Não há regulação para
os drones
Comissão Nacional de Proteção de Dados preocupada com o uso destes
dispositivos para fins que colocam em causa direitos dos cidadãos.
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Existem de todos os tamanhos e servem para captar som e imagem de quase
tudo. O uso de drones (veículos aéreos não-tripulados) é cada vez mais
comum em Portugal e utilizado em todas as áreas, nomeadamente nos media e
na publicidade, o que merece agora reflexão.
Durante uma conferência, ontem, na Fundação das Comunicações, em Lisboa,
a Comissão Nacional de Proteção de Dados chamou a atenção para a
ausência de legislação e as questões de privacidade.
Isabel Cruz,
daquele organismo, disse que "a suscetibilidade de afetar direitos com a
utilização de drones é grande", entre eles "0 direito à vida privada, à
proteção de dados e à segurança".
Perante o "vazio legal" a que se assiste, o Instituto Nacional de
Aviação Civil ficou de tratar da "proposta de um projeto legislativo".
Há especificidades que justificam uma legislação própria, existindo
atividades que têm vantagem no uso daqueles aparelhos, como as forças
policiais e militares.
Em Portugal, já há programas de televisão que são gravados com recurso a
drones, como é o caso de ‘Factor X’, da SIC. E cada vez mais estes
‘robôs voadores’ são requisitados por canais de televisão e produtoras
para filmar eventos.
Lá fora, os drones também não são novidade.
No Brasil, um jornal
gratuito utilizou um destes aparelhos para divulgar uma edição especial
que promovia o filme ‘Aviões 2’, da Disney. Nos Estados Unidos, onde
estes veículos telecomandados estão a gerar cada vez mais controvérsia,
foi lançada a primeira película pornográfica filmada por drones.
* E o que diz o legislador, isto é o Parlamento, nada, que se drona!
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