HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Partidos vão analisar
"crime público" nas galerias
Os partidos vão continuar a "reflexão" sobre os recentes protestos nas
galerias do público no Parlamento, incidentes que a presidente da
Assembleia da República considera "uma ofensa à democracia" e que
constituem um "crime público".
Segundo
o porta-voz da conferência de líderes, o deputado do PSD Duarte
Pacheco, o assunto voltou ser abordado pelos grupos parlamentares e pela
presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que reiterou a
tese de que as situações ocorridas são "uma ofensa à democracia" e que
"sendo um crime público nada impede as autoridades" de agirem.
Fontes
parlamentares revelaram também que Assunção Esteves está a elaborar um
estudo comparado para avaliar como é feito o acesso do público aos
Parlamentos dos outros países.
Ainda a propósito da posição da
presidente da Assembleia da República, o porta-voz da conferência de
líderes enfatizou que Assunção Esteves entende que sendo "um crime
público", a Assembleia da República não está obrigada a apresentar
qualquer tipo de queixa e que as autoridades, nomeadamente o Ministério
Público, podem atuar caso o entendam.
Duarte Pacheco disse ainda
que a interpretação da presidente da Assembleia da República é
"pacífica" e que os partidos anuíram em continuar a fazer uma reflexão
sobre o tema.
Nenhum dos partidos, ainda de acordo com o porta-voz da conferência de líderes, apresentou "formalmente" qualquer proposta.
Em
declarações à Lusa na terça-feira, PCP e BE defenderam que os recentes
protestos nas galerias do público no Parlamento merecem "compreensão" e
não justificam qualquer alteração ao atual modelo de acesso, enquanto o
PS propôs uma "reflexão".
Em declarações à Agência Lusa, o líder
parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, disse compreender os recentes
protestos nas galerias do hemiciclo "à luz da atual situação social e
económica".
"Não considero que tenham atingido uma dimensão que
justifique qualquer restrição ou condicionamento no acesso" às galerias,
defendeu o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, lembrando que
"sempre houve protestos nas galerias".
Para o líder parlamentar do
PCP, João Oliveira, as expressões consideradas como ofensas por parte
do Governo são "fruto do desespero das pessoas que são atingidas pelas
políticas" da maioria PSD/CDS-PP e é nesse âmbito que "devem ser
encaradas".
"Se é para haver reflexão, então que se reflita em
primeiro lugar sobre as causas destas expressões", defendeu o líder
parlamentar do PCP, considerando que as atuais regras deverão manter-se
porque "tem funcionado" e não se justificam alterações.
As bancadas do PSD e CDS-PP ainda não discutiram o assunto internamente, não tendo por isso uma posição final sobre o tema.
Pelo
PS, o líder parlamentar já tinha proposto na última conferência de
líderes "uma reflexão" sobre a matéria, que deve ser feita "com
cautela".
Na terça-feira, no último dia da discussão do Orçamento
do Estado para 2014, o discurso da ministra das Finanças, Maria Luís
Albuquerque, foi interrompido por gritos de manifestantes que assistiam
ao plenário nas galerias e que reclamaram a "demissão" do Governo.
No
passado dia 01 de novembro, durante a apresentação do Orçamento do
Estado para 2014, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, tinha sido
interrompido por gritos de "assassinos" provenientes de manifestantes
nas galerias da Assembleia da República.
"Assassinos/assassinos!",
foi a palavra de ordem mais ouvida, por breves minutos, até a
presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, ordenar à
polícia a evacuação das galerias.
Os cerca de 20 manifestantes,
que empunharam papéis a formar a palavra "Rua" e outros cartazes - com a
inscrição "carrascos do povo", por exemplo -, gritaram ainda que "está
na hora de o Governo se ir embora" e "fascistas!"
* Ofensa à democracia é uma juíza trabalhar dez anos no TC e receber reforma por inteiro e não é crime público porque esta mordomia está convenientemente legalizada!
A sra. Presidente da Assembleia da República é, democráticamente, um fiasco.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário