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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Portugal foi o único país da troika onde
o risco de exclusão social não
aumentou desde 2010
O risco de pobreza ou de exclusão social em
Portugal persiste acima da média da UE, mas não aumentou desde 2010, ao
contrário do que sucedeu em 18 dos seus 28 Estados. Em contrapartida, há
mais famílias sem trabalho e que reportam viver em privação material
severa.
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O risco de pobreza ou de exclusão
social em Portugal persiste acima da média da União Europeia, mas não
aumentou desde 2010, ao contrário do que sucedeu em 18 dos seus 28
Estados-membros, entre os quais estão os outros países resgatados pela
troika (Grécia, Irlanda e Chipre).
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Os dados comparativos foram divulgados pela Comissão Europeia por ocasião da conferência que decorre esta tarde em Bruxelas, onde se constatará que a Europa não está no bom caminho para cumprir a meta de tirar 20 milhões da pobreza até 2020.
O risco de pobreza ou de exclusão social em permaneceu em Portugal em 25,3% entre 2010 e os anos 2012/2013, acima da média dos países da União Europeia, onde subiu oito décimas para 24,8%.
Este indicador tenta captar a população que cumpre pelo menos uma das seguintes condições: está em risco de pobreza (rendimento monetário abaixo do limiar de pobreza, que é fixado em 60% do rendimento mediano nacional disponível, após transferências sociais); está severamente privada de bens materiais (a falta de recursos impede, por exemplo, manter a casa adequadamente aquecida, pagar a renda ou pagar um carro ou uma TV a cores); ou vive em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa (trabalharam menos do que 20% do seu potencial total de trabalho durante o ano anterior).
Portugal é o 13º país, entre os 28, onde é maior o risco de pobreza ou de exclusão social, que regista variações muito amplas na União, oscilando entre o mínimo de 15,3% na Holanda e o máximo de 48% na Bulgária. Entre 2010 e 2012/2013, o maior agravamento deste risco foi observado na Grécia, onde passou de 27,7% para 34,6%. Seguem-se Itália (mais 3,9 pontos para 28,4%), Hungria (mais 3,6 pontos para 33,5%), Chipre (mais 3,2 pontos para 27,8%), Malta (2,8 pontos para 24%) e Irlanda (mais 2,7 pontos percentuais para 27,3%).
Se desagruparmos este indicador e olharmos apenas para o risco de pobreza após transferências sociais, este era em Portugal, segundo os dados mais recentes comparáveis, de 17,9%, igual à proporção observada em 2010. Note-se que o valor do limiar de pobreza baixou desde então 9,9 pontos percentuais, o que reflecte a circunstância de a generalidade dos portugueses ter visto o seu rendimento disponível diminuir. Este valor persiste acima da média da União Europeia, onde o risco de pobreza subiu de 16,5% em 2010 para 16,9% em 2012/13.
Em contrapartida, há agora mais agregados familiares onde escasseia o emprego (que trabalharam menos do que 20% do seu potencial total de trabalho durante o ano anterior), tendo essa percentagem passado entre 2010 e 2012/2013 de 8,6% para 10,1%, ainda abaixo da média da UE de 10,5%. Também a proporção de famílias que reporta viver em "privação material severa" subiu, de 9% para 10,9%, sendo agora já superior à média europeia de 9,9%.
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Os dados comparativos foram divulgados pela Comissão Europeia por ocasião da conferência que decorre esta tarde em Bruxelas, onde se constatará que a Europa não está no bom caminho para cumprir a meta de tirar 20 milhões da pobreza até 2020.
O risco de pobreza ou de exclusão social em permaneceu em Portugal em 25,3% entre 2010 e os anos 2012/2013, acima da média dos países da União Europeia, onde subiu oito décimas para 24,8%.
Este indicador tenta captar a população que cumpre pelo menos uma das seguintes condições: está em risco de pobreza (rendimento monetário abaixo do limiar de pobreza, que é fixado em 60% do rendimento mediano nacional disponível, após transferências sociais); está severamente privada de bens materiais (a falta de recursos impede, por exemplo, manter a casa adequadamente aquecida, pagar a renda ou pagar um carro ou uma TV a cores); ou vive em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa (trabalharam menos do que 20% do seu potencial total de trabalho durante o ano anterior).
Portugal é o 13º país, entre os 28, onde é maior o risco de pobreza ou de exclusão social, que regista variações muito amplas na União, oscilando entre o mínimo de 15,3% na Holanda e o máximo de 48% na Bulgária. Entre 2010 e 2012/2013, o maior agravamento deste risco foi observado na Grécia, onde passou de 27,7% para 34,6%. Seguem-se Itália (mais 3,9 pontos para 28,4%), Hungria (mais 3,6 pontos para 33,5%), Chipre (mais 3,2 pontos para 27,8%), Malta (2,8 pontos para 24%) e Irlanda (mais 2,7 pontos percentuais para 27,3%).
Se desagruparmos este indicador e olharmos apenas para o risco de pobreza após transferências sociais, este era em Portugal, segundo os dados mais recentes comparáveis, de 17,9%, igual à proporção observada em 2010. Note-se que o valor do limiar de pobreza baixou desde então 9,9 pontos percentuais, o que reflecte a circunstância de a generalidade dos portugueses ter visto o seu rendimento disponível diminuir. Este valor persiste acima da média da União Europeia, onde o risco de pobreza subiu de 16,5% em 2010 para 16,9% em 2012/13.
Em contrapartida, há agora mais agregados familiares onde escasseia o emprego (que trabalharam menos do que 20% do seu potencial total de trabalho durante o ano anterior), tendo essa percentagem passado entre 2010 e 2012/2013 de 8,6% para 10,1%, ainda abaixo da média da UE de 10,5%. Também a proporção de famílias que reporta viver em "privação material severa" subiu, de 9% para 10,9%, sendo agora já superior à média europeia de 9,9%.
* Mas o governo continua a dizer que o país vai melhor, e exulta. Somos um país da Europa ou um país da "troika", só se fôr da "troika fandanga".
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