03/09/2014

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HOJE NO
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Quem não votar partido Evo Morales
 é chicoteado, diz deputado

Gallego afirmou que as organizações do norte de Potosi “vão chicotear os que fizerem voto cruzado”, porque “não podem ser traiçoeiros”

Um deputado boliviano do partido presidencial disse hoje que organizações sociais do departamento de Potosi, no sudoeste do país, decidiram castigar com chicotadas quem não votar no partido do Presidente Evo Morales nas eleições de outubro. 
 
DEMOCRATA/FOLCLÓRICO
Eleito pelo Movimento para o Socialismo (MAS, na sigla em Castelhano) por Potosi, Luis Gallego afirmou, segundo a agência noticiosa boliviana Fides, que várias organizações sociais, indígenas e sindicais do norte deste departamento decidiram “em assembleia geral” controlar o voto no partido governamental durante o dia do sufrágio e impedir o voto cruzado. 

O voto cruzado consiste em apoiar o candidato presidencial de um partido e um candidato a deputado por outra força política, prática que Evo Morales tem criticado, pedindo aos seus apoiantes que a evitem para assegurar a maioria oficial no parlamento. 

Gallego afirmou que as organizações do norte de Potosi “vão chicotear os que fizerem voto cruzado”, porque “não podem ser traiçoeiros”. 

Em 26 de agosto, o principal sindicato de camponeses da Bolívia também anunciou que vai controlar “de alguma maneira” a votação dos seus filiados em Morales e nos candidatos do MAS. 

Porém, o Supremo Tribunal Eleitoral advertiu que este tipo de atitudes constitui um delito de coação eleitoral, que deve ser investigado no dia das eleições. 

Morales e o vice-presidente Álvaro Garcia Linera aspiram, nas eleições de 12 de outubro próximo, à reeleição para um terceiro mandato até 2020. 

O atual Presidente da Bolívia, dado como favorito nas sondagens divulgadas até agora, disputa a Presidência com o empresário Samuel Doria Medina, o ex-Presidente Jorge Quiroga (2001-2002), o ex-presidente da Câmara da capital, La Paz, Juan del Granado, e o líder indígena Fernando Vargas. 

* Democracia do chicote ou esclavagismo eleitoral.



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