HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA "
Jornalista português explica porque
foi atacado na Venezuela
O fotojornalista português Eduardo Leal, preso pela polícia venezuelana, acusa as autoridades de o terem agredido e queixa-se da apreensão das fotografias e do equipamento.
"Atacaram-me por ser fotógrafo, não por ser português, porque não sabiam que eu era português, só souberam quando eu estava detido e a partir daí acho que algumas coisas mudaram", que ficou detido durante oito horas, após uma manifestação no dia 12 de fevereiro, .
Com marcas ainda visíveis num olho, nas mãos, nos braços e queixando-se de dificuldades para caminhar, Eduardo Leal lamenta a apreensão das fotografias.
"Fui atacado pelo que presumo que são membros da polícia porque me levaram algemado e eu perdi todo o material que tinha. Infelizmente, mais do que a câmara porque câmaras há muitas, o material é pior porque não posso recuperar as fotografias, e é fruto do meu trabalho", lamentou o fotojornalista, que decidiu ir a Caracas, capital venezuelana, fotografar as manifestações, a caminho do campeonato do mundo de futebol, no brasil.
Em Caracas, assistiu a "muita violência, muito caos e anarquia total, a uma certa altura", algo que o preocupou, até porque já tinha visitado o país por três outras ocasiões.
"A violência está incutida na sociedade venezuelana, tenho muita pena porque acho a Venezuela um país maravilhoso", afirmou.
No centro de Caracas, fotografou jovens "sentados à porta a pedirem a libertação dos estudantes que tinham sido detidos uns dias antes, tudo muito calmo".
"Lembro-me perfeitamente que a partir de um momento começaram todos a correr" e "quando cheguei aí vi que as coisas estavam realmente a aquecer porque já se via muitas pedras no chão, a polícia de choque a cortar algumas ruas", explicou.
O grupo de manifestantes mudou de perfil e, em vez de famílias inteiras, "havia gente com muita raiva nos olhos, digo nos olhos porque muitos tinham máscaras, a maioria deles", recorda.
"Vi gente a fazer Cocktails Molotov, mas também a polícia a mandar tiros de borracha, não sei quem começou. Vi muitas balas serem disparadas e balas a sério. Até há uma fotografia que saiu, que eu estava ao lado do estudante que morreu, quando estavam a carregá-lo eu estava ao lado e fotografei uma parte", explicou.
"Deparei-me com um edifício completamente destroçado, as janelas todas partidas e tirei mais umas fotos, até porque para mim tinha um significado muito grande, o que eu vi meia hora antes, estudantes sentados a pedir a libertação de outros estudantes que já estavam detidos e de repente voltar e ver aquilo completamente destruído", disse.
Os últimos dados do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) venezuelano dão conta que 12 jornalistas foram detidos, 18 agredidos e 11 roubados, desde 12 de fevereiro, durante a cobertura de protestos da oposição.
* Até que Maduro caia de podre a Venezuela não viverá em democracia
"Atacaram-me por ser fotógrafo, não por ser português, porque não sabiam que eu era português, só souberam quando eu estava detido e a partir daí acho que algumas coisas mudaram", que ficou detido durante oito horas, após uma manifestação no dia 12 de fevereiro, .
Com marcas ainda visíveis num olho, nas mãos, nos braços e queixando-se de dificuldades para caminhar, Eduardo Leal lamenta a apreensão das fotografias.
"Fui atacado pelo que presumo que são membros da polícia porque me levaram algemado e eu perdi todo o material que tinha. Infelizmente, mais do que a câmara porque câmaras há muitas, o material é pior porque não posso recuperar as fotografias, e é fruto do meu trabalho", lamentou o fotojornalista, que decidiu ir a Caracas, capital venezuelana, fotografar as manifestações, a caminho do campeonato do mundo de futebol, no brasil.
Em Caracas, assistiu a "muita violência, muito caos e anarquia total, a uma certa altura", algo que o preocupou, até porque já tinha visitado o país por três outras ocasiões.
"A violência está incutida na sociedade venezuelana, tenho muita pena porque acho a Venezuela um país maravilhoso", afirmou.
No centro de Caracas, fotografou jovens "sentados à porta a pedirem a libertação dos estudantes que tinham sido detidos uns dias antes, tudo muito calmo".
"Lembro-me perfeitamente que a partir de um momento começaram todos a correr" e "quando cheguei aí vi que as coisas estavam realmente a aquecer porque já se via muitas pedras no chão, a polícia de choque a cortar algumas ruas", explicou.
O grupo de manifestantes mudou de perfil e, em vez de famílias inteiras, "havia gente com muita raiva nos olhos, digo nos olhos porque muitos tinham máscaras, a maioria deles", recorda.
"Vi gente a fazer Cocktails Molotov, mas também a polícia a mandar tiros de borracha, não sei quem começou. Vi muitas balas serem disparadas e balas a sério. Até há uma fotografia que saiu, que eu estava ao lado do estudante que morreu, quando estavam a carregá-lo eu estava ao lado e fotografei uma parte", explicou.
"Deparei-me com um edifício completamente destroçado, as janelas todas partidas e tirei mais umas fotos, até porque para mim tinha um significado muito grande, o que eu vi meia hora antes, estudantes sentados a pedir a libertação de outros estudantes que já estavam detidos e de repente voltar e ver aquilo completamente destruído", disse.
Os últimos dados do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) venezuelano dão conta que 12 jornalistas foram detidos, 18 agredidos e 11 roubados, desde 12 de fevereiro, durante a cobertura de protestos da oposição.
* Até que Maduro caia de podre a Venezuela não viverá em democracia
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