13/05/2019

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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95-SUBTILEZAS

O agridoce sabor da vingança 




RESUMO ANIMADO


FONTE:   Minutos Psíquicos
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8-FUENTEOVEJUNA

Por ANTÓNIO GADES

TEATRO REAL DE MADRID




MÚSICA: 
Antón García Abril 
Modest Mussorgsky (“Los cuadros de la exposición”, 
Boosey and Hawkes) 
Antonio Gades 
Faustino Núnez 
Antonio Solera 

INTÉRPRETES
Laurencia: Cristina Carnero 
Frondoso: Ángel Gil 
Mayor: Alberto Ferrero 
Comendador: Joaquín Mulero 

BAILARINAS: 
Carolina Pozuelo, 
Conchi Maya, 
Luisa Serrano, 
Maite Chico, 
Maria José López,
María Nadal, 
Merche Recio, 
Vanesa Vento, 
Virginia Guinales, 
Virginia Domínguez, 
Yolanda Rodríguez 

BAILARINOS: 
Ángel Bleda, 
Antonio Mulero, 
David Martín, 
Elías Morales, 
Jairo Rodríguez, 
Miguel Lara, 
Miguel Vallés, 
Pepe Vento 

Flamenco 
CANTORA: 
Ángela Núnez “La Bronce” 
CANTORES: 
Alfredo Tejada, 
Enrique Pantoja, 
Gabriel Cortés,
Joni Cortés 

GUITARRISTAS:
Antonio Solera, 
Camarón de Pitita

Director Técnico: Dominique You 
Director Artístico: Stella Arauzo 
Coreografia e Direcção: Antonio Gades 
Argumento: José Manuel Caballero Bonald, Antonio Gades 
Baseado numa realização de Lope de Vega 


FONTE:  EuroArtsChannel

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SÁBADO NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
O clã dos Santos está a ser perseguido?

Isabel e Tchizé dos Santos há longos meses que não vão a Angola. À distância, Isabel dos Santos tem persistido nos ataques ao Governo de João Lourenço. Tchizé diz que não é por vontade própria que está fora do país.

Isabel dos Santos foi demitida da presidência da Sonangol em novembro de 2017 e já não vai a Angola há longos meses. José Filomeno dos Santos esteve em prisão preventiva entre 24 de setembro de 2018 e 24 de março deste ano, acusado dos crimes de associação criminosa, falsificação, tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais, alegadamente praticados enquanto presidente do Fundo Soberano. Tchizé dos Santos está ausente de Angola há mais de três meses e José Eduardo dos Santos encontra-se em tratamento médico em Barcelona, prevendo-se o seu regresso a Luanda a 15 de maio.
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O CLÃ DO NOJO
Aliás, a própria deslocação de José Eduardo dos Santos para Espanha foi um sinal claro de que o antigo e o atual presidente estão de costas voltadas  A 15 de abril, Eduardo dos Santos tomou a "decisão surpreendente" de voar para Barcelona num voo da TAP, preterindo a TAAG, o que causou problemas protocolares. Isso mesmo foi assumido, em comunicado, pela Casa Civil do Presidente da República angolano, no qual se referia que a "surpreendente decisão" de José Eduardo dos Santos utilizar o voo comercial da TAP, "em detrimento da própria companhia de bandeira TAAG", não respeita o protocolo, situação que levou o próprio João Lourenço a deslocar-se à residência do ex-chefe de Estado, em Luanda, para o demover da pretensão. "O Executivo lamenta profundamente tal atitude, cujas consequências não são da sua responsabilidade", concluía-se no referido comunicado.
Posteriormente, Bento dos Santos "Kangamba", membro da família, desvalorizou o sucedido assegurando à rádio Voz da América que a decisão de José Eduardo dos Santos se tinha devido apenas a um "problema de horários de ligação com Barcelona". No entanto, uma fonte próxima do ex-presidente, em declarações ao Expresso, deu uma outra versão: "O homem está profundamente magoado" devido a atitudes do atual Governo que considera serem uma perseguição.

O clã dos Santos está sob fogo cruzado? A pergunta não tem uma resposta óbvia mas as ausências do país de Isabel e Tchizé dos Santos sinalizam os seus receios. Isabel dos Santos foi alvo de um processo-crime, instaurado em abril deste ano pela Procuradoria-Geral da República, devido à sua sistemática recusa em apresentar-se neste órgão para ser ouvida no âmbito do processo que ela própria moveu contra a Sonangol.

Já Tchizé dos Santos está na mira do grupo parlamentar do MPLA, o qual lhe propôs a 7 de maio que interrompesse o seu mandato de deputada por ter ultrapassado os 90 dias que a lei permite para se ausentar da Assembleia Nacional. Numa missiva que lhe foi enviada é sugerido que peça "a suspensão provisória do mandato, podendo retomar o assento logo que cessarem as razões da ausência".

Tchizé dos Santos recusou esta proposta e garante que não está fora do país por vontade própria. "Ninguém pode ser coagido a ficar fora sob ameaça e depois ser coagido a assinar voluntariamente o pedido de suspensão", afirmou a filha do ex-presidente Eduardo dos Santos numa mensagem áudio transmitida nas redes sociais. Tchizé assegura que foi "empurrada a ficar fora do país com ameaças e intimidações". "Os meus carrascos que tirem a máscara e acabem de fazer o trabalho. Pelo menos sabemos quem é quem. Pelo menos não vencem no silêncio", desafia a deputada eleita pelas listas do MPLA.

Isabel dos Santos, por sua vez, tem estado ativa nas redes sociais, onde além de promover as empresas que controla ou onde tem participações, casos da Zap, Candando, Unitel e BFA, não se coíbe de criticar o Governo de João Lourenço.

Por exemplo, em agosto do ano passado, Isabel dos Santos questionava: "Qual o investidor que vai entrar [em Angola] se não dão autorização aos atuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares". João Lourenço, que se encontrava de visita a Alemanha, respondeu nos seguintes termos: "Eu não queria entrar em mesquinhices deste tipo para uma cidadã nacional que desencoraja o investimento para o seu próprio país. É o único comentário que tenho a fazer". Isabel dos Santos devolveu a observação através de uma observação no twitter: "Há uns que tapam o sol com a peneira, há outros que constroem abrigo para se por à sombra… e trabalham para comprar ar condicionado. Faço parte da segunda categoria".

Mais tarde, a 30 de novembro de 2018, no discurso proferido na abertura da 6.ª sessão ordinária do comité central do MPLA, João Lourenço protagonizou um discurso que encaixou, como uma luva, em Isabel dos Santos e José Filomeno dos Santos."O partido deve condenar e impedir que as empreitadas das grandes obras públicas como portos, aeroportos, centrais hidroelétricas, cimenteiras, ordenamento e gestão de cidades e outros sejam entregues a nossos filhos, familiares ou outros próximos se não obedecerem às regras e normas do concurso público, da contratação e da sã concorrência", afirmou João Lourenço.

Ora, sabendo que Isabel dos Santos teve projetos que lhe foram retirados por este Governo, como o porto de Dande e o ordenamento da cidade de Luanda, conclui-se que os exemplos dados por João Lourenço foram inspirados naquilo que considera serem as benesses dadas pelo anterior executivo de José Eduardo dos Santos à sua filha.

Mais adiante, João Lourenço fez uma descrição que assentava perfeitamente em José Filomeno dos Santos. "Se de forma pouco responsável se confiar a um jovem inexperiente a gestão de biliões de dólares americanos do país, o partido não pode ficar indiferente, tem de bater o pé perante tamanha afronta aos verdadeiros donos desses recursos, o povo angolano".

Em janeiro deste ano, numa entrevista à agência Lusa, Tchizé dos Santos considerou que a escolha da irmã Isabel para liderar a Sonangol não tinha sido a ideal. "Não faz sentido face ao interesse nacional. Não era por falta de competência, pelo contrário. É porque já temos tão poucos empresários capazes de gerar os empregos que aquela empresária gerava, para que é que havia de estar a ir para o setor público", questionava.

Mas também dava nota do seu desencanto sobre o processo de transferência do poder de José Eduardo dos Santos para João Lourenço. "Eu falo como angolana, não era a transição que nenhum dos angolanos esperava. Para mim, a transição era uma festa, um momento ímpar e havia ali uma transição extremamente pacífica e sem contradições. Entretanto, pelas declarações do ex-Presidente e do atual Presidente, há uma contradição pública, não é desejável para nenhum partido politico".

Tchizé, na altura, antecipava que as declarações pudessem penalizá-la. "Temo que, depois desta entrevista, possa chegar a Luanda e me seja instaurado um processo disciplinar dentro do partido e ser expulsa do Comité Central, por exemplo".

Já Isabel dos Santos, num debate sobre o Estado da Nação promovido pela rádio MFM, que teve lugar a 4 de maio, questionada pelo jornalista João Almeida sobre quando voltaria a Angola, não se comprometeu com uma data mas garantiu que isso aconteceria "em breve" e prometeu convidá-lo para ir à ilha de Luanda comer funge.

Um dia depois a irmã, Tchizé, publicou uma foto na sua conta do Instagram, em que ambas estão na companhia do pai, José Eduardo dos Santos, num restaurante, presumivelmente em Barcelona.

João Lourenço, em março deste ano, numa entrevista à RTP concedida antes da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola, questionado sobre os casos de Isabel dos Santos e José Filomeno Santos, negou qualquer tipo sanha persecutória em relação à família de José Eduardo dos Santos. "Se se toca em ministros, em generais, não se toca em cidadãos que – mesmo sendo filhos de quem são – não deixam de ser cidadãos comuns? Acho que a afirmação de que é uma perseguição à família do anterior Presidente não colhe".

Deste pingue-pongue de argumentos sobra uma certeza, a de que Isabel e Tchizé dos Santos estão renitentes a voltar a Angola. Terão, ou não, razões para tal?

* O clã "dos santos" é a prova cabal de que não há céu, purgatório e muito menos inferno. Pelos crimes económicos que os membros do clã cometeram, pelos assassinatos de que o líder foi mandante, já estariam a arder há muito tempo e nós a aplaudir.


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MINUTOS DE
CIÊNCIA/231

MULTIPLICAÇÃO DE MONÓMIO
POR POLINÓMIO -Álgebra Básica

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FONTE: Matemática Rio com Prof. Rafael Procopio


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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Confusão com gritos e insultos na
 Ordem dos Enfermeiros

Inspeção-geral das Atividades em Saúde acusa Ana Rita Cavaco de proferir "imputações e expressões injuriosas"

A Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) acusa a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, de proferir "imputações e expressões injuriosas" no decorrer, esta segunda-feira, de diligências da sindicância à Ordem dos Enfermeiros (OE), em Lisboa. 
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"A senhora bastonária acompanhada de um cão preto sem trela entrou nas instalações aos gritos ordenando à trabalhadora que saísse da sala impedindo-a de continuar a diligência", avançou a IGAS ao CM. A atitude imputada à bastonária ocorreu depois dos inspetores, acompanhados de agentes da PSP, terem iniciado a audição de uma trabalhadora da OE.

Ana Rita Cavaco - avançou a IGAS - "pontapeou a porta da sala e proferiu imputações e expressões injuriosas contra os inspetores ali presentes e puxou a trabalhadora para o exterior, impedindo a prossecução da ação, o que ditou a elaboração do auto de notícia", que poderá dar origem a uma investigação por parte das autoridades.

Mais tarde, acompanhada do advogado, Ana Rita Cavaco deslocou-se à direção nacional da PSP para descrever a ação da IGAS. Em comunicado, a OE informou que "três inspetores da IGAS, acompanhados por agentes da PSP, entraram nas instalações da OE e retiveram uma funcionária numa sala durante uma hora", para prestar "declarações sobre o processo de sindicância, sem notificação".

Para a OE, esta ação pode "configurar um sequestro". Acrescenta a OE que a bastonária "foi impedida de entrar na sala pelos agentes de autoridade, ao mesmo tempo que a funcionária foi impedida de sair". 

* E este folclore é instigado por?....

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XXXIV- MEGA MÁQUINAS

2-USS GEORGE BUSH



*Interessante série reveladora da quase perfeição mecânica, notável produção do Discovery Channel.

O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


FONTE:  Documentários Discovery Channel 

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Documentário sobre pedofilia na Igreja 
foi visto por milhões em 32 horas

Intitulado "Só não conte a ninguém", o documentário de Tomasz Sekielski foi filmado, em algumas partes, com uma câmara escondida e foi lançado oito meses após o filme de ficção "O Clero".

Um documentário que relata encontros de padres pedófilos com as vítimas de abusos, da autoria do jornalista polaco Tomasz Sekielski, divulgado no sábado na plataforma YouTube, contabilizou já cinco milhões de visualizações em 32 horas. Esta segunda-feira, já contava com mais de sete milhões de visualizações.
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Além do relato direto e personalizado dos crimes cometidos pelos padres da igreja católica, o documentário coloca em causa a hierarquia episcopal pela fraqueza ou mesmo a ausência de sanções em casos de pedofilia, questionando a falta de reação do papa polaco João Paulo II durante a época do seu longo pontificado.

Intitulado “Só não conte a ninguém”, o documentário foi filmado, em algumas partes, com uma câmara escondida. Questionados sobre os crimes de pedofilia, os padres, hoje já muito idosos, pediram perdão pelo seu comportamento, propondo mesmo oferecer dinheiro às vítimas.

O documentário de Tomasz Sekielski foi lançado oito meses após o filme de ficção “O Clero”, que chocou a Polónia, um país católico de 38 milhões de pessoas, e levou à denuncia de vários abusos de padres, incluindo crimes de pedofilia.

A duas semanas das eleições europeias, o documentário poderá atingir o partido conservador Lei e Justiça (PiS), no poder desde 2015, que tem uma identidade católica e uma aliança com o episcopado.
Sem comentar diretamente o documentário, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, referiu que os autores de agressões sexuais a menores devem ser severamente punidos, tanto os padres como as celebridades, fazendo uma alusão, sem referir nomes, ao caso do realizador Roman Polanski.
Serão severamente punidos aqueles a quem as crianças foram confiadas, o que diz respeito também aos padres, mas preocupa todo o mundo”, afirmou o líder do partido conservador, antes de anunciar alterações ao Código Penal “já preparadas” e indicar “sentenças severas, possivelmente até 30 anos de prisão”, disse Jaroslaw Kaczynski
Por parte da Igreja Católica, o arcebispo polaco Tomasz Polak reagiu ao documentário, manifestando-se “profundamente comovido” com o que viu e pedindo “desculpas por todas as feridas infligidas pelos homens da Igreja”.

O presidente da conferência episcopal, o arcebispo Stanislaw Gadecki, expressou “emoção e tristeza” com o trabalho do jornalista Tomasz Sekielski. No âmbito dos escândalos de pedofilia que afetam muitos países, o Papa Francisco decidiu, na quinta-feira, tornar obrigatória a denúncia de qualquer suspeita de agressão sexual à hierarquia da Igreja.

* O documentário referido tem 2 horas de extensão e não está traduzido do polaco.
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MANUEL FALCÃO

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Matraquilhos na Assembleia 

A política portuguesa começa a assemelhar-se a uma partida de matraquilhos jogada ao fim da tarde, em que os vários partidos vão sendo eliminados ao longo de um torneio fictício com batotas avulsas pelo meio.

