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"AÇORIANO ORIENTAL"
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Bancos Alimentares recolheram 2.325
. toneladas de alimentos no fim de semana
Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram este fim de
semana 2.325 toneladas de alimentos, numa campanha realizada em 1.995
superfícies comerciais e que contou com a colaboração de 42 mil
voluntários.
Em comunicado, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos
Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, indica que o balanço, que ainda
não é final, é “positivo”, apesar das dificuldades económicas dos
portugueses, mas representa um decréscimo face a campanhas anteriores.
”Os resultados, que voltam a surpreender pela solidariedade que os
portugueses continuam a demonstrar, mantendo um significativo apoio a
uma iniciativa em que acreditam e que os mobiliza, representam um
decréscimo face a campanhas anteriores, embora não incorporem ainda os
resultados da Campanha “Ajuda Vale” nem da campanha online, que vêm
adquirindo um peso cada vez maior nas contribuições particulares”,
refere Isabel Jonet.
A responsável do banco alimentar adianta que os géneros alimentares
recolhidos serão distribuídos, a partir da próxima semana, a 2.400
instituições de solidariedade social, que os entregam a cerca de 425 mil
pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes
ou de refeições confecionadas.
Esta campanha ficou marcada pela introdução de sacos de papel, mais
amigos do ambiente do que os tradicionais sacos de plástico, embora
recicláveis.
Até ao próximo domingo será também possível contribuir para a
campanha através da “Ajuda Vale”, que tem como lema “uma ajuda que não
pesa mas vale”, pedindo um vale com um código de barras específico para
poder doar produtos nas caixas dos supermercados ou gasolineiras (BP e
CEPSA).
A campanha, com o lema “Mais solidariedade num contexto de
dificuldade”, realizou-se numa altura em que os Bancos Alimentares têm
mais pedidos de ajuda e menos produtos não perecíveis para entregar, o
que está associado a menos doações da indústria agroalimentar.
“Aquilo que se verificou nos últimos tempos foi um grande acréscimo
de produtos perecíveis, nomeadamente hortofrutícolas resultantes das
medidas de gestão de crise que a Comissão Europeia adotou em virtude do
embargo da Rússia às exportações da União Europeia”, explicou Isabel
Jonet em declarações à agência Lusa no sábado.
No ano passado, foram entregues 23.811 toneladas de alimentos (com o
valor estimado de 33.935 milhões de euros), numa média diária de 95
toneladas por dia útil.
* SOLIDARIEDADE PRECISA-SE
.
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