HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Sobrinho Simões defende
a despenalização da eutanásia mas
será objector de consciência
O
médico e investigador Sobrinho Simões, que defende a despenalização da
eutanásia, disse hoje que será objetor de consciência se o procedimento
for legalizado, por não fazer ideia de como tal se faz.
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“Por um lado acho que as pessoas têm todo o direito a terem acesso à eutanásia, mas eu não a farei e serei objetor de consciência”, afirmou Sobrinho Simões, um dos subscritores de um apelo ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da República a defender uma lei “que permita a cada um encarar o final da vida de acordo com os seus valores e padrões”.
O médico falava no primeiro de um conjunto de debates promovidos pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) e que irá percorrer dez cidades de Portugal com o tema “Decidir sobre o final da Vida”.
Neste primeiro painel, participaram Sobrinho Simões, o filósofo José Gil, o especialista em ética Walter Osswald e a ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, cabendo a moderação ao médico Miguel Oliveira da Silva.
A autonomia foi um dos temas em redor do qual os oradores se pronunciaram, com a jurista Maria de Belém Roseira a assumir-se como “defensora do aprofundamento da autonomia no âmbito da pessoa e da pessoa em sociedade”.
Sobre a autonomia, Walter Osswald referiu que a legalização do suicídio assistido ou da eutanásia irá precisamente reforçar a autonomia do médico.
“Só o médico é que pode determinar as condições do doente. Há um reforço do poder do médico e não do doente”, afirmou.
Já em relação às crianças, este especialista em ética alertou: “Os pais são tutores, mas não são os seus donos”.
O filósofo José Gil referiu-se às mudanças na sociedade portuguesa, o que “afastou os mortos das instituições”.
“Quanto mais os vivos apagam os mortos da sua vida, mais empobrecidos ficam”, disse, considerando que a eutanásia é “uma maneira da sociedade os acolher”.
No debate foi ainda abordada a aplicação da eutanásia em países como a Bélgica e a Holanda, para alguns considerados maus exemplos, tendo em conta a sua aplicação em crianças ou menores deficientes.
O próximo debate do CNECV realiza-se no Porto, a 05 de Junho. Este primeiro contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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“Por um lado acho que as pessoas têm todo o direito a terem acesso à eutanásia, mas eu não a farei e serei objetor de consciência”, afirmou Sobrinho Simões, um dos subscritores de um apelo ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da República a defender uma lei “que permita a cada um encarar o final da vida de acordo com os seus valores e padrões”.
O médico falava no primeiro de um conjunto de debates promovidos pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) e que irá percorrer dez cidades de Portugal com o tema “Decidir sobre o final da Vida”.
Neste primeiro painel, participaram Sobrinho Simões, o filósofo José Gil, o especialista em ética Walter Osswald e a ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, cabendo a moderação ao médico Miguel Oliveira da Silva.
A autonomia foi um dos temas em redor do qual os oradores se pronunciaram, com a jurista Maria de Belém Roseira a assumir-se como “defensora do aprofundamento da autonomia no âmbito da pessoa e da pessoa em sociedade”.
Sobre a autonomia, Walter Osswald referiu que a legalização do suicídio assistido ou da eutanásia irá precisamente reforçar a autonomia do médico.
“Só o médico é que pode determinar as condições do doente. Há um reforço do poder do médico e não do doente”, afirmou.
Já em relação às crianças, este especialista em ética alertou: “Os pais são tutores, mas não são os seus donos”.
O filósofo José Gil referiu-se às mudanças na sociedade portuguesa, o que “afastou os mortos das instituições”.
“Quanto mais os vivos apagam os mortos da sua vida, mais empobrecidos ficam”, disse, considerando que a eutanásia é “uma maneira da sociedade os acolher”.
No debate foi ainda abordada a aplicação da eutanásia em países como a Bélgica e a Holanda, para alguns considerados maus exemplos, tendo em conta a sua aplicação em crianças ou menores deficientes.
O próximo debate do CNECV realiza-se no Porto, a 05 de Junho. Este primeiro contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
* A ética e a contradição, humanamente é possível.
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