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DA MADEIRA"
Alemanha manifesta reservas a operações contra traficantes de seres humanos
Um porta-voz do governo alemão manifestou hoje
reservas quanto a uma operação militar no Mediterrâneo para destruir
embarcações usadas pelos traficantes de pessoas, uma das propostas da
Comissão Europeia a discutir na cimeira europeia extraordinária de
quinta-feira.
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Uma tal operação, semelhante à missão Atalanta de luta contra a
pirataria no Oceano Índico, consta do pacote de dez medidas apresentadas
na segunda-feira pelo comissário da Imigração, Dimitris Avramopoulos, e
submetida no mesmo dia aos ministros dos Negócios Estrangeiros e do
Interior da União Europeia reunidos no Luxemburgo.
Martin Schäfer, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros
alemão, afirmou hoje numa conferência de imprensa que a situação no
Mediterrâneo "é completamente diferente" e que, muitas vezes, os
traficantes utilizam barcos de pesca nas travessias para as costas
europeias.
"Podemos destruí-los, mas também acabaríamos com os meios de
subsistência" dos pescadores, disse Schäfer, remetendo contudo uma
posição para depois do conselho de líderes europeus.
Berlim junta-se assim a Londres, uma das capitais que mais reticências têm manifestado a esta possibilidade.
A cimeira extraordinária foi pedida pelo primeiro-ministro italiano,
Matteo Renzi, depois da morte de mais de 800 pessoas no naufrágio de uma
embarcação ao largo da Líbia.
"Combater os traficantes de pessoas significa combater os mercadores
de escravos do século XXI. Não se trata apenas de uma questão de
segurança e de terrorismo, mas de dignidade humana", disse Renzi no
Parlamento italiano no domingo.
Um dia depois, numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro
de Malta, cujo país colaborou no resgate de vítimas do naufrágio no
Mediterrâneo, Renzi admitiu a possibilidade de "intervenções seletivas"
contra traficantes na Líbia.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu a
necessidade de impedir os imigrantes de chegar ao mar, para "pôr fim a
estes carregamentos de morte".
Cameron remeteu quaisquer decisões para a cimeira de quinta-feira,
mas segundo o The Times, o plano do governo britânico passa sobretudo
pelo reforço das missões de vigilância no Mar Mediterrâneo, com o
possível envio de um dos maiores navios da Marinha britânica.
* O tráfico dos novos escravos não se combate no Mediterrâneo, aí o combate acabará por os matar. Os traficantes actuam nos países de origem das migrações e é aí que o combate aos criminosos deve ter lugar.
Mas para acabar com a humilhação a que milhões de pessoas estão a ser sujeitas só há uma solução, os países ricos têm de acabar com a exploração a que submetem os povos sub-saarianos e incrementar o desenvolvimento social, educacional e económico dos países da região. BASTA DE ROUBO!
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