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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
DINHEIRO VIVO"
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BES investigado por lavagem de dinheiro em Miami, na Líbia e na Suíça
O Banco Espírito Santo está a ser investigado por suspeitas de
lavagem de dinheiro em vários países onde estava presente, nomeadamente
nos EUA, na Líbia e na Suíça, avança a edição desta segunda-feira, 1 de
dezembro, do Wall Street Journal (WSJ).
De
acordo com o jornal norte-americano, o procurador de Nova Iorque está a
investigar a unidade do BES em Miami em operações de lavagem de dinheiro
por um empresário venezuelano que era também um dos maiores clientes do
banco.
O Wall Street Journal, que cita fontes próximas do
processo, conta que esse empresário teria transferido esse dinheiro para
uma companhia venezuelana que está também a ser investigada por prática
de atividades de corrupção.
O jornal diz ainda que, o ano
passado, empregados do BES em Miami se mostraram preocupados quando
repararam que estava a ser transferido dinheiro da agência de habitação
social da Venezuela para a conta desse empresário e depois daí para
bancos nas Caimão e na Suíça. Essas contas acabaram por ser fechadas e
os empregados avisaram os reguladores do sucedido, conta ainda a
publicação.
E por falar em Suíça, o Wall Street Journal recorda
também que o unidade do BES naquele país foi também investigada em
setembro deste ano também por suspeitas de lavagem de dinheiro.
Por
fim, na Líbia, o banco português terá também sido investigado pelas
mesmas razões, neste caso por retirar dinheiro do país para elementos
próximos do ex-líder líbio Moammar Gadhafi's, noticia o WSJ citando
novamente fontes próximas do processo.
As investigações na Líbia
O
processo terá sido aberto em 2011 quando os líbios contra o regime de
Gadhafi fecharam o sistema financeiro controlado pelo Estado. Nessa
altura, o Aman Bank, que era controlado a 40% pelo BES e operado como
parte do grupo Espírito Santo, seria a única forma para movimentar
dinheiro para dentro e fora da Líbia.
Aliás, diz o WSJ, o BES
terá até sido usado pelos EUA para pagar aos empregados da embaixada de
Tripoli. Mas de forma legal, já que era um banco privado e podia
continuar a sua atividade.
Mas quando começou a guerra civil, o
BES terá facilitado que alguns dos seus clientes transferissem dinheiro
para fora da Líbia para contas do BES no Dubai ou na Suíça. Segundo o
WSJ, por causa dessas operações os serviços secretos dos EUA terão
começado a investigar o banco português por ter ajudado a tirar dinheiro
da Líbia para familiares e outras pessoas próximas de Gadhafi. Operações que, avança o jornal norte-americano, teriam o conhecimento dos executivos do Espírito Santo em Portugal.
Até
agora não foram encontradas quaisquer provas dessas transações, mas as
autoridades norte-americanas já alertaram as autoridades portuguesas que
estão a investigar essas transferências de dinheiro do Aman Bank.
BES sob suspeita noutros países
O
WSJ recorda ainda que, em 2005, o BES foi investigado por ter operado
contas secretas para o ditador chileno Augusto Pinochet, que morreu em
2006, e a sua família na altura em que as instituições financeiras
teriam congelado todos os seus ativos.
Relembra ainda a recente investigação ao BES em Angola, também por lavagem de dinheiro, e ainda em Portugal onde o banco foi alvo de buscas na passada sexta-feira,
resultando mesmo na detenção de dois funcionários que estavam agora no
Novo Banco, a entidade criada após a separação do BES em banco bom e
banco mau.
* Nada espanta vindo da família "sacrosanta" que tomou conta deste país com a condescendência do sr. primeiro-ministro Silva, desejamos que a investigação vá até às últimas consequências.
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