HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"
Taxas da saúde aumentam 163%
Há mais 1,4 milhões de isentos por insuficiência económica. Não vão ao médico para não faltarem ao trabalho.
De 2011 para 2012 a saúde ficou efetivamente mais
cara – houve serviços que tiveram aumentos nas taxas moderadoras na
ordem dos 163%. Segundo um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS)
sobre os efeitos do Novo Regime Jurídico das Taxas Moderadoras, que
entrou em vigor a 1 de janeiro de 2012, o Serviço de Atendimento
Permanente ou Prolongado (SAP) registou o maior aumento (163%).
Os utentes, em vez de 3,80 euros, passaram a pagar 10 euros. Na lista dos serviços com subidas acima dos 100% estão também as consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF), nas quais os utentes pagam 5 euros em vez de 2,25 (122%).
Os utentes, em vez de 3,80 euros, passaram a pagar 10 euros. Na lista dos serviços com subidas acima dos 100% estão também as consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF), nas quais os utentes pagam 5 euros em vez de 2,25 (122%).
O mesmo estudo concluiu que
aumentou o número de doentes isentos de pagamento de taxas moderadoras
por motivos económicos: a 31 de dezembro de 2011 eram 1 500 461 e a 30
de novembro de 2012 atingiam os 2 914 917 (mais 1 414 456 utentes).
São
precisamente os doentes isentos que vão menos ao médico. É que apesar
da isenção nas consultas estes utentes têm de enfrentar outros custos,
como a deslocação, as faltas ao trabalho e "a adesão a eventuais planos
de tratamento decorrentes das consultas".
Ainda
no registo de menores idas ao médico, conclui o estudo da ERS que os
utentes preferem as consultas não presenciais nos centros de saúde. É a
diferença entre ir ao consultório e pagar cinco euros e de ficar em casa
e pagar três euros.
Além disso, a ERS encontrou
erros na aplicação das novas regras de isenção por parte dos hospitais e
centros de saúde e às vezes devido à falta de informação dos próprios
utentes que fizeram com que doentes isentos tivessem pago pelo acesso a
cuidados de saúde no ano passado.
O Serviço
Nacional de Saúde (SNS) cobrou, em 2012, 171,4 milhões de euros em
taxas, um valor que ficou aquém das metas previstas no memorando da
troika, que estabelecia um objetivo de 231,5 milhões de euros.
* Portugueses na miséria...
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