31/03/2017

.
HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"


Fundo de Resolução fica com responsabilidades
.de 3,8 mil milhões de euros

O Novo Banco não é dividido mas a gestão dos activos será. O Fundo de Resolução fica com a gestão de um conjunto de activos.

O Novo Banco foi vendido à Lone Star. O balanço é integralmente transmitido para o comprador mas a gestão de um conjunto delimitado de activos fica nas mãos do Fundo de Resolução.
.

O Fundo de Resolução fica, segundo declarou António Costa, com a responsabilidade de 3,8 mil milhões de euros de activos do Novo Banco.

"O Fundo de Resolução assume a gestão directa de um conjunto de activos que podem gerar receitas. Existirá um mecanismo de acompanhamento e monitorização do funcionamento do banco", comunicou António Costa na conferência de imprensa desta sexta-feira após o anúncio da alienação do banco herdeiro do BES.

A venda é feita de todo o banco, com o balanço todo a ser transmitido para o comprador. "Tudo fica à mesma no balanço do banco", disse António Costa.

Mas há activos, não identificados, que têm de ser geridos pelo Fundo de Resolução. "A gestão desses activos será assumida pelo Fundo de Resolução. [Em relação a] muitos desses activos, a administração estima como podendo ser alienados no curto prazo", segundo o primeiro-ministro.

Questionado sobre a forma como será feita essa gestão pelo Fundo de Resolução, António Costa não quis fazer comentários por ser uma entidade distinta. Mário Centeno disse que uma solução poderá ser a própria gestão do Novo Banco, encabeçada pelo António Ramalho, a assumir a gestão desses activos em nome do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução não entra com qualquer montante nesta operação através da qual a Lone Star fica com 75% do Novo Banco por nenhum dinheiro mas colocando 1.000 milhões de euros na instituição financeira.

No futuro, poderá ser precisa qualquer injecção no futuro, no caso de os activos que ficam na gestão do Fundo de Resolução não tiverem o desempenho esperado. Nessa eventualidade, poderá ser preciso dinheiro do Estado, já que não poderá ser imposta qualquer contribuição extraordinária aos bancos. 

* Não temos conhecimentos técnicos para avaliar se o negócio foi bom, assim assim ou mau para os portugueses, se calhar o desfecho era inevitável. 
Na memória ficam as atitudes desastrosas do governo anterior e as calinadas do governador do BdP.


.

Sem comentários: