que essas mudanças vão ser de facto efetivas e profundas. Mas o que ainda não aconteceu, e isso também seria na situação atual quase suicida, é atacar os privilégios económicos dos generais. Isso não aconteceu e não vejo que aconteça com a mesma rapidez com que agora se atacaram os privilégios da família Dos Santos. Mas isto demonstra que dentro do partido há um grande descontentamento, embora haja partes do partido que ainda continuam a opor-se a esse tipo de reformas. O facto de João Lourenço ser muito mais popular agora, depois das eleições do que antes delas, e de ter um certo respaldo da população, confere-lhe uma legitimidade no seio do partido que lhe permite avançar com essas reformas e retirar privilégios aos filhos do ex-Presidente.

Depois das notícias desta quarta-feira, há um sentimento de surpresa generalizado. Se calhar andámos todos enganados em relação ao poder efetivo do clã Dos Santos, porque agora, de uma penada, João Lourenço afastou três dele: Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos e Córeón Dú…
… e até já há boatos de que o Zenu [José Filomeno dos Santos, diretor do Fundo Soberano de Angola] se vai demitir.

Isso mesmo. Quer isto dizer que afinal eles não têm assim tanto poder? Ou é João Lourenço que simplesmente está a fazer uso de um poder que lhe é reconhecido pela Constituição mas que ninguém no clã Dos Santos esperava que ele viesse a usar?
Acho que é esse o caso. Há pessoas que dizem que João Lourenço preparou um golpe de mestre, que ele é um grande jogador de xadrez e que já é uma coisa que prepara há muito tempo. Disseram-me que esses secretários de Estado mais novos, que ele nomeou, já entraram com os dossiers preparados. Isto demonstra que eles já estavam preparados para tomar posse e trabalhar no sentido de cumprir as orientações do novo Presidente. E é verdade que João Lourenço foi o compromisso entre o ex-Presidente e o partido, mas acredito que José Eduardo dos Santos não pensava que esses poderes quase absolutos que ele próprio se outorgou através da nova Constituição iriam ser utilizados pelo novo Presidente contra ele próprio.

Há pouco referia a questão do poderio militar e dos interesses económicos dos generais. Será que João Lourenço tem interesse em chegar até este patamar ou não é do seu interesse, tendo em conta as suas ligações ao setor da defesa e do exército?
Nas próprias Forças Armadas há generais que também têm os seus interesses económicos. E acho, nesta altura, seria arriscado para o novo Presidente tentar quebrar esses interesses económicos de quem detém o poder coercivo das Forças Armadas.

É curioso porque, na altura das eleições, era quase unânime que um dos pontos fortes de João Lourenço era o facto de ter os militares do seu lado e que por isso nunca haveria um big bang em Angola. Isto já não é certo?
Acredito que ainda é assim, mas há pouco perguntava-me até que ponto é que o combate à corrupção era sério. Essas medidas que foram tomadas agora demonstram que o combate parece ser sério — mas também é seletivo. Há outros interesses económicos que ainda não foram tocados. É precisamente o caso dos generais. Há outros também dentro do partido que também foram metidos no sistema Dos Santos e que até agora continuam com os seus cargos dentro do partido. E tendo em conta que o novo Presidente precisa do apoio do partido para fazer essas reformas, talvez esses indivíduos ainda possam continuar durante um certo tempo a manter-se nos poderes que têm. Mas isto é só especulação.

O certo é que nos últimos dias temos João Lourenço a decapitar, por mais forte que o termo seja, a liderança das empresas mais poderosas. Além da Sonangol, houve também a exoneração da administração da Diamang e há também o golpe na TPA, a afetar a Semba Comunicações, de Tchizé dos Santos e Córeon Dú. Este último caso pode não ser muito importante a nível económico, mas simbolicamente é muito forte, não acha?
Sim, é muito forte. E a exoneração na semana passada dos presidentes dos conselhos de administração do Jornal de Angola e da TPA é muito, mas muito importante. A imprensa pública agora passa notícias que há três meses nunca passava, notícias negativas em que nem tudo está bem. A mensagem passou. E há pessoas que, mesmo estando dentro de instituições que até agora eram muito partidarizadas, como o Jornal de Angola, têm uma ética profissional que lhes permite tomar esse espaço. Usam o pouco espaço que existe, embora ele ainda não seja formal, para trabalhar em direção de uma certa abertura.

É uma Perestroika à angolana, então?
Ainda é muito cedo para falar disso. O que as pessoas têm dito neste dias é que é “ver para crer”. O angolano quer ver para crer. Há otimismo e pelo menos os sinais que estão a ser dados agora dão para entender que o otimismo pode ser justificado. É uma surpresa, mas uma surpresa muito bem-vinda.

Voltou há poucos dias de uma visita de quatro semanas a Angola. Falhou a exoneração de Isabel dos Santos por pouco tempo. Mas mesmo assim chegou a apanhar a exoneração do conselho de administração da Diamang, do governador do Banco Nacional de Angola, da direção da Ferrangol… E também estava em Angola quando saiu a notícia falsa — que agora se confirmou — da exoneração de Isabel dos Santos. Como é que as pessoas à sua volta viveram tudo isto?
A reação é quase eufórica. Realmente, as pessoas já andavam fartas deste sistema há muito tempo mas não havia como exprimir isso e dizer as coisas. Agora, o simples facto de haver uma nova pessoa lá, em termos simbólicos, abre espaços onde de repente há coisas que há alguns meses eram impensáveis e hoje são possíveis.

E os cidadãos ligam esta vaga a uma possível melhoria da sua qualidade de vida ou, para já, impera apenas a surpresa pela limpeza que João Lourenço está a fazer?
A grande expectativa é mais qualidade de vida. Mas as pessoas das camadas mais populares têm consciência de que isso não vai acontecer de um dia para o outro. O país vai ainda continuar em crise mais um ano ou dois, porque os erros económicos do passado não podem ser corrigidos simplesmente com a exoneração de algumas figuras. Há muito dinheiro que simplesmente desapareceu e a diversificação da economia, embora se fale dela há dez anos, não aconteceu. E isso vai demorar mais tempo do que apenas a exoneração de algumas figuras.

Qual é a conclusão que retira no livro que acaba de publicar?
O livro é uma análise da relação que existe entre o povo e o poder e detalha os vários pontos que constroem essa relação. São laços históricos, são memórias populares de alguns acontecimentos, memórias de violência, mas também são elementos muito mais transacionais do que uma análise comum de um sistema autoritário nos dá a entender. Apesar de tudo, existe uma forma de negociação social que leva a uma legitimização política do sistema, embora ele seja muito desigual. O livro tenta compreender como é que o sistema funciona para as pessoas que não fazem parte da elite e que têm de viver com um sistema destes no dia a dia. Quando terminei o livro, já se sabia que João Lourenço era o nomeado do partido, mas as eleições ainda não tinham acontecido. E eu escrevi que vai ser preciso mais do que a mudança de um só homem para mudar as práticas políticas e económicas em Angola e que seriam necessárias reformas mais fundamentais. Mas talvez essa conclusão esteja agora um pouco ultrapassada. Porque se há realmente vontade de fazer essas reformas fundamentais por parte do novo Presidente, então talvez essas mudanças possam ser mais abrangentes do que se pensava.

Os desenvolvimentos mais recentes podem levar a uma relação mais próxima entre a ideia de povo e a ideia de elite, é isso?
Sim, do povo com o poder. Talvez o poder se torne um pouco mais reativo às necessidades da população.

E assim desaparece uma certa ideia de elite? Essa ideia vai ser reformulada em Angola ou simplesmente vão ser substituídos por outros e fica tudo na mesma?
Essa é a grande questão. A ideia das grandes famílias e a hierarquia do poder, a cultura do “sim, chefe”, não sei se tudo isso vai mudar de um dia para o outro com a retirada do clã Dos Santos. Mas essa é a questão interessante a observar nos próximos anos.

Para já, Isabel dos Santos e Córeon Dú permanecem em silêncio. Só Tchizé dos Santos falou, no WhatsApp, e disse que sonhava um dia ser condecorada por um Presidente da República pelo seu trabalho à frente da TPA. Chegou até a falar de Paul McCartney e Paula Rego, que foram condecorados. Há muita gente a rir desta ideia, mas ela parece falar mesmo a sério. A elite Dos Santos sentia-se assim tão intocável?
A noção da realidade parece que é outra. E isso já se notava há algum tempo. Como é que numa situação de crise esses filhos podiam continuar a comprar os relógios e a exporem-se no Instagram em grandes festas? Isso em termos de relações públicas foi uma grande estupidez. Então, uma reação dessas vinda da Tchizé não é tão surpreendente quanto isso. Mas pelas coisas que estão a circular no WhatsApp, nos meios ligados ao partido, percebe-se que é simplesmente ela que está a falar à toa e que isso não vai mudar as coisas.

* Uma excelente entrevista de JOÃO DE ALMEIDA DIAS.

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IX-MISTÉRIOS
EXTRATERRESTRES
1- Não Estamos Sós



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE  NO 
"RECORD"
COI decide participação da Rússia nos
.Jogos de Inverno a 5 de dezembro

A comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) vai anunciar a 5 de dezembro, em Lausana, na Suíça, a sua decisão sobre a participação de atletas russos nos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeonchang'2018.
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O órgão vai tornar pública uma decisão final sobre a possibilidade de os atletas russos participarem na competição, que decorre em fevereiro, com base nas conclusões das comissões criadas para investigar as denúncias de um esquema de doping organizado reveladas pelo relatório McLaren.

No final de 2015 um relatório elaborado pelo canadiano Richard McLaren denunciou uma rede de doping no desporto russo que envolvia várias instituições governamentais, com a participação dos serviços secretos daquele país.

Este relatório implicou cerca de 1.000 atletas em práticas de dopagem nos Jogos Olímpicos de verão Londres'2012 e de inverno Sochi'2014.

Depois de o COI ter colocado a decisão nas federações de modalidade, muitos atletas russos foram impedidos de participar nos Jogos Olímpicos Rio'2016.

Na quinta-feira, a Agência Mundial Antidopagem (AMA) manteve a suspensão da Agência Russa (RUSADA), decidida em 2015 após a divulgação do relatório.

* Tem de haver solução para os atletas russos que não se  doparam.

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III-ARMAS E TÁCTICAS
3 -Fogo Rapido



FONTE: Universo do Documentário

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores. 
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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Deputado republicano anti gays 
demite-se após ser apanhado 
a fazer sexo com homem

Deputado do Ohio sempre afirmou que um "casamento natural" é entre um homem e uma mulher

Wes Goodman, deputado do Partido Republicano no estado do Ohio, foi apanhado a fazer sexo com outro homem no seu gabinete e acabou por demitir-se. O político conservador é conhecido pelo seu discurso contra os ideais e a comunidade LGBT.
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.O HOMOPURITANO E A EMPATA FADAS, 
SERÁ LÉSBICA NÃO ASSUMIDA?
O republicano é casado com uma mulher que é, inclusivamente, diretora assistente de um evento anual contra o aborto, conhecido como "March for Life", afirma o Independent.

A situação terá acontecido há várias semanas e foi testemunhada por um indivíduo não identificado que contou a Mike Dittoe, secretário-geral do parlamento estadual do Ohio, o que levou a que Goodman se demitisse na passada quarta-feira.

Goodman, de 33 anos, até já foi denominado a "consciência do movimento conservador" e demitiu-se após a "conduta imprópria".

"Cristão. Americano. Conservador. Republicano". Eram estas algumas das palavras que apareciam a definir Wes Goodman na sua página do Twitter, que é agora privada. A sua página de Facebook já não está sequer online, de momento.

No site da sua campanha, que também está agora offline, fala-se em valores baseados na família como "fonte da história do Ohio e chave para o futuro". Várias vezes, Wes Goodman afirmou que o "casamento natural" acontece entre um homem e uma mulher.

"Os ideais de uma família com o amor de um pai e uma mãe, um casamento natural, e uma comunidade cuidadora são para tentar alcançar e proteger", lê-se também.

O deputado, em comunicado, admitiu que se ia demitir e explicou os motivos. "Todos trazemos as nossas lutas pessoais para a vida pública. Isso também é verdade para mim e, sinceramente, 
arrependo-me das minhas ações, que me impediram de servir os meus eleitores e o nosso estado e de uma maneira que reflete os melhores ideais para o serviço público", afirmou.

"Àqueles que desiludi, peço desculpa. Enquanto me dirijo para um novo capítulo da minha vida, peço privacidade para mim, a minha família e os meus amigos", acrescentou.

* Até onde chega a pulhice dum puritano!

ANDRÉ BARATA

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E se parássemos de sobreviver?

O mais revolucionário a fazer é: começar a parar. A melhor garantia da nossa sobrevivência como espécie é pararmos de nos comportar como sobreviventes.

Já foi dito por muitos, mas é preciso insistir e tornar em acções a denúncia da incompatibilidade, que é de princípio, entre capitalismo e sustentabilidade, entre um sistema que só se sustenta criando desequilíbrios e a urgência de uma viragem ecológica para a regulação de um equilíbrio.

Fala-se do antropocénico e com razão: impressiona o registo geológico que a presença humana deixará no planeta Terra e impressiona o contraste entre o tempo humano contado em anos, décadas e séculos, e o tempo geológico contado em milhões de anos. Por aí se vê a violência do desequilíbrio que a nossa existência significa para toda a existência em redor. Mas fora esse efeito, sem dúvida útil para uma urgente pedagogia da contenção, o antropocénico é apenas um estádio que depressa será devorado pela compulsão para o crescimento.

Não passarão muitos séculos até ocuparmos o sistema solar todo, como sucedeu com os continentes, eventualmente musealizando a Terra, a ponto de não ser inconcebível que esta se salve a troco de perigos sempre cada vez mais vastos. Por isso, não deve ser o antropocénico a balizar a discussão sobre a nossa existência desequilibrada (as categorias geológicas não têm alcance suficiente), mas sim o que realmente nos move de forma tão destrutiva: uma organização socioeconómica que nos coloca sempre na posição sobrevivencial e que nessa posição justifica a mobilização de todos para um processo de crescimento, que nada tem que ver com o amadurecimento e a emancipação que se espera de pessoas crescidas, mas com algo semelhante a uma doença cancerígena.

Para compreender a contradição em que nos embrulhámos, planeta incluído, é preciso desmontar criticamente ideias feitas, fortemente incrustadas num senso-comum que tem muito mais de produzido do que de espontâneo.

A primeira ideia feita é a de que o capitalismo é um sistema de equilíbrio concorrencial, que confere uma justa oportunidade a quem quer que tenha a vontade e a determinação de a apanhar.  Esta perspectiva é enganadora.  No capitalismo são relevantes para a criação de oportunidades de lucro os factores de inovação – mas ligados cada vez mais à criação de novas necessidades, numa dinâmica global e intensiva de consumo amplamente impulsionada pela mediacracia planetária –, que nos fornecem a cada passo uma qualquer vantagem. Mas são sempre vantagens transitórias, transitoriedade que compele à criação de novas vantagens transitórias, num movimento de fuga para a frente e de expansão.

Se no capitalismo a falta de inovação resulta em fracasso é precisamente por se tratar de um sistema económico incompatível com um equilíbrio concorrencial. Acesso diferenciado à informação, à tecnologia, aos recursos são exemplos de ingredientes que desequilibram a concorrência, criando uma oportunidade motivadora de lucro. O desequilíbrio é pois o bem transitório a perseguir sempre, porque gera lucro. E que deixando de ser perseguido determina a derrota concorrencial. Os imperativos são: inova, cresce, ganha uma vantagem… ou morre. Daí que o capitalismo não seja, por razões intrínsecas, compatível com uma época de equilíbrio e de pós-crescimento que se torna urgente fazer acontecer.
 
A segunda empenhada produção de senso-comum a desmistificar tem que ver com a presunção de que nos libertámos civilizacionalmente da lei da sobrevivência. Outra grande ilusão. Apesar de toda a desnaturalização histórica dos humanos, que conseguiram escapar à lei da sobrevivência no sentido mais literal que preenche o quotidiano e é condição de existência de todas as outras espécies, nós como espécie interiorizámos essa lei, através de um simulacro que é a luta pela vida, a labuta, e que já não é exactamente a da sobrevivência natural, no sentido de uma luta pelos recursos da água, da comida e pela possibilidade da reprodução, mas a luta por rendimento e statu quo, nossos intermediários do acesso a recursos de sobrevivência.

Daqui decorrem quatro consequências que deveríamos não querer.

Primeiro, o centro da nossa vida continua a ser a sobrevivência. Mesmo aqueles que estão em posições socialmente favorecidas, por fortuna ou dons, são levados a escolher uma lógica de sobrevivência como sentido de vida. O lazer, a preguiça, e todas as outras coisas que gostaríamos de fazer ficam postas em posição secundária, antecâmara tolerada de uma retomada da actividade dominadora.

Segundo, sobrevivemos sozinhos numa espécie de solipsismo naturalizado da vida humana, como se fôssemos os únicos seres realmente activos de um ecossistema artificial. O resto é musealizado, tendência de fixar realidades num tempo-espaço inactivo, por exemplo em parques e reservas naturais, com que temos um contacto sem vida, apenas de memória de uma vida, conteúdo de programas de sábado de manhã, da National Geographic ou similares.

Terceiro, verdadeiramente não damos outro horizonte de existência às restantes espécies além de um de sobrevivência das próprias espécies enquanto tais. Esperamos do seu risco de extinção a justificação da nossa migração da sobrevivência natural para a artificial e a justificação para as proteger de consciência tranquila.

Quarto, induzimo-nos, neste solipsismo sobrevivencial, não só a afastar os “outros” não humanos que já só com aspas podem ser chamados assim, como a depender deles cada vez menos, a transcendê-los.
Na proporção em que nos isolámos numa lógica sobrevivencial exclusiva, e nela nos tomámos como sujeitos únicos do mundo, dessubjectivámos tudo o resto, inactivámos todos os “outros” do mundo, e perdemos o fio das relações com tudo o mais no mundo e com o próprio mundo. Tornámo-nos pós-mundo.

O que fazer? O mais revolucionário a fazer é: começar a parar. E a pergunta revolucionária deve ser “porque continuamos a sobreviver?”, não no sentido de a sobrevivência ser inverosímil e nos devermos perspectivar em vias de extinção, mas sim no sentido de que a melhor garantia da nossa sobrevivência como espécie é pararmos de nos comportar como sobreviventes.

Somos induzidos a sobreviver quando deveríamos optar por viver. Importaria que nos pensássemos não como já estando num processo catastrófico, dentro de um cataclismo planetário, mas, tudo ao contrário, como já estando na posse de todos os meios para deixar de ter a sobrevivência como sentido de vida.

* Filósofo, Universidade da Beira Interior

IN "O JORNAL ECONÓMICO"
16/11/17


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1415.UNIÃO



EUROPEIA



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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
PS propõe “compromisso” 
com novo hospital da Madeira 
mas sem apontar valor

O grupo parlamentar do PS propôs hoje incluir no Orçamento do Estado para 2018 o “compromisso do Estado” para construção do novo hospital na Madeira, como foi assumido este ano, mas não aponta uma verba, conforme reivindica a região.
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Numa proposta de aditamento à proposta de lei do Orçamento do Estado (OE), disponibilizada no ‘site’ do parlamento, o partido lembra que constava do Orçamento para 2017 “o compromisso de o Governo da República prestar, no âmbito dos Projectos de Interesse Comum, previstos na Lei das Finanças Regionais, um apoio à construção do novo Hospital da Madeira”.

Tendo em conta a função do Estado de “promover a coesão económica e social e encontrar os mecanismos adequados para reduzir as assimetrias no país”, e considerando as “profundas dificuldades orçamentais” da região, a bancada socialista propõe incluir a obra no documento.

“O Governo da República acordará com o Governo da Região Autónoma da Madeira o apoio [...] num valor de 50% da despesa relativa à obra de construção do hospital da Madeira, na sequência da decisão referente ao concurso público que vier a ser lançado para a construção da referida obra”, indica a proposta.

O primeiro-ministro, António Costa, tinha já assumido o compromisso de comparticipação em 50% do investimento da construção e equipamentos.

O projecto do novo hospital do Funchal tem um custo estimado de 340 milhões de euros.
Depois de conhecida a proposta de OE2018 do executivo socialista, o presidente do Governo Regional da Madeira (PSD) afirmou já ser necessária “uma manifestação expressa de vontade política” do Executivo central para a construção do novo hospital da região, traduzida na inscrição da verba necessária no próximo Orçamento do Estado.

“O primeiro-ministro esteve aqui em março e disse que [a obra] era importante e ia co-financiar” a construção do novo hospital da Madeira, recordou Miguel Albuquerque.

* Primeiro a cenaça política, depois o interesse das populações.

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XI-HUMANIDADE

A HISTÓRIA DE TODOS NÓS

11- AMÉRICA
 TITANIC - NAUFRÁGIO
 THEODOOR DE MULDER - SOBREVIVENTE
 1503 MORTES
 CHARLES GOODYEAR:
 BORRACHA - VULCANIZAÇÃO

1- ÁFRICA - O CONGO BELGA
 NSALA DE WALA - SERINGUEIRO
 ALICE HARRIS - DIREITOS HUMANOS
 LEOPOLDO II - DITADOR FEROZ
 NATIVOS - 10 MILHÕES DE MORTOS
 CATÁLOGO DE HORRORES



* Neste vídeo da série vão cruzar-se 2 situações de relevo , em cada episódio encontra em subtítulo os items correspondentes.

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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Como é ter um TESLA
EM PORTUGAL?



FONTE:  Nuno Agonia


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HOJE  NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Mário Ferreira retira obra
 do Monumental à Soares da Costa

Após três dias de tensão e troca de acusações, a Mystic Invest rasgou o contrato com o consórcio liderado pela Soares da Costa para a construção do hotel nos Aliados, no Porto, num investimento de 20 milhões de euros.

É mais um capítulo da novela que envolve o grupo Mystic Invest (MI) e a Soares da Costa, que lidera o ACE (agrupamento complementar de empresas) criado para a construção e reabilitação do Monumental Palace Hotel, no Porto. A empresa liderada por Mário Ferreira informou esta segunda-feira, 6 de Novembro, que procedeu à "rescisão com efeitos imediatos do contrato de empreitada" que tinha sido rubricado há dois anos.
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"Os sucessivos incumprimentos por parte do ACE, bem como a manifesta incapacidade de solucionar questões de gestão interna, levam à conclusão evidente de não estarem reunidas as condições necessárias para que seja levada a cabo a conclusão da empreitada em tempo útil nos prazos e nos termos definidos no contrato assinado pelas partes", frisa a MI, concluindo que, "perante este cenário de incapacidade e não havendo mínimas garantias futuras, não restou outra alternativa que não fosse a rescisão do contrato por forma a proteger e salvaguardar o seu investimento e o bom-nome do grupo".

O investimento superior a 20 milhões de euros, apoiado com 11 milhões pelos fundos europeus do Compete 2020, já leva um atraso de quase um ano face ao plano inicial, que previa a entrada em funcionamento no final de 2016, com festa de inauguração na noite de passagem de ano para 2017. Este atraso era conhecido, mas a decisão agora concretizada precipitou-se em poucos dias. E tudo começou na sexta-feira, 3 de Novembro, com o protesto de dezenas de trabalhadores da Soares da Costa contra o atraso no pagamento dos salários.

Numa primeira reacção, Mário Ferreira acusou logo a construtora de "desviar" as verbas que tinha adiantado para evitar a suspensão de fornecimentos, serviços e trabalhos, queixando-se também da "reincidente impossibilidade de contacto" com o CEO da construtora, Joaquim Fitas. Nesse mesmo dia, a Soares da Costa emitiu um comunicado a "[recusar] veementemente" o desvio de verbas "afectas a determinado contrato para outros fins que não o cumprimento das suas obrigações fiscais, laborais e para com os seus clientes". E apesar de reconhecer que "a situação da empresa é difícil", disse acreditar que "será possível ultrapassar esta fase".

Já na tarde deste domingo, 5 de Novembro, a construtora veio queixar-se de "uma acção violenta por parte de elementos de uma empresa de segurança privada, que supostamente actuavam em nome do proprietário do espaço" e que "ocuparam o local da obra e expulsaram os trabalhadores, negando acesso ao local de trabalho". Ora, o que se passou no estaleiro localizado em plena Avenida dos Aliados, contrapõe a MI, foi apenas a "tomada do espaço" que é seu, tendo assumido o controlo da obra e "convidado de forma ordeira e pacífica" o vigilante a retirar-se, o que foi cumprido por volta das 18h na presença da PSP do Porto. Três horas depois de notificar a administração da Soares do Costa da decisão de rescisão de contrato.

"As declarações do comunicado do ACE, liderado pelo Dr. Joaquim Fitas, CEO da Soares da Costa, só podem ser entendidas como uma manobra de vitimização e tentativa de manipular a atenção pública dos problemas reais da Soares da Costa: a total incapacidade em cumprir com o contrato de empreitada, bem como de garantir as condições do normal funcionamento dos colaboradores da sua responsabilidade, que saberão julgar, porque já o entenderam por certo, do carácter e capacidade da sua administração. Administração essa que procura refugiar-se em jogos mediáticos na tentativa de deturpar a realidade dos factos", acusa a MI.

Braço-de-ferro e mão sindical
Idealizado pelo também dono da Douro Azul como "o melhor hotel de cinco estrelas da cidade do Porto", este empreendimento inclui 78 quartos, nove apartamentos T1 e a recuperação da memória do Café Monumental, que terá capacidade para 140 pessoas. Quando foi inaugurado, em Novembro de 1930, era o maior café do país e considerado um dos mais luxuosos da Península Ibérica, dispunha de 24 mesas de bilhar e era também famoso por ter uma grande sala de concertos onde diariamente tocavam duas orquestras ao vivo.

No entanto, a empresa de Mário Ferreira chegou agora à conclusão que o ACE se mostra "incapaz de cumprir o projecto e de suportar os termos constantes do contrato, nomeadamente não apresentando as garantias bancárias a que se obriga, incapaz de garantir a manutenção das suas equipas em obra, apresentar uma total incapacidade financeira para cumprir com as suas obrigações e demonstrar total incapacidade para cumprir os prazos de conclusão da obra estabelecidos de mútuo acordo". A estes argumentos soma ainda "a evidente descoordenação da equipa de gestão da empreitada".

Ora, "tomada esta decisão por força da incapacidade dos actuais parceiros e perante a ausência de contacto e envolvimento do Dr. Joaquim Fitas, que se tem mostrado ausente e incontactável de todo o processo desde Julho" deste ano, a dona da obra refere que irá "tomar todas as diligências necessárias para garantir a continuidade e conclusão da empreitada, empregando para tal os meios próprios que considerar pertinentes e recorrendo ao mercado para encontrar soluções mais capazes".

Logo na sexta-feira, o Sindicato da Construção de Portugal, liderado por Albano Ribeiro, antecipou que "se o dono da obra [retirasse] a empreitada à Soares da Costa, mantendo os trabalhadores em obra, o sindicato [estaria] inteiramente de acordo com esta decisão". Numa aparente tentativa de agarrar essa mão que se estendeu, a MI sustenta que, "havendo exequibilidade jurídica e legal", está "disponível, fora do âmbito do ACE, para tentar encontrar uma solução que possibilite a manutenção destes colaboradores no processo da empreitada, mantendo os seus enquadramentos salariais actuais".

* Empreendedores portugueses...

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Indila

Derniere Danse


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HOJE  NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Anomalias no Edifício Transparente no
.Porto podem pôr pessoas em risco

O Edifício Transparente (ET), situado junto à praia Internacional do Porto, apresenta anomalias que "envolvem um risco que pode provocar danos contra a saúde e a segurança das pessoas", conclui o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
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OPACA TRANSPARÊNCIA
De acordo com um relatório do LNEC datado de setembro, e a que a Lusa teve esta sexta-feira acesso, o ET padece de patologias de diversos tipos, "quer de construção quer de manutenção", e algumas são "críticas".

"As deficiências [detetadas por peritos] assumem uma classificação de risco diferenciado, que varia de acordo com a gravidade, medida pelas consequências que podem provocar, quer na saúde e na segurança dos utilizadores, quer no desempenho e vida útil do edifício", lê-se no relatório.

O LNEC classifica algumas das anomalias detetadas como "críticas", "pois envolvem um risco que pode provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas", pelo que "recomenda uma intervenção imediata, no sentido de criar uma solução que previna acidentes e eventuais ferimentos nos utilizadores do edifício".

Considerando que o ET não cumpre as condições legalmente exigidas de segurança e salubridade para espaços daquele género, os peritos afirmam que "o maior risco" decorre de uma situação de incêndio" e que há "aspetos de segurança relativos à caixilharia", em especial aos vidros utilizados, que "têm reflexos diretos na segurança dos utilizadores, embora possam não ter consequências imediatas".

A Lusa contactou a HotTrade, que tem a concessão do edifício até 2024, para obter esclarecimentos sobre a situação, contudo, fonte da administração afirmou não poder para já prestar quaisquer declarações, porque não foi "ainda informada sobre o relatório". Em resposta à Lusa, a Câmara do Porto, proprietária do ET, recorda que o edifício foi concessionado em 2004 à HotTrade através de um contrato que "prevê nos artigos 8.º, 9.º e 10.º que a manutenção/conservação é da responsabilidade da concessionária".

Relativamente a uma situação de incêndio, o LNEC diz que o ET apenas possui meios de primeira intervenção e que "não há evidência de funcionamento adequado do sistema de segurança contra incêndios, nomeadamente devido à falta de registos de manutenção e à presença de sinalização com deficiências na respetiva unidade central".

 "Tratando-se de um edifício recebendo público, recomenda-se que tais sistemas sejam rapidamente reabilitados e colocados em funcionamento em serviço, com a manutenção devida", escrevem os investigadores.

Para o LNEC, "urge implementar" medidas previstas no Plano de Emergência, bem como proceder à revisão do mesmo, "de modo a ter para o edifício medidas de autoproteção [contra incêndios] que deem uma resposta plena às exigências impostas na atual legislação".

Os peritos afirmam também que, em caso de incêndio, "há distâncias superiores às permitidas correntemente para atingir uma saída para o exterior, pela existência de vias de evacuação não protegidas e, ainda, pelas características construtivas da rampa exterior de acesso, localizada ao nível da praia".

O LNEC refere também anomalias críticas associadas "à deficiente conceção de caixilharia", designadamente "a falta de comprovação da segurança da fixação dos vidros fixados pontualmente e colados (da fase inicial da construção)" e "a não utilização de vidros laminados em zonas onde estes têm a função de guardas para evitar a queda de pessoas em altura".

Há também irregularidades críticas associadas à deterioração dos materiais de revestimento do ET, "tal como queda de ladrilhos", bem como "guardas soltas e falta de cabos em algumas guardas, deficiências estas que podem permitir a queda de crianças dos pisos superiores para os inferiores, com consequências graves".

Para o LNEC, as patologias existentes no ET "não põem em causa a normal utilização das lojas, mas colocam em risco a segurança das pessoas" que o utilizam e, consequentemente, "também o funcionamento de cada um dos estabelecimentos integrados no edifício, devido ao incumprimento de alguns aspetos regulamentares previstos no Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU)".

Sinais de ferrugem (oxidação), de falta de manutenção exterior e alguma interior, infiltrações de água e falta de alguma sinalética legalmente exigida são outras apreciações deixadas no relatório. O ET, projetado pelo arquiteto catalão Solà-Moráles, foi construído no âmbito da Porto 2001 -- Capital Europeia da Cultura.

Em 2003, a empresa HotTrade venceu o concurso de concessão, mas o edifício apenas abriu ao público em 2007, depois de obras de adaptação para espaço comercial e de entretenimento.

Proprietária do ET, a Câmara do Porto tentou alienar o edifício em fevereiro, fixando como base de licitação 7,9 milhões de euros, mas a hasta pública ficou deserta.

* Quem fiscalizou e autorizou o "termo de entrega" de obra concluída e concedeu alvará para funcionar como superfície comercial? O sr. Rui Moreira já tem um mandato cumprido como Presidente da Câmara, certamente ainda não teve tempo para se debruçar sobre o assunto. O sr. Rui Rio não tem nada a ver com esta embrulhada?

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