HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
UE contraria May
e quer discussão faseada:
primeiro o divórcio, depois o comércio
Bruxelas só
abordará futuro acordo de comércio livre quando negociações para a
separação do Reino Unido da UE estiverem avançadas, recusando discussões
paralelas
A União Europeia está
pronta para negociar com o Reino Unido um futuro acordo de comércio
livre antes de os dois lados concordarem nos termos finais do Brexit,
mas só depois de ser feito um progresso considerável no processo de
divórcio, escreve o The Guardian.
.
As 'guidelines' para a negociação do Brexit, emitidas esta sexta-feira, mostram que a União Europeia quer uma abordagem "faseada": num primeiro momento, chegar-se-á a acordo sobre as condições para a saída do Reino Unido da UE e só depois serão lançadas as negociações para um futuro acordo de comércio entre as partes.
As 'guidelines' para a negociação do Brexit, emitidas esta sexta-feira, mostram que a União Europeia quer uma abordagem "faseada": num primeiro momento, chegar-se-á a acordo sobre as condições para a saída do Reino Unido da UE e só depois serão lançadas as negociações para um futuro acordo de comércio entre as partes.
As
diretivas deixam claro que só Bruxelas poderá decidir quando está feito
"suficiente progresso" para avançar para as questões comerciais. Esta
primeira versão, não definitiva, dos passos para a negociação do Brexit,
refere que o Reino Unido deverá aceitar as regras da União Europeia,
nomeadamente manter as contribuições para o orçamento e aceitar a
supervisão do Tribunal Europeu de Justiça, no período de transição e
antes que um pacto de comércio livre possa ser finalizado.
"O
Conselho Europeu irá monitorizar o progresso atentamente e determinar
quando suficiente progresso foi feito para permitir que as negociações
avancem para a próxima fase", refere o documento. E se o Reino Unido
quiser permanecer no mercado único da União Europeia durante um período
após o Brexit, terá de respeitar as "quatro liberdades" que isso
implica, nomeadamente aceitar a livre imigração do continente europeu.
Não pode haver escolha nem negociações individuais do Reino Unido com
outros países, frisam as 'guidelines'.
Já
sobre o futuro acordo de comércio, o documento explicita que o objetivo
da UE será o de "preservar a integridade do mercado único", o que
exclui "participação baseada numa abordagem sector a sector". Um
"não-membro da União não pode ter os mesmos direitos e desfrutar dos
mesmos benefícios que os membros".
Porém,
a primeira-ministra britânica já referiu várias vezes que o Reino Unido
quer sair do mercado único e abandonar as políticas aduaneiras da União
Europeia, estabelecendo acordos separados e talhados à medida de cada
sector, nomeadamente para a indústria automóvel ou farmacêutica, por
exemplo.
Este documento, hoje
conhecido, foi distribuído pelos governos dos 27 Estados-membros da
União Europeia e poderá ainda ser revisto: a versão final deverá ser
aprovada numa cimeira a realizar-se a 29 de abril.
* A primeira-ministro inglesa quer sol na eira e chuva no nabal e deve levar com a "nega".
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