HOJE NO
"RECORD"
Mário Figueiredo:
«Liga é gerida por um homem de palha»
O
antigo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Mário
Figueiredo, considerou esta terça-feira, que o organismo está a ser
gerido por um "testa-de-ferro dos interesses da Olivedesportos" e
admitiu que o défice de seis milhões podia ser evitado.
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"Teremos
à frente da Liga, na continuidade do que acontecia antigamente, mais um
homem de palha, um 'testa-de-ferro' dos interesses da Olivedesportos e
do senhor Joaquim Oliveira na Liga", disse, Mário Figueiredo, em
declarações à agência Lusa.
O antecessor de
Luís Duque na presidência da LPFP considerou que o défice de seis
milhões - anunciado segunda-feira - poderá ser culpa da atual direção.
"É
por omissão da atual direção que a Liga poderá estar com défice
financeiro de seis milhões de euros, e provavelmente estar-se-ão a criar
as condições para depois justificar a tal redução dos quadros
competitivos que são do interesse da própria Olivedesportos", afirmou
Figueiredo.
O antigo presidente, lembrou que a
atual direção não recorreu de uma sentença desfavorável, numa ação
instaurada contra a Olivesdesportos, no valor de cinco milhões de euros
mais juros, e suspendeu 'sine die' uma ação de 2,5 milhões contra a
Santa Casa.
"No meu consulado foi instaurada
uma ação contra a Olivedesportos por incumprimento do contrato da Taça
da Liga, onde era pedido um valor próximo dos cinco milhões mais os
juros, foi proferido um acórdão pelo tribunal arbitral (...) A matéria
era sujeita a recurso para o tribunal da relação e, que eu saiba, a Liga
não terá recorrido dessa situação", explicou.
Mário
Figueiredo, acrescentou que esse valor aliado a um outro, no valor de
2,5 milhões de euros, sobre a Santa Casa da Misericórdia, podia
equilibrar as contas.
Na segunda-feira, o
presidente da LPFP, Luís Duque, admitiu que o organismo pode terminar a
temporada com um saldo negativo perto dos seis milhões de euros, e
adiantou a possibilidade de terem de ser tomadas medidas de recuperação
financeira.
Entre as medidas de redução de
despesas poderão estar, segundo Luís Duque, a redução do número de
clubes das ligas profissionais, sobretudo a II Liga, e a revisão do
formato da Taça da Liga.
Luís Duque, assumiu a
presidência da LPFP a 27 de outubro de 2014, sucedendo a Mário
Figueiredo, que presidia ao organismo desde janeiro de 2012 e que tinha
sido reeleito, em junho do ano passado, para um segundo mandato.
A
reeleição, de Mário Figueiredo, foi anulada pelo Conselho de Justiça
(CJ) da Federação Portuguesa de Futebol, por considerar que outras
candidaturas foram excluídas indevidamente.
* É uma pena o futebol cheirar tão mal....
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