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Vacinas obrigatórias e tabaco a 10 euros
.na lista de medidas do governo francês
.na lista de medidas do governo francês
Governo do
presidente Emmanuel Macron conquistou moção de confiança com uma
esmagadora maioria. Combater a dependência da despesa pública e evitar
ultrapassar os 3% de défice estão entre os principais objetivos
Um
dia depois do discurso do presidente Emmanuel Macron perante o
Congresso francês em Versalhes, o primeiro-ministro Édouard Philippe
apresentou ontem, durante mais de uma hora, na Assembleia Nacional, o
roteiro do governo, que inclui várias medidas na área da educação, saúde
e orçamentais. No final, a moção de confiança ao executivo foi aprovada
por uma ampla maioria de 370 votos a favor e 67 contra.
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No
que diz respeito à saúde, o primeiro-ministro anunciou que as "vacinas
para as crianças pequenas" hoje apenas "recomendadas" pelas autoridades
de saúde passarão a ser obrigatórias no próximo ano. Atualmente apenas
três vacinas infantis são obrigatórias: difteria, tétano e poliomielite.
Oito outras, entre as quais as vacinas da hepatite B e sarampo, são
apenas recomendadas.
O governo também
"irá gradualmente aumentar o preço do maço de cigarros para 10 euros",
contra os atuais 7 euros, anunciou Édouard Philippe na Assembleia
Nacional, sem dar, porém, um prazo para a concretização da medida. Este
aumento coloca a França com preços semelhantes aos praticados no Reino
Unido, onde um maço de cigarros Marlboro custa 10,26 euros, segundo a
BFMTV.
"O tabaco em França causa mais de 80 mil
mortes por ano. É a principal causa de morte evitável e o consumo diário
de tabaco está a aumentar entre os adolescentes. Não fazer nada está
fora que questão", declarou o chefe do governo.
Em
França, são os fabricantes de tabaco e não o Estado quem decide o preço
de venda ao consumidor, mas os impostos representam cerca de 80% do
preço, rendendo à volta de 14 milhões de euros anuais ao Estado.
Com
França em risco de derrapagem orçamental, uma herança deixada por
François Hollande, Édouard Philippe anunciou ainda medidas que têm por
objetivo encontrar os quatro mil milhões de euros necessários para
evitar ultrapassar a marca dos 3% de défice. "A França está encostada às
cordas e nenhum movimento esquivo nos salvará", declarou aos deputados,
usando um vocabulário de boxe, desporto do qual é adepto.
Para
o governante é tempo de colocar um ponto final aos gastos públicos ao
desbarato, prometendo cortar nas despesas e conter o volume da dívida.
"Os franceses estão viciados na despesa pública. Como todas as
dependências não resolve nenhum dos problemas que é suposto aliviar. E
como todas as dependências precisa de força de vontade e coragem para
desintoxicar", afirmou o primeiro-ministro de Emmanuel Macron.
A
descida do imposto sobre a habitação - uma das grandes promessas
eleitorais de Macron - será posta em prática "até ao final do mandato",
sem dar mais pormenores.
O líder do
governo francês anunciou igualmente, com um horizonte até 2020, uma
Segurança Social equilibrada, a subida da CSG (Contribuição Social
Generalizada), bem como uma supressão das quotizações salariais para os
seguros de saúde e desemprego.
"Os
contribuintes não serão a variável de ajustamento do orçamento",
prometeu Philippe aos deputados, adiantando que a "carga tributária" irá
cair um ponto percentual até 2022 e que a despesa pública descerá três
pontos percentuais no mesmo período.
Outras
promessas eleitorais de Macron não foram esquecidas, como a consagração
de 2% do PIB à defesa em 2025 e o fim do regime social dos
trabalhadores independentes, o chamado RSI.
O
programa do governo foi confortavelmente aprovado com 370 votos a favor
e apenas 67 contra, na sua maioria deputados da extrema-esquerda e
extrema-direita. Outros 129 abstiveram-se, num toral de 566 deputados
que votaram - no total, são 577.
* Um exemplo que deveríamos seguir.
* Um exemplo que deveríamos seguir.
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