17/07/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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ADVOGADO
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Quando Eduardo, um belo e promissor jovem Advogado, descobriu que herdaria uma fortuna quando seu pai morresse devido a uma doença terminal, decidiu que era uma boa, naquela altura, encontrar uma mulher que fosse a sua companheira para a vida fácil que se avizinhava...

Assim, numa determinada noite, ele foi até o bar da Ordem dos Advogados, onde conheceu uma Advogada, a mais bonita que já tinha visto em toda a sua vida.
Sua extraordinária beleza, o porte elegante, o corpo curvilíneo, a inteligência, a maneira de falar deixaram-no sem respiração.
- Eu posso parecer um advogado comum - disse-lhe, enquanto iniciava o diálogo para a conquista da musa - mas dentro de dois ou três meses, o meu pai vai morrer, e eu herdarei 20 milhões de euros.
Impressionada, a bela Advogada foi para casa com ele naquela noite.

E TRÊS DIAS DEPOIS TORNOU-SE SUA MADRASTA!!!


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  COMO VAMOS


  "PREENCHER"!





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11- O MARKETING
DA LOUCURA


O MEU MÉDICO NUNCA ME DISSE O QUE

OS PSICOTRÓPICOS REALMENTE FAZEM

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Os psiquiatras dizem--nos que a forma de resolver comportamentos indesejáveis é alterando a química cerebral com um comprimido.

Mas ao contrário de um medicamento comum como a insulina, os medicamentos psicotrópicos não têm uma doença alvo mensurável para tratar, e podem transtornar o equilíbrio delicado dos processos químicos que o corpo precisa para funcionar bem.

Não obstante, os psiquiatras e as companhias farmacêuticas têm usado estes medicamentos para criar um mercado enorme e lucrativo.


E eles têm feito isto nomeando cada vez mais comportamentos indesejáveis como "perturbações médicas" que requerem medicação psiquiátrica


Mas será que estas realmente se deviam chamar doenças?
A questão é portanto:
Como é que os medicamentos psicotrópicos, sem uma doença alvo, sem poderes curativos conhecidos e uma lista longa e extensa de efeitos secundários, se transformam no tratamento indicado para todo o tipo de distúrbios psicológicos?
E como é que os psiquiatras que apoiam estes medicamentos conseguiram dominar o campo do tratamento mental?
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
 "JORNAL DE NEGÓCIOS"

Sindicato do Ministério Público 
acusa ministra de querer controlar 
as investigações criminais

Os magistrados não se conformam com o adiamento da aprovação dos estatutos e acusam a ministra de ter uma "agenda secreta" que passaria por uma "governamentalização e controlo" do Ministério Público. 
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) acusou esta sexta-feira, 17 de Julho, a ministra da Justiça de pretender "controlar politicamente" a actividade do MP, designadamente através daquele que é o seu principal órgão de investigação, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Numa conferência de imprensa convocada para comentar a proposta final de estatutos tornada pública pelo Ministério da Justiça, os representantes do sindicato consideraram que "este estatuto seria catastrófico para a magistratura do MP, mas também para o país e para o cidadão, porque sem autonomia do MP não temos justiça".
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A revisão do estatuto dos magistrados do MP, tal como, aliás, a do dos magistrados judiciais, já não se fará nesta legislatura porque já não há tempo para o fazer com todas as formalidades que a lei exige. Este adiamento não foi bem recebido pelos magistrados e acabou por ser a gota de água que faltava para uma ruptura de relações com o ministério liderado por Paula Teixeira da Cruz.

Tal como já tinha sido dito pelo Conselho Superior do Ministério Público, também o SMMP considera que a proposta final de estatutos, elaborada pela ministra, põe em causa a autonomia do MP.

Isto porque, explica António Ventinhas, que lidera o sindicato, há normas que retiram competências agora atribuídas ao Conselho e que as passam para o Governo. É o caso da elaboração do regulamento interno da Procuradoria-geral da República, o da Inspecção do Ministério Público ou os regulamentos dos departamentos de investigação criminal, nomeadamente do DCIAP.

Estas alterações, no entender dos magistrados, consagram "soluções inconstitucionais" e "atacam frontalmente a autonomia do MP", visando "o controlo deste pelo poder político".

Nada disso estava previsto numa primeira versão da proposta, elaborada por um grupo de trabalho em que estavam representados os magistrados e o Governo. As mudanças, diz o sindicato, foram depois introduzidas pelo Ministério, naquilo que considera ser uma "agenda secreta" da ministra.

"Quem tem medo do MP?"

"Esta proposta de estatutos leva-nos a uma pergunta muito simples: quem tem medo do MP?", disse Carlos Filipe Preces, secretário-geral do sindicato.


"É demonstrativo de que quando os órgãos do poder judicial funcionam e funcionam bem, o poder político não quer que assim seja", afirmou, sublinhando que "trata-se aqui de impedir a normal actividade de investigação do MP".

Estas alterações, conclui o magistrado, "têm um único objectivo: controlar politicamente a actividade do MP. Não sei quem tem medo do MP, mas sei que têm medo".

A ministra da Justiça afirmou, na sua última ida ao Parlamento, que a proposta de alteração de estatutos tinha custos incomportáveis do ponto de vista orçamental, já que consagrava vários aumentos para os magistrados. Isso implicaria que tivesse um aval das Finanças que, disse então a ministra, estaria a ser aguardado.

Para o SMMP, esta "foi a melhor das piores desculpas que a ministra podia arranjar. Não conseguiu aprovar os estatutos e a questão remuneratória foi o bode expiatório. Nós consideramos mesmo que essa questão podia ser adiada para mais tarde, mas que se aprovasse agora os estatutos".

Os magistrados consideram, que a não aprovação dos estatutos deixa inacabada a reforma da organização judiciária e que lhes provoca constrangimentos a nível da sua própria organização e estrutura interna.

Também os juízes entraram já em confronto com Paula Teixeira da Cruz pela mesma razão, tendo mesmo cortado relações institucionais com a ministra. 

* A sra. ministra nem com "photoshop" lá vai, só a barraca abana.

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3 - TEMPESTADE NEGRA






* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO
 "DESTAK"

Autoridades mexicanas acusam 
sete funcionários da cadeia de onde 
fugiu El Chapo

Sete funcionários da prisão mexicana de alta segurança de Altiplano, de onde se evadiu o traficante de droga Joaquin 'El Chapo' Guzman, foram acusados e detidos, anunciaram hoje as autoridades do país. 
 
MATEM-NO, NÃO
FAZ FALTA
No quadro do inquérito em curso, 22 funcionários, entre os quais o diretor do estabelecimento, tinham sido colocados em prisão preventiva no domingo passado.

As autoridades procuram determinar se Guzman, chefe do cartel de traficantes de Sinaloa, beneficiou de cumplicidades internas na prisão.

* Para fugir Guzman teve de distribuir alvíssaras e a história do túnel é encenação, saíu por uma das portas e com pouco disfarce.

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 FILHOS DE QUEM?



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HOJE NO
 "i"

Veterinários. 
Ordem inventa 150 novos especialistas

Os nomes foram escolhidos a dedo. A bastonária e outros 15 membros da Ordem auto-nomearam-se.

E, num instante, a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) ganha 150 novos especialistas. Não é exagero, foi mesmo assim: a bastonária nomeou-os um a um, sem critérios oficiais conhecidos. A lista, que pode até já ter crescido, deve ser divulgada hoje no site de Ordem. Dos 150 profissionais escolhidos por Laurentina Pedroso, cerca de 40 são docentes na UL, 16 são da ordem e apenas seis são especialistas com formação reconhecida pelos organismos internacionais creditados para o efeito.

Este “título”, tal como o regulamento da atribuição de especialidade, é contestado em abaixo-assinado e vários médicos veterinários alertam para o conflito de interesses na avaliação de futuros especialistas. O próximo passo é o recurso aos tribunais.
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Há uma sensação de pressa na forma como o processo foi conduzido até aqui. A bastonária, juntamente com alguns elementos da direcção, foi elaborando a sua lista de “especialistas”. Os convites da OMV chegaram aos médicos veterinários por email ou por telefone. Os contemplados foram contactados, e os interessados passaram a engrossar o grupo de privilegiados. Assim, sem mais.

A apresentação da casuística (a quantidade de casos atendidos no âmbito da suposta área de especialidade), a entrega de currículos, da ficha de auto-avaliação e mesmo a avaliação desses pressupostos pela comissão de avaliação – tudo documentos considerados “obrigatórios” pela própria Ordem – revelou-se secundária. Em vários casos, não foi preciso mais do que um “sim, estou interessado” para aderir. “Estes pseudo especialistas nomeados até podem ter anos de praça, mas se fosse feita uma auditoria ia perceber-se que não enviaram sequer documentação”, diz sob anonimato um especialista creditado pelo colégio europeu, que acompanhou todo o processo. “Eu andei dez anos a operar 1000 e tal animais por ano para depois receber um email a dizer que sou especialista?”, questiona-se Luísa Mestrinho. “Não tenho nada contra as pessoas daquela lista e até reconheço razões para aceitarem o convite – mas examinem-me, eu não tenho medo de ser avaliada e os meus colegas, se não tiverem medo da avaliação, estão do meu lado”, defende a médica do Hospital Escolar Veterinário da Ajuda e ex-docente na Lusófona.
Travar o regulamento A confirmação chegou a 27 de Maio. Os veterinários receberam uma email da Ordem (com uma “lista prévia de especialistas OMV” em anexo) com os 150 nomes iniciais.

Seis deles são, de facto, especialistas – percorreram todas etapas dos colégios internacionais (ver texto ao lado) e, no fim, foi-lhes entregue o diploma.  No grupo estão também 16 elementos da direcção da OMV, incluindo a bastonária. Todos eles foram, por mera-autonomeação, transformados em especialistas.

“A partir desta data todos os especialistas pela OMV, incluindo os membros das Comissões de Avaliação, podem divulgar o título perante os seus pares, clientes e sociedade”, lê-se no email.

Mais abaixo, um alerta: “Não atrase a sua candidatura por apreciação curricular, possível até ao final de 2015. A partir de 2016, se a futura direcção da OMV assim entender, o anexo ao Regulamento nº529/2014 pode vir a ser modificado, tornando obrigatória a avaliação do candidato através de exame/ prova pública.” Há mesmo pressa.

O problema – um dos problemas, aliás – é que estes títulos não têm qualquer validade científica. Fora de Portugal, valem zero. E podem mesmo trazer consequências para a credibilidade internacional da classe e para os clientes que procurem os serviços dos especialistas.

“No limite, podemos estar a falar de uma fraude cometida contra os clientes, porque os donos dos animais vão recorrer a supostos especialistas que não o são”, considera Jorge Cid. Luísa Mestrinho antecipa um cenário complicado. “Há uma falta de rigor na atribuição de especialista para com o público e para com os animais, que são o mais importante e temo que vão começar a surgir problemas de pessoas que se dirigiram a um especialista que não fez o seu trabalho de especialista”, admite a médica veterinária.

Com mais de três décadas de actividade como médico veterinário, Jorge Cid recusou o convite que lhe foi feito para integrar a lista e pretende “obrigar a bastonária a explicar porque fez isto e porque o fez a correr”. O médico veterinário também procura as razões para tanta pressa.

Há longos meses que um conjunto de veterinários pede à OMV a realização de uma Assembleia Geral que inclua dois pontos na ordem de trabalhos: anulação do “Regulamento Geral de Especialidades da Ordem dos Médicos Veterinários” e dos títulos de “especialista” atribuídos indiscriminadamente pela bastonária. O silêncio tem imperado.
A promessa chegou a ser feita numa reunião magna, tanto pela bastonária como pelo presidente da Mesa. Mas, na prática, o máximo que se conseguiu foi agendar um encontro com “carácter de esclarecimento” para este sábado, dia 18 – ao contrário do habitual, a reunião foi agendada para Coimbra e não em Lisboa, ficando assim um pouco mais longe do local onde a esmagadora maioria destes profissionais exerce funções. “Hoje em dia, põe-se em causa a própria legalidade do regulamento, pela forma como foi conduzido, pelos pressupostos que inclui mas, ainda de muito mais discutível legalidade, pela nomeação, num dia, de 150 especialistas sem que saibamos o critério para que essas nomeações tenham sido feitas”, refere Jorge Cid, director clínico do maior hospital veterinário do país.

O médico é um dos quase 500 subscritores (cerca de 10% do universo de veterinários) de um abaixo-assinado com que se pretende forçar a bastonária a ouvir a classe sobre o regulamento de especialidades e os graus já conferidos.
“Esta questão tem de ser submetida a apreciação da Assembleia-geral e a uma votação democrática”, sublinha. Se as exigências não forem ouvidas, os contestatários vão partir para o tribunal, e será um juiz a forçar o encontro magno.
Afinal, qual é a pressa? A expressão tem conotação política, mas serve ao caso. Olhando para a agenda dos próximos meses, fica mais clara a razão para que se imprima velocidade ao processo.

O segundo mandato de Laurentina Pedroso termina em Novembro deste ano e, impedida pelos estatutos, a bastonária não pode voltar a candidatar-se a uma terceira ronda. Um pouco antes, em Setembro, a Universidade Lusófona será alvo de uma visita da Comissão de Avaliação Externa da A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

E, ao contrário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, o curso da ULusófona ainda não está acreditado pela agência de acreditação de estabelecimentos de ensino veterinário.

Esse passo de Setembro é, por isso, importante para que a Universidade conquiste valor de mercado, mas obriga ao cumprimento de regras apertadas: entre outras, a formação do corpo docente.

Entre os 150 nomes da lista que emanou da direcção da OMV, quase 40 (24%) são docentes da do curso de Medicina Veterinária da UL – a faculdade que Laurentina Pedroso dirige. A “especialização” destes professores (num universo de pouco mais de 90 da instituição) representa um importante contributo para a sua valorização externa.

Ao i, a Lusófona sublinha que a acreditação em curso “não tem qualquer relacionamento com os processos de reconhecimento de especialistas profissionais definidos pelas diferentes ordens”. A instituição acrescenta que o curso de Medicina Veterinária “cumpre os requisitos legais e os definidos pela A3ES respeitantes  ao corpo docente bem como restantes requisitos previstos na legislação para a acreditação de um ciclo de estudo”.
O regulamento A Ordem dos Médicos Veterinários nunca teve especialidades instituídas. Existe um esboço, mas o documento publicado em Diário da República no ano passado vai muito mais longe que o original.

Laurentina Pedroso lançou 17 especialidades (5 vezes e meia mais que o texto anterior), e acrescentou a essa extensa lista outras 34 subespecialidades, que englobam uma infinidade de áreas de aprofundamento de conhecimentos – algumas das quais sem paralelo no contexto europeu ou americano.

Entre essas subcategorias estão as “áreas especificas” de Quiroprática e Gestão – Farmacologia e Toxicologia Veterinária entrou directamente para a categoria de especialidade. “A criação de um colégio de especialidades faz todo o sentido numa ordem profissional da área das ciências exactas, e isto já existe [noutros países], não é nada inventado pela OMV”, lembra Luísa Mestrinho. “Mas há situações que não são rigorosas na sua terminologia nem são baseadas na ciência”, considera.

Além dessas originalidades, o regulamento cria outros problemas. Por exemplo, no que diz respeito à comissão de avaliação (constituída em cada momento para avaliar os futuros especialistas).

O diploma estabelece que será constituída pelo bastonário, um membro do conselho directivo e dois do conselho deontológico, além de dois médicos de reconhecido mérito. “Estamos a falar de um júri de seis elementos em que quatro deles são da ordem”, destaca Luísa Mestrinhho.

Apesar dos insistentes contactos ao longo dos últimos dias, a bastonária nunca se mostrou disponível para falar sobre este assunto.

* Estamos na república dos especialistas, a nossa mulher a dias foi nomeada especialista assistente de asseio e gestora de resíduos.

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FILIPE LUÍS

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O momento Lili Caneças de Cavaco

Cavaco é o hipopótamo da fábula que, apontando para a dívida do lado, diz, entre dentes: 'Coitadinho do crocodilo...'

Até há poucos dias, tudo nos separava da Grécia: tínhamos tido uma saída limpa do resgate. As taxas de juro da dívida batiam recordes negativos. As reformas e os cortes exigidos pela troika tinham sido cumpridos. O défice iria baixar dos 3% este ano. Antecipavamos pagamentos ao FMI. Os portugueses tinham feito e continuavam a fazer sacrifícios. A razão dizia-nos que, mesmo que a Grécia saísse, Portugal não seria afetado. Não poderíamos ser o próximo a sair do euro. É nesta linha que aparecem as esclarecedoras palavras de Cavaco Silva que resumiu: "Se a Grécia sair, em vez de 19, seremos 18, na Zona Euro". Lili Caneças não diria melhor.

A frase de Cavaco Silva é a metáfora perfeita do que está a acontecer à Europa: egoísmo, autismo, falta de conhecimento histórico, hipocrisia e uma inacreditável cobardia. Cavaco é o hipopótamo da fábula que, apontando para a dívida do lado, diz, entre dentes: "Coitadinho do crocodilo..." O problema é que a frase de Cavaco, que isola a Grécia e nos separa do seu destino, não tem correspondência com a realidade, como ficou demonstrado, esta semana, na bolsa lisboeta - a maior queda da Europa - e com a subida das taxas de juro, a maior apreciação a seguir à da dívida grega, em todos os prazos. O coração dos mercados tem razões que a razão desconhece.

A questão é que a discussão já nem sequer se coloca na aposta sobre qual será o próximo a cair. Assim que o desmembramento no euro se torne real, desencadeia-se uma tempestade em todo o sistema. Saindo a Grécia, a Zona Euro deixa de ser vista como uma união monetária irrevogável. Assim, os principais benefícios dessa união (que padece do handicap de não ser, também, uma união bancária) esfumar-se-iam. A possibilidade dos investimentos a longo prazo diminuiria. Os empréstimos à banca dos países mais vulneráveis ao défice, mesmo com as atuais garantias do BCE, deixaria de existir. Seguir-se-iam fugas de capitais (como já acontece na Grécia). Os juros disparariam. Tudo junto teria como resultado a impossibilidade de um reajustamento dentro da Zona Euro, aumentando o perigo de implosão.

A resposta política do Governo e do PS a esta catástrofe tem sido incompetente. Passos Coelho ziguezagueou entre a garantia de que Portugal estava preparado para o embate da saída da Grécia do euro e o reconhecimento de que nenhum país está imune. A resposta do PS é ainda mais confusa. Carlos César apontou ao Syriza um exagerado radicalismo. Outro dirigente socialista, Marcos Perestrello, acusou os gregos de errarem, "ao escolherem a confrontação", e o Governo de errar ao "não se empenhar" para chegar a um acordo. Poderá o PS explicar o que teria mudado nesta história? As declarações de Marcos Perestrello não acrescentam nada. São frases chochas de comentador político que só sublinham a ausência de António Costa e comprovam a inexistência de um plano, no presente cenário europeu. Ficamos sem saber se o PS concorda com as exigências dos gregos ou se se coloca ao lado das instituições. Ou se, dando de barato que seria possível um meio termo (uma descoberta da pólvora que ninguém conseguiu fazer, em cinco meses de negociações...), em que pontos exatamente se situaria esse meio termo.

A crise grega pode fazer com que todos os nossos sacrifícios tenham sido em vão. Mas, nas sedes partidárias, já se discute quem ganhará com isto, do ponto de vista eleitoral. Perdemos todos. E perder é o contrário de ganhar, já lá diria o Presidente da República. Ou uma conhecida socialite.

IN "VISÃO"
03/07/15


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570.UNIÃO


EUROPEIA




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HOJE NO
 "A BOLA"

Jogos Olímpicos
Primeiro-ministro japonês ordenou 
revisão completa ao estádio de Tóquio

O primeiro-ministro japonês ordenou uma revisão completa ao projeto do futuro estádio dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, face aos custos estimados (quase dois mil milhões de euros).
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«Decidi rever inteiramente os planos e começar do zero», afirmou Shinzo Abe.

«Tomei esta decisão porque tenho a garantia de que podemos definitivamente terminar a construção a tempo (...). Por outro lado, o estádio não vai estar pronto para acolher o Mundial de Râguebi», em 2019.

* No Japão o dinheiro é caro, em Portugal constroem-se estádios que nem para pasto servem.

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O SEGREDO 
DAS COISAS

 36 -SILICONE


E COLAS






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 I-ARQUIVOS SECRETOS


DA INQUISIÇÃO


5-LÁGRIMA DE TERROR


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
 "AÇORIANO ORIENTAL" 


Aumento da ADSE para 3,5% 
foi "excessivo" e serviu para 
beneficiar Estado

O Tribunal de Contas (TdC) considera que o aumento da taxa de desconto da ADSE para 3,5% em 2014 foi "excessivo" e resultou da necessidade do Governo em reduzir o financiamento público, por imposição da "troika".
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Num relatório de auditoria ao sistema de proteção social dos trabalhadores em funções públicas (ADSE), o TdC refere que “os referidos aumentos resultaram apenas da necessidade, decorrente do Memorando de Entendimento [negociado entre o Governo e a 'troika' - Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia], de compensar a redução do financiamento público do sistema, satisfazendo, também, problemas de equilíbrio do Orçamento de Estado”.

O Tribunal critica o facto de o Governo ter imposto este aumento sem a elaboração de um estudo sobre a sustentabilidade da ADSE que, caso tivesse sido elaborado, teria concluído que “considerando os custos de 2013 que podem ser financiados com o desconto […] para 2014, apenas seria necessária uma taxa de desconto aproximada de 2,7% para cobrir integralmente aqueles custos”
No relatório, a instituição liderada por Guilherme d’Oliveira Martins indica que “uma taxa de 2,95% já garantiria um excedente de 10%, que constituiria uma reserva de segurança”.

“A execução de tesouraria de 2014 confirma que o aumento da taxa de desconto para 3,5% foi excessivo” na medida em que, nesse ano, “o desconto do quotizado superou em 138,9 milhões de euros o montante da despesa suportada com os regimes convencionado e livre e com encargos de administração”.

Entre 2013 e 2014, a taxa de desconto suportada pelos quotizados aumentou cerca de 133%, passando de 1,5% para 2,25%, em agosto de 2013. Em janeiro de 2014 a taxa subiu para 2,5% e, em maio de 2014, para 3,5%.

Em dezembro de 2014, a ADSE tinha cobrado 520,9 milhões de euros, um acréscimo de 82,4% relativamente ao desconto cobrado em 2013 e contabilizado em proveitos (285,6 milhões de euros), segundo o TdC.

De acordo com os mapas do Orçamento do Estado para 2015, o desconto neste ano (546 milhões de euros) superará em 89,4 milhões de euros a despesa prevista com os regimes livre e convencionado e encargos de administração (456,6 milhões de euros).

A auditoria conclui que “a criação de excedentes na ADSE não trará qualquer vantagem, “servindo apenas propósitos de consolidação orçamental das finanças públicas que não são compatíveis com um sistema financiado apenas por fundos privados”.

O TdC alerta para o facto de este aumento não beneficiar os quotizados, mas o Estado, que “é quem beneficia da utilização desses excedentes, sem qualquer remuneração paga à ADSE”.

O financiamento da ADSE com origem em receitas provenientes dos impostos diminuiu de 749,2 milhões de euros em 2009, para 214,4 milhões de euros em 2013,tendo a maior quebra sido registada em 2010, ano em que esse financiamento foi de 359 milhões de euros. Em 2014, o peso do financiamento público da ADSE foi de apenas 19,2% (cerca de 123,9 milhões de euros), do total disponível (644,9 milhões de euros).

Em dezembro de 2014, o número de quotizados da ADSE ascendia a cerca de 1,3 milhões, dos quais cerca de 851 mil eram quotizados titulares (contribuintes) e 425 eram familiares (não contribuintes).
Entre 2011 e 2014 registaram-se 4.009 renúncias à condição de quotizado da ADSE, das quais, cerca de 74%, ocorreram em 2014.

* Independentemente da razão, que não duvidamos, do Tribunal de Contas, já aqui defendemos a extinção dos subsistemas de saúde, pesam no orçamento porque não se pagam a si próprios e criam em termos de saúde uma cidadania desigual.

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Calum Stewart e Heikki Bourgault


Wooden Flute e Guitar



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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO" 


Consumiu-se menos em Portugal 
mas importou-se mais

"Em Portugal o indicador de actividade económica estabilizou em Maio, enquanto o indicador de clima económico, já disponível para Junho, aumentou. 

Em Maio, os Indicadores de Curto Prazo (ICP) apontam para um aumento da actividade económica na indústria e uma redução em sectores de serviços e na construção e obras públicas" diz o INE na sua síntese de conjuntura de Junho.
O Indicador de Curto Prazo inclui o PIB e o indíce de preços do consumidor.
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O indicador quantitativo do consumo privado registou um crescimento homólogo menos expressivo em Maio, refere o Instituto Nacional de Estatística, refletindo a desaceleração de ambas as componentes, sobretudo da componente de consumo corrente. Consumiu-se menos em Portugal, no mês de Maio quando comparado com Abril.

Em termos nominais [a preços correntes], as exportações e importações de bens
apresentaram variações homólogas de 8% (menos do que se tinha verificado em Abril) e de 11% em Maio, mais do que se tinha verificado em Abril face ao mês anterior. Isto quer dizer que em Maio exportou-se menos do que em Abril, em termos de preços nominais, e importou-se mais do que no mês anterior.

