07/09/2015

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HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

208 cursos em risco por falta de alunos 

Este ano, há 208 cursos do ensino superior público (cerca de 20 por cento do total de 1048) que colocaram na primeira fase do concurso nacional de acesso menos de 10 alunos. 

Este é o número mínimo de estudantes para um curso poder começar a funcionar, sendo ainda necessário um mínimo de 40 alunos matriculados ao longo dos três anos que dura uma licenciatura para garantir financiamento estatal. 
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Segundo os dados da Direção-Geral do Ensino Superior, há ainda 48 cursos em que não entrou um único aluno na primeira fase do concurso, dos quais 44 são lecionados em politécnicos. E são 126 as ofertas formativas que colocaram menos de cinco novos estudantes. 

A grande maioria destes cursos com poucos ou nenhuns colocados funcionam em institutos politécnicos. Joaquim Mourato, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), desdramatiza o problema. "Este aspeto não é decisivo, porque ainda temos a segunda e terceira fase do concurso nacional e os concursos especiais", disse, frisando que, por exemplo, no Politécnico que dirige (Portalegre), o "curso de Agronomia só tem um colocado, mas já está cheio: através dos concursos especiais há 30 candidatos". 
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O responsável sublinha ainda que "mais de 80 por cento destes cursos são em regime pós-laboral ou das áreas das engenharias". "Defendemos há muito que os cursos pós-laborais não deviam estar no concurso nacional. E as engenharias são um problema estrutural que não se resolve em um ano, embora este ano haja crescimento dos colocados devido ao maior sucesso nos exames de Matemática e Física e Química", afirmou, frisando que este ano houve "um ajustamento entre oferta e procura". 

* Nem cursos com 100 inscrições têm razão de existir,  não é aceitável "sustentar" publicamente estes "re-cursos". Também faculdades que aceitam candidaturas a alunos com menos de 10 valores de média não podem receber subsídios estatais pois estão a promover a cabulice e a ignorância .
Alunos cábulas não são vítimas de nada, façam-se à vida!


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