HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Hospital do Porto
acusado de ocultar abusos
Vítima pede indemnização no total de mais de 30 mil euros ao arguido e à unidade de saúde. Caso da jovem não foi logo denunciado às autoridades.
Uma das vítimas de Mário Dominguez, o enfermeiro
suspeito de abusos sexuais a três doentes, acusa o Hospital de Santo
António, no Porto, de ter ocultado o crime de que foi alvo, em agosto de
2007, quando tinha 17 anos. A unidade de saúde teve conhecimento da
situação logo na altura, mas não denunciou o caso à Polícia Judiciária.
Só em 2010, quando a segunda vítima apresentou queixa é que as autoridades tiveram conhecimento que já existia uma situação anterior. A jovem pede agora uma indemnização de mais de 15 mil euros ao hospital por entender que este teve um comportamento negligente. A vítima pede também mais 15 mil euros ao enfermeiro, de 37 anos.
"Entendemos que o hospital não procedeu de forma correta. Não apresentaram queixa e ainda levaram a minha cliente a acreditar que o melhor seria estar calada e esquecer tudo", disse ao CM a advogada Carla Gomes Freitas, que representa a jovem.
O julgamento deveria ter começado ontem, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, mas foi adiado precisamente pelo facto de ainda correr prazo para as partes no processo contestarem os pedidos de indemnização.
Ao que o CM apurou, a segunda vítima de Mário Dominguez - uma mulher de 35 anos atacada em 2010 - também pede uma indemnização de 15 mil euros. Apenas a terceira vítima, uma jovem de 18 anos que foi atacada em 2012, não deduziu qualquer pedido cível contra a unidade de saúde.
Mário Dominguez foi detido pelos inspetores da Polícia Judiciária do Porto em abril do ano passado. O arguido está sujeito a apresentações bissemanais às autoridades e suspenso de funções. Segundo a acusação, o enfermeiro abusou das doentes quando aquelas estavam fortemente sedadas.
Só em 2010, quando a segunda vítima apresentou queixa é que as autoridades tiveram conhecimento que já existia uma situação anterior. A jovem pede agora uma indemnização de mais de 15 mil euros ao hospital por entender que este teve um comportamento negligente. A vítima pede também mais 15 mil euros ao enfermeiro, de 37 anos.
"Entendemos que o hospital não procedeu de forma correta. Não apresentaram queixa e ainda levaram a minha cliente a acreditar que o melhor seria estar calada e esquecer tudo", disse ao CM a advogada Carla Gomes Freitas, que representa a jovem.
O julgamento deveria ter começado ontem, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, mas foi adiado precisamente pelo facto de ainda correr prazo para as partes no processo contestarem os pedidos de indemnização.
Ao que o CM apurou, a segunda vítima de Mário Dominguez - uma mulher de 35 anos atacada em 2010 - também pede uma indemnização de 15 mil euros. Apenas a terceira vítima, uma jovem de 18 anos que foi atacada em 2012, não deduziu qualquer pedido cível contra a unidade de saúde.
Mário Dominguez foi detido pelos inspetores da Polícia Judiciária do Porto em abril do ano passado. O arguido está sujeito a apresentações bissemanais às autoridades e suspenso de funções. Segundo a acusação, o enfermeiro abusou das doentes quando aquelas estavam fortemente sedadas.
Doente atacada nas Urgências da unidade
Nas
duas primeiras situações, o hospital abriu processos de averiguações,
que acabaram por ser arquivados. Após o segundo caso, a unidade de saúde
decidiu, no entanto, transferir Mário Dominguez para as Urgências, uma
vez que era um local mais movimentado. Tal não impediu, no entanto, o
arguido de voltar a cometer novos crimes. Em junho de 2012, o arguido
abusou da última vítima.
Mário Dominguez
ofereceu-se para ajudar a jovem a mudar de roupa, apesar daquelas não
serem as suas funções. Correu as cortinas e abusou da doente. A vítima
contou no mesmo dia o que se tinha passado a outro médico. O arguido
nunca prestou declarações durante a investigação. Ontem também recusou
falar ao CM.
Não comentam caso até ao fim do julgamento
O
Correio da Manhã contactou ontem o Hospital de Santo António, no Porto,
no sentido de obter uma reação às acusações da vítima e ao pedido de
indemnização. Fonte do gabinete de imprensa adiantou que a unidade de
saúde não irá prestar qualquer declaração sobre o caso até à sentença.
O
hospital, que abriu também um processo disciplinar a Mário Dominguez,
tem acompanhado o caso de perto. O advogado que representa a unidade de
saúde neste caso também não se mostrou ontem disponível para prestar
esclarecimentos.
* Custa a acreditar na onda de crimes perpetrados por profissionais de saúde que têm vindo a público. Este enfermeiro, a provarem-se os factos, devia ser quimicamente castrado, hoje somos benevolentes.
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