HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Discussão da taxa turística no Porto arranca com mais de seis milhões à vista
A Câmara do Porto aprovou a proposta que visa cobrar taxa turística em 2018. A dois euros por dormida, vale mais de seis milhões.
Tudo indica que o Porto vai mesmo começar a cobrar uma taxa por cada
dormida em alojamentos turísticos na cidade, a partir de 1 de Janeiro
próximo. Esta terça-feira, a proposta que visa a criação da chamada taxa
turística, em 2018, foi aprovada pelo Executivo camarário com apenas o
voto contra da CDU.
.
Se o actual presidente da autarquia, o
independente Rui Moreira, for reeleito nas eleições marcadas para 1 de
Outubro, é intenção do autarca aplicar uma taxa de dois euros. Ora, de
acordo com a proposta sufragada pela vereação, o Porto registou mais de
três milhões de dormidas em 2016.
Feitas as contas, caso vença a
opinião de Moreira, os cofres municipais poderão vir a registar em 2018
uma receita extra superior a seis milhões de euros. "Mas há que ter em
conta que há muito alojamento local que está fora das estatísticas e a
questão das eventuais isenções", ressalvou Nuno Santos, adjunto do
actual líder da Câmara do Porto, em declarações ao Negócios.
Todas
as questões jurídico-legais e económicas serão avaliadas pelos estudos
que irão acompanhar o debate público agora iniciado, porquanto a
proposta aprovada pelo Executivo dá início à abertura de um período de
discussão pública sobre a criação da taxa turística, que deverá ter uma
duração de 30 dias.
Uma proposta que "permitirá abrir a discussão
e desenvolver os estudos necessários para que, em Outubro, o próximo
Executivo que venha a tomar posse possa estar em condições de aplicar,
se assim o entender, essa taxa, já em 2018", lê-se no documento.
Aprovada
a taxa pelo Executivo, a decisão será posteriormente votada pela
assembleia municipal, seguindo-se o visto do Tribunal de Contas. Se não
houver imprevistos, o objectivo é que o processo esteja concluído a
tempo da aprovação do próximo orçamento camarário, provavelmente em
Novembro, para que o valor da taxa possa já estar aí inscrito.
Esta
terça-feira, no final da reunião da vereação, em declarações aos
jornalistas, Rui Moreira enfatizou o facto de que "só a CDU é que não
concorda que se faça" a introdução da taxa turística na cidade, frisando
que "as pessoas interessada s, durante o Verão, vão dar o seu
contributo" para a elaboração do regulamento sobre a futura taxa.
Rui
Moreira classificou como "razoável" a cobrança de uma taxa de dois
euros por dormida. E disse que o objectivo é aplicar a receita "para
reduzir a pegada turística", sobretudo na promoção de habitação para a
classe média e média-baixa no centro histórico da cidade.
* Não há gente mais "hipócritó/porreiraça" que os políticos, de megaphone em punho vão gritando bem vindos meus queridos turistas, depois em ambiente selecto dizem: - É preciso apagar a pegada daqueles merdosos.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário