HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Equipa da série "O Ministério do Tempo" com ordenados em atraso
O
Cena-Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos
Músicos divulgou esta terça-feira, em comunicado, que cerca de 60
trabalhadores da série televisiva "O Ministério do Tempo" têm os
ordenados em atraso.
"Das
informações que dispomos, estimamos em cerca de 60, os trabalhadores que
neste momento têm vencimentos em atraso e de que fazem parte atores do elenco fixo e adicional e elementos da equipa técnica", afirma o CENA, adiantando que "conseguiu também apurar que os valores em dívida respeitantes ao mês de maio chegam às centenas de milhares de euros".
.
.
As
gravações da 2.ª temporada da série, produzida pela Just Up, estão,
neste momento, paradas, assegura o Cena, adiantando que os trabalhadores
decidiram interromper a produção, faltando ainda gravar seis episódios.
O
sindicato afirma que entrou "desde logo" em contacto com a Just Up - em
quem coloca a total responsabilidade pelos atrasos - para encontrar uma
solução breve, mas a produtora não respondeu.
Sindicatos
e trabalhadores lamentam que esta seja uma situação comum no mundo do
audiovisual e pedem apoio à RTP, canal onde a série é emitida.
O ator António Capelo, um dos protagonistas da série, tornou pública uma carta,
assinada por colegas em que refere vários percalços pelos quais "O
Ministério do Tempo" passou. "Mais uma vez, os ordenados não são pagos
no final do mês (maio). Voltámos a parar e, ao fim de um mês, a situação
não está sequer em vias de resolução", lê-se na carta.
"Gostaríamos
de deixar um forte alerta a todos os companheiros de profissão sobre o
risco que corremos ao aceitar convites para trabalhar com algumas
produtoras (...) e deixar um apelo à direção da RTP para que não nos
deixe à mercê daqueles que, a coberto de uma maior oferta no mercado
audiovisual, se apresentam a concurso sem as condições mínimas para
exercerem dignamente esta atividade", escrevem os atores.
O
CENA salienta que "a situação destes profissionais é ainda mais
delicada tendo em conta os vínculos precários com que estavam a exercer
as suas profissões". São trabalhadores "por conta de outrem, só um
contrato de trabalho lhes garante os seus direitos, e facilita, neste
caso, a recuperação das remunerações em falta".
* Assim se explora ou rouba a arte em Portugal, tão facilmente como as granadas de Tancos.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário