21/03/2010

A CURTA QUE VENCEU O FESTIVAL DE BERLIM...

O QUE É QUE ISSO IMPORTA?????


Angola é um dos países lusófonos com maior taxa de mortalidade infantil e materna e de gravidez na adolescência, segundo o mais recente relatório das Nações Unidas. Mas o que é que isso importa?

Importante é saber que a Sonae vai avançar com o lançamento, entre outras iniciativas, dos hipermercados Continente em Angola em parceria com... Isabel dos Santos, filha do... presidente vitalício do país e do MPLA, José Eduardo dos Santos.

E se Belmiro de Azevedo chama ditador a Cavaco Silva não sei o que chamará a José Eduardo dos Santos. Mas isso é irrelevante porque, desde logo, quem manda na Sonae é Paulo Azevedo e o que importa é o "Hello tomorrow" (olá amanhã), rapidamente e em força para... Angola.

Em cada mil crianças nascidas em Angola, 131 morrem antes de atingir o primeiro ano de vida, a taxa mais elevada entre os países lusófonos e de toda a África Austral. Segue-se a Guiné-Bissau, onde o número de mortes no primeiro ano de vida é de 112 por mil, e Moçambique com 95 mortes por mil crianças. Mas que é que isso importa?

Importante é saber que o
Banco Internacional de Crédito (BIC - Américo Amorim e Isabel dos Santos), de Angola, admite interesse na aquisição do Banco Português de Negócios (BPN), que será reprivatizado em 2010.

Enquanto a esperança de vida à nascença aumentou em muitos países de África, a mesma continua abaixo dos 50 anos em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau. Mas o que é que isso interessa?

Importante é saber que Isabel dos Santos,
através da Santoro, ficou com os 9,7 por cento do português BPI que estavam nas mãos do BCP.

No "ranking" que analisa a corrupção em 180 países, Angola está na posição 158. Mas o que é que isso interessa?

Importante é saber que a
Zon Multimédia, dona da portuguesa TV Cabo, reforçou a parceria com a empresária Isabel dos Santos, a mulher mais rica de Angola, para assegurar o lançamento do seu serviço de televisão por subscrição em Angola.

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), numa escala de 0 a 100, Angola apresenta um índice de desigualdade entre ricos e pobres de 58,6, os mais pobres (perto de 70% da população) têm uma taxa de consumo de 0,6 por cento enquanto a dos ricos é de 44,7 por cento. Mas o que é que isso importa?

Importante é que a
Sociedade Afripron está a investir 600 milhões de dólares no Empreendimento Comandante Gika, o maior projecto imobiliário de Angola, com 390 mil metros quadrados de construção.

45% das crianças angolanas sofrem de má nutrição crónica, uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos. Mas o que é que isso importa?

76% da população vive em 27% do território. Mais de 80% do Produto Interno Bruto é produzido por estrangeiros; mais de 90% da riqueza nacional privada foi subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5% de uma população de cerca de 18 milhões de angolanos.

Mas o que é que isso importa? Sim! O que é que isso importa?

Publicada por Orlando Castro

http://altohama.blogspot.com/2010/02/hello-tomorrow-em-forca-para-angola.html

O problema do País é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa o cu com ele!"

enviado por D.A.M.

QUE ALÍVIO




























































2 - PORTUGAL DE ROSTO ANTIGO

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enviado por MARTINS

TENHA UM BOM DOMINGO

CÂMARAS NÃO CUMPREM TEMPOS DE SINAL VERDE PARA PEÕES
"PÚBLICO"

O MAIOR GRUPO MAFIOSO ITALIANO DE TRÁFICO DE COCAÍNA, USA A COSTA PORTUGUESA COMO PORTA CENTRAL PARA A EUROPA
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

COM O "PEC ", ABONO DE FAMÍLIA CONGELADO
"CORREIO DA MANHÃ"

MINISTRA NÃO EXCLUI QUE AGRESSÕES A PROFESSORES SE TORNEM
CRIME PÚBLICO

"JORNAL DE NOTÍCIAS

JORNAIS DE HOJE

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ATRAÍNDO A VÍTIMA

SOBREVIVÊNCIA

LARANJA DO ALGARVE

A PEDIDO DA DRA ABI DIVULGAMOS ESTA NOTÍCIA

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CANTADEIRAS ALENTEJANAS

8 - IMAGENS QUE FALAM

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JOÃO CANTO E CASTRO

João do Canto e Castro
João do Canto e  Castro
Presidente de Portugal Flag of Portugal.svg
Mandato: 16 de Dezembro de 1918 até
5 de Outubro de 1919
Precedido por: Sidónio Pais
Sucedido por: António José de Almeida

Nascimento: 19 de Maio de 1862
Lisboa, Portugal
Falecimento: 14 de Março de 1934
Lisboa, Portugal
Primeira-dama: Mariana de StºAntónio Moreira Freire

Correia Manuel Torres de Aboim

Partido: Partido Nacional Republicano
Profissão: Almirante

JOÃO CANTO E CASTRO

João do Canto e Castro Silva Antunes Júnior (Lisboa, 19 de Maio de 1862 - Lisboa, 14 de Março de 1934) foi oficial da Marinha e quinto Presidente da República Portuguesa, entre 16 de Dezembro de 1918 e 5 de Outubro de 1919.

Frequentou o Colégio Luso-Britânico e a Real Escola Naval. Foi oficial da Armada, percorrendo todo o Império Português, atingindo o posto de almirante.

Casou em 1892 com Mariana de Santo António Moreira Freire Correia Manoel Torres de Aboim, também de Lisboa, de quem teve três filhos, deixando geração até hoje.

Em 1892, foi nomeado governador de Moçambique. Em 1908, foi deputado.

No início da República, dirigiu a Escola de Alunos Marinheiros, em Leixões, e chefiou o Departamento Marítimo do Norte. Em 1915, dirigiu a Escola Prática de Artilharia Naval. No governo de Sidónio Pais foi nomeado director dos Serviços do Estado-Maior Naval e secretário de Estado da Marinha.

Tomou posse como ministro da Marinha, a pedido de Sidónio Pais, a 9 de Setembro de 1918, tendo-lhe sucedido depois do atentado que vitimou o ditador.

Durante o seu mandato sucederam-se duas tentativas de revolução. A primeira, em Santarém, em Dezembro de 1918, foi liderada pelos republicanos Cunha Leal e Álvaro de Castro. A segunda, em Janeiro de 1919, de cariz monárquico, liderada por Paiva Couceiro, que, por algum tempo manteve a "Monarquia do Norte" fez ressaltar a sua posição sui generis: sendo monárquico, como Presidente da República, reprimiu violentamente um movimento daqueles com quem partilhava convicções.

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FRANCISCO CUNHA LEAL


Francisco Pinto da Cunha Leal
Francisco  Pinto da Cunha Leal
Primeiro ministro de Portugal
Mandato: 16 de Dezembro de 1921 - 7 de Fevereiro de 1922
Precedido por: Carlos Maia Pinto
Sucedido por: António Maria da Silva

Nascimento: 22 de Agosto de 1888
Pedrógão de São Pedro, Portugal
Falecimento: 26 de Abril de 1970
Lisboa, Portugal
Partido: Partido Nacional-Republicano
Profissão: engenheiro militar e político
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Francisco Pinto da Cunha Leal (Pedrógão de São Pedro, 22 de Agosto de 1888Lisboa, 26 de Abril de 1970) foi um militar, publicista e político português que, entre outras funções, foi deputado, presidentes do conselho de ministros de um dos Governos da Primeira República Portuguesa, Ministro das Finanças e reitor da Universidade de Coimbra. Membro do Partido Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o Golpe de 28 de Maio de 1926 incompatibilizou-se com Oliveira Salazar, transformando-se num dos mais notáveis opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros proponentes de uma solução política de autodeterminação para o Império Colonial Português.


Biografia

Francisco Pinto da Cunha Leal foi filho de Maria da Piedade de Carvalho e de José Pinto da Cunha, um pequeno proprietário e funcionário público. Conclui o ensino primário no concelho do Fundão e iniciou os estudos liceais em Castelo Branco, concluindo-os em Lisboa. Entre 1905 e 1908 frequentou a Escola Politécnica de Lisboa, ingressando seguidamente na Escola do Exército, onde em 1912 concluiu os cursos de engenheiro militar e de engenheiro civil e de minas.

Iniciou a carreira de oficial do Exército Português na especialidade de engenharia, no decorrer da qual foi sucessivamente colocado no Serviço de Torpedeiros (1912 a 1913) e nos Pontoneiros de Tancos (1913 a 1914). Já no posto de tenente de Engenharia Militar, serviu em Angola, tendo sido nomeado chefe-de-brigada na Companhia dos Caminhos-de-Ferro de Angola (1914 a 1915). Foi promovido a capitão em 1917 e nesse posto integrou o Corpo Expedicionário Português enviado para a França durante a Primeira Guerra Mundial.

Regressado a Portugal em 1918, em gozo de licença do Corpo Expedicionário Português, foi um dos muitos oficiais que não voltou à frente de batalha, sendo nomeado Director-Geral dos Transportes Terrestres e ficando adstrito ao Governo, em Lisboa.

Iniciou a sua acção política em 1918, durante o sidonismo, filiando-se no Partido Republicano Nacionalista e depois no Partido Centrista Republicano de António Egas Moniz. Apoia Sidónio Pais e ainda em 1918 foi eleito, de acordo com as regras eleitorais definidas pelo novo regime, deputado pelo círculo eleitoral da Covilhã, cargo que ocupou até 1919.

Esteve envolvido na Revolta de Santarém de 12 de Janeiro de 1919, contra o governo presidido por Tamagnini Barbosa, então acusado de estar sobre a influência dos monárquicos. Por essa razão foi detido, passando alguns meses na prisão. Com a alteração da situação política, foi reabilitado e, nesse mesmo ano nomeado Director-Geral de Estatística.

Nas eleições gerais de 1919 foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola, integrando o Grupo Parlamentar Popular, no qual permaneceu até 1921. Durante aquela legislatura integrou pela primeira vez o Governo, embora de forma efémera, exercendo as funções de Ministro das Finanças de 20 a 30 de Novembro de 1920, no executivo presidido por Álvaro Xavier de Castro.

Apesar da queda do executivo reconstituinte de Álvaro Xavier de Castro, manteve-se à frente do Ministério das Finanças entre 30 de Novembro de 1920 e 2 de Março de 1921, integrando o Governo presidido por Liberato Damião Ribeiro Pinto. Esta nomeação surgiu após defendido no Parlamento, meses antes, uma política financeira de igual rigor por parte do Estado e dos contribuintes, a quem exigiu os pagamentos devidos. Já como Ministro, afirmou que o Estado se encontrava sem os recursos necessários para comprar o pão-nosso de cada dia. Durante este período foi também director do jornal O Popular.

Voltou a ser eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola nas eleições de 1921, integrando então o grupo parlamentar do Partido Liberal Republicano, que ajudou a criar e liderou. Participou na Revolta de 19 de Outubro de 1921, na qual foi ferido ao tentar salvar António Granjo, Presidente do Conselho do executivo derrubado nesse dia.

Quando a 16 de Dezembro daquele ano de 1921 foi derrubado o Governo presidido por Carlos Maia Pinto, assumiu as funções de Presidente do Conselho, mantendo-se no poder até 6 de Fevereiro de 1922. Durante esse período acumulou a Presidência com a pasta de Ministro do Interior.

O governo era de concentração de vários partidos, num equilíbrio político instável, assumindo como principal missão acabar com a onda revolucionária que assolava o país e provocara a sublevação da Noite Sangrenta, em que tinham sido assassinados vários prestigiados políticos republicanos. Tal implicava restaurar a ordem pública através da reposição do controlo político sobre a Guarda Nacional Republicana, mas o Governo, pressionado pela GNR, foi obrigado a procurar refúgio no Forte de Caxias e a chamar o Exército para cercar Lisboa.

Os maus resultados das eleições gerais de 29 de Janeiro de 1922, ganhas pelo Partido Democrático Republicano, e um pequeno conflito diplomático com o Governo britânico levaram à queda do executivo.

Nas eleições de 1922 e de 1925 foi eleito pelos círculos eleitorais de Chaves e de Vila Real, respectivamente, desta feita nas listas do Partido Nacionalista, cuja bancada parlamentar liderou. Neste período voltou a integrar o executivo, exercendo as funções de Ministro das Finanças entre 15 de Novembro e 18 de Dezembro de 1923 no executivo presidido por António Ginestal Machado, que ficaria conhecido como o Governo da Intentona Putchista. Entretanto fora nomeado director de O Século, passando a defender com crescente veemência a necessidade de uma ditadura que restabelecesse a ordem pública e social em Portugal. A 17 de Dezembro de 1923, véspera da demissão do Governo de Ginestal Machado, ainda em funções ministeriais, discursou na Sociedade de Geografia de Lisboa, afirmando, sem rebuços, que a ditadura salvadora para Portugal há-de vir, trazida pela força das circunstâncias.

Estas afirmações são reflexo da evolução do seu pensamento, já que a partir de Janeiro de 1922, aquando da sua saída da presidência do executivo, iniciara um percurso político e ideológico que o levou a aderir à direita republicana.

Foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra em 1924, mas apoiou a Revolta de 18 de Abril de 1925, o Golpe dos Generais, o que levou a 19 de Abril à sua demissão do cargo prisão por um breve período. Após a sua libertação, em Setembro daquele ano, com Tamagnini Barbosa, tornou-se advogado de defesa dos militares implicados na intentona.

Reabilitado, foi ainda em 1925 nomeado vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, uma sinecura que desempenhou até 1926.

Em 1926 foi obrigado a deixar a chefia do Partido Nacionalista e fundou a União Liberal Republicana, partido que liderou e que tinha como objectivo expresso criar condições para a ocorrência de um golpe militar que restabelecesse a ordem republicana.

Coerente com as posições que defendia desde 1923, apoiou o Golpe de 28 de Maio de 1926, por ele encarado como a única solução de pôr termo à ditadura do Partido Democrático Republicano e restaurar a ordem pública. Em consequência desse apoio, durante os governos da Ditadura Nacional manteve-se no exercício de diversos cargos públicos, entre os quais o de governador do Banco de Angola (1926 e 1927-1930), de delegado de Portugal à Conferência Económica Internacional de Genebra (1927) e de membro do Comité Consultivo da Organização Económica da Sociedade das Nações (1928).

Apesar de ter sido um dos intelectuais e políticos que propusera em 1926 ao general António Óscar de Fragoso Carmona, ao tempo Presidente do Governo e depois Presidente da República, a nomeação de António de Oliveira Salazar para a pasta das Finanças, em 1930 critica publicamente a eternização da ditadura e a política financeira de Salazar. Considera particularmente danosos os efeitos que da interferência do Governo da República no orçamento e nas finanças das colónias.

Aquela oposição resultava de ser defensor da autonomização das colónias, pelo que se opunha às medidas financeiras subjacentes ao Acto Colonial de 1930 e às políticas financeiras crescentemente restritivas impostas por Oliveira Salazar. No decurso da sua segunda nomeação como governador do Banco de Angola, tornou-se num acerbo crítico da política financeira salazarista para as colónias. Essa oposição valeu-lhe a exoneração daquele cargo, seguida da acusação de conspirar contra o Governo, o que o levou a ser preso em Maio de 1930 e deportado para Ponta Delgada, nos Açores. Dali seguiu sob prisão para a ilha da Madeira, de onde, em Novembro de 1930, se conseguiu evadir para Londres, seguindo então para um período de exílio em Espanha. Beneficiando de uma amnistia, regressou a Lisboa em finais de 1932.

Tolerado em Lisboa, em 1934 e 1935 foi director da Vida Contemporânea, mas em 1935 foi detido e novamente deportado.

No exílio foi uma das mais respeitadas vozes da oposição ao Estado Novo. Foi candidato oposicionista em diversos sufrágios e manteve sempre uma postura de grande combatividade contra o regime ditatorial que ajudara a instalar.

Nas eleições de 18 de Novembro de 1945, para Assembleia Nacional, foi candidato independente pelo círculo eleitoral de Angola nas listas do Movimento de Unidade Democrática (MUD). Dois dias antes do escrutínio atacou violentamente Salazar, de quem disse que não quer nem sabe trabalhar senão quando nas ruas reina um pávido silêncio e ninguém discute os frutos do seu labor.

Foi novamente candidato oposicionista nas eleições para a Assembleia Nacional de 1949, também pelo círculo de Angola.

Em 1950 participou no Directório Democrato-Social, ao lado de António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes.

Nas eleições presidenciais de 1951, com Henrique Galvão, apoiou a candidatura de Manuel Quintão de Meireles.

Destacou-se pela sua defesa de uma solução política de progressiva autonomia para as colónias, programa que expôs em obras como O Colonialismo dos Anticolonialistas e A Gadanha da Morte.

Também se destacou como publicista, dirigindo os periódicos O Século, A Noite e a revista Vida Contemporânea. Para além de colaborar em múltiplos jornais, foi autor de obras sobre Angola, a Primeira República e de carácter memorialista.

Obras publicadas

Para além de múltiplos artigos e e intervenções várias, dispersos por periódicos e publicações avulsas, é autor das seguintes obras:

  • Calígula em Angola. Porto : Sociedade de Papelaria, 1924.
  • Eu, os políticos e a Nação. Lisboa : Portugal-Brasil, [1926].
  • Oliveira Salazar, Filomeno da Câmara e o império colonial português. Lisboa, 1930.
  • Subsídios para o estudo do problema do crédito em Angola, Lisboa : Ed. Autor, 1930.
  • Ditadura, Democracia ou Comunismo. Lisboa : 1931.
  • Os Meus Cadernos. Lisboa: 1932 (3 volumes).
  • Os partidos políticos na República portuguesa. Corunha : Imprensa Moret, 1932.
  • "Perspectivas futuras da Europa". In: Boletim da Sociedade Luso-Áfricana do Rio de Janeiro, 24 (1938), pp. 27-30.
  • A Guerra, Dia a Dia. Lisboa : 1939 (4 volumes).
  • Coisas do tempo presente : coisas da Companhia de Diamantes de Angola. Lisboa : Edição do Autor, 1957.
  • Coisas do tempo presente. Lisboa : Edição do Autor, 1957-1959 (2 volumes).
  • Peregrinações através do poder económico: Coisas do tempo presente. Lisboa : Ed. do Autor, 1960.
  • A gadanha da morte : reflexões sobre os problemas euro-africanos. Lisboa : C. Leal, 1961.
  • O Colonialismo dos anticolonialistas : Coisas do tempo presente. - Lisboa : Edição do autor, 1961.
  • As Minhas Memórias : coisas de tempos idos. Lisboa : Ed. do Autor, 1966-1968 (3 volumes).
  • "Self-determination for the overseas territories". In: Ronald H. Chilcote, Emerging nationalism in Portuguese África, pp. 29-31. Stanford : Hoover Institute Press, 1972.
  • "O Colonialismo dos anticolonialistas : Coisas do tempo presente". In: Permanência, Ano III, nº 26 (Julho 1972).
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EGAS MONIZ


António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz

Nascimento 29 de Novembro de 1874
Avanca
Morte 13 de Dezembro de 1955 (81 anos)
Lisboa
Residência Portugal
Campo(s) Medicina, neurologia, política, literatura
Prêmio(s) Nobel prize medal.svg Nobel de Fisiologia ou Medicina (1949)

António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (Avanca, 29 de Novembro de 1874Lisboa, 13 de Dezembro de 1955) foi um médico, neurologista, investigador, professor, político e escritor português.

Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1949, partilhado com Walter Rudolf Hess.


Biografia

Estátua de Egas Moniz, por Euclides Vaz, frente à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Hospital de Santa Maria.

Nascido António Caetano de Abreu Freire no seio de uma família aristocrata rural, seu tio e padrinho, o padre, Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, insistiria para que ao apelido (sobrenome) fosse adicionado Egas Moniz, em virtude de a família, descender em linha directa de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques.

O Aio Egas Moniz (1080-1146) antepassado do neurologista português, apareceu com sua família antes de o rei de Leão. Mosaico na estação São Bento (Porto), por Jorge Colaço (1864-1942)

Formação e actividade académica

Completou a instrução primária na Escola do Padre José Ramos e o Curso Liceal no Colégio de S. Fiel, dos Jesuítas. Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde começou por ser lente substituto, leccionando anatomia e fisiologia. Em 1911 foi transferido para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa onde foi ocupar a cátedra de neurologia como professor catedrático. Jubilou-se em Fevereiro de 1944.

Em 1950 é fundado, no Hospital Júlio de Matos, o Centro de Estudos Egas Moniz, do qual é presidente. O Centro de Estudos é, em 1957 transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria onde existe ainda hoje compreendendo, entre outros, o Museu Egas Moniz (onde se encontra uma restituição do seu gabinete de trabalho com as peças originais, vários manuscritos, entre outros).

Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras mal-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.

As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes neurologistas da época, que admiravam a acuidade das suas análises e observações.

Actividade política

Egas Moniz teve também papel activo na vida política. Foi fundador do Partido Republicano Centrista, dissidência do Partido Evolucionista; apoiou o breve regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918); viu entretanto o seu partido fundir-se com o Partido Sidonista. Foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um investigador científico".

Faleceu em Lisboa, a 13 de Dezembro de 1955.

Actividade científica

Como investigador, Egas Moniz, contando com a preciosa colaboração de Pedro Almeida Lima, gizou duas técnicas: a leucotomia pré-frontal e a angiografia cerebral.

Prémio Nobel

Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina ,sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio» (Cf. Manuel Correia, 2006 [1]).

A técnica desenvolvida por Egas Moniz, a operação ao cérebro chamada lobotomia, deixou de ser praticada pelos médicos há 30 anos, e tem sido alvo de polémica. Familiares de pacientes que sofreram esta intervenção exigiram que fosse anulado o prémio Nobel.

Investigadores portugueses colaboradores de Egas Moniz

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TAMAGNINI BARBOSA

João Tamagnini de Sousa Barbosa

João Tamagnini de Sousa Barbosa nasceu em Macau, em 30 de Dezembro 1883, tendo falecido a 15 de Dezembro de 1948. Tirou o curso de engenharia militar com distinção.

Foi Ministro do Interior, das Colónias e das Finanças da «República Nova», nos governos de Sidónio Pais e de João Canto e Castro, entre 12 de Dezembro de 1917 e 14 de Dezembro de 1918.

Foi Primeiro-ministro da I República, após o assassínio de Sidónio Pais, de 23 de Dezembro de 1918 a 27 de Janeiro de 1919.

Foi eleito presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica para os anos de 1946/1947, no terceiro período de vigência de Manuel da Conceição Afonso como presidente da direcção. Pela demissão deste, a 30 de Julho de 1946, passou para o cargo máximo do clube, tendo tomado posse no dia 25 de Janeiro de 1947. Manteria o cargo até o dia do seu abrupto falecimento. Tentou encontrar uma solução rápida para o clube voltar às vitórias futebolísticas, e, para que isso tornasse uma realidade, despediu Janus Biri, contratando primeiro Lippo Hertzca, depois Ted Smith. Não chegaria a presenciar em vida, contudo, os resultados desejados, mas esta decisão abriu caminho não só para quebrar o ciclo negativo do clube a nível nacional como também para o levar a conquistar o seu primeiro grande troféu do futebol europeu: a Taça Latina.

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ÁLVARO XAVIER DE CASTRO

Álvaro Xavier de Castro (Guarda; 9 de Novembro de 1878Coimbra; 29 de Junho de 1928) foi um político português da I República que fez parte da Junta Constitucional que governou Portugal após o derrube do governo de ditadura do general Pimenta de Castro, em 1915. Exerceu depois, entre outras funções, o cargo de Governador-geral de Moçambique (entre 1915 e 1918) e foi, por duas vezes, Presidente do Conselho de Ministros (actual cargo de Primeiro-Ministro).

Biografia

Participou na sublevação anti-sidonista de Santarém de 11 de Janeiro de 1919 (ao lado de figuras históricas da República como Machado Santos), destinada a restaurar a pureza dos ideais da República proclamada em 5 de Outubro de 1910 e a restabelecer a Constituição de 1911 tal como fora aprovada (já que havia sido alterada durante o «consulado sidonista»); isto passava pela imediata queda do governo chefiado por Tamagnini de Sousa Barbosa e pela destituição do presidente Canto e Castro, considerado continuador das políticas sidonistas. No dia seguinte o primeiro-ministro ordenou o cerco dos revoltosos em Santarém, que acabaram por se render, sendo o o movimento sufocado.

Mais tarde, ajudou a fundar e viria a liderar o Partido Republicano da Reconstituição Nacional (ou Partido Reconstituinte, uma dissidência do Partido Liberal Republicano, resultante da aglutinação dos Partidos Republicano Evolucionista e do Unionista). Nessa condição deu o seu apoio ao primeiro governo do liberal António Granjo, de coligação, em 1920; contudo, viria a retirar-lhe o apoio e ele mesmo foi designado Primeiro-ministro de Portugal, durante a I República, durante um curto lapso de tempo - de 20 de Novembro a 30 de Novembro de 1920 -, após o que foi substituído pelo tenente-coronel da G.N.R. Liberato Pinto.

Entretanto, acentuava-se a crise política em Portugal pelo que os partidos de direita (os Liberais - agora sem o seu carismático líder António Granjo, assassinado na Noite Sangrenta -, os Reconstituintes de Álvaro de Castro, e os antigos sidonistas reconvertidos em Partido Nacional Republicano) uniram-se para fazer face à hegemonia do Partido Democrático, criando um novo partido, o Partido Republicano Nacionalista, do qual Álvaro de Castro viria a ser uma das proeminentes figuras. Nessa circunstância viria a ser uma segunda vez designado primeiro-ministro de Portugal, entre 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924.

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