HOJE NO
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Falta de conhecimento afecta a saúde
de metade dos portugueses
Tem efeitos nos cuidados que devem ter com a sua saúde e dos seus familiares, revela estudo do ISCTE
Realizado
pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), do ISCTE, o
estudo partiu de um inquérito em Portugal, tendo por base o Inquérito
Europeu sobre Literacia em Saúde, que identifica as principais
limitações, problemas e entraves da literacia em saúde na sociedade
portuguesa.
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De acordo com os resultados, 49% dos
inquiridos têm um índice geral de literacia em saúde baixo (38% têm um
nível de conhecimentos “problemático” e 11% têm um nível “inadequado”, o
mais baixo da escola).
O estudo destaca que dos restantes, com
níveis positivos de literacia, apenas 8,6% apresentaram um nível
“excelente” de conhecimentos.
No que respeita especificamente aos
“cuidados de saúde”, 45,4% dos inquiridos revelam uma literacia limitada
(10,1% e 35,3% tem o nível de literacia “inadequado” ou ”problemático”,
respetivamente).
Para a coordenadora do estudo, Rita
Espanha, “este pode ser um aspecto preocupante na relação que os
portugueses desenvolvem com os prestadores e com o cuidado com a sua
própria saúde e dos seus familiares”.
APROVEITARAM A ILETERACIA PARA NOS ENGANAR |
No âmbito da “prevenção da doença”,
Portugal concentra 45,5% dos inquiridos num nível de literacia com
limitações, enquanto no capítulo da “promoção da saúde”, estas
limitações sobem para os 51,1%.
Rita Espanha destaca que é possível
identificar entre os iletrados em saúde um grupo mais vulnerável,
constituído maioritariamente por idosos e pessoas menos estudos.
“Os mais baixos níveis de literacia em
saúde encontram-se precisamente entre os mais velhos e os menos
escolarizados, o que nos remete também para o reconhecimento de alguns
grupos mais vulneráveis que são identificados no estudo como sendo o
público-alvo a considerar em termos de políticas públicas no campo da
promoção da literacia em saúde”, explicou.
Esse grupo mais vulnerável é
identificado pela investigadora como sendo o dos indivíduos com 66 ou
mais anos, com rendimentos até aos 500 euros, com uma auto-percepção de
saúde “má”, os viúvos, os operários, pessoas com doenças prolongadas, os
reformados, os que frequentaram no último ano seis ou mais vezes os
cuidados de saúde primários e os que se sentem limitados por terem
alguma doença crónica.
No lado oposto estão os mais jovens (até
aos 45 anos) que concentram tanto o melhor nível de literacia
(excelente), como o nível considerado adequado (junção dos dois
melhores, excelente e suficiente).
* A iliteracia prejudica a vida das pessoas em tudo, não é só na saúde. A iliteracia é uma responsabilidade de quem governa e quem governa tem proveito com a iliteracia dos portugueses, quanto mais ignorantes mais fáceis de manipular.
* A iliteracia prejudica a vida das pessoas em tudo, não é só na saúde. A iliteracia é uma responsabilidade de quem governa e quem governa tem proveito com a iliteracia dos portugueses, quanto mais ignorantes mais fáceis de manipular.
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