05/03/2015

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HOJE NO 
  "CORREIO DA MANHÃ"

Pagar a lesados faz apagar crime

OMinistério Público, que produziu 500 páginas para acusar o antigo ministro da Saúde Arlindo de Carvalho no âmbito de um processo extraído do caso BPN, aceitou deixar cair o crime de abuso de confiança logo na primeira sessão de julgamento. 

Arlindo de Carvalho e o ex-presidente do BPN Oliveira e Costa estão a ser julgados por burla qualificada, abuso de confiança e fraude fiscal agravada. 
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O procurador João Pedro Rodrigues propôs ontem a extinção do referido crime, se houver o pagamento voluntário dos arguidos às empresas lesadas pelos alegados ilícitos praticados. João Nabais, advogado de Arlindo de Carvalho e de José Neto, empresário também arguido no processo, mostrou-se satisfeito e defendeu que o crime de fraude fiscal já prescreveu. 

"Só foram confrontados em julho de 2008, cinco anos depois da realização dos factos mencionados pelo Ministério Público", referiu. Em relação ao crime de burla qualificada, Nabais alegou que com os factos descritos na acusação "não há nenhum prejuízo" causado pelos arguidos ao BPN. 

Na primeira sessão de julgamento, no Campus de Justiça, em Lisboa, Arlindo de Carvalho manifestou ao coletivo de juízes, presidido por Maria Joana Grácio, a intenção de, para já, não prestar declarações. A mesma posição foi tomada pelos restantes arguidos, à exceção de José Neto. Ricardo Oliveira, José Monteverde e os ex-administradores do BPN Luís Caprichoso, Coelho Marinho e Francisco Sanches são os outros arguidos. 

Em causa está a compra de terrenos com crédito do BPN (50 milhões de euros) que foram revendidos ao banco. O Ministério Público pede uma indemnização cível de 15 milhões de euros. 

* A justiça lenta vai libertar um "ALTO VIGÁRIO" que tranquilamente irá continuar a trabalha naquilo em que é competente, a vigarice. Arlindo de Carvalho é um homem de confiança do sr. Presidente Silva. O advogado João Nabais é um desapontamento.


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