Há alguma contradição, segundo economistas contactados, entre o indicador da quebra do consumo interno e o aumento das importações. Mas a explicação destes números mensais de importações/exportações, segundo economistas, pode estar, por exemplo, numa importação de petróleo num mês e na exportação de refinados ter saído no mês seguinte.
Na prática verifica-se uma estabilização da actividade.

As estatísticas do INE revelam também que indicador de FBCF voltou a diminuir, devido à redução do contributo positivo das componentes de construção e de máquinas e
equipamentos, mais expressiva no primeiro caso. Ou seja, as empresas diminuiram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens. São basicamente máquinas, equipamentos e material de construção.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 13,2% em Maio (o que compara com os 12,8% em Abril). A estimativa da população empregada (15 a 74
anos), ajustada de sazonalidade, diminuiu 0,5% face ao mês anterior e aumentou 0,4% em termos homólogos. Basicamente, apesar de face a Abril ter piorado o desemprego continua melhor do que no mesmo período do ano anterior. Em Junho de 2014, a taxa de desemprego (ajustada para a sazonalidade) registada em Portugal foi de 14,1%.
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O Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentou uma variação homóloga mensal de 0,8% em Junho inferior à variação de 1% registada em Maio, observando-se uma taxa de variação de 0,5% na componente de bens (0,6% no mês anterior) e de 1,2% na de serviços (1,4% em Maio). A inflação está assim a cair em termos mensais.

Os países clientes da economia portuguesa também registam abrandamento, desde logo porque o índice de produção industrial na Área do Euro apresentou uma variação homóloga de 1,3% em Maio menos do que os 1,4% dos meses anteriores, Março e Abril.

* Resumindo:
- Exportamos menos e importamos mais e a economia vai implodir, apesar da propaganda do sr. ministro do "basqueiro"
- Não há educação para o consumo, promove-se o consumismo, vamos ficar mais pobres, este é o sucesso do governo.


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RESTAURANDO




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HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

Tráfico de droga sustenta famílias

São famílias inteiras que viviam do tráfico de droga e a maioria morava no bairro Pinheiro Torres, no Porto. 

Com a megaoperação de ontem, que fez mais de dez detidos, a PSP acredita ter desmantelado toda a rede, uma vez que os outros 16 traficantes tinham sido já detidos noutras duas operações, este ano. 
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Foram ainda apreendidos vários quilos de heroína, fazendo desta uma das maiores apreensões daquele estupefaciente feitas pela PSP do Porto nos últimos anos. As cerca de 60 buscas domiciliárias e não domiciliárias iniciaram-se às 05h00 em vários bairros sociais do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia. Só em Pinheiro Torres, 47 habitações foram alvo de buscas. Era aqui que também vivia a família conhecida pela alcunha ‘Péle’, detida em abril durante esta investigação da Divisão de Investigação Criminal (DIC), que iniciou há mais de um ano. 

Os traficantes, alguns dos quais já cumpriram penas de prisão pelo mesmo crime, viviam e vendiam a droga nas urbanizações. Escondiam o estupefaciente nas próprias casas ou em habitações vizinhas, pagando uma renda para esse efeito. 

Assim, tornavam mais difícil o trabalho da PSP. Cerca de 250 elementos da DIC e da Unidade Especial de Polícia estiveram ontem na operação. Os detidos serão hoje presentes a tribunal.

* Esperemos para ver como actua a justiça, o traficante de droga mata por controlo remoto.


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RESOLVA


O PUZZLE


Paisagem Argentina


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HOJE NO
 "OBSERVADOR"

No Twitter há quem peça um boicote
 aos produtos alemães

O acordo entre a Grécia e os credores teve um curiosa (e global) repercussão no Twitter. Há quem peça que se boicotem os produtos alemães como resposta à intransigência negocial de Merkel e Schäuble.

