HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal foi o quinto país da zona
euro onde a ajuda à banca mais
pesou na dívida
Estudo do Banco Central Europeu revela que as ajudas à banca concedidas entre 2008 e 2014 agravaram a dívida pública portuguesa em 11% do PIB.
As medidas de apoio ao sistema financeiro português concedidas entre
2008 e 2014 agravaram a dívida pública em 11% e o défice orçamental em
2,9%. Os números constam de um relatório publicado hoje pelo Banco
Central Europeu, mas não contam ainda com o efeito que o cancelamento da
venda do Novo Banco terá no défice de 2014, elevando-o em 4,9 mil
milhões de euros no ano passado.
CHULIÇE ENCAPOTADA |
O estudo designado "Impacto orçamental do apoio à banca durante a
crise" mostra que Portugal é o quinto país cujas medidas de apoio
financeiro mais pesaram na dívida pública, tendo sido ultrapassado pela
Irlanda (22,6%), Grécia (22,2%), Chipre (19,4%) e Eslováquia (18,2%).
França e Itália estão no lado oposto. As ajudas dadas nestes países
ao sector financeiro tiveram um impacto de apenas 0,1% na dívida
pública. No conjunto da zona euro, a dívida agravou-se 4,8% do PIB à
custa destas ajudas.
No défice, as contas são diferentes. Desde 2008 (ano da falência do
Lehman Brothers) até 2014, as medidas de ajuda ao sector financeiro
pesaram 2,9% do PIB no défice. Entre os países da zona euro, Portugal
ocupa a oitava posição no ranking. No conjunto da zona euro, o impacto
no défice foi de 1,8% do PIB. A Irlanda - cujo programa de assistência
assinado em 2010 com a troika resultou de um colapso da banca - foi o
país onde o impacto no défice foi maior: "quase 25%", calcula o BCE.
No conjunto da zona euro, o impacto no défice foi de 1,8%, tendo
havido três países - França, Itália e Luxemburgo - onde o impacto foi
até positivo, já que as "receitas acumuladas resultantes da assistência
financeira ultrapassaram ligeiramente os gastos", justifica a
instituição liderada por Mario Draghi.
O BCE refere ainda que, no conjunto da zona euro, dos 800 mil milhões
de euros de ajuda concedida desde que a crise começou apenas 40% foram
recuperados, uma taxa de recuperação considerada "relativamente baixa"
pelo BCE, tendo em conta os padrões internacionais. Portugal encontra-se
entre os países com taxas de recuperação "particularmente baixas",
adianta o BCE.
* Chama-se "chuliçe banqueira", nenhum banco em Portugal sobrevive se não se encostar ao coiro do Estado, os portugueses pagam tudo, Ai aguentam, aguentam!
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