Back to basics
Corrijam-me se estiver enganado, mas creio que a delicada linha entre a sanidade e a loucura está a ficar cada vez mais ténue.
George Price


Matraquilhos na Assembleia
A política portuguesa começa a assemelhar-se a uma partida de matraquilhos jogada ao fim da tarde, em que os vários partidos vão sendo eliminados ao longo de um torneio fictício com batotas avulsas pelo meio. O que se passou na Assembleia da República sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores assemelha-se, na sua displicência, a uma disputa entre adolescentes em torno de uma mesa de matraquilhos, cada um a ignorar regras. Se a Assembleia da República já é considerada um local pouco recomendável por muitos eleitores, a degradante cena agora exposta ao olhar público mais incita o eleitorado a descrer não só dos deputados, mas também dos dirigentes dos seus partidos. Segundo as regras estabelecidas pela Federação Portuguesa de Matraquilhos, no jogo de matraquilhos uma bola é considerada morta quando pára completamente o seu movimento e não está ao alcance de qualquer boneco de nenhum jogador. Depois dos movimentos iniciais, isto foi o que sucedeu. A bola ficou parada e agora ninguém a quer. Lamentável todo o processo - um "case study" de oportunismo político e insensatez que mostra como a falta de uma estratégia bem pensada produz desvarios tácticos. Um resultado lamentável, poluído de declarações ainda mais lamentáveis vindas de todos os intervenientes.

. Semanada
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, 1,78 milhões de portugueses vivem com menos de 467 euros por mês, o que significa 17,3% dos portugueses segundo o Banco de Portugal, o país está mais pobre face à Europa do que antes da adesão à moeda única e a falta de produtividade compromete a melhoria de bem-estar sustentável dos portugueses no futuro constrangimentos financeiros fizeram o IPO recusar análises a doentes com cancro e vários acabaram por morrer  um relatório da Deloitte, relativo à Primavera de 2019, indica que em relação ao semestre anterior a percentagem dos que arriscam uma evolução positiva para o PIB nacional afunda de 70% para 45% segundo o mesmo relatório, três em cada quatro responsáveis financeiros de empresas assumem que este não é um bom momento para assumir riscos maiores no balanço mais de 150 autarquias em todo o país estão a ter atrasos significativos no pagamento a fornecedores Portugal só usou 25% das verbas europeias para integrar refugiados e imigrantes l as queixas por atrasos nos pedidos de reforma, que nalguns casos podem chegar aos três anos, dispararam 88% nos últimos seis meses Rui Rio afirmou que o PSD não recuou na questão dos professores e que foi tudo uma enorme confusão provocada por jornalistas Mário Nogueira anunciou estar a considerar se continua no PCP depois do que se passou com a questão da contagem do tempo de serviço dos professores.

Dixit
"O nosso homem continua a confundir a família do Rato com o país."
Vasco Pulido Valente sobre António Costa


Renascer no meio de ruínas
Um homem parte da sua terra para um país distante que está a sair de uma guerra devastadora. O ponto de partida é a Islândia, o destino é um dos países dos Balcãs onde vizinhos lutaram contra vizinhos. O homem tem como objectivo suicidar-se e para isso escolheu um hotel outrora famoso e agora decadente no meio de destroços da guerra. Envolvido pela população local, que descobre as suas habilidades como reparador de pequenas coisas, o homem reconstrói casas e a sua própria vida. Na Islândia, não tinha vida social nem sexual, trabalhava numa loja herdada do pai. Decide vendê-la e partir sem avisar ninguém. Tinha decidido suicidar-se quando soube que não era o pai biológico da sua filha, decidiu afinal viver depois de fazer reviver uma aldeia e da atracção consumada por uma ex-estrela de cinema à procura de novo rumo. Esta é a história de "Hotel Silêncio" (originalmente "Ör", que significa cicatriz) A autora é Auður Ava Ólafsdóttir, a mais premiada escritora islandesa. Este livro agora editado em Portugal ganhou o Prémio de Melhor Romance Islandês, Prémio dos Livreiros Islandeses e Prémio de Literatura do Nordic Council. A autora já escreveu cinco romances, é dramaturga, contista e professora universitária. E tem um humor fino e incisivo.


No princípio é o desenho
Depois de ter estado em Guimarães, a exposição antológica de desenhos de Rui Chafes está, até 19 de Maio, na Casa da Cerca, em Almada. Com o título "Desenho Sem Fim", a exposição apresenta trabalhos que vão de 1980 a 2017 e mostra uma faceta menos conhecida do trabalho de Rui Chafes, conhecido sobretudo como escultor. A sequência da exposição não respeita a cronologia dos trabalhos, reunindo-os em núcleos nos quais, como sublinha o texto que acompanha a exposição, "existem alguns aspectos que são recorrentes e que extravasam os núcleos independentes para se repetirem, por vezes com grandes hiatos temporais: o uso repetido de materiais que não pertencem ao domínio dos materiais "de arte", como remédios, tinturas, chá, flores esmagadas e que convocam uma inescapável ligação ao corpo e à sua permanente queda". A curadoria é de Nuno Faria e Delfim Sardo. Em simultâneo, decorre no Convento dos Capuchos uma exposição de esculturas de Rui Chafes. Entretanto, assinalem nas agendas que no dia 18, sábado da próxima semana, Vera Mantero e Rui Chafes apresentam na Casa da Cerca a sua "performance" "Comer o coração nas árvores", uma colaboração entre os dois artistas, na qual a coreógrafa e bailarina se cruza com as esculturas de Rui Chafes. Inicialmente concebida para a Bienal de São Paulo 2004 e com o título de "Comer o coração", a "performance" teve nova versão em 2015 e 2016 e a sua evolução passou pela criação de uma nova escultura de Rui Chafes, pensada para suspensão em árvores de grande porte. De apresentação muito esporádica, esta possibilidade de descobrir o trabalho conjunto de Vera Mantero e Rui Chafes no próximo dia 18 é uma ocasião a não perder.

Arco da velha
Em Abril, a ASAE ficou sem 30 viaturas utilizadas nas acções de fiscalização e perdeu as únicas cinco carrinhas frigoríficas que asseguravam o transporte de alimentos apreendidos.


Instantes decisivos em Cascais
Robert Doisneau, o retratado nesta imagem com uma Rolleiflex nas mãos, dizia, sobre a fotografia que "as maravilhas da vida quotidiana são tão entusiasmantes que nenhum realizador consegue encontrar o inesperado que se encontra nas ruas." Doisneau é um dos grandes fotógrafos presentes na exposição "Instantes Decisivos", que está patente até 14 de Julho no Centro Cultural de Cascais. A exposição inclui algumas das fotografias mais célebres de Man Ray, Robert Doisneau, Alfred Stieglitz, Carlos Saura, Elliott Erwitt, Alberto Korda e Henri Cartier-Bresson, entre outros, tudo obras pertencentes à "Colleción Himalaya", do colecionador espanhol Julián Castilla.


18 novos hinos
Depois de uma pausa de seis anos sem novos discos, os Vampire Weekend regressam com "Father Of The Bride". A produção é de Ariel Rechtshaid e do líder da banda, Ezra Koenig, e entre os convidados estão Dave Longstreth (Dirty Projectors), Steve Lacy (The Internet), Danielle Haim e Jenny Lewis. O novo álbum, o quarto da banda, é um cruzamento entre a angústia e o optimismo, como o The Guardian o classificou, e evidencia um olhar pop atento sobre os tempos que vivemos. Tem 18 canções, quase todas surpreendentes e exemplares, a começar por "Sunflower". Irresistível.

Provar
O Kook In foi ideia de Pedro Batista, que tem restaurantes Kook em Luanda, e que se associou a Rui Oliveira e Francisco Bessone, os fundadores do Nómada. O Kook In está aliás no local onde o Nómada se encontrava inicialmente, Avenida Visconde de Valmor 40A. Propõe um menu de almoço a 18 euros, mas não inclui "couvert", bebida ou café - apenas entrada, prato do dia e sobremesa. Na verdade, o menu de almoço com "couvert", um copo de vinho e café não ficará abaixo dos 27 euros, o que está fora dos preços usuais para este tipo de oferta. O preço desajustado é aliás o principal problema deste restaurante, onde o serviço tem alguma tendência a impingir mais uma coisinha, sempre com a maior simpatia. A ideia é entrar no campo da comida portuguesa contemporânea, em que o empratamento compensa o que falta no resto, como se estivesse num concurso de Instagrams. A cozinha é chefiada por Lázaro Glória, 28 anos, que com esta idade, antes de entrar neste projecto, já estagiou no Ritz, cozinhou no Penha Longa, no Mandarin Oriental de Londres e passou uma temporada na Austrália. De entre as propostas do "Chef", provei o bacalhau assado com ovas grelhadas e migas de feijão frade com chouriço e couve cortada para caldo verde (18€) - o bacalhau era bom e estava bem, as ovas eram insípidas e as migas estavam secas demais. No "couvert", destaco a qualidade das azeitonas e do pão da casa, que evoca uma "focaccia", além de um broa honesta. A lista de vinhos é bem escolhida, mas com preços altos. Uma refeição completa ("couvert", entrada, prato, sobremesa) para duas pessoas, com vinho, dificilmente ficará abaixo dos 70 euros. É demais para o sítio e a qualidade.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
10/05/19

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1907.UNIÃO



EUROPEIA



O ALUNO CROATA

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HOJE NO 
  "RECORD"
África do Sul vai recorrer da decisão do
.TAS no caso de Caster Semenya

Comissão de três juízes do TAS votou 2-1 e proferiu um veredicto complexo

A África do Sul revelou esta segunda feira que vai recorrer da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que indeferiu o recurso da atleta Caster Semenya, no que toca ao regulamento que limita a testosterona.
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"Vamos recorrer o mais rápido possível", indicou à agência AFP o porta-voz do ministério dos desportos sul-africano, Vuyo Mhaga, em nome da Federação sul-africana de atletismo.
Em 01 de maio, o TAS rejeitou o recurso de Semenya contra os regulamentos da Associação das Federações Internacionais de atletismo (IAAF) em relação aos atletas com híperandrogenia, caso da sul-africana, tricampeã mundial e bicampeã olímpica dos 800 metros.

Num julgamento histórico, a comissão de três juízes do TAS votou 2-1 e proferiu um veredicto complexo em que admitiu que as regras propostas pela IAAF para atletas com "diferenças de desenvolvimento sexual (DSD)", como é o caso de Caster Semenya, "são discriminatórias", mas "devem ser aplicadas".

Os juízes rejeitaram os dois pedidos de arbitragem de Caster Semenya e decidiram que "com base nas provas apresentadas pelas partes, tal discriminação é um meio necessário, razoável e proporcional para atingir o objetivo da IAAF de preservar a integridade das competições desportivas".

Segundo Vuyo Mhaga, o recurso dos sul-africanos terá em conta o facto de dois juízes do TAS terem decidido anteriormente num caso de hiperandrogenia, em 2015, em que anularam uma suspensão à velocista indiana Dutee Chand. 

* Um veredicto nazi onde se fuzila uma atleta 'culpada' das características genéticas com que nasceu.

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Grandes Tesouros da Arqueologia

3- Pompeia

à Sombra do Vesúvio



DOCUMENTÁRIOS ptfelicitas

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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1. Inesquecíveis Viagens
de Comboio
1.3-Passeio por CUBA



* Estas viagens que desfrutaremos são também observação atenta às pessoas com que o viajante se cruza, problemas sociais, conformismo e também ilusões, vai perceber porque as viagens são inesquecíveis.

FONTE: DOCUMENTÁRIOS ptfelicitas
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Anúncio no Diário de Notícias previa
.Fátima dois meses antes

Um anúncio publicado no DN oito semanas antes da primeira aparição na Cova da Iria anunciava acontecimentos extraordinários para o dia 13 de maio de 1917. Leia a história dois anos depois do centenário. (Publicado originalmente a 10 de março de 2017)

Quem lesse a edição do Diário de Notícias do dia 10 de março de 1917 repararia que na página 4, na 9ª coluna, encontrava-se um anúncio pago tão inesperado como estranho. Como título tinha um número em destaque: 135917. Mas no texto curto continha algo que interessava muito às milhares de famílias que tinham os filhos no campo de batalha da Flandres, onde integravam os exércitos em luta na terrível Grande Guerra, cuja maioria morreria vítima de gaseamento. O texto do anúncio referia: "Não esqueças o dia feliz em que findará o nosso martírio. A guerra que nos fazem terminará."
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O anúncio poderia ter qualquer interpretação se dois meses e três dias depois, a 13 de maio, não tivesse tido lugar a primeira das seis alegadas aparições da Nossa Senhora aos três pastorinhos. Se dúvidas houvesse, na manhã do próprio dia dos acontecimentos sobrenaturais da Cova da Iria foi publicado uma notícia no Jornal de Notícias, onde se reforçava a mensagem que antes saíra no DN. Essa notícia é escrita a partir de um postal enviado à redação, com data de 11 de maio de 1917, cujo texto deixa os redatores tão estupefactos que colocam como título "Revelação sensacional" e reproduzem o seu aviso: "No dia treze do corrente, hade dar-se um facto, a respeito da guerra, que impressionará fortemente toda a gente."

Entretanto, também nos jornais O Primeiro de Janeiro e Liberdade foram publicados dois anúncios com as mesmas previsões de acontecimentos inesperados para o dia 13 de maio de 1917, a data em que o país foi surpreendido pela visão da Virgem Maria por três meninos de 10, 9 e 7 anos, respetivamente, Lúcia, Francisco e Jacinta, no local onde hoje se encontra o Santuário.
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Acontecimento sobrenatural que está prestes a comemorar o seu centenário e na qual participa o próprio papa Francisco, por desejo expresso seu, devoto de Maria e que consagrou nos dias imediatos à sua eleição o pontificado à Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Qual é o significado da publicação de um anúncio que preveria o fim da Grande Guerra, uma das grandes linhas mestras da Mensagem de Fátima e que a Nossa Senhora terá comunicado aos pastorinhos estar para breve? Mesmo que essa "declaração" divina estivesse errada pois a guerra só terminou um ano depois, tal não evitou que nos cinco meses seguintes muitos peregrinos se deslocassem de imediato para Fátima nos dias 13, pois disse Lúcia que a Senhora deixara claro que regressaria consecutivamente até 13 de outubro, nem que surgissem comerciantes a vender no local postais com imagens dos jovens portugueses na Guerra.

Uma autoria indesejável
Os responsáveis pela colocação destes anúncios foram os centros de espiritismo de Lisboa e do Porto, uma atividade muito em voga à época. Centros onde se reuniam pessoas de várias classes para receber mensagens do além. Diga-se que a inicial C. do anúncio publicado no DN deverá pertencer a Carlos Calderon, um cantor muito famoso nessa altura, entre outras coisas fundador da Sociedade Portuguesa de Autores, e que fazia parte de uma das casas espíritas mais importante da capital. "António", que enviara o postal para o JN, também era figura muito conhecida no Porto.

Ora, ambos forram encarregados de deixar registado nos principais jornais da época o que os "espíritos" lhes tinham comunicado em várias sessões por todo o país, como era também o caso de um grupo muito importante que se reunia em Portimão. A razão era simples, evitar que se duvidasse da comunicação do além após os acontecimentos para o dia 13 de maio terem tido lugar.