As últimas semanas não têm sido de serenidade política no velho continente. 
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O acordo da Grécia com os credores surgiu mesmo, foi a votação, teve aprovação por maioria — como nenhum dos anteriores resgates gregos teve –, porém, e à parte das repercussões políticas que o acordo poderá ainda ter para Tsipras e para o governo de maioria Syriza/Gregos Independentes, no Twitter, anónimos, personalidades da esquerda à direita política e até anarquistas, há muito quem discuta o boicote aos produtos de origem alemã. Quem pede o boicote, fá-lo como forma de resposta à intransigência que os parceiros europeus (mas sobretudo Angela Merkel e Wolfgang Schäuble) tiveram na hora de negociar com os gregos.
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A hashtag #BoycottGermany começou a circular na última semana, mas com o aproximar da votação do acordo com os credores no Parlamento grego tomou outra dimensão e chegou mesmo a ser “trending topic” na rede social Twitter, como conta a BBC. Houve até quem chegasse a partilhar os códigos de barras que indicam que um produto é de origem germânica. No entanto, esses códigos apenas dão conta da origem da empresa que os detém, que é, de facto, alemã, mas a manufatura desses produtos pode ser portuguesa, vietnamita ou, porque não, grega.

Uma das mensagens mais “retwittadas” na rede social é a de David Graeber, um conhecido anarquista norte-americano, também professor na London School of Economics, que conta com mais de 40 mil seguidores, e recorda o perdão de dívida que a Alemanha teve no pós-Segunda Guerra Mundial. 

*  A atitude lider da Alemanha contra a Grécia congrega os sentimentos mais odiosos em nome de uma União Europeia que nunca foi união. Os gregos estão a ser alvo de uma agiotagem ilegal pois nos documentos e tratados  que regem a U.E. o eurogrupo não tem qualquer autoridade estatutária para tomar as decisões que todos conhecemos. 
Boicotar produtos alemães, empresas alemãs, seria uma forma digna de combater esta prepotência financeira. Temos coragem?


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 UM AMOR DE CRIANÇA



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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Grupo chinês compra "aeroporto fantasma" em Espanha por 10 mil euros

O aeroporto de Ciudad Real custou 450 milhões de euros. Tem uma das maiores pistas de aterragem da Europa, mas está abandonado desde 2012.

O grupo chinês Tzaneen International comprou o Aeroporto Central de Ciudad Real por 10 mil euros. Conhecido como o "aeroporto fantasma" de Espanha, o espaço foi finalmente vendido, juntamente com a pista de aterragem, os hangares e a torre de controlo. No entanto, por um valor muito inferior aos 80 milhões que eram pedidos ainda na semana passada.
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O "aeroporto fantasma", o primeiro construído em Espanha por iniciativa privada, está à venda desde 2010 e abandonado desde 2012, altura em que já só era usado para voos privados. A última companhia aérea que ainda voava para lá, a Vueling, concluiu que não era rentável continuar a utilizá-lo em agosto de 2011.

Após várias tentativas de vender o aeroporto, a única empresa a participar no último concurso leva-o por apenas 10 mil euros. "Ninguém quer gastar 80 milhões no aeroporto de Ciudad Real", escrevia o jornal espanhol El Paíssobre o último leilão, da semana passada, em que esse era o preço mínimo e ninguém comprou a estrutura. Em 2014, o aeroporto tinha sido posto à venda por 100 milhões de euros.

O aeroporto tem uma das maiores pistas de aterragem da Europa, com quatro quilómetros, e foi pensado para receber até cinco milhões de visitantes por ano. No entanto, funcionou apenas durante quatro anos, até encerrar em 2012, e recebeu um total de 100 mil pessoas. Custou 450 milhões de euros a construir, e foi o primeiro aeroporto espanhol construído com capital privado.

De acordo com o El País, sabe-se pouco sobre o grupo chinês Tzaneen International. O consórcio foi registado em Espanha especificamente para poder participar no leilão do aeroporto, inscrito no Registo Mercantil espanhol com um capital social de quatro mil euros. A empresa disse apenas que "várias empresas chinesas" estarão interessadas em usar as instalações e em transformá-las "na porta de entrada da Europa".

A empresa justificou o valor baixo da sua oferta, de apenas 10 mil euros por um aeroporto que custou 450 milhões, com uma nota entregue no tribunal que realizou o leilão na manhã de sexta-feira. O preço, lê-se na nota citada pelo El País, justifica-se porque a zona adjacente ao aeroporto está "desmembrada", e o aeroporto traz muitos custos: "com as suas licenças suspensas, sem ingressos e com uma quantidade significativa de gastos recorrentes inevitáveis".
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Antes do "aeroporto fantasma" espanhol pertencer à empresa, ainda têm de decorrer 20 dias, em que qualquer outra empresa pode oferecer pelo menos 28 milhões de euros para ficar com a infraestrutura (70% do valor em que está avaliado o aeroporto, 40 milhões).

* Mais uma porta de entrada talvez até para as tríades.

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