HOJE NO
"i"
Empresa de Tordo recebeu por
. espectáculos mais de 200 mil euros
. por ajuste directo
A
empresa Stardust Produções, gerida por Fernando Tordo, recebeu desde
2008, altura em que foi criada, mais de 200 mil euros por ajuste
directo. De acordo com o portal BASE – Contratos Públicos
Online, a empresa do artista terá ganho 207 100 euros pela produção de
vários espectáculos. Entre as entidades adjudicantes estão várias
câmaras municipais.
Nos últimos cinco anos, as autarquias de Portimão, Montijo, Mangualde, Vila Nova de Cerveira, Covilhã, Ponte de Lima, Abrantes, Matosinhos, Almada e Lamego contrataram produções à Stardust num valor superior a 159 600 euros. Este mês, segundo a mesma fonte, a empresa recebeu 4500 euros da Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género por um concerto. E, na noite da passagem de ano, a mesma associação pagou à Stardust 5 500 euros por outro espectáculo.
As adjudicações foram todas feitas à empresa Stardust, cujo sócio-gerente é Fernando Tordo. O artista, intérprete de “A tourada”, “Estrela da tarde” ou “Cavalo à solta”, contou esta semana que saiu do país por não ter trabalho. “Não aceito o modo como tenho sido tratado e por isso vou-me embora. Para quem viveu o que eu vivi este país é uma desilusão", afirmou ao “Diário de Notícias” antes de embarcar para o Brasil.
Há dias, numa carta publicada no Facebook, Fernando Tordo explicou que não poderia continuar em Portugal. “As condições já de si precárias em que a minha actividade se desenrola em Portugal pioraram tanto que não deixam outra alternativa, neste momento”, referiu.
Um dos filhos do cantor, João Tordo, também divulgou uma carta sobre a emigração do pai, em que conta que, aos 65 anos, o artista ganha uma reforma de “duzentos e poucos euros, mais uma pequena reforma da Sociedade Portuguesa de Autores que tem servido, durante os últimos anos, para pagar o carro onde se deslocava por Lisboa e para os concertos que foi dando pelo país”. João Tordo garantiu, na mesma carta, que o pai foi pago, nesses espectáculos, à bilheteira”.
Contactada pelo i, a mulher de Fernando Tordo explica que o cantor deu emprego, nos últimos anos a 26 músicos, “fora técnicos de som e de luz”. Por isso, diz Eugénia Passada, o artista recebeu apenas “cerca de 10% do valor” total das adjudicações directas feitas à sua empresa. “E mesmo que tivesse recebido 200 mil euros, que não recebeu, não é muito dinheiro para um período de cinco anos”, explica ainda. Eugénia Passada confirma que o marido saiu do país por não ter trabalho, mas sublinha que a carta e as declarações que Fernando Tordo fez não tiveram como objectivo “despertar pena”. “Ele precisava de trabalho e tomou a decisão de ir para fora”, acrescenta.
Fernando Tordo já tem trabalho no Brasil e vai dinamizar um espaço cultural no Recife.
* Fernando Tordo tem composições e textos que qualquer autor do mundo se orgulharia ter, não vou nomeá-las.
Quem conhece um pouco do mundo do espectáculo sabe que falar numa receita de 200 mil euros em cinco anos é falar em exiguidade. Um espectáculo com a qualidade que FT imprimia, tem uma produção cara e às vezes com poucos bilhetes vendidos ainda se paga do bolso para suportar as despesas.
Num país onde os nossos políticos esbanjam dinheiro, têm mordomias, impensáveis numa democracia decente, onde a corrupção cresce mais depressa que a grama, onde se compram licenciaturas, fazer notícia das receitas de Fernando Tordo, é pura sordidez.
Tordo ficaremos à sua espera, com novas canções e espectáculos.
Nos últimos cinco anos, as autarquias de Portimão, Montijo, Mangualde, Vila Nova de Cerveira, Covilhã, Ponte de Lima, Abrantes, Matosinhos, Almada e Lamego contrataram produções à Stardust num valor superior a 159 600 euros. Este mês, segundo a mesma fonte, a empresa recebeu 4500 euros da Associação Cultura e Conhecimento para a Igualdade do Género por um concerto. E, na noite da passagem de ano, a mesma associação pagou à Stardust 5 500 euros por outro espectáculo.
As adjudicações foram todas feitas à empresa Stardust, cujo sócio-gerente é Fernando Tordo. O artista, intérprete de “A tourada”, “Estrela da tarde” ou “Cavalo à solta”, contou esta semana que saiu do país por não ter trabalho. “Não aceito o modo como tenho sido tratado e por isso vou-me embora. Para quem viveu o que eu vivi este país é uma desilusão", afirmou ao “Diário de Notícias” antes de embarcar para o Brasil.
Há dias, numa carta publicada no Facebook, Fernando Tordo explicou que não poderia continuar em Portugal. “As condições já de si precárias em que a minha actividade se desenrola em Portugal pioraram tanto que não deixam outra alternativa, neste momento”, referiu.
Um dos filhos do cantor, João Tordo, também divulgou uma carta sobre a emigração do pai, em que conta que, aos 65 anos, o artista ganha uma reforma de “duzentos e poucos euros, mais uma pequena reforma da Sociedade Portuguesa de Autores que tem servido, durante os últimos anos, para pagar o carro onde se deslocava por Lisboa e para os concertos que foi dando pelo país”. João Tordo garantiu, na mesma carta, que o pai foi pago, nesses espectáculos, à bilheteira”.
Contactada pelo i, a mulher de Fernando Tordo explica que o cantor deu emprego, nos últimos anos a 26 músicos, “fora técnicos de som e de luz”. Por isso, diz Eugénia Passada, o artista recebeu apenas “cerca de 10% do valor” total das adjudicações directas feitas à sua empresa. “E mesmo que tivesse recebido 200 mil euros, que não recebeu, não é muito dinheiro para um período de cinco anos”, explica ainda. Eugénia Passada confirma que o marido saiu do país por não ter trabalho, mas sublinha que a carta e as declarações que Fernando Tordo fez não tiveram como objectivo “despertar pena”. “Ele precisava de trabalho e tomou a decisão de ir para fora”, acrescenta.
Fernando Tordo já tem trabalho no Brasil e vai dinamizar um espaço cultural no Recife.
* Fernando Tordo tem composições e textos que qualquer autor do mundo se orgulharia ter, não vou nomeá-las.
Quem conhece um pouco do mundo do espectáculo sabe que falar numa receita de 200 mil euros em cinco anos é falar em exiguidade. Um espectáculo com a qualidade que FT imprimia, tem uma produção cara e às vezes com poucos bilhetes vendidos ainda se paga do bolso para suportar as despesas.
Num país onde os nossos políticos esbanjam dinheiro, têm mordomias, impensáveis numa democracia decente, onde a corrupção cresce mais depressa que a grama, onde se compram licenciaturas, fazer notícia das receitas de Fernando Tordo, é pura sordidez.
Tordo ficaremos à sua espera, com novas canções e espectáculos.
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