É o que se pode ler da "Acta" do centro de Lisboa, cujas decisões foram entregues ao referido espírita Carlos Calderon para que desse conhecimento público do que aconteceram nessas várias sessões. Uma "Acta" onde se escreve que "no dia 7 de Fevereiro de 1917 estando nós reunidos para trabalhos psíquicos e estudos ocultos, a determinada altura dos trabalhos, um dos assistentes pediu papel e lápis e automaticamente escreveu da direita para a esquerda uma comunicação (...). Nessa comunicação afirma-se que a data do 13 de Maio será de grande alegria para os bons espíritas de todo o mundo." A decisão que levou à publicação do anúncio deve-se, segundo a "Acta", ao seguinte: "Discutiu-se a comunicação recebida e resolveu-se: "- Que a data de 13 de Maio ficasse exarada num jornal , para que no futuro não pudessem haver dúvidas sobre a veracidade do facto sucedido."

Coincidência para o Santuário
Assim sendo, foi escolhida a edição do DN de 10/03/1917 para imprimir o registo da comunicação;e dada ordem para que "se adquirissem na redação do jornal 35 exemplares", e que se "seguisse com a máxima atenção o desenvolvimento deste assunto, coligindo todos os dados, artigos, etc. que possam conduzir-nos à verdade".

Visto este anúncio à distância de cem anos, num momento em que o Santuário de Fátima comemora a sua longevidade, questionaram-se os responsáveis sobre qual o entendimento da referida previsão na edição do jornal. Considera o diretor do Serviço de Estudos e Difusão, Marco Daniel Duarte, que o enunciado que no dia 10 de março de 1917 aparece na p. 4 "foi associada por alguns investigadores ao acontecimento das aparições de Fátima, provavelmente pela coincidência de uma numeração que antecede esse enunciado e que coincide com uma possível leitura da data em que, segundo o testemunho das três crianças Francisco, Jacinta e Lúcia, acontece a aparição da Virgem Maria em Fátima (135917)." No entanto, para o responsável, "toda a formulação leva a concluir que se trata de uma linguagem típica da cultura espírita, tema que se encontra muito pouco estudado pela historiografia em Portugal e que, por isso, não tem sido contextualizada de uma forma que permita conclusões além das que se firmam na coincidência da hipotética data."

Destaca ainda o Santuário que "para a história das mentalidades, seria importante perceber este tipo de frases, mais ou menos comuns nos jornais dos inícios do século XX, no contexto do surgimento destas correntes de pensamento que ao longo do século XIX e inícios do XX também ganharam adeptos em Portugal", mas não deixa de alertar para o facto de que "na frase não se refere o topónimo Fátima, nem sequer há referência a um qualquer cenário de mariofania. Em linguagem de pendor enigmático, fala-se do fim do martírio e do terminar de uma guerra que pode ser ou não conotada com o grande conflito que se vivia à escala mundial (a expressão é "a guerra que nos fazem terminará")".

Apesar do distanciamento do Santuário sobre o significado do anúncio, pergunta-se a Marco Daniel Duarte se a "previsão" credibiliza ou não os acontecimentos no entender da Igreja. Para o diretor, o discurso oficial da Igreja acerca das aparições de Fátima ignora este caso: "Pode dizer-se que esta tem sido uma temática que não se vê considerada, porquanto a mundividência preconizada pela teologia cristã não é compatível com o discurso do pensamento espírita. A falta de elementos que relacionem o enunciado publicado no DN a Fátima levou a que oficialmente não se tenha dado importância a esta mensagem redigida no modo imperativo. Ela tem sido, sobretudo, evocada por investigações que pretendem explicar as aparições a partir do conceito de paranormalidade e da explicação ovniológica, linha de investigação que, no universo dos estudos sobre Fátima, constitui uma percentagem muito reduzida."

Historiador e a construção
E o que dizem os historiadores sobre este anúncio? O investigador Luís Filipe Torgal, autor do ensaio O sol bailou ao meio-dia - A criação de Fátima, e estudioso da I República, faz notar que quando se consultam os jornais de 1916 a 1918 "eles estão inundados de questões relacionadas com a Guerra" e que nessa altura "surgem dezenas de notícias de aparições que ocorrem um pouco por todo o país e cuja mensagem está associada à Guerra. Aliás, 1917 é um ano especial porque em janeiro parte o Corpo Expedicionário Português para a Flandres".

Não deixa de sublinhar que "a Guerra é a essência da Mensagem de Fátima, tudo o resto é uma construção posterior, como é o caso da mensagem anti-comunista, que só se sabe nos anos 30". O historiador não encontra uma explicação para o anúncio: "Vejo-o, registo-o e integro-o como mais uma entre as diversas notícias sobre a Guerra, mas mais do que isso não. É difícil retirar daí uma interpretação e creio que ninguém o conseguirá." Em conclusão, afirma: "É uma coincidência e o mundo está cheia delas."

 * Desejamos felicitar o responsável do marketing do "céu" que anunciou subtilmente a aterragem no chaparro da cova da iria uma aparição que deveria ser inesperada, terão feito um casting aos pastores?

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Alessandra Amoroso

Counque Andare


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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Governo constitui grupo de trabalho
 para substituir cabos submarinos

Tanto o da Madeira como o dos Açores que ligam as ilhas ao continente duram até 2025 e 2024, respectivamente. Proposta final será conhecida ainda este ano

Foi publicado hoje, em Diário da República, o Despacho do Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, para a constituição de um grupo de trabalho que irá estudar a melhor opção para a substituição dos cabos submarinos que ligam as duas regiões autónomas da Madeira e dos Açores ao continente português.
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As actuais infraestuturas ainda têm um tempo de vida útil de seis e cinco anos, respectivamente, mas está assegurado no documento mandado publicar por Alberto Souto de Miranda, que o estudo que será feito pelo grupo de trabalho com representantes do Governo da República, dos dois governos regionais e da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), será apresentado ainda este ano, por forma a dar tempo para toda a operação de substituição.

Considera o despacho que “as comunicações electrónicas entre o Continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são actualmente asseguradas por um sistema de cabos submarinos, o denominado anel CAM, formado por 3 ligações em triângulo, duas delas suportadas em sistemas internacionais, (Columbus -3 na ligação Açores-Continente (Carcavelos) e Atlantis -2 na ligação Madeira-Continente (2000) e a terceira a ligação autónoma entre a Madeira e os Açores, a fechar o anel (2003)”, que já “estão a 3/4 da vida técnica máxima (25 anos), não sendo previsível, porquanto ineficiente, investimentos adicionais na actualização desta infraestrutura e importa prevenir a sua obsolescência”, justifica.

Acrescenta que “os cabos submarinos em causa deverão atingir o fim da sua vida útil em 2024/2025 (o Columbus III em 2024 e o Atlantis -2 em 2025), sendo por isso urgente assegurar que as novas interligações são disponibilizadas preferencialmente antes dessa data”, sendo que, “dada a necessidade de desencadear este processo em tempo útil, foi o mesmo inscrito na Lei do Orçamento de Estado para 2019, sublinhando-se no relatório que acompanha o Orçamento que ‘será ainda desenvolvido nesta área um trabalho com vista a assegurar a substituição das interligações por cabo submarino, as quais constituirão uma prioridade para Portugal e para a União Europeia, dado tratar-se de um investimento fundamental para assegurar a coesão nacional e o desenvolvimento económico do país e do espaço europeu, o qual requer que as regiões autónomas sejam servidas por boas infraestruturas de telecomunicações’”.

Reconhecendo que o esforço financeiro é de dimensão considerável, o secretário de Estado lembra ainda que “as implicações do modelo a adoptar para o respectivo financiamento e gestão”, pelo que “considerou-se imperioso que o Estado Português defina uma orientação estratégica nesta matéria, envolvendo o Governo da República e os dois Governos Regionais, com mobilização de fundos europeus”, assegura.

Um assunto que já tinha sido abordado “em Fevereiro passado”, quando “foi assumido pelo Governo da República que iria ser formado, em breve, um grupo de trabalho, com a participação, entre outros, do Governo da República, dos Governos Regionais e da ANACOM, que apresentará conclusões e orientações tendo em vista uma decisão a ser tomada durante o ano de 2019”.

Ao grupo de trabalho caberá, por isso, estudar e analisar a “configuração técnica e financeira mais adequada para a substituição atempada dos cabos submarinos que asseguram as ligações de comunicações CAM”, designadamente “propor uma solução técnica que permita que a conectividade se faça de acordo com o melhor estado da arte, quer quanto ao tipo de cabos, quer quanto à capacidade e velocidade de transmissão de voz e de dados, quer, ainda, no que diz respeito às medidas de resiliência e redundância que devem ser implementadas para garantir a continuidade da prestação de serviços nestas regiões, propor o modelo de negócio e de financiamento, podendo sugerir várias opções, ponderar a possível utilização do novo Anel CAM como Plataforma Atlântica CAM para amarração de cabos submarinos internacionais, em particular à luz da Agenda Digital da CPLP, promovendo-se assim a conectividade internacional do país, assim como a localização no país (Continente, Açores e Madeira) de serviços de armazenamento de dados (Data Centres, Serviços Cloud), de novos pontos de presença de Operadores (PoPs) e pontos de permuta de tráfego IP (IXPs)”, opção que poderá potenciar novos negócios para as duas regiões e um novo ciclo de desenvolvimento.

Também o grupo “deverá ponderar a utilização dos cabos submarinos na interligação CAM para suporte de tráfego associado a projectos científicos (consumidores de grande quantidade de largura de banda), assim como para detecção sísmica (estudos geofísicos e produção de alertas e avisos de sismos e tsunamis), eventualmente alargando o âmbito da detecção às áreas do Ambiente e da Oceanografia”, além de “ponderar ofertas complementares de serviços associados a estes cabos, que permitam potenciar a sua utilização e explorar novos modelos de negócio para o país, designadamente ao nível dos serviços de supervisão de cabos submarinos na nossa zona económica exclusiva ou licenciamento Simplex de novos sistemas a amarrar em Portugal”, argumenta.

Será presidido pelo representante da ANACOM, sendo certo que terá um representante designado do Ministério das Finanças, do Ministério do Planeamento, do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, da Secretaria de Estado das Comunicações, da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira. Os nomes devem ser indicados até cinco dias úteis após a publicação do presente despacho.

O trabalho poderá recorrer à “colaboração, bem como proceder à consulta de outras entidades tidas por convenientes à prossecução dos seus trabalhos, de acordo com as respectivas áreas de especialidade, bem como auscultar o mercado sobre as características das soluções existentes”, estando acertada a data de 31 de Dezembro para a entrega ao Governo do relatório.

* Fantástico, um documento mandado publicar por Alberto Souto de Miranda assegura que o grupo de trabalho ainda por constituir concluirá este ano a função para que for designado. Dogmático.

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