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"OBSERVADOR"
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Charhadas, a plataforma para as mães
que sabem mais que o Dr. Google
Partilhar experiências de mãe para mãe é o objetivo do Charhadas, plataforma que conta com mais de 200 mil utilizadores e cerca de 2 milhões de acessos por mês.
O “Doutor Google” faz parte do dia-a-dia de muitas pessoas na
Internet quando necessitam de informações sobre os mais diferentes tipos
de doença ou conselhos. No entanto, muitas informações encontradas na
rede carecem de precisão científica e contribuem mais para desinformar
do que para ajudar na construção de conhecimento. Pensando neste
problema, Carmen Escalona e Belén Martí Junco criaram em 2009 a página Charhadas
com o objetivo de partilhar experiências de mãe para mãe sobre as
diversas etapas do crescimento dos filhos. A página conta com 200 mil
utilizadores e cerca de 2 milhões de acessos por mês.
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Em entrevista ao jornal El País, Escalona explica
que o segredo do sucesso da página está em oferecer conteúdo pessoal
sobre o crescimento dos filhos. “Percebemos que havia muita informação
sobre o recém-nascido, mas ninguém falava do resto da infância até a
adolescência”, afirma.
Este caráter social do Charhadas é representado pela sua
estratégia digital. Apesar de vender-se como “a primeira rede social
para mães”, a página funciona mais bem como uma plataforma de conteúdos,
organizada em fóruns, grupos e blogs geridos pelos próprios
utilizadores, além de conteúdos originais publicados na página e na
comunidade de quase 400 mil pessoas no Facebook, 10 mil seguidores no Twitter e 16 mil utilizadores no Instagram.
“Às vezes, a criatividade feminina se perde na Internet”, justifica
Escalona. De fato, o nome Charhada tem origem no espanhol (língua
oficial da página), a partir da junção das palavras charlada (conversa) e hadas (fadas).
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Para conquistar um público maior uma equipa de 10 pessoas
encarrega-se da produção de artigos sobre diversos temas para além da
saúde, como decoração, festas de aniversário, educação, viagem,
gastronomia e moda, publicados nos fóruns, blogues, grupos e numa secção
em formato de revista. Sobre a gestão dos conteúdos publicados pelos
utilizadores, Escalona explica: “As mulheres são capazes de
autorregular-se. Se alguém faz um comentário que possa provocar tensão
ou polémica, outra responde-lhe sem perder a compostura”, diz.
Para
publicar e comentar os artigos, é necessário registar-se – uma maneira
de gerar engajamento e “tornar a plataforma um lugar de consulta
habitual, não simplesmente uma página para leitura”, defende a criadora.
E como uma plataforma social pode buscar o seu autofinanciamento?
Escalona diz que o projeto conta com a venda de alguns espaços
publicitários e colaborações editoriais com jornais e revistas
espanholas.
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“Quando uma marca aproxima-se de nós, encarregamo-nos
pessoalmente de gerir e produzir o conteúdo promocional, seja através de
vídeos ou com eventos”, conta. Ela também diz que o perfil das empresas
que buscam o Charhadas identificam-se mais com as mulheres “pelo tipo
de imagens que partilham mais próprios de um canal de beleza ou de
gastronomia que de um canal infantil”. O registo na plataforma Charhadas é gratuito e a página está disponível apenas em espanhol.
* ADELANTE!
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