HOJE NO
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Mais de uma queixa por dia de violência
. contra profissionais de saúde
. contra profissionais de saúde
Maioria dos casos ocorre no público. Em 2014, as notificações mais que duplicaram.
Por dia, pelo menos um profissional de saúde é
agredido no local de trabalho. Dados divulgados pela Direcção-Geral da
Saúde revelam que até Agosto foram notificados 381 casos de violência, o
que dá uma média de 1,5 ocorrências por dia.
Os números estão dentro do que se verificou em 2014, ano em que o
Observatório de Violência contra Profissionais de Saúde registou um
recorde de notificações, tendo recebido 531 denúncias. A maioria diz
respeito a serviços de saúde públicos.
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Este observatório da DGS é um registo voluntário e anónimo, o que
significa que esta realidade pode estar subestimada. No ano passado, as
notificações mais do que duplicaram face ao ano anterior, mas os
responsáveis têm dito não ser possível aferir se existe um aumento da
conflitualidade até relacionado com a crise ou se os profissionais estão
a aderir mais ao sistema, que visa melhorar a prevenção destes
incidentes.
Bola de neve
Os dados do ano passado mostram que em
dois terços das situações as vítimas são enfermeiros, em linha com o que
já se verificava em anos anteriores. Guadalupe Simões, dirigente do
Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, considera que o aumento das
notificações reflecte mais conflitualidade e uma consequente maior
sensibilização para reportar, para que o problema não caia no
esquecimento.
Tendo em conta que, na maioria das vezes, os agressores são doentes,
familiares ou acompanhantes, a responsável considera haver uma clara
associação entre o ambiente que se vive nos serviços e mais casos de
violência. “Os enfermeiros são o primeiro contacto e têm de lidar com a
insatisfação crescente das pessoas com os tempos de espera e demora no
atendimento”, diz.
“São os enfermeiros que estão nas triagens das urgências ou nas
enfermarias durante as visitas”, justifica. A dirigente sindical fala de
uma “bola de neve”: não havendo profissionais em número suficiente, as
famílias ficam mais exasperadas e o espaço físico não permite dar
resposta a todos em simultâneo, obrigando a impor mais limitações para
que possa haver circulação, isto mesmo quando os doentes ficam em macas
nos corredores. Dotar os serviços de recursos suficientes seria, no seu
entender, a melhor estratégia de prevenção.
Segundo o balanço de 2014, as situações mais recorrentes são injúria,
ameaças e pressões, mas verificaram-se 133 agressões físicas. Um quinto
das vítimas precisou de tratamento e ausentou--se do trabalho, mas só 72
apresentaram queixa à polícia. A maioria considera que a violência é
habitual e poderia ser prevenida. Metade das vítimas ficaram
insatisfeitas com a forma como a situação foi tratada internamente.
* Temos pelos profissionais de saúde o maior respeito, sem ferir susceptibilidades os enfermeiros são os que mais enfrentam os problemas, os que mais dão e os que piores salários auferem, uma das vergonhas deste governo, também ele vergonhoso